sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Evangelho do Dia ( Sexta-Feira )

Ano A - Dia: 09/09/2011


Tirar primeiro a trave do próprio olho
Leitura Orante

Lc 6,39-42

E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.

Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,39-42, e observo o que Jesus Mestre diz sobre o julgamento.
Jesus usa neste texto uma pequena parábola: um cego guiando a outro cego. Os dois cairão no buraco. Diz que nenhum aluno é como seu professor, ou, nenhum discípulo é como seu mestre. Diz que só quando terminar seus estudos, ficará como seu professor ou mestre. Podemos entender que são cegos os que não vêem com os olhos do Mestre: Jesus.
O texto também fala do julgamento. A severidade do nosso julgamento para com o próximo - ver o cisco que está no seu olho - mostra que desconhecemos o nosso próprio limite, a nossa fragilidade e a nossa condição de pecadores diante de Deus, a nossa "trave", bem maior do que o "cisco" do irmão. Isto, nas palavras de Jesus é hipocrisia.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Sou uma pessoa que julga, que vê o "cisco" no olho do irmão? Minha vida revela contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Mais uma vez nos falam os bispos que estiveram reunidos na Conferência de Aparecida: "Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35). (DAp 138).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir todo julgamento. Não enxergo nada se não vejo com os olhos do Mestre.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade. Lá você encontra também uma Maratona Bíblica.
 Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mensagens do dia ( Que direi?)


Dirás o que o vento diz ao rochedo,
o que o mar diz às montanhas.

Dirás que uma bondade imensa
penetra o universo.

Dirás que Deus não é aquilo que os homens pensam: é um vinho que se bebe, uma festa partilhada, onde cada um dá o que recebe.

Dirás que ele é como um tocador de flauta:
à luz do meio-dia, aproxima-se e foge, dançando, na direção das fontes.

Dirás que somente sua voz poderia revelar-te o seu nome.

Dirás que seu rosto é inocência, sua presença, luz e sombra, é inesquecível seu sorriso.

Dirás que ele é teu espaço e tua noite, tua ferida e tua alegria.

Mas dirás também que Deus não é nada do que estás falando e que dele nada sabes.

D.R.

NEM LIXO NEM LUXO (2) - Pe Zezinho scj

 Pe Zezinho scj


Hoje há pregadores que vieram da pobreza e garantem que Deus abençoa a busca da prosperidade. Não são adeptos do desprendimento. Mas houve milhares de santos que vieram da riqueza, viveram de maneira desprendida e garantem que Deus abençoa os que se fazem pobres com os pobres, como Jesus o foi. Jesus tinha uma casa:

E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima ( Jo 1,28-39)

Mas era como se não tivesse:

E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covas, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça ( Lc 9 57-58)

Não prometia conforto nem sucesso material. O "cem por um" do qual ele falava não estava nos bancos. Estava no coração.

E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; (Mateus 6, 28)

E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. (Mateus 19, 29)

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; (Mateus 6, 19)

***
Não somos chamados à nulidade. Corre por aí um exercício falso e errôneo de humildade: a da pessoa que, querendo mostrar os seus limites, teima em dizer que não é nada e ninguém. Não deixa de ser um ato de ingratidão para com Deus, porque Ele é alguém e criou pessoas para ser alguém. É desdenhar da obra de Deus se até as pedras têm sentido e de certa forma sua individualidade, se arvores são individuais e diferentes, até mesmo as da mesma espécie, por que negar que Deus nos tenha dado valores especiais e individualidade?

Não somos chamados à ganância e ao conforto. Tomar a cruz e segui-lo subentende uma vida desconfortável. Quando os apóstolos falam em sobriedade e jejuns, de subjugar o corpo e de saber viver na pobreza e na riqueza falam de equilíbrio no ser e no possuir.

Somos desejados e criados por Deus, para acrescentar algum valor ao mundo, viemos por alguma razão. Por isso é que não podemos dizer que somos um nada. Somos alguém e não voltaremos no nada. Se quisermos ser humildes -e devemos querer-, digamos: -Estou longe de ser o alguém que Deus queria de mim; estou longe de ser a pessoa que poderia ser. Mas tenho consciência, dos meus limites e dos meus valores. Espero que você me ajude a melhorar os meus valores. Eu existo, sou alguém e nunca voltarei serei um nada. Deus me pôs aqui para acrescentar. Anotemos: acrescentar valores ao mundo e não à nossa conta bancária. Esta precisa ter limites porque sobre o pregador que "devora as casas das viúvas" a pretexto de longas orações paira uma ameaça: a punição para eles será bem maior. ( Mc 12.40)
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 Comentários para: online@paulinas.com.br
 

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Ex esboço
 Pe. Zezinho, scj


Já faz tempo que você deixou de ser um esboço. Os traços que Deus foi acrescentando à sua vida e o que você foi agregando, tiraram você da categoria de esboço. Você é como o prédio que saiu da planta e já pode ser habitado.

O projeto, cada dia mais delineado, já é realidade. O que está ainda em construção é processo de acabamento. Segue, não o esboço que você era, mas o projeto melhorado que você se tornou. Todos os dias Deus acrescenta mais um detalhe à obra que é você.

Por isso mesmo você já é realidade. No dia em que morrer, provavelmente não haverá mais acréscimos, mas, enquanto você estiver vivo, haverá sempre algum retoque ou detalhe a ser melhorado. Até o último dia da sua vida você estará em construção. Preste atenção nos engenheiros e veja como os primeiros traços são leves, quase imperceptíveis. Depois ele liga coisa com coisa, linha com linha, faz compartimentos, repartições, detalhes e, aos poucos, lá está o edifício todo detalhado, medido, metro por metro, centímetro por centímetro.

Mas tudo começou com o esboço, que foi sendo melhorado. Depois do edifício pronto o engenheiro mostra o esboço, a planta melhorada e os detalhes. Os arquitetos e auxiliares acrescentam ainda mais. Assim é a nossa vida. Alguém sempre acrescenta alguma coisa ao projeto que somos, e, se deixarmos que irmãos que entendem de formação humana nos toquem e nos melhorem, chegaremos a uma idade cercados de respeito, porque as pessoas nos verão como alguém que pensa, que aceita se corrigir, que compreende o outro e que se deixa melhorar.

Se acha que pode fazer isso consigo mesmo, revista-se de humildade e deixe-se melhorar. Acontecerão coisas incríveis na sua vida, mas, se você achar que nada pode ser melhorado, não há retoque possível. Preste atenção nos alcoólatras inveterados. Não admitem que são. Bebem, andam, falam como alcoólatras, mas negam peremptoriamente que beberam. Mesmo caindo de embriagues negam-se a receber qualquer ajuda. Tentam parar os ônibus nas ruas, gritam berram, atrapalham qualquer reunião, urinam nas calças, vomitam na rua e até na mesa, mas não aceitam ser corrigidos, porque aqueles copos diários são sua razão de viver. Dá-se o mesmo com os viciados em cocaína ou crack. Não querem ajuda. Só sairão do buraco se agarrarem a corda. Mas isso significará admitir que estão errados. É assunto que não querem ouvir.

Narciso não sabia o quanto era bonito e o quanto, ao mesmo tempo, era feio. Terminou seus dias, afogado na própria imagem. Admita que você é um ser corrigível e melhorável e provavelmente será mais aceito. Mais do que isso: aceitará os outros.

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SANTO DO DIA

08/09
Frederico Osanam
Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813, Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e serviço aos pobres se deve particularmente ao pai, João Antonio um exemplo de caridade cristã. Este era médico oficial do exército napoleônico e cuidava gratuitamente de pessoas humildes que não tinham como pagar pelos cuidados médicos.

Frederico foi estudar Direito e Letras na universidade de Sorbone em Paris, onde depois foi professor, mas a sua paixão era o estudo de Religião Comparada, nas horas vagas. Nesta época havia se hospedado na casa de Adré-Marie Ampère, o famoso estudioso da eletrodinâmica. Contagiado pela fé do amigo e orientado pelo seu confessor, o abade Noirot, se envolveu com jovens intelectuais cristãos numa época onde o clericalismo ortodoxo estava sendo duramente combatido em toda a Europa.

Defensor da fé, empolgante orador, excelente escritor e precioso professor, Frederico não estava satisfeito em apenas praticar o cristianismo intelectual. Entendia que era necessário fundamentar essa fé o exercício de uma obra de caridade, pois assim ela se justificaria. Então, voltou-se para os pobres e norteou a sua vida no sentido de serví-los, a exemplo de seu pai e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

Junto de outros jovens cristãos, com o mesmo objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição católica, mas de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos excluídos. Entretanto ele pensou não apenas no objetivo social, mas também no religioso para os integrantes a Sociedade, que além de proporcionar o bem estar aos pobres, trilhariam o caminho da santificação, no seguimento de Cristo. Também colocariam em prática os princípios da verdadeira democracia social e dos direitos humanos dos indivíduos baseados na caridade cristã. Por esta visão humanitária e democrática cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja.

Frederico Osanam se casou em 1841. Teve uma filha. Mas continuou firme na Obra. Amigo da nobreza e intelectualidade parisiense viajou por toda a Europa, difundindo as "Conferências de Caridade da Sociedade São Vicente de Paulo" . Porém, quando sentiu seu organismo ser tomado pela doença, preferiu ir viver numa das casas da Sociedade São Vicente de Paulo, optando pela vida simples e humilde. Sua obra se expandiu e seus integrantes se tornaram numerosos, espalhando-se por todo o planeta.

Morreu em 08 de setembro de 1853, em Marselha, França. Em 1997, o Papa João Paulo II, durante a solenidade de sua beatificação, na Catedral de Notre Dame, em Paris disse: "Frederico Osanam é verdadeiramente um santo laico do nosso tempo". Sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
Natividade de Nossa Senhora
Hoje celebramos a festa em honra a natividade da Mãe de Deus, cujo verdadeiro significado e o fim deste evento é a encarnação do Verbo. Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe. O significado real desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria e nosso Salvador. Por isso a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos santos Padres, que tiraram suas conclusões da Bíblia e de sua sensibilidade e ardor poético. Temos algumas expressões do sermão sobre a natividade de Maria e São Pedro Damião, vejamos:

"Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa bela, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo, Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado? Naquele dia a glória de Deus desceu sobre o templo de Jerusalém sob forma de nuvem, que o obscureceu. O Senhor que faz brilhar o sol nos céus, para a sua morada entre nós escolheu a obscuridade (1Rs 8,10-12), disse Salomão na sua oração a Deus. Este mesmo templo estará repleto pelo próprio Deus, que vem para ser a luz dos povos."

"Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heróicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas.
São Tomás de Vilanova
Ainda na infância, Tomás de Vilanova já demonstrava ser uma pessoa extremamente caridosa. Para compartilhar com os pobres as dores e dificuldades de uma vida de necessidade e sofrimento, abriu mão de tudo o que tinha. Tomás de Vilanova nasceu no ano de 1486, em Fuenllana, na Espanha, e foi considerado uma das pessoas mais importantes e representativas do seu século.

Em 1516, ingressou na vida religiosa, junto aos agostinianos. Dois anos depois foi ordenado sacerdote e, logo em seguida, contra sua vontade, foi eleito superior, cargo que ocupou até 1544. O imperador Carlos V propôs, então, que se tornasse bispo da sede de Valência. Seu ingresso no bispado deu-se exatamente no dia 1o de janeiro de 1545. Baseou seu trabalho, como pastor, nos ensinamentos de Paulo e nos exemplos de grandes bispos da antiguidade cristã, entre eles Agostinho, Ambrósio e Gregório Magno.

Uma de suas maiores obras foi organizar várias formas de assistência. Entre elas, criou, no palácio episcopal, um orfanato para as criancinhas abandonadas, dando-lhes abrigo, cuidados e o carinho que tanto necessitavam. Acolhia de tal forma essas crianças que um dia chegou a ceder sua própria cama, pois não havia mais lugar para abrigá-las.

Tomas de Vilanova morreu no dia 8 de setembro de 1555. Só em 1658 foi incluído no álbum dos santos, pelo papa Alexandre VII.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 08/09/2011
Primeira Leitura: Miquéias 5, 1-4

                     NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA
(branco, glória, prefácio de Maria - ofício da festa)

Leitura da profecia de Miqueias - assim diz o Senhor, 1Mas tu, Belém de Éfrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado. 2Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. 3Ele se levantará para (os) apascentar, com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Os seus viverão em segurança, porque ele será exaltado até os confins da terra. 4E assim será a paz. Quando o assírio invadir nossa terra e pisar nossos terrenos, resistir-lhe-emos com sete pastores e oito príncipes do povo. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(70 - 12)

REFRÃO:Exulto de glória no Senhor.
1. Em vós eu me apoiei desde que nasci, desde o seio materno sois meu protetor; em vós eu sempre esperei. - R.
2. e meus adversários não triunfem no momento de minha queda, eu que confiei em vossa misericórdia. Antes possa meu coração regozijar-se em vosso socorro! Então cantarei ao Senhor pelos benefícios que me concedeu. - R.



Evangelho: Mateus 1, 1-16.18-23


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão. 4Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon. 5Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. 6O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa. 8Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias. 9Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias. 10Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia. 12E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. 13Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor. 14Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud. 15Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. 18Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. 19José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. 20Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. 22Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: 23Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14), que significa: Deus conosco. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Um novo Davi

Mateus elabora uma genealogia vinculando José à descendência davídica. Os discípulos oriundos do judaísmo tinham a expectativa da vinda de um messias poderoso, um novo Davi, que elevaria a Judéia a um reino de glória. As mulheres só aparecem nas genealogias algumas vezes, associadas ao marido. Com Maria é dito que era esposa de José, e que antes de conviverem, ela engravidou-se pela ação do Espírito Santo. Hoje, nove meses depois da festa da Imaculada Concepção, celebra-se o nascimento de Maria, a qual, na tenra juventude, cerca de quinze anos, conceberá o Filho de Deus. O projeto de Deus, com a encarnação de seu Filho, vem contemplar a aspiração de todos os povos em todos os tempos de serem participantes da natureza divina, na eternidade.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado

O Evangelho do Dia ( Quinta-Feira )

Ano A - Dia: 08/09/2011


A genealogia de Jesus
Leitura Orante

Mt 1,1-16.18-23

Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão.
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi.
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão. Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como prisioneiros para a Babilônia. Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel, que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim, que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó. Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta:
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel."
(Emanuel quer dizer "Deus está conosco".)

Leitura Orante

 -"Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus" Mt 1,26
-A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:
Espírito Santo,
tu que vieste do Pai,e que permaneceste conosco, em Jesus,
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações,
abre-nos à Palavra!
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade,
terreno bom, onde tu possas trabalhar com liberdade,
de modo que a nossa vidaseja testemunho da tua caridade.
Amém.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 1,1-16.18-23, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O início do Evangelho de Mateus ( v. 1-16) afirma que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Indicava a continuidade e fidelidade da promessa de Deus.
Outro detalhe é a presença de quatro mulheres: Tamar, Raabe, Rute, a mulher que tinha sido esposa de Urias (Bateseba).
De Abraão a Cristo sucedem-se três grupos de catorze gerações cada. Esta precisão indica que só Jesus e não outro, é o ponto de chegada da promessa divina. Só ele é o messias.
O evangelista quer registrar que em toda esta história e através destas pessoas Deus se fez presente e atuante. Também Maria se encontra nesta lógica divina: "Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias". Por que a descrição não segue como vinha sendo feita: "a" foi pai de "b"? Por que Maria, e não José, está na origem da geração de Cristo? - perguntamos. Isto se explica pelo próprio Evangelho quando afirma que Maria "concebeu um filho por obra do Espírito Santo". A preocupação do evangelista é iluminar a verdadeira identidade de Jesus, descendente de Davi, de modo extraordinário, o Salvador, Emanuel, Deus-conosco, nascido virginalmente de Maria.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Os bispos na Conferência de Aparecida, nos ajudaram a reavivar a nossa fé da presença de Deus que está presente e atuante também na nossa história. Disseram: "A história da humanidade, história que Deus nunca abandona, transcorre sob seu olhar compassivo. Deus amou tanto nosso mundo que nos deu seu Filho. Ele anuncia a boa nova do Reino aos pobres e aos pecadores. Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras".(DAp 29).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus está presente e atuante na nossa história.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar.
Vou repeti-la durante o dia.
Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
AGORA, um gesto concreto, neste Mês da Bíblia:
- No blog da Leitura Orante - http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/ - , em cima, do lado direito, clique no selo TOPBLOG e vote quantas vezes quiser. Assim, você coloca a Palavra de Deus no topo do blog e da sua vida.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
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Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A história que o Brasil não contou


Pouco ensinaram-me a escola e a sociedade sobre minha verdadeira história.
Sobre minhas raízes.
Minha realidade.
Ao falarem da escravidão, ressaltaram o poder dos senhores e a submissão do negro.

Falaram-me das correntes, do tronco, da chibata, dos porões...
Não me falaram da resistência, das lutas, da organização.
Deixaram margem para pensar que o negro era um idiota,
que aceitava tudo calado.
Ao falarem das plantações de café, dos canaviais, das minas e dos casarões, não me falaram da sua força, sua inteligência.

Da sua capacidade de fazer um país com a força de seus braços.
Chegaram a afirmar que o negro era preguiçoso.
Só trabalhava para não apanhar.
Ao falarem de sua identidade, contaram-me que chegavam aos montes, em navios negreiros, marcados a ferro como animais.
Vendidos em feiras como mercadoria. Não me falaram que o negro tinha alma, sangue, raízes. Ao falarem de sua fé, diziam apenas que eram supersticiosos, feiticeiros, cultuadores de deuses pagãos.

Não me falaram de sua religião.
Sua fidelidade a um Deus Vivo.
Cultuado com danças, cantos, gestos e rituais.
Não me falaram da alegria do negro ante o reconhecimento,
que podiam contar com o Senhor de todas as histórias.
Ao falarem da beleza, definiram-na assim: ter traços finos,
cabelos lisos e pele clara, era ser bonito.

Ter traços fortes, cabelos anelados, pele escura, era ser feio. Não me falaram que o negro tem seu cheiro, sua característica.
Sua ginga, um olhar.
Um brilho especial.
Que o negro de cabeça erguida encanta! Que o negro, é lindo!
Ao falarem da sua cultura...
Aí, eu tenho vontade de chorar!
Nada me falaram.

Fizeram-me pensar que o negro era uma folha atirada ao vento.
Não me falaram que o negro tem um sangue diferente.
Sangue quente, nobre, forte, bonito.
O regente de seu corpo, de sua cultura.
Uma energia que enobrece sua arte.
Que faz vibrar.
Que faz cantar.
Que faz dançar.
Que faz surgir sons especiais de objetos simples e banais.

Falaram-me muito da Princesa Isabel.
Pouco, ou nada de Zumbi dos Palmares.
Fizeram-me sentir tristeza por ser negra
Fizeram-me sentir vergonha por ser negra.
Em meu corpo moreno, mulato, pardo...
Existe a pigmentação que define minha origem.

Em minha alma vibrante,
Meu espírito silencioso,
Minhas veias vigorosas,
Corre sangue de meus ancestrais.
Sangue africano.
Sangue baiano.
Sangue negro.
A pigmentação que define minha raça!
Quinhentos anos de Brasil.
Quinhentos anos de resistência. Axé!


Cida Araújo

Desperta, meu Brasil!


Esta é uma simples mensagem
Em ritmo de poesia
Que mando a muitas paragens
Sonhando com um novo dia.

Deitado eternamente em berço esplendido
E lento, tão lento a despertar
Enquanto teus filhos não lutam com empenho
Os corruptos estão aí para te roubar.

Tudo depende de nós
Os brasileiros de verdade
É a hora, com vez, voto e voz
De conquistar a liberdade.

O que vai acontecer
No ano de dois mil e dois?
Não digas que não queres saber
Senão vais lamentar depois.

É uma das coisas nobres
Que acontece em um país
Não deixes que teu voto soçobre
Debaixo do teu nariz.

Neste ano vamos eleger
Presidente e governadores
Deputados e senadores
E preciso saber escolher
Senão tudo vira dissabores.

Comprometidos com a nação
Não com o FMI
Defender os cidadãos
Naquilo que lhes convir.

Muitos políticos esqueceram
Que eram representantes do povo
Nossos direitos não defenderam
E querem ser eleitos de novo.

Brasileiros tenham cuidado
Deixemos de tanto sofrer
Conheçamos bem o passado
De quem pretendemos eleger.

Quando meu Brasil
Se tornará independente?
Quando se desligar do imperialista
Descarado e prepotente.

Quando tiver filhos honestos
Que governem com fervor
Quando seu povo ficar esperto
E participar sem temor.

Quando tiver autonomia
E ação como lhe convir
Quando se libertar da agonia
Gerada pelo FMI.

Quando isso acontecer
Já não é mais utopia
É o verdadeiro alvorecer
De um longo e novo dia.

Então teremos identidade
De verdadeiros cidadãos
Tanto o povo da cidade
Quanto o povo do sertão.

Senhor, daí vossos poderes aos governadores
Para que governem com justiça e vosso povo
Eliminando tanta fome, tantas dores
Só assim surgirá um Brasil novo.

Eu não quis ser omisso
Só quero ajudar meus irmãos
A assumirem seu compromisso
Com esta grande Nação


Antônio Pinheiro Sampaio

Mensagens do dia ( Brasil de todo os povos )


É preciso juntos caminhar
embalar nossos sonhos florentes
Cantar a canção do tempo
Fazer dele real e presente.

É preciso amor que tanto o mundo padece
Um capitalismo selvagem que mata
São guerras impiedosas à tona
Seres inocentes que o poder arrebata.

Têm crianças nas ruas da vida
Sem esperanças de um dia melhor
O "faz-de-conta" não conta
O lucro é a busca maior.

Brasil, Brasil de todos os povos
Todas as raças, credos e religiões
País do futebol, do Sena, do Guga...
País continente, gigante em suas dimensões.

Também moram nos atalhos desta terra
O desemprego, a fome, a corrupção
O pão de cada dia é mal-repartido
Sobra esperança, falta amor no coração.

De mãos dadas, é preciso assim caminhar
Um aperto de mão, abraço imenso
Assim se vence as curvas turvas da vida
Alcança-se a paz e o amor intenso.


Leonardo J. D. Campos

NEM LIXO NEM LUXO - Pe Zezinho scj


 Pe Zezinho scj


Parecia humildade, mas não era. A humilde moça, diante das câmeras, dizia: -Eu não sou nada, eu não valho nada, não sou ninguém. Estava dizendo uma coisa muito bonita e encantadora, mas não era catequese correta. Também o rapaz que cantou que nada era diante de Jesus foi longe demais. Pedi licença para corrigi-los. Se foram batizados e serviam o seu povo, então eram alguém. E mesmo que não o fizessem, ainda o eram. Para Deus e para a Igreja sempre somos alguém. Foram humildes, mas errados!

Um culto sacerdote italiano, já falecido, usou uma vez em missa que com ele concelebrei, a expressão "alcunizzare" para lembrar que Jesus veio nos tornar alguém e tirar-nos da sensação de que nada somos. Um pôster que eu trouxe dos Estados Unidos, que me encantava e que, para minha tristeza me foi roubado após uma palestra por algum fiel pouco fiel, mostrava um menino de cerca de oito anos, roupa puída, cabelo desgrenhado, rostinho sujo e queixo posado sobre uma mureta dizia: I know I am somebody, cause God don´t make no junk! Sei que sou alguém porque Deus não fabrica lixo!

***

Está aí uma espiritualidade que muitos cantores e pregadores deveriam assimilar e ensinar. Nem luxo, nem lixo.... Nem igrejas do desmazelo, nem igrejas da prosperidade: igrejas do desprendimento, da riqueza simples e da pobreza honrada... Mas isso dependerá dos pregadores, dos quais alguns parecem idolatrar a pobreza como um bem em si mesmo e outros o dinheiro como um objetivo irrenunciável.

***
Um desses pregadores dizia, provocando o riso dos seus ouvintes que ele não era bobo. Ele queria muito dinheiro e muito conforto, porque era filho de Deus. Querer mais riquezas era a fonte de progresso para o mundo... E fazia carretas imitando os pobres e humildes demais. Pensei em Max Weber, William James, John Dewey, no utilitarismo inglês e no pragmatismo americano, no estoicismo grego e romano, no liberalismo e nos documentos da Igreja sobre pobreza, riqueza e poder. Não imaginei nos meus anos de estudo que ouviria na televisão um pregador exaltar os que buscam riqueza e ridicularizar os que buscam uma vida sóbria, como Paulo propõe na 1Tm 6,17 e na 2 Tm 3,1-10; Tito 2,12. Soou como se dissesse que bem-aventurados são os que buscam ter mais porque deles vem o progresso na terra. Aliás, foi o que disse. Foi na direção contrária ao que se afirma em Mateus: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus ( Mt 5,3) São os novos cristãos utilitaristas.
***
Têm os cristãos o direito de se expressar dessa forma? Valemos, sim, alguma coisa, somos alguém apesar de nossos defeitos e pecados, Deus nos deu valor e não nos teria criado para sermos como as pedras. Até a elas, às vezes, se acrescentam valores. Por isso se chamam preciosas. Nada errado, pois em querer sucesso e gozar de algum conforto. Mas exaltar a riqueza como um bem que vem da prática do evangelho e rir de quem escolheu a pobreza como se fosse um coitado e um fracassado é rir de São Francisco, de Santa Clara, e de milhares de santos que fizeram o caminho inverso deles. (Continua).

Entre Ágabo e Simão - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj

Para quem não se lembra, Ágabo foi um profeta leigo que, por palavras e atos, provou que o Senhor estava nele. Os apóstolos o respeitavam. (At 11,28-30) (At 21,8-13) Naqueles dias também havia virgens profetizas. Mas provaram por atos e atitudes que o Senhor estava nelas. E houve os falsos e estrepitosos, ávidos de publicidade, que faziam apenas golpe de cena. Fingiam ser profetas que não eram. Simão o Mago (At 8,9-24) e os filhos de Ceva são exemplo disso. (At 19,13-17) Já no tempo de Jeremias, 650 anos antes de Cristo havia os sérios e os teatrais e interesseiros a quem convinha posar de profetas. (Jr 14,14)

A televisão, hoje, está pródiga de profetas, alguns como Ágabo e outros como os sete filhos de Ceva; bons e falsos, serenos e espetaculares. Não são poucos os que freqüentam teologia para conseguir diploma e depois agir como se nunca tivessem estudado naquelas faculdades. Elas serviram de trampolim para estes falsos profetas. Precisavam de licença para pregar e não a conseguiriam sem uma faculdade, posto que numa igreja séria, não seriam ordenados nem padres nem pastores. Então foram, ouviram, passaram nos exames, mas não pregam nada daquilo que lhes foi ensinado. Alguns dormiam durante as aulas mais exigentes. É testemunho de seus próprios colegas. Já tinham sua própria doutrina. Só lhes faltava um diploma.

Não foram éticos. Dez anos depois, diante dos exorcismos, profecias, anúncios de anjos e demônios em ação e outras pregações que fogem da doutrina de sua igreja, alguém pergunta onde estudaram e eles dão o endereço da Faculdade de Teologia que lhes deu o título, mas cujo ensinamento eles não praticam. Pega mal para aquela instituição que certamente não ensinou o que eles pregam.

Recentemente deparei-me com um pregador que fazia sessões de quebra de maldição, libertação da antiga culpa dos antepassados e purificação da árvore genealógica, coisa que no seu curso de Teologia foi vivamente criticado como gesto não cristão, posto que o Cristo já as quebrou e Paulo o atesta em mais de cinco passagens de seus escritos. Os estudos bíblicos daquela faculdade de nada valeram. Já tinham a intenção de seguir outro pregador, mas este não podia lhes dar o título. Foram lá enganar a faculdade. Simão o Mago quis fazer o mesmo, mas os apóstolos reagiram. Nem todas as igrejas e escolas fazem o que os apóstolos fizeram. Não aceitaram ser usados pro profetas com doutrinas estranhas `Pa sua escola de fé.

Pseudo-Ágabos com freqüência profetizam, a cada fim de ano. Lembram os videntes de fim de ano. Fazem parte do mesmo fenômeno. Garantem, na televisão, debaixo de intensos holofotes, com rostos de santos iluminados, que o tempo da dor e do sofrimento acabou. Proclamam com voz solene, um tempo de vitória para o seu povo. Humildemente pedem mais contribuição para que a vitória seja completa e garantem que, no ano seguinte, seus ouvintes só colherão graças e vitórias.

Não há profecia nisso! Todo mundo sabe que no espaço de 365 dias colhem-se graças e vitórias. Por conta do novo Ágabo fica a promessa de que "só" colherão isso. Se acontecer uma perda, um acidente, o desemprego ou alguma eventual derrota, o novo profeta espalhafatoso, iluminado pelos holofotes da televisão, dirá que foi vontade do céu, e não tocará no fato de que no dia 25 de novembro ele predissera o fim dos sofrimentos. É o velho truque do marketing que prediz graças e milagres em nome do céu, com a possibilidade de sempre explicar por que não aconteceu do jeito que foi predito.

Entre Ágabo e Simão, os fiéis de todas as igrejas são convidados e discernir quem de fato é profeta sincero e quem faz papel de profeta que não é. O tempo, mais breve do que eles esperam, mostra quem disse a verdade e quem se enganou ou mentiu para ganhar audiência e adeptos. É um problema que todas as igrejas precisam resolver. O quanto antes! Se não reagirem, eles continuarão predizendo um futuro brilhante sem dor alguma, como os profetas que Jeremias enfrentou( Jr 14, 10-15).

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Mídia católica e mídia profana
 Pe. Zezinho, scj


Escolhi o caminho da mídia católica, o que não significa que seja contra todos os caminhos da mídia profana. Na mídia não religiosa há excelentes caminhos e excelentes profissionais. Alguns deles se comunicam conosco todos os dias. São confiáveis, creiam ou não creiam como nós.

Respeito também os sacerdotes que mergulharam de cabeça na mídia profana, conhecida como "grande mídia", embora a Igreja seja também uma grande mídia; basta ver os veículos que possui. O fato de ir mais devagar e de cada unidade atingir menos gente do que as grandes emissoras não faz a mídia católica pequena. Por conta das suas liturgias e de seus templos a mensagem católica abrange muito mais do que outras. Temos comunidades organizadas que a mídia profana não tem.

Optei pela mídia católica e, ao fazer a minha opção, não estava rejeitando os caminhos da mídia profana; estava, sim, me reservando para novos caminhos da mídia católica, que eu esperava que crescesse como de fato cresceu. Sei que não foi por minha causa, mas certamente dei a minha colaboração e tenho dado. Já, os meus colegas sacerdotes, alguns deles alunos meus, que optaram por freqüentar as inúmeras emissoras de rádio e de televisão da mídia profana, entendendo que com isso chegariam a um público ao qual não se chega pela mídia religiosa, também eles fizeram a sua opção. Foram pregar no púlpito não católico. Já fiz isso e sei que não é fácil nem é simples. Merecem respeito.

Acredito que Deus, a cada qual dá uma bússola; e que todas as bússolas apontam o rumo norte, mas os caminhos não precisam ser iguais e cada um terá que descobrir a sua trilha e o seu caminho para chegar ao seu norte. Não posso impor os meus, nem dizer que estou mais certo ou mais errado. Só posso dizer que estou há 45 anos nele e que para mim fez sentido dedicar todas as minhas energias, talentos e formação à mídia religiosa e católica. Perdi com isso, ganhei com isso.

Quanto aos meus irmãos de sacerdócio que optaram falar e cantar para milhões que não sintonizam mídias religiosas, o tempo dirá se fizeram melhor escolha. Isto de lançar as sementes, só se vê depois da semente cultivada e árvore feita; sementes espirituais não costumam medrar no dia seguinte, levam anos. Quem trocou a mídia religiosa pela mídia profana sabe o que fez e porque fez. Eu não troquei e também sei o que fiz e porque fiz. Estou falando de semeaduras e de cultivos; no dia da colheita saberemos.

Jesus mandou anunciar sua Palavra de cima dos telhados (Mt 10,27) e não disse se o telhado tinha que ser religioso ou se podia ser profano. Estou certo eu, estão certos eles. O problema semear parece resolvido. Agora vem a outra questão: o conteúdo da semente; aí a discussão vai longe! Já sabemos quem está semeando, onde e como está semeando. Agora precisamos saber o que está sendo semeado. Entra aí o delicadíssimo assunto da Doutrina dos Católicos.
 

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SANTO DO DIA

07/09
Santa Regina
Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século III, em Alise, antiga Gália, França. Seu nascimento foi marcado por uma tragédia familiar, especialmente para ela, porque sua mãe morreu durante o parto. Por essa razão a criança precisou de uma ama de leite, no caso uma cristã. Foi ela que a inspirou nos caminhos da verdadeira fé e da virtude.

Na adolescência, a própria Regina pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse pagão.

A cada dia, tornava-se mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu quarto, em oração e penitência.

Entretanto o real martírio de Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denuncia de que Regina era uma cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.

Quando Olíbrio percebeu que era verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.

O culto a santa Regina difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias vezes transladadas para várias igrejas. Até que, no local onde foi encontrada a sua sepultura, foi construída uma capela, que atraiu grande número de fiéis que pediam por sua intercessão na cura e proteção. Logo em seguida surgiu a construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.

Esta festa secular ocorre, tradicionalmente, em todo o mundo cristão, no dia 7 de setembro.
São Clodoaldo
Com alegria recordamos o santo testemunho do primeiro príncipe francês que foi canonizado pela Igreja: São Clodoaldo.

Clodoaldo nasceu por volta do ano 530 d.C., era neto do primeiro rei da França, foi convertido ao cristianismo por obra de sua santa esposa Clotilde, e recebeu sólida formação.

Quando menino, teve que assitir o massacre de seus irmãos por parte dos pagãos rebeldes e inimigos políticos do pai, rei de Orléans. Já adulto, obedeceu não a voz da vingança, mas a do Senhor que o chamou para a vida consagrada num mosteiro, como sacerdote e missionário.

Cortou os longos cabelos, que era um sinal de autoridade e virilidade nos povos daqueles tempos e renunciou aos direitos do trono.
Tornando-se pelo amor e sacrificio, um símbolo frances, tanto do ideal cristão da santidade, quanto de príncipe virtuoso.

A tradição nos garante que Clodoaldo viveu de modo heróico sua vida religiosa monástica, e que porduziu muitos frutos como sacerdote e missionário, até sua morte na região de Nogent, perto de Paris, onde surgiu uma igreja em sua memória.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 07/09/2011
Primeira Leitura: Colossenses 3, 1-11

XXIII SEMANA COMUM
( verde - ofício do dia )

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses - Irmãos, 1Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. 2Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. 3Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória. 5Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria. 6Dessas coisas provém a ira de Deus sobre os descrentes. 7Outrora também vós assim vivíeis, mergulhados como estáveis nesses vícios. 8Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, 9nem vos enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, 10e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito conhecimento. 11Aí não haverá mais grego nem judeu, nem bárbaro nem cita, nem escravo nem livre, mas somente Cristo, que será tudo em todos. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(144)

REFRÃO: O Senhor é muito bom para com todos.
1. Dia a dia vos bendirei, e louvarei o vosso nome eternamente. Grande é o Senhor e sumamente louvável, insondável é a sua grandeza. - R.
2. Glorifiquem-vos, Senhor, todas as vossas obras, e vos bendigam os vossos fiéis. Que eles apregoem a glória de vosso reino, e anunciem o vosso poder, - R.
3. para darem a conhecer aos homens a vossa força, e a glória de vosso reino maravilhoso. Vosso reino é um reino eterno, e vosso império subsiste em todas as gerações. O Senhor é fiel em suas palavras, e santo em tudo o que faz. - R.



Evangelho: Lucas 6, 20-26


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 20Então ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse: Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis! 22Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem! 23Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas. 24Mas ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação! 25Ai de vós, que estais fartos, porque vireis a ter fome! Ai de vós, que agora rides, porque gemereis e chorareis! 26Ai de vós, quando vos louvarem os homens, porque assim faziam os pais deles aos falsos profetas! - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

As bem-aventuranças

Lucas apresenta quatro bem-aventuranças aplicadas a situações bem concretas de vida: pobres, fome, chorando, vos expulsarem... Em Mateus encontramos oito bem-aventuranças apresentadas sob uma forma mais espiritualizada.
A bem-aventurança dos pobres não significa a exaltação do sofrimento da privação, mas a disponibilidade de quem está na situação de pobreza e o zelo de Deus pelos oprimidos e explorados. Os ricos aplicam seu coração em proteger sua riqueza, fazê-la crescer, e preocupam-se sobre como gastar parte dela. Os pobres estão livres destas preocupações e seus corações estão assim mais disponíveis para a novidade do anúncio de Jesus. Lucas, no seu evangelho, com freqüência destaca o chocante e absurdo contraste entre as condições de vida dos ricos e a dos pobres. Assim ele acrescenta às bem-aventuranças dos pobres as imprecações aos ricos.


José Raimundo Oliva

O Evangelho do Dia ( Quarta-Feira )

Ano A - Dia: 07/09/2011


Felizes...
Leitura Orante

Lc 6,20-26

Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.

Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,20-26, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Este é um solene discurso de Jesus que abre um discurso maior. É como um eco daquele primeiro na sinagoga de Nazaré. Também Lucas fala da "boa nova" para os pobres: o Reino de Deus, a sua justiça para os pobres, os famintos, os que sofrem e que são rejeitados. Para compreender o texto do Evangelho de hoje, precisamos nos perguntar: Qual a finalidade das bem-aventuranças? Quem são os pobres e os ricos? O que é o Reino de Deus? As bem-aventuranças , aqui expressas na palavra "felizes" é um estilo literário da Bíblia, usado pelos sábios e profetas para anunciar a alegria que relaciona o presente com uma promessa futura. Os destinatários destas promessas são os pobres, ditos também os "anawim", ou seja, aqueles que dependem dos outros, privados de segurança material e social: os famintos, aflitos, oprimidos. Neste anúncio Jesus não está dizendo que os pobres são felizes pela sua condição carente, mas porque Deus toma a defesa do pobre. Também não é porque o pobre é melhor do que o rico, mas porque Deus é justo, misericordioso e Pai que "faz nascer o sol sobre justos e injustos". Na verdade as bem-aventuranças de Jesus não significam que ele ratifica, abençoa a situação dos pobres, famintos, aflitos. Isto seria a consagração da injustiça, das diferenças e da prepotência humana,que na verdade, são denunciadas nos "ai de vós". Nesta narrativa de Lucas, as bem-aventuranças são dirigidas aos discípulos que pelo Reino partilham a condição dos pobres e da rejeição: "felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem".

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Recordo as palavras dos nossos pastores, em Aparecida, palavras que repercutem as de Jesus: "No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: (...) a mudança de paradigmas culturais; o fenômeno da globalização e a secularização; os graves problemas de violência, pobreza e injustiça; a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas."(DA 185)
Como enfrento estes e outros desafios?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou lembrá-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva
AGORA, um gesto concreto, neste Mês da Bíblia:
- No blog da Leitura Orante - http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/ - , em cima, do lado direito, clique no selo TOPBLOG e vote quantas vezes quiser. Assim, você coloca a Palavra de Deus no topo do blog e da sua vida.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mensagem do dia (O menino da praça)


Numa manhã setembrina,
na Praça do Panteon, sentei-me à beira de um canteiro, absorta nas minhas orações diárias.
Em dado momento, percebi, ao meu lado, um menino que cochilava.
Agasalhou-se bem juntinho a mim, sequioso por um aconchego materno, e pôs-se a dormir ranqüilamente.

Tocou-me profundamente e, com ecletismo, contemplei aquela cena patética
e me pus a interrogar: Q uem és tu, ó menino, que dormes ao relento nesta manhã tão gélida, na Praça do Panteon?

Quem és tu, ó menino desconhecido, que fazes deste chão tua manjedoura, com o teu corpo encoberto, não só pela camisa que te serve de coberta, não só pelo livro que te serve de travesseiro, que alguém ali deixou, não só pelo calção surrado, preto de cor e sujo, que te serve de pijama, não só pela japonesa, pé de uma, pé de outra, que te protege os pés?

Mas pela vida incógnita que levas, pela incerteza estampada no teu rosto de criança, pelo sono que te domina nas noites não dormidas, vagadas ao léu por esta ilha bela?
Mas, e mais ainda, pelo descaso dos grandes, de quem poderia te amparar!

E tu aí dormes a céu aberto, sem alento, banhado pelo sol candente que te aquece da brisa friorenta que sopra nesta manhã de setembro, sob o olhar atônito dos transeuntes, que passam como que a interrogar o porquê deste menino abandonado em tenra idade, jogado à margem da vida, sem amparo e sem carinho, nesta linda São Luís patrimônio da humanidade.

Eu também sem entender vou em frente, com o coração tristonho, nas palavras do Evangelho, meditando: "Deixem as crianças vir a mim.
Não lhes proíbam, porque o reino de Deus pertence a elas"...
Então, Jesus abraçou e abençoou as crianças, pondo as mãos sobre elas.
Fica com Jesus, teu real amparo, ó menino da Panteon!


Aracy Ribeiro e Silva

Madre tereza de Calcutá


Meu Deus,
por livre escolha e por teu amor,
desejo permanecer aqui e fazer o que a tua vontade exige de mim.
Não! Não voltarei atrás.

A minha comunidade são os pobres.
A sua segurança é a minha.
A sua saúde é a minha.

A minha casa é a casa dos pobres.
A sua segurança é a minha.
A sua saúde é a minha.

A minha casa é a casa dos pobres:
Não apenas dos pobres mas dos mais pobres dos pobres.
Daqueles de quem as pessoas já não querem aproximar-se com medo do contágio e da porcaria
porque estão cobertos de micróbios e vermes.

Daqueles que não vão rezar, porque não podem sair nus de casa.
Daqueles que já não comem porque não têm força para comer.
Daqueles que se deixam cair pelas ruas, conscientes de que vão morrer, e ao lado dos quais os vivos passam sem lhes prestar atenção.

Daqueles que já não choram,
porque se lhes esgotaram as lágrimas; dos intocáveis.


Madre Teresa de Calcutá

O LIVRO E O TECLADO - Pe Zezinho scj


 Pe Zezinho scj


Dias atrás, dizia-me um professor, afirmação confirmada por pelo menos quinze professores de outras matérias que seus alunos são rápidos de acesso e ruins de pesquisa. Vale dizer: correm para a WEB quando precisam de alguma informação, mas perderam a capacidade de manusear livros, folhear, anotar e saber o nome dos pensadores do seu tempo. Vem tudo resumido, reescrito, recortado e parcelado. O livro é inteiro, mas o verbete que buscam vem ruminado e parcelado. Parecem a dona de casa que nunca comprou um queijo, ou um pernil inteiro. Só os conhece em fatias.

Perguntei, esses dias, a acadêmicos em fim de curso os nomes de cinco filósofos e cinco teólogos modernos. Tiveram dificuldade de lembrar, embora soubessem. Admitiram que falta familiaridade com os pensadores do seu tempo. Não ficaram íntimos com os seus livros. A Internet não tem o mesmo fascínio de um livro à cabeceira ou no banco ao lado.

Existe hoje uma "geração www". Não procuram, não manuseiam, nem pesquisam. Digitam e a Internet vomita a informação, mas vomita em fatias. Quem aposenta um livro corre o risco de perder parte significativa do mundo da cultura. Nas duas meadas, acha um fio e perde o outro.

O que dizer sobre o uso da Internet e o manuseio dos livros? Que um não deveria dispensar o outro. Há temas que não se encontra em livros e há conteúdos que não se acha na Internet. Cabe aos professores motivar o aluno a freqüentar bibliotecas tanto quanto as lan-houses ou os cafés digitais, tenham estas casas o nome que tenham. Ensine-se aos jovens que a cultura do teclado não pode substituir a do manuseio das páginas. Há que se ter familiaridade com os dois, porque nem acabou nem acabará a era do livro, venha ele como vier no futuro e pelo visto a Internet veio para ficar.

Perde, e muito, o aluno que apenas se guia pela Internet, ainda que sonora e bem mais sofisticada. Num mundo digitalizado vale lembrar que o mesmo dedo que digita é o que ainda segura a caneta, manuseia o livro impresso e a revista de banca. Cabe aos pais e professores mostrar ao aluno a importância de saber quando desligar o computador para se ligar num livro.

Crítica e autocrítica - Pe. Zezinho, scj

  Pe. Zezinho, scj

Um dos empecilhos mais complicados para a espiritualidade de um pregador é a auto-crítica. Caiu de moda. São poucos os que a fazem ou que, após uma crítica, amiga ou maldosa, estão dispostas a fazer a auto-crítica, isto é, a conversão e o devido exame de consciência. A tendência é ignorar, ficar chateado, justificar, responder com estatísticas e com outros apoios. Voltar atrás, corrigir, admitir que não foi milagre, que a pessoa não foi curada, re-editar, regravar aquela frase infeliz, admitir que, como foi dito não estava claro, é coisa rara. Há sempre um subterfúgio para que tudo fique como está, para não se corrigir, não voltar atrás e não admitir o erro.

Somos todos fortemente tentados a manter o que dissemos, cantamos, escrevemos e profetizamos, mesmo quando é evidente que estávamos errados. Vem de longe a caturrice, a dura cerviz e a teimosia dos profetas e pregadores que aceitam profetizar, mas não aceitam que outros profetizem a respeito deles, aceitam pregar, mas não gostam que alguém lhes pregue.

Alunos que não aceitam a correção dos mestres, professores que ignoram a observação dos colegas, profetas que não admitem que o outro também o seja, especialistas que, de tão especialistas, reagem com ironia quando alguém, não tão especializado, lança-lhe uma pergunta incômoda. Quem não viu e não passou por isso? Se você é um simples licenciado não ouse questionar doutor. Ele sofrerá a tentação de ignorar sua pergunta. Afinal, que tese você defendeu?

Se ele é tido como profeta no seu movimento e no veículo por ele dirigido ou protagonizado seus adeptos e admiradores perguntarão quem é o sujeito que o critica se é menos famoso? E se o for, falarão de inveja!... Tudo isso porque a correção fraterna e a auto-crítica caíram de moda. Está em alta a auto-estima, pior do que isso, a alta-estima! Digo o que quero, profetizo como Deus me inspira e não aceito mudar.

Foi o que houve numa gravadora, quando um grupo cheio de alta-estima e convicto de que tinha uma profecia a viver, negou-se a corrigir o texto de uma canção que a diretora, formada em língua portuguesa e teologia pediu que fosse mudado. O texto dava a entender um velado subordinacionismo. Isto é, o autor dizia e o grupo cantava que " Ó filho que vens depois, nos trouxe quem vem depois de Ti". Descontado o erro de concordância, a intenção era boa. Pretendia dizer que para nós cristãos, o Filho se revelou e a seguir nos revelou o Pai e o Espírito Santo. Mas o texto não dizia isso! O rapaz bateu o pé e disse que o Espírito Santo lhe sugerira aquela frase daquele jeito. À editora não restou senão cancelar a gravação. O grupo não aceitava crítica nem admitiu fazer auto-crítica. Erraram gravemente porque a primeira proposta de João Batista e de Jesus., bem como a primeira atitude de quem de fato recebeu o Espírito é a conversão, o desejo de acertar, o diálogo e a capacidade de se corrigir caso tenha cometido algum erro. Está escancarado nos evangelhos. "Convertei-vos"... Quem não aceita que a Igreja ou irmãos que sabem mais, em nome da Igreja os advirtam e corrijam não entendeu o que é ser profeta.

Na mística do pregador, não aceitar correção é o mesmo que teimar em atravessar o sinal vermelho. Um dia, acaba esmagado pelo trem da História. Aquele velho e teimoso astrônomo que não aceitou novos telescópios, nem as novas descobertas da astronomia, nem a opinião de seus colegas mais estudiosos, prosseguiu impávido e desatualizado a anunciar como definitivo o que via na sua luneta de l950. Quando viu as fotos do gigantesco Hubble, primeiro não acreditou, depois chorou de frustração ao ver o quanto se fechara no seu pequeno e ultrapassado observatório. Ao não aceitar ver o universo por outros telescópios pregadores da fé correm o mesmo risco.

Sem auto-crítica acabaremos pregando como em l960, e a falar em "plêiade de moços" " mocidade miriádica" e a chamar Maria de "íris fúlgido", a conclamar os católicos num solene "eia, avante soldados da fé", e a jurar ante o "altar da pátria e da Igreja triunfante, em busca de um futuro e lustroso refulgir na glória celeste"... É, pois é!

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Nunca por falta de amor
 Pe. Zezinho, scj


Que o sonho não acabe nunca .

Cultive sua roseira , senão ela murcha.
Não confie só na luz do alto .
Use seus braços para ajudar a luz do alto.
Não a coloque debaixo de sua casa.
É na frente, para enfeitar.
Não a deixe em lugar sem luz.
Roseiras não vivem sem luz.
Não a machuque na hora de lhe tirar os espinhos.
Não lhe tire todos os espinhos . Eles a ajudam a viver.
Não corte as rosas . Deixe-as na roseira.
Rosas colhidas morrem em três dias .
Na roseira duram muito mais tempo .
Se você não cultivar, não vai colher .

Aprenda a adubar, enxertar, podar, regar ,
tudo no tempo certo.
Conheça bem o que você plantou .
O fruto depende não apenas da plantação.
Mais do cultivo do que da plantação .
Até porque plantar e semear é fácil.
Cuidar é que consome paciência, tempo e energia .
Mas é lindo ver crescer .
Jardineiros não trocariam isso por nada.
O prazer de ver crescer.
Nunca por falta de cuidado.
Nunca por falta de cultivo.
Nunca por falta de carinho.
Nunca por falta de amor .
Não deixe sua família morrer.
Todos os dias dê um beijo, uma palavra bonita,
uma brincadeira , um abraço.
Todos os dias olhe nos olhos ou finja que está carente
para aquele filho que não foi gentil.
Admita que precisa .
Cuidado com essas bobagenzinhas ,
queixinhas e rusguinhas de casal imaturo
que, ampliadas, viram uma catástrofe.


Quem briga demais por uma camisa mal passada,
por um prato quebrado ou por um vaso fora do lugar está chamando crise.
Quem reclama demais está começando a trincar seu vaso de porcelana.
Quem nunca elogia está arrumando desamor .


Nunca, mas nunca por falta de amor
Se sua roseira morrer ,
que não seja por falta de cuidados ...
Nem por cuidado excessivo de mulher chata
ou dominadora
ou de machão sem gentileza .
Já pediu desculpas este mês ?...
Já disse "Eu te amo"
desde que se levantou hoje às seis horas ?

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SANTO DO DIA

06/09
S. Zacarias
São Zacarias nasceu em Galaad, pertencente a tribo de Levi. Zacarias cujo nome significa "o Senhor lembra, é o profeta mais citado no Novo Testemento, depois de Isaías, penúltimo dos profetas menores, foi chamado ao ministério profético no mesmo ano de Ageu 520. O seu mistério durou provavelmente até o término da construção do Templo de Jerusalém, tema das suas exortações. Mediante visões e parábolas, anuncia o convite de Deus à penitência, condição para que se realizem as promessas: "Assim fala o Senhor dos exércitos: Convertei-vos a mim, e eu me voltarei a vós." Sua caracteristica é o messianismo, suas profecias referem-se ao futuro do povo Israel, futuro próximo, tempo de benevolência do Senhor para com Israel.

Zacarias põe em evidência o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade, realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material, ação divina nesta obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: "Eis que eu libertarei o meu povo. Reconduzi-lo-ei para habitar em Jerusalém: será o meu povo e eu serei o seu Deus, na fidelidade e na justiça." Será um tempo de paz e de alégria e as injustiças serão eliminadas da face da terra.

Zacarias teria feito muitos prodígios, acompanhado-os com profecias de conteúdo apocalíptico. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do túmulo de Ageu.
Santo Liberato de Loro
Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa.

Renunciou às terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio em favor de seu irão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino. Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Alí vestiu o habito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade.

Em "Florzinhas de São Francisco" encontramos o seguinte relato sobre ele: " no Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em pela comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração.

Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-La, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento.

Chamando-o por seu nome a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta vida"". Assim frei Liberato ingressou na vida eterna , numa data incerta do século XIII.

No século XV o culto à Liberto de Loro era tão vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 06/09/2011
Primeira Leitura: Colossenses 2, 6-15

XXIII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura da carta de São Paulo aos colossenses - Irmãos, 6Como (de nossa pregação) recebestes o Senhor Jesus Cristo, vivei nele, 7enraizados e edificados nele, inabaláveis na fé em que fostes instruídos, com o coração a transbordar de gratidão! 8Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo. 9Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. 10Tendes tudo plenamente nele, que é a cabeça de todo principado e potestade. 11Nele também fostes circuncidados com circuncisão não feita por mão de homem, mas com a circuncisão de Cristo, que consiste no despojamento do nosso ser carnal. 12Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. 13Mortos pelos vossos pecados e pela incircuncisão da vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele. É ele que nos perdoou todos os pecados, 14cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na cruz. 15Espoliou os principados e potestades, e os expôs ao ridículo, triunfando deles pela cruz. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(144)

REFRÃO: O Senhor é muito bom para com todos.
1. Louvor. De Davi. Ó meu Deus, meu rei, eu vos glorificarei, e bendirei o vosso nome pelos séculos dos séculos. Dia a dia vos bendirei, e louvarei o vosso nome eternamente. - R.
2. O Senhor é clemente e compassivo, longânime e cheio de bondade. O Senhor é bom para com todos, e sua misericórdia se estende a todas as suas obras. - R.
3. Glorifiquem-vos, Senhor, todas as vossas obras, e vos bendigam os vossos fiéis. Que eles apregoem a glória de vosso reino, e anunciem o vosso poder, - R.



Evangelho: Lucas 6, 12-19


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 12Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. 13Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: 14Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, 15Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; 16Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor. 17Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades. 18E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres. 19Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Momentos de Oração de Jesus

Dentre os três evangelistas sinóticos, é apenas Lucas que, várias vezes destacando os momentos de oração de Jesus ao longo de seu ministério, faz preceder a escolha dos doze por uma noite toda de oração. Após a oração a Deus e a escolha dos doze, no alto da montanha, segue-se a descida a um lugar plano para o encontro com a multidão. Dentre esta multidão está presente gente de toda a Palestina e regiões vizinhas, reunindo judeus e gentios, caracterizando-se a dimensão universalista do anúncio de Jesus. E este anúncio é acompanhado do resgate da vida dos excluídos e marginalizados e da libertação dos atormentados, subjugados e oprimidos pelos espíritos impuros das diversas formas de ilusão da ideologia dos poderosos. E é neste lugar plano que, conforme Lucas, Jesus proclama, em seguida, suas quatro bem-aventuranças aos empobrecidos e seus quatro "ais" aos ricos.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.