terça-feira, 9 de agosto de 2011

Médico do corpo e da alma















A cura da filha da Cananéia mostra como Jesus é, de fato, o médico do corpo e da alma. Ele que curava todas as enfermidades físicas, também vinha de encontro às doenças espirituais. Ele escutou os brados de uma mãe aflita: “Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio” (Mt 15,22). Após testar a humildade e a fé daquela suplicante, sua faustosa resposta: “Seja como tu queres. E desde esse momento sua filha ficou curada”. É que Cristo, o Verbo feito carne, é o grande salvador  vindo do céu, poderoso para medicar todos os males humanos. No seu livro Confissões, assim se dirigiu Santo Agostinho ao Redentor: “Tu és o médico, eu sou o enfermo; tu és a misericórdia, eu sou a miséria” (X 28,39). Esta figura do Filho de Deus está no coração da teologia agostiniana. O grande doutor da Igreja focalizava sobretudo as curas espirituais das almas feridas pelo pecado ou vexadas pelo demônio, quando Jesus aplicava então sua terapêutica divina e, com seu poder, sempre triunfava do Inimigo. Ele, porém,  continua esta ação através dos tempos. Sabe sempre  diagnosticar o mal que atinge o homem e lhe oferece o remédio oportuno com uma notável competência celeste. Aliás, o próprio Jesus afirmara: “Não são os que têm boa saúde que precisam de médico, mas os doentes” (Mt 9,12). Muitas vezes as curas corporais que fazia eram também sinal de um restabelecimento espiritual. Ele olhava a situação psicossomática dos que a Ele recorriam com fé. Na parábola do Bom Samaritano ele exaltou a misericórdia de alguém devotado aos sofrimentos de um abandonado semimorto no caminho para Jericó. Era a figura dele mesmo continuamente cheio de amor para com os sofredores. A Cananéia estava aflita porque sua filha estava atormentada por satanás, que foi então inteiramente expulso daquela que o demônio amofinava, como, além disso, ocorreu com tantos endemoninhados. Em todos estes episódios, Cristo não  apenas debelava o mal, mas oferecia o medicamento, ou seja, uma fé profunda. Esta inclui em si a humildade, porque se deixa de confiar nos homens e nos recursos naturais, para unicamente depositar nele a certeza de que Ele é, realmente, o senhor todo-poderoso que pode restaurar  o ser racional na sua total integridade. Não há situação desesperadora, feridas profundas que Ele não possa definitivamente medicinar. Será,  contudo, pelo espírito de fé que sua ação se irradia naquele que vem implorar seu olhar clínico. Ele se fez homem para que todos os humanos, que são carnais,  pudessem perceber ao vivo sua divindade onipotente. Deste modo, se compreende melhor a dupla dimensão da Encarnação e da Redenção. Se Ele se fez carne e habitou entre nós  foi para se adaptar à humanidade sofredora que  viera remir. Demonstrou, porém, toda sua incontestável competência de médico do corpo e da alma e disto deve resultar uma confiança irremovível nele, uma esperança inalterável. São ambas os antídotos prescritos, mesmo porque não basta consultar um grande especialista, mas cumpre tomar rigorosamente os remédios. Entretanto, a grande diferença entre Cristo e os demais médicos é que Ele leva a quem Ele cura a participar de sua natureza divina, incorruptível, vitoriosa do mal dos males que é a morte. Pôde, com efeito, afirmar: “Quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6,47).  Isto porque Ele  transfunde sua santidade, sua justiça para o corpo e para a alma daquele que crê ser Ele  verdadeiramente o Filho de Deus que veio  para que todos tivessem a vida e a tivessem em abundância (Jo 10,10), como acontecia com a Cananéia, a clamar: “Senhor, socorre-me”. Se ela julgasse que Ele era um simples homem não teria lançado apelo tão significativo. Para que se obtenha, porém, o socorro de qualquer médico é preciso estar consciente da gravidade do mal e desejar a saúde, insistir, lutar, pedir. Eis porque o mesmo Cristo advertiu: “Pedi e recebereis, buscai e encontrareis, batei e  a porta se vos abrirá” (Mt 7,7). A Cananéia havia irritado de maneira tal os discípulos que eles tinham dito ao Mestre: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Ela, porém, foi persistente e, até, argumentou com Jesus, usando os próprios termos por Ele usados: “Até os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”, demonstrando não só uma profunda humildade, mas, sobretudo, a vontade firme de obter a cura da filha. Às vezes, Deus tarda um pouco a responder, mas se trata de um método pedagógico, tendendo a educar a pessoa para reconhecer a profundidade do mal em tela e a aumentar a certeza no seu poder. Eis porque, antes de proclamar a cura da filha da Cananéia, ele a elogiou: “Mulher, grande é a tua fé!" Nunca se deve esquecer que o tempo de Deus não é o tempo dos homens e que Jesus, o Médico divino, jamais falha e se deixa tocar sempre pelos que nele inteiramente confiam.

*Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG)

Mensagens do dia ( Pai, meu amigo )


Pai, vou abrir meu coração
E talvez nesta canção
Eu consiga dessa vez lhe dizer
Como eu amo você

Oh, pai, ao tocar as suas mãos
Ao olhar nos olhos seus
Sinto a luz do Criador que através de você
Fez nascer em mim o amor

Pai, quantos lindos momentos, pai
Espalhados no tempo, pai
De alegria e emoção
Todo fim de tarde
Eu ali na vidraça
Com olhar de esperança
Aguardando você abrir o portão

E eu viajo em lembranças (e são tantas)
Velhas fotos ao vento
De Tarzan, de pirata, xerife e caubói
Mas nas minhas (em todas as) histórias
Você foi o meu herói
A cadeira na sala
Nosso almoço aos domingos
Meu terninho de missa
Arco-íris, vitrais...
O seu beijo na testa
Nos meus sonhos de paz

Obrigado por tudo, pai


Sílvio Brito
Referência: Pai, meu amigo

Mensagens do dia ( Pai )


Pai
amigo para a vida inteira!
Embora eu seja ainda jovem,
posso entender coisas
que você não imagina.

E apesar deste meu jeito diferente,
- vejo claro o caminho
que você mostra, mesmo quando pareço
estar olhando para outro lado;
- ouço bem o conselho que você me dá,
mesmo quando minha cabeça voa por aí;
- sinto forte a presença do seu exemplo,
mesmo quando fico ligado nos ídolos
do meu tempo.

E apesar de sermos diferentes aqui e ali,
é bom saber que a gente caminha junto,
- vendo, ouvindo e sentindo como amigos.

Porque, na verdade, Pai, é isso que conta!

Rubens Marchioni

Mensagens do dia

O que sei sobre o Universo
 Pe. Zezinho, scj

Foi na Igreja Católica que aprendi a contemplar o Universo. Até meus 16 anos eu achava aquilo tudo um monte de estrelinhas cintilantes. Nunca me importei com elas. A leitura de alguns textos bíblicos na liturgia, algumas canções do Movimento Gen, alguns livros de espiritualidade e a fala de pregadores em retiros e missas, foram me enchendo de curiosidade por saber mais sobre aquelas luzes. Não poderiam ser frutos do acaso!
Comecei a mergulhar mais de cheio na Bíblia, sobretudo, no Gênesis e nos Salmos. Dali nasceriam mais tarde uns 200 poemas e canções sobre a criação e sobre ecologia. Gosto, sobretudo, do Salmo 8. É estupendo. Sem maior conhecimento de psicologia, de biologia ou de sociologia, sem luneta nem telescópios, o autor sabia da vastidão do Universo e da profundidade que há num ser humano.
De canto em canto e de prece em prece comecei a agradecer a Deus por morar aqui neste canto da Via Láctea. O que é o homem para que Deus se importe com esse minúsculo ser vivo (Sl 8,4-5), mas inteligente? O que é a minúscula Terra onde moramos, para que Deus tenha feito o que fez por ela, dispondo as rotações e os equinócios de tal forma que ela pega calor e frio com impressionante regularidade? De onde veio a água que temos? Por que a precisão de horas, minutos e dias? Alguém queria a vida aqui! Não foi acaso!
A leitura de escritores de renome e de cientistas insuspeitos na sua busca, levaram-me a ouvir os que não crêem em Deus e nos que o amam e louvam. Todos eles me ensinaram alguma coisa. O ateu confesso Karl Sagan (1920-1984) me ensinou mais sobre Deus do que muita gente religiosa. O que ele me mostrou sobre o Universo me aproximou ainda mais do Deus, em quem ele gostaria de crer (livro:Bilhões e Bilhões). Era certamente mil vezes mais bem informado do que eu, mas o universo que aumentou a minha fé, o deixou perplexo. É que sabia mais do que eu e tinha mais interrogações do que eu. Eu me contentei com o pouco que sabia. Foi suficiente para eu concluir. Respeito as dúvidas dele. Já deve estar satisfeito agora que conhece Deus, porque ele deve ter ido para o céu, de tanto que amou esta obra de Deus.
Não posso julgá-lo. Só sei que o universo o ensinou a amar o ser humano. A mim ensinou a amar também o Criador que ainda não sei como é. Só sei que Ele existe e que não se parece com nada do que já vi. Ele é mais do que tudo o que possamos descrever ou imaginar.
O que sei sobre o Universo é que é gigantesco e desafia todos os estudiosos. Quanto mais descobrimos sobre os bilhões e trilhões de corpos siderais, tanto mais perplexos ficamos. Estamos nos primeiros passos de uma quase infinita estrada de bilhões e bilhões de anos luz. Ou seja: nem sequer começamos...
Sei muito pouco sobre a criação quase infinita e menos ainda sobre o Criador infinito, mas, depois de ler mais de 50 livros sobre o assunto, já sei o suficiente para saber que estou aqui porque Alguém aqui me quis, neste planeta, neste tempo, nesta era e netsa hora...
Como tenho mais de 60 anos, imagino que não tenha muitos anos para desfrutar minha estadia por aqui. Certamente será menos do que os anos que já vivi e nem sempre aproveitei para adorar e louvar o meu Senhor. Mas tenho suficiente humildade para reconhecer que é muito mais o que não sei do que o que sei. E é uma das razões pelas quais sou ecumênico. Minha Igreja não sabe tudo. Mas ela pelo menos admite! (CIC 37).
Sei que um pregador encontra Jesus quando fala como aprendiz e nunca como dono da verdade. Tive a sorte de conhecer professores e pregadores humildes das mais diversas Igrejas cristãs. Eles olhavam para o Universo como eu olho: como aprendizes. Quando eu morrer, se Deus me levar para o seu céu, então saberei como isso tudo era imenso! E saberei que não eram apenas estrelinhas cintilantes... Quem sabe descobrirei que havia vidas inteligentes e seres que louvavam a Deus em algum outro canto da criação!... Um dia, como Paulo, verei isso com clareza e sem as imperfeições da ciência e das Igrejas de hoje (1 Cor 13,12).
Agora, olho pelo telescópio e pelos microscópios e louvo a Deus por ter visto um pouco dos detalhes da sua obra, mas não brinco de escolhido. Ele sabe se me escolheu ou não. Eu apenas tento aprender mais e mais sobre Ele. Ninguém vai me ouvir num púlpito, gritando que nós somos os inteligentes e os escolhidos e os outros todos são cegos. Minha santa mãe, a Igreja Católica, não aceitaria isso! Se outras igrejas aceitam, então elas têm um sério problema de fé e outro de humildade (Rom 2,6)...

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

SANTO DO DIA

09/08
Santa Edith Stein (Tereza Benedita da Cruz)
Edith Stein nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Aos dois anos ficou órfã do pai. A mãe e os irmãos mantiveram a situação financeira estável e a educaram dentro da religião judaica.

Desde menina, Edith era brilhante nos estudos e mostrou forte determinação, caráter inabalável, e muita obstinação. Na adolescência viveu uma crise, abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença consciente em Deus. Depois, terminou os estudos com graduação máxima, recebendo o título de doutora em fenomenologia, em 1916. A Alemanha só concedeu este título à doze mulheres na última metade do século XX.

Em 1921, ela leu a autobiografia de Santa Teresa dÁvila. Tocada pela luz da fé, se converteu e foi batizada, em 1922. Mas, a mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao catolicismo. A exceção foi sua irmã Rosa, que se converteu e foi batizada no seio da Igreja, após a morte da mãe, em 1936.

Edith Stein começou a servir a Deus com seus talentos acadêmicos. Lecionou numa escola dominicana, foi conferencista em Instituições Católicas e finalizou como catedrática numa universidade alemã. Em 1933, chegavam ao poder: Hitler e o partido nazista. Todos os professores não-arianos foram demitidos. Por se recusar a sair do país, os superiores da Ordem do Carmelo a aceitaram como noviça. Em 1934, tomou o hábito das carmelitas e o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz. A sua família não compareceu à cerimônia.

Quatro anos depois, ela realizou sua profissão solene e perpétua recebeu o definitivo hábito marrom das carmelitas, na época, sua mãe já havia falecido. A perseguição nazista aos judeus alemães se intensificou e Edith foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda. Um ano depois, sua irmã Rosa foi se juntar a ela neste Carmelo holandês, pois desejava seguir a vida religiosa. Foi aceita no convento, mas permaneceu como irmã leiga carmelita, não pode professar os votos religiosos, o momento era desfavorável aos judeus, mesmo para os convertidos cristãos.

A Segunda Guerra Mundial iniciou e a expansão nazista se alastrou pela Europa e pelo mundo. A Holanda foi invadida e anexada ao Reich Alemão em 1941. A família de Edith Stein se dispersou, alguns emigram e outros desapareceram nos campos de concentração. Os superiores do Carmelo de Echt tentaram transferir Edith e Rosa, para um outro na Suíça. Mas as autoridades civis de lá não facilitaram e a burocracia se arrastou indefinidamente.

Em julho de 1942, publicamente os Bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou. Em agosto, dois oficiais nazistas levaram Edith e sua irmã Rosa, do Carmelo de Echt. Neste dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração, como represália do Regime Nazista à mensagem dos Bispos holandeses. As duas irmãs foram levadas em um comboio de carga, junto com outras centenas de judeus e dezenas de convertidos, ao norte da Holanda no campo de Westerbork. Ali, Edith Stein, ou a "freira alemã" como a identificaram os sobreviventes, se diferenciou muito dos outros prisioneiros que se entregaram ao desespero, lamentações ou prostração total. Ela procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar do melhor modo possível, das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a Vontade de Deus, seu intenso sofrimento e dos demais.

No dia 07 de agosto de 1942, Edith Stein, Rosa e centenas de homens, mulheres e crianças, foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Dois dias depois, em 09 de agosto, foram mortas na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.

A Irmã carmelita Teresa Benedita da Cruz foi canonizada em Roma, em 1998, pelo Papa João Paulo II, que indicou sua festa para o dia de sua morte. Esta solenidade contou com a presença de personalidades ilustres, civis e religiosos, da Alemanha e Holanda, além de alguns sobreviventes dos campos de concentração que a conheceram e de vários membros da família Stein. No ano seguinte, o mesmo Sumo Pontífice declarou Santa Edith Stein "co-padroeira da Europa", junto com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 09/08/2011
Primeira Leitura: Deuteronômio 31, 1-8

XIX SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura do livro do Deutoronômio - Naqueles dias, 1Moisés dirigiu ainda a todo o Israel o discurso seguinte: 2Eis-me hoje com a idade de cento e vinte anos; não posso mais ir e vir, e o Senhor disse-me que eu não passaria o Jordão. 3O Senhor, teu Deus, passará diante de ti; ele mesmo exterminará essas nações para que possuas a sua terra. E Josué vos conduzirá, como o declarou o Senhor. 4O Senhor fará a esses povos como fez a Seon e a Og, reis dos amorreus, e à sua terra, aniquilando-os. 5O Senhor vo-los entregará, e vós os tratareis exatamente como vos ordenei. 6Coragem! E sede fortes. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará. 7Moisés chamou em seguida Josué e disse-lhe em presença de todo o Israel: Mostra-te varonil e corajoso, porque entrarás com esse povo na terra que o Senhor jurou a seus pais dar-lhes, e a repartirás entre eles. 8O Senhor mesmo marchará diante de ti, e estará contigo, e não te . deixará nem te abandonará. Nada temas, e não te amedrontes. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(Dt 32)

REFRÃO: A porção do Senhor é o seu povo.
1. Porque vou proclamar o nome do Senhor, dar glória ao nosso Deus! Ele é o rochedo, perfeita é a sua obra, justos, todos os seus caminhos; é Deus de lealdade, não de iniquidade, ele é justo, ele é reto. - R.
2. Lembra-te dos dias antigos, considera os anos das gerações passadas. Interroga teu pai e ele te contará; teus anciãos e eles te dirão. - R.
3. Quando o Altíssimo dividia os povos e dispersava os filhos dos homens, fixou limites aos povos, segundo o número dos filhos de Deus. - R.
4. Entretanto, a parte do Senhor era o seu povo, Jacó, a porção de sua herança. - R.
5. Só o Senhor foi o seu guia; nenhum outro deus estava com ele. - R.



Evangelho: Mateus 18, 1-5.10-14


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -  1Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? 2Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. 4Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. 5E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. 10Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 11[Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.] 12Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos. - Palavra da salvação.


Comentário do Evangelho

A inversão de valores no Reino

Para os discípulos o Reino dos Céus é um reino de poder a ser implantado por Jesus aqui na terra. A pergunta que fazem a Jesus reflete a cultura de competição e sede de poder em que foram formados. Estão preocupados em quem será o maior. Jesus mostra a inversão de valores no Reino. Não é a hierarquia de poder que importa, mas sim a igualdade, a humildade, e a disponibilidade, como entre as crianças. "O Pai do céu não deseja que se perca nenhum destes pequenos". A ovelha extraviada não é o mau e perverso. É o excluído pelo sistema religioso do Templo, sistema este que, a par com a exclusão, o reduzia à condição de pecador. Jesus vem ao encontro dos excluídos, empobrecidos, discriminados e abandonados pelos sistemas de poder do mundo.

José Raimundo Oliva

Oração


Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.

O Evangelho do Dia ( Terça-Feira )

Ano A - Dia: 09/08/2011


Quem é o mais importante
Leitura Orante

Mt 18,1-5.10.12-14

Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos Céus?" Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: "Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. Cuidado! Não desprezeis um só destes pequenos! Eu vos digo que os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. "Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura daquela que se perdeu? E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos.

Leitura orante

Preparo-me para a Leitura, rezando ao Espírito, com todos os internautas:.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em nós, falas em nós,
rezas em nós, ages em nós.
Te pedimos: ajuda-nos a fazer espaço às tuas palavras,
à tua oração, para que possamos conhecer
o mistério da vontade de Deus na história.
Acende em nós aquele mesmo fogo
que ardia no coração de Jesus,
quando ele falava do reino de Deus.
Somente tu, Espírito Santo, podes acendê-lo
e a ti, portanto, apresentamos a nossa fragilidade,
a nossa pobreza, o nosso coração apagado,
para que tu o reacendas com o calor da santidade da vida,
do amor fraterno e da potência do Reino.
Amém.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 18,1-5.10.12-14 - O mais importante
Os que decidem por seguir Jesus Cristo encontram alguns problemas.
O primeiro é a competição. Está na pergunta feita a Jesus: "Quem é o mais importante no Reino do Céu?" E a resposta é dada por Jesus através de uma parábola viva: chama uma criança e a coloca na frente de todos. Diz que se não Mudarem de vida e não ficarem como as crianças, nunca entrarão no Reino do céu. Naquele tempo, a criança não era considerada. Era símbolo dos pobres, fracos e humildes, pessoas sem pretensões.

O segundo problema é o julgamento, ou seja, pensar que algumas pessoas estão irremediavelmente perdidas. O pastor deixa as 99 ovelhas que não se perderam e vai procurar a ovelha que se perdeu. Jesus veio ao mundo para salvar o que pensamos estar perdido.

2. Meditação (Caminho)

Quero seguir Jesus Cristo e para isto jamais poderei deixar-me dominar pelo espírito de competição e pela tentação de julgar.

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Oração que nos faz todos irmãos,
Pai Nosso ...

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, vou olhar as pessoas com olhar de fraternidade e não me permitirei sentimentos de competição ou juízos sobre as pessoas.

Bênção Bíblica

O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você! O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mensagens do dia ( Pai, venha pai)


Venha, pai, venha sonhar comigo.
E, no carrossel da vida,
venha ser o meu herói.

Venha, pai, seja meu, fica comigo;
super-homem ou palhaço,
venha ser o meu amigo.
Venha ser do mundo o pedaço,
onde eu posso ser feliz.

Venha, pai, fique aqui, vamos dar boas risadas.
No meu mundo não há guerras,
violência, nem mentiras, e as manchetes de jornal dizem coisas coloridas.

Venha, pai, no meu mundo existe hoje,
o amanhã virá sorrindo,
um presente de meu Deus.

Venha pai, me dê de sua vida um pouco
não esqueça que ando louco,
louco pelo meu amor.

Venha, pai, me deixe ser seu amigo,
me deixe ir mais além, que um dia no meu colo
você vai deitar também.


Nairzinha
Referência: Poemas 12 - Pai

Mensagens do dia ( Pai, amigo e irmão)


Meu pai-árvore:
Tronco pleno de seiva nutritiva, modelo de retidão.
Raízes profundas, fincadas no amor e na hombridade;
galhos frondosos a espraiar agasalho e frescores.

Meu pai-instrutor:
Farol que ilumina a caminhada pelo tortuoso trânsito da vida,
ensinando a estacionar, a reduzir a marcha, a respeitar os sinais,
a brecar sem risco, a seguir em frente, sem atropelos e com fé.

Meu pai-ourives:
Cadinho que faz o metal informe transformando-se em jóias,
embora, algumas vezes, não tão perfeitas com ele as deseja,
mas o buril de Cronos ajuda a aprimorá-las.

Meu pai-escultor:
Goiva que apara as arestas com precisão e brandura,
para a madeira bruta tomar forma e exprimir a própria essência.

Meu pai-amigo:
Ouvidos que escutam com atenção,
boca que profere conselhos, coluna que oferece apoio.

Meu pai-mãe:
Oásis acolhedor a mitigar a sede,
mãos generosas, abertas para a oferta, sempre.


Rosa Maria Aires da Cunha

Mensagens do dia


 Pe. Zezinho, scj

Não sei louvar direito

Seria bom louvar-te, exaltar-te e glorificar-te do jeito que mereces, mas sei que nunca poderei fazer isso, por causa dos meus limites, que são inúmeros. Então, permita-me, Senhor, louvar-te, exaltar-te do jeito que eu sei e do jeito que posso, que é sempre um jeito pequeno. Mas quero cantar, pregar e escrever sobre as tuas maravilhas sem exagerar, sem falar demais de mim, lembrando-me do quanto és maravilhoso nos teus verdadeiros santos.

Como eu ainda não sou um teu santo verdadeiro e dificilmente creio que a Igreja um dia me declarará modelo de santidade, eu fico com os santos que de fato são e foram verdadeiros e que servem como modelo de vida para os outros cristãos. Louvo-te por eles.

Louvo-te por Helder, por Tereza, por Dulce, por Zilda, por Luciano, por Luiz, Vicente, Camilo, João Paulo, João, Antônio, Aloísio, Paulo, Francisco e Clara e milhares de outros que viveram com e para os outros e o tempo todo voltados para a tua luz e para o teu colo.


Sinto não ter chegado na minha idade ao grau de santidade que eles chegaram, muitos deles bem antes de mim. Mas sou encantado com os teus santos e com os que souberam dizer sim à tua graça.

Espero que eles me acolham no céu, apesar de todos os meus limites e da minha incapacidade de ser como eles foram, mas quero ser teu e quero encontrá-los lá e, para isso, conto com a tua graça e, certamente, com a intercessão deles.

Não serei nunca um santo modelo, mas gostaria de ser um santo ou alguém que se esforçou para ajudar os outros e, quando errou, pediu perdão curvou-se, pediu perdão, humilhou-se e tentou se corrigir. Isso, Tu sabes! Não importa se o mundo não sabe: tu viste, tu sabes, tu conheces a minha vontade de acertar e tu sabes do esforço que fiz para reparar meu erros, todas as vezes que errei! E é por isso que confio na tua misericórdia!

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br
O violento circo máximo
 Pe. Zezinho, scj

Gays e lésbicas saem às ruas, protestam se afirmam, grevistas param o trânsito, MST invade terras, soltam panfletos, pressionam. A lei diz que podem, desde que não cometam crimes contra a pessoa e contra o patrimônio. Quando cometem, se o Governo quer, são processados. Se o Governo lhes é simpático, empurra-se o processo para algum longo depois. Nem por isso são chamados de obscurantistas. Entre eles há os imaturos e arruaceiros e há os sérios que têm um propósito social ou político no que fazem.

Religiosos também. Há os sérios e os tonitruantes e provocadores que exigem seus direitos aos gritos não sem alguns ataques a quem não crê do jeito deles. Isso porém, não torna todos os religiosos moderados que, contudo, defendem a vida desde o primeiro instante da concepção, indivíduos com fome de poder ou ultrapassados. O MST quer a reforma agrária, os gays querem respeito ao que sentem e os religiosos querem respeito à vida do feto.

Isto não significa que de um lado estejam os ateus e do outro os religiosos, posto que também há ateus defendendo o feto. E nem todos os que tomam a defesa da grávida são ateus. Há religiosos que apóiam a extração do feto, se a grávida estiver em risco de vida.

O fato é que na sociedade brasileira há os que desejam que o aborto não seja mais visto como crime pelas nossas leis e há os que sempre o verão como crime. Mata-se uma vida de 14 ou 30 dias. E aí? Isso torna o outro um homem das cavernas? O eu é modernidade? Querer o direito de extinguir um humano que apenas começou ou defendê-lo já no seu primeiro dia de vida?

O debate que nunca é apenas racional porque se trata da apaixonada defesa de alguém que não é coisa, acaba como acabou, descambando para palavrões, adjetivos cruéis e pejorativos e acusações de ponta a ponta, tudo por conta de um feto que ainda não nasceu, mas que já é objeto de ataque ou de defesa.

Os que morreriam na Arena do Circus Maximus, aplaudidos pela civilização de morte que se tornara a Roma Imperial, voltavam-se para César que permitia sua morte e gritavam: Salve César, os que morrerão te saúdam. Hoje é a vez dos fetos gritarem pela voz de seus advogados: Salve Modernidade. Os fetos que serão extraídos te saúdam! E os modernos imperadores nada poderão fazer, porque outra civilização de morte decretou que interromper sua vida não será mais crime!

Argumento apelativo ou verdade incontestável? Querem ou não querem mudança no Código Penal? Querem ou não querem mudar o que Brasil assinou com a maioria dos países do mundo: que o feto tem o direito de nascer? Querem ou não querem, em nome da grávida que não quer ser mãe daquele determinado feto, que se pense na saúde delas e se suprima seu feto em clínicas limpas? Não há quem não sabia que aborto mal feito pode matar a grávida, mas também não há quem não saiba que aborto bem ou mal feito sempre mata o feto!

Então, sofistas até o extremo, decidem que o feto não tem direitos porque ainda não é pessoa! Rebaixado à categoria de pequeno monte de carne indesejado pela mãe, ele se torna carne humana descartável por lei, porque o bem estar atual da pessoa adulta que o gerou é mais importante do que sua chance de se tornar pessoa. Vale o agora da mãe. O "depois" do feto não conta! Afinal é só um feto!

É o que diziam os romanos: -Afinal é só mais um escravo que morrerá! Que mais ele quer? Vai morrer com honra, no Circo Máximo! Romanos que se achavam superiores aos outros humanos não conseguiam entender que alguém, com ideais obscurantistas que não cabiam em Roma, quisesse defender um candidato às feras ou ao gládio. É que na sociedade romana havia os que tinham o direito de viver e os que simplesmente deveriam morrer. O império que se alimentava de corrupção ciladas palacianas, golpes de Estado, sedição, sedução, aliados e correligionários, pão e circo, tirara este poder dos deuses! Agora, mandava o império!

Estamos caminhando naquela direção: vale dizer: modernidade em marcha-ré! Mas adivinhem quem eles acusam de retrocesso! Quem defende o futuro!

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

SANTO DO DIA

08/08
S. Domingos
Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d'Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja.

Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi escolhido para homenagear são Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica.

Domingos dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes.

Aos vinte e quatro anos, sentindo o chamado, recebeu a ordenação sacerdotal. Foi enviado para a diocese de Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa Sé, em algumas de suas difíceis missões.

Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos albigenses, ou cátaros, surgida no sul da França. O papa Inocêncio III enviou-o para lá, junto com Diego de Aceber, seu companheiro, a fim de combater os católicos reencarnacionistas. Mas, devido à morte repentina desse caro amigo, Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E o fez com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.

Em 1207, em Santa Maria de Prouille, Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, das monjas, destinado às jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à vida do pecado. Os biógrafos narram que foi na igreja desse convento que Nossa Senhora apareceu para Domingos e disse-lhe para difundir a devoção do rosário, como princípio da conversão dos hereges e para a salvação dos fiéis. Por isso os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos.

A santidade de Domingos ganhava cada vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado "Irmãos Pregadores", do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o bem-aventurado Manes.

Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos decidiu fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida apostólica. Ela foi apresentada ao papa Inocêncio III, que, no mesmo ano, durante o IV Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação. No ano seguinte, seu sucessor, o papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais a ciência, a piedade e a pregação.

Em 1217, para atrair a juventude acadêmica para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da Ordem fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da "carta magna" da Ordem.

No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinqüenta e um anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234. São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro Perpétuo e Defensor dessa cidade.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 08/08/2011
Primeira Leitura: Deuteronômio 10, 12-22

SÃO DOMINGOS PRESBÍTERO E PREGADOR
(branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

Leitura do livro do Deuteronômio -  12E agora, ó Israel, o que pede a ti o Senhor, teu Deus, senão que o temas, andando nos seus caminhos, amando-o e servindo-o de todo o teu coração e de toda a tua alma, 13observando os mandamentos do Senhor e suas leis, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz? 14Vê: ao Senhor, teu Deus, pertencem os céus e os céus dos céus, a terra e tudo o que nela se encontra. 15Não obstante, só a teus pais se apegou o Senhor com amor, e elegeu a sua posteridade, depois deles, a vós, dentre todas as nações, como o vedes presentemente. 16Cortai, pois, o prepúcio de vosso coração, e cessai de endurecer vossa cerviz; 17porque o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz distinção de pessoas, nem aceita presentes. 18Ele faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, ao qual dá alimento e vestuário. 19Também vós, amai o estrangeiro, porque fostes estrangeiros no Egito. 20Temerás o Senhor, teu Deus, e o servirás. Estarás unido a ele, e só pelo seu nome farás os teus juramentos. 21Ele é a tua glória e o teu Deus, que fez por ti estas grandes e terríveis coisas que viste com os teus olhos. 22Quando os teus pais desceram ao Egito eram em número de setenta pessoas, e agora o Senhor, teu Deus, multiplicou-te como as estrelas do céu. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(147)

REFRÃO: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
1. Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva o teu Deus, ó Sião. porque ele reforçou os ferrolhos de tuas portas, e abençoou teus filhos em teu seio. - R.
2. Estabeleceu a paz em tuas fronteiras, e te nutre com a flor do trigo. Ele revelou sua palavra a Jacó, e aí ela corre velozmente. - R.
3. Ele revelou sua palavra a Jacó, sua lei e seus preceitos a Israel. Com nenhum outro povo agiu assim, a nenhum deles manifestou seus mandamentos. - R.



Evangelho: Mateus 17, 22-27


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -  22Matá-lo-ão, mas ao terceiro dia ressuscitará. E eles ficaram profundamente aflitos. 23Logo que chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobravam o imposto da didracma aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: Teu mestre não paga a didracma? 24Paga sim, respondeu Pedro. Mas quando chegaram à casa, Jesus preveniu-o, dizendo: Que te parece, Simão? Os reis da terra, de quem recebem os tributos ou os impostos? De seus filhos ou dos estrangeiros? 25Pedro respondeu: Dos estrangeiros. Jesus replicou: Os filhos, então, estão isentos. 26Mas não convém escandalizá-los. Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares abrirás a boca e encontrarás um estatere. Toma-o e dá-o por mim e por ti. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Deus está atento às necessidades de seus filhos

Com o anúncio de sua paixão, Jesus insiste junto aos discípulos que ele não é o messias glorioso do judaísmo, mas é simplesmente o "humano" (Filho do Homem). Está sujeito às nossas fragilidades e limites e não veio assumir uma posição de poder opressor, mas veio para servir e comunicar-nos o amor e a vida eterna. É o Filho de Deus que se fazendo humano nos torna divinos. Pedro, questionado se seu mestre paga o imposto do Templo, prontamente responde que sim. Jesus relativiza a questão: os impostos são uma forma de opressão do Templo que se assemelha aos reis da terra. No Reino de Deus, os filhos estão livres. Não sendo ainda ocasião de contestá-lo, o pagamento é feito para evitar escândalos entre o povo. A imagem da moeda na boca do peixe simboliza que Deus está atento às necessidades de seus filhos.

José Raimundo Oliva

Oração


Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.

O Evangelho do Dia (Segunda-feira)

Ano A - Dia: 08/08/2011


O Filho do Homem vai ser entregue

Leitura Orante

Mt 17,22-27

Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: "O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará". E os discípulos ficaram extremamente tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: "O vosso mestre não paga o imposto do templo?" Pedro respondeu: "Paga, sim!" Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: "Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?" Ele respondeu: "Dos estranhos!" - "Logo o próprio povo está isento", retrucou Jesus, "mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti".

domingo, 7 de agosto de 2011

Mensagens do dia


Se você considera seu pai antiquado,
ele é seu pai assim mesmo.

Se você o censura por não acreditar
que o mundo mudou,
ele deseja seu bem assim mesmo.

Quando você o aborrece,
contradizendo sua autoridade de pai,
ele o perdoa assim mesmo.

Se você lhe causa desgostos
e aborrecimentos,
ele o ama assim mesmo.

Quando seus castelos desmoronam
e você fica sozinho,
ele lhe oferece a mão assim mesmo.

Quando você procura
e não encontra a porta de saída,
ele o orienta assim mesmo.

Ser você vai embora
e esquece que seu pai existe,
ele espera por sua volta assim mesmo.

Mesmo que você
não se orgulhe do seu pai,
ele se orgulha de você assim mesmo.

Mesmo que você se esqueça
de visitá-lo no Dia dos pais,
ele se lembra de você
todos os dias assim mesmo.


Rivaldo Rodrigues Cavalcante
Referência: Poemas 13 - Pai

Mensagens do dia


Gosto muito de pensar em ti, pai, porque transmitistes amor e ternura,
me ajudas a encarar a vida de frente, confias na minha caminhada, muitas vezes tão insegura e lenta, sabes esperar, aguardando confiante.
Eu sei, pai, por amor à gente!

Os anos passam... e enquanto esperas o embarque do teu filho, para destinos desconhecidos, sobes bem alto no mastro e dizes:"Coragem, meu filho, o tempo te ensinará tantas coisas, e em breve estarás de volta; a travessia é breve e aqui fico aguardando tua volta".

Muitas vezes, situações e pessoas me deixaram fora do barco, bem ausente,
mas acredita, pai, nunca te esqueci.
E agora, que te vejo com voz cansada, mãos calejadas, olhar profundo,
carinho e gratidão se misturam, pra dizer, mais uma vez, em tom maior:

"Tu és a melodia mais vibrante, que me embala e faz feliz, sempre!"


Celina Helena Weschenfelder

Mensagens do dia

Sem barganhas

 Pe. Zezinho, scj

Confio em ti Senhor. Preciso da tua graça e do teu milagre e por isso, não sabendo orar direito, invoco a intercessão dos teus santos daqui e de lá. Orando comigo ou por mim, certamente me ajudarão a chegar mais perto de ti, como eles chegaram.

Mas Senhor, ensina-me a não barganhar contigo nem com eles. Ensina-me a pedir, deixando que tu decidas se me concedes não esta graça. Não quero ganhar nada em troca de promessas, porque talvez eu não as cumpra. Não desejo transformar o nosso relacionamento num "toma lá, dá cá". És misericordioso, bom o suficiente para dares ou não dares e eu quero ser generoso e bom o suficiente para aceitar não ganhar. Mas não quero fazer barganhas, não quero promessas tipo "se me deres tal graça eis o que te dou em troca."

Quero tua graça, mas não imponho condições e também não prometo pagar por elas. Sou pobre demais para achar que graça se paga com dez ou mil preces ou com cestas básicas. Não será pagamento. Será gratidão. Cumprirei minhas eventuais promessas sem achar que foi empréstimo no te banco de dons.

Tentarei ser melhor do que sou hoje, mas não como barganha. Não creio que desejes barganhas. Nem precisas delas! O que posso prometer e prometo é que tentarei ser pessoa melhor, fazendo o máximo de mim para retribuir ao bem que me fizeste, mas não estabelecerei um preço ao nosso diálogo. Não é certo, não é isso que queres e eu provavelmente acabaria não conseguindo cumprir.

Basta-me que eu te seja grato e se o for, provavelmente saberei fazer o bem em troca do bem que me fizeste. Tu me dirás o bem que deverei fazer, mas promessas em forma de barganha, não! Não farei preces "me dá que te dou"! Confio na tua misericórdia e sei que ensinarás a retribuir os teus favores, porque tua misericórdia é grande até para me ensinar os meus hinos de gratidão.

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

SANTO DO DIA

07/08
Santa Afra e suas companheiras
Afra era uma jovem pagã de costumes levianos, que vivia com sua mãe, Hilda, e três criadas: Digna, Eunômia e Eprepria. Orientada por sua mãe, Afra gostava de prestar culto e render homenagens a Vênus, uma das muitas deusas pagãs. Porém o que ela não poderia prever é que seria tocada pela fé cristã. Isso ocorreu quando descobriu que os dois desconhecidos que estavam hospedados em sua casa eram o bispo Narciso e seu diácono Félix.

Na época, ano 304, o imperador romano Diocleciano impunha uma severa perseguição aos cristãos. Esse foi o motivo que levou Narciso e Félix a fugir da fúria sangrenta que assolava a Espanha, indo parar em Augsburgo, na Baviera, Alemanha, quando foram acolhidos na residência de Afra, que, como sua mãe, nunca os tinha visto. Mas, na hora da refeição, à mesa, os dois começaram uma oração que chamou a atenção das duas e também das criadas ali presentes. Foi então que descobriram que os hóspedes eram cristãos e um deles era bispo da Igreja Católica.

Afra, a princípio, ficou confusa com os estrangeiros cristãos. Depois, mesmo sem conhecer o bispo Narciso, caiu aos seus pés e confessou sua vida de pecados. Ele, percebendo que Afra estava realmente arrependida e que sua alma clamava pelo perdão do Senhor, resolveu absolvê-la, desde que se convertesse e fosse batizada no cristianismo. Ela não só se converteu como ainda animou sua mãe e as outras companheiras para que fizessem o mesmo. Também decidiu ajudar Narciso e Félix a continuarem sua fuga, despistando os soldados do imperador.

Entretanto Afra foi traída e denunciada às autoridades pagãs. Presa, o perdão e a liberdade foram-lhe oferecidos, mas só se voltasse a reverenciar os falsos deuses. Afra negou-se e confirmou sua fé em Jesus Cristo. Foi levada para a ilha de Lesh, onde a despiram, amarraram num poste e depois queimaram viva.

O mesmo aconteceu, algum tempo, depois com as suas companheiras e sua mãe. Elas, que já se haviam convertido, tinham ido rezar junto à sepultura de Afra quando foram flagradas pelos soldados do imperador. Hilda, a exemplo de sua filha Afra, recusou-se a abandonar a fé cristã, sendo acompanhada na decisão também pelas três criadas.

Todas morreram queimadas vivas, ali mesmo, junto ao túmulo da mártir Afra.

Esta é uma das mais antigas tradições cristãs do povo alemão, que venera santa Afra como Padroeira da cidade de Augsburgo desde a Antigüidade, e que teve seu culto autorizado pela Igreja somente em 1064. A festa de santa Afra em Augsburgo acontece no dia 7 de agosto, embora, em algumas localidades, ocorra em outras datas.
Santo Xisto II
Xisto II foi o vigésimo quarto Sumo Pontífice de Roma. Era grego, nasceu em Atenas e assumiu a direção da Igreja 30 de agosto de 257. O seu governo durou apenas onze meses e não poderia ter feito muitas obras. Mas fez uma das mais importantes para a Igreja. Com seu caráter reto e bondoso, conseguiu solucionar as discórdias que haviam atormentado a Santa Sé desde o governo de Vítor I. A questão polemica era a seguinte: se um herege quisesse retornar à Igreja, após ter renegado a fé, deveria ser batizado de novo ou seria suficiente o batismo que havia recebido a primeira vez? Isto dividia a Igreja. De um lado, a de Roma, que aceitava o retorno apenas com a confirmação através da crisma. Do outro, a do Oriente, em especial a da Antioquia e da Alexandria, que exigia um novo batismo. A discórdia aumentou, quando o papa Vitor I, impôs o procedimento romano a ser seguido por todos, sob pena de excomunhão.

Moderado e pacifista, Xisto II neutralizou a excomunhão. Dizendo que não estava em jogo a fé comum, nem a união com o sucessor de Pedro, cada Igreja ou grupo de Igrejas, devia resolver a questão com independência e de acordo com as circunstâncias dos fatos, resolvendo o antigo problema. Assim, trouxe de volta à Igreja os cristãos da Antioquia e os da Alexandria que haviam se distanciado, e a harmonia se estabeleceu. Em meados de 258, o imperador Valeriano, por meio de um segundo decreto obrigou que os cristãos renegassem a própria religião publicamente, sob pena de terem os bens confiscados e da pena de morte por decapitação. Para os sacerdotes e integrantes da Igreja seriam confiscados inclusive os cemitérios.

Xisto II fez o traslado das relíquias de São Pedro e São Paulo para um local seguro, após este decreto. Depois, foi surpreendido pelos soldados enquanto celebrava a Santa Missa, no cemitério. Foi preso com outros sete religiosos. Durante as perseguições os cristãos se encontravam nos cemitérios subterrâneos para receberem a Eucaristia, era lá que escondiam os Livros Sagrados e os objetos litúrgicos. Foram condenados pelo imperador, à decapitação e houve o confisco dos bens. O Papa Xisto II morreu junto com seis diáconos, Agapito, Estevão, Feliz, Januário, Magno e Vicente, no dia 6 de agosto de 258. O sétimo, Lourenço, foi morto quatro dias depois.

A festa de São Xisto II e seus companheiros, com a reforma do calendário da Igreja, passou a ser celebrada no dia 7 de agosto. No Livro dos Papas sua morte foi definida como "soglio pontifício", pois estava em exercício da Santa Missa. As suas relíquias estão na cripta dos papas de São Calisto, em Roma.
São Caetano - Presbítero
Caetano de Thiene nasceu em Vicência, na Itália, no ano de 1480. Filho de família nobre, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes.

Uma de suas primeiras funções na Igreja foi o de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos com quem muito aprendeu.

Mas a principal virtude que Caetano cultivava era analisar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Caetano tinha também grande preocupação, a reforma da vida e dos costumes dentro da Igreja. Ele tinha uma motivação que sempre o acompanhava: "Cristo espera e ninguém se mexe".

Aos trinta e seis anos celebrou sua primeira missa na paróquia de Santa Maria de Malo, perto de Vicência.

Quando chegou a Roma, em 1524, na companhia do bispo João Pedro Carafa, de Bonifácio Colli e Paulo Consiglieri, não perdeu tempo pregando reformas. Ele mesmo as realizou, criando a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.

Quando, nesse mesmo ano, o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum.

Inicialmente, os seguidores eram somente quatro, depois de quatro anos eram doze e esse número se desdobrava em muitos quando se tratava de anunciar a palavra de Deus às grandes massas.

São Caetano morreu em Nápoles no ano de 1547, aos sessenta e sete anos, após uma vida de muito trabalho e sofrimento. Foi canonizado em 1671.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 07/08/2011
Primeira Leitura: 1º Reis 19, 9.11-13

XIX DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - II semana do saltério)

Leitura do primeiro livro dos Reis - Naqueles dias, 9Chegando ali, passou a noite numa caverna. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida: Que fazes aqui, Elias? 11O Senhor disse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. 12Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. 13Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz disse-lhe: Que fazes aqui, Elias? - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(84)

REFRÃO: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!
1. Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus fiéis, e àqueles cujos corações se voltam para ele. Sim, sua salvação está bem perto dos que o temem, de sorte que sua glória retornará à nossa terra. - R.
2. A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a paz de novo se darão as mãos. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará do alto do céu. - R.
3. Enfim, o Senhor nos dará seus benefícios, e nossa terra produzirá seu fruto. A justiça caminhará diante dele, e a felicidade lhe seguirá os passos. - R.


Segunda Leitura: Romanos 9, 1-5


Leitura da carta de São Paulo aos Romanos - Irmãos, 1Digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo: 2sinto grande pesar, incessante amargura no coração. 3Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo a carne. 4Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas 5e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Mateus 14, 22-33


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -  22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, 24Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. 26Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror. 27Mas Jesus logo lhes disse: Tranquilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo! 28Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! 29Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. 30Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! 31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? 32Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. 33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Presença transformadora de Jesus

Com a expressão introdutória, "logo em seguida", Mateus articula esta narrativa da travessia do mar atormentado pelas ondas com vento contrário, com a narrativa da partilha dos pães entre Jesus, os discípulos, e a multidão. Esta multidão empolga-se com o anúncio de Jesus e com a sua prática a favor delas. Inclinam-se a interpretá-lo como o messias prometido, segundo a tradição do judaísmo. Este messias esperado seria um libertador nacionalista para restabelecer a glória do antigo Israel, conforme suas antigas tradições, o qual elevaria o povo judeu a um reino de poder e domínio sobre as demais nações. O evangelho de João, na narrativa paralela a esta, esclarece que a multidão queria fazer Jesus de rei. Nem os discípulos nem a multidão percebem a dimensão libertadora e transformadora de Jesus com seu testemunho de uma nova prática de fraternidade, serviço, solidariedade, partilha, amor e misericórdia, com acolhimento a todos, descartando a reivindicação de "povo eleito". Jesus procura libertar o povo da opressão interna do próprio judaísmo, onde as elites religiosas humilham, oprimem, e exploram o povo, o que o descaracteriza como um messias no sentido tradicional. Jesus prefere despedir as multidões sozinho e manda aos discípulos que tomem um barco em retorno ao outro lado do mar, isto é, a região de Genesaré, onde se situava Cafarnaúm. Despedida as multidões, Jesus retira-se para orar. O evangelho de Mateus só narra dois momentos de oração de Jesus: este momento, após a partilha dos pães, e a oração de Jesus no monte das oliveiras, antes de sua prisão. Contudo Lucas, em seu evangelho, registra vários momentos de oração de Jesus. O mar é o imprevisível que ameaça a missão. Os discípulos se atemorizam diante das dificuldades do mar agitado e sentem-se só, com medo. Embora Jesus se aproxime, eles não o compreendem logo. Em vez de sua presença real, a presença de Jesus fica mais como um ato de imaginação. Jesus andando sobre as águas se associa ao Espírito de Deus que pairava sobre as águas na criação. Esta narrativa tem um estilo de teofania, que se caracteriza por manifestações divinas excepcionais, articuladas com manifestações milagrosas da natureza (o vento e o mar acalmados) e tem certa semelhança com a teofania da passagem de Deus diante de Elias no monte Sinai. O temor dos discípulos e o confundir Jesus com um fantasma, indicam a incompreensão da proposta de Jesus. A fala de Jesus: "...sou eu..." lembra a revelação do nome de Deus a Moisés: Deus é o que é, o que existe e o que está presente em nossas vidas. A vacilação de Pedro ao andar sobre as águas, entre a fé e a dúvida, induz as comunidades a compreenderem a importância de uma fé firme e decidida. Contudo, não há nada a temer. Jesus sobe na barca e o próprio vento cessa.
A narrativa encerra-se com a confissão de fé a partir da palavra e presença transformadora de Jesus.


José Raimundo Oliva

Oração

Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.

O Evangelho do Dia ( Domingo )

Ano A - Dia: 07/08/2011


Coragem
Leitura Orante

Mt 14,22-33

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: "É um fantasma". E gritaram de medo. Mas Jesus logo lhes falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água." Ele respondeu: "Vem!" Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Assim que subiram no barco, o vento cessou. Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!"

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 14,22-33 , e observo pessoas, palavras, relações, lugares
Enquanto Jesus reza, sozinho, no monte, os discípulos navegam no lago. Jesus tinha ordenado aos discípulos que subissem no barco e fossem à frente, para o lado oeste do lago. Para quê? Certamente para testemunhar a outros povos que a nova sociedade se constrói pela partilha, como tinham visto na partilha dos pães e dos peixes. Mas isto não foi fácil. O mar estava agitado. As ondas batiam com força contra o barco. O que significava isto? Significava a resistência dos discípulos e nossa para compreender o projeto de Deus para todos. De madrugada Jesus vai ao encontro deles, caminhando sobre as ondas. Os discípulos, já amedrontados, pensam que é um fantasma. Não reconhecem o Mestre. Ele os acalma dizendo-lhes: "Coragem! Sou eu! Não tenham medo!" E Pedro lança um desafio, como um teste: "Se é o Senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o Senhor está". E Jesus aceita: "Venha!" Um desafio ousado, como se Pedro quisesse participar da divindade e do poder de Jesus. Exigia uma grande fé, entrega total, abandono total. Pedro não estava preparado. Sua fé balançou quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Jesus atende ao seu pedido de socorro e o salva.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Este texto me convida a avaliar a minha fé. Os ventos contrários do texto lido lembram as nossas tempestades. Dizemos que temos fé, que seguimos Jesus, que ele está conosco, mas nos momentos difíceis nos apavoramos como Pedro. Também nós duvidamos quando sentimos os "ventos contrários". Isso porque ainda não confiamos plenamente em Deus e no seu Projeto de amor. É assim comigo? E para nós que também, às vezes duvidamos, dizem os bispos da América Latina: " Nestes momentos, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: "Como vamos saber o caminho?" (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai., quem tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: "que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado" (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: "Tuas palavras dão vida eterna" (Jo 6,68); "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16)." (DAp 101).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a canção do padre Zezinho,scj, Sereno e Forte
É quando a minha fé balança
E aquilo que eu achava certo eu ja não acho mais
É quando o coração se cansa
E perde o pique da esperança que conduz a paz
É quando crêr em Deus fica difícil demais
E o mundo nos crucifica porque temos fé
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
É quando o coração vacila ai, ai
E aquilo que eu queria tanto eu já não quero mais
É quando o sentimento oscila ai, ai
E como por um desencanto já não crê na paz
É quando fazer o bem fica difícil demais
E a gente até se arrepende do bem que já fez
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Sei em quem acreditei.....
CD Sereno e forte, Pe. Zezinho, scj - Paulinas COMEP

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de fé. Em casa, na rua, no trabalho, onde estiver, em alguma situação ameaçadora ou difícil, vou aumentar minha confiança no Senhor, na certeza de que ele me ajudará. Repetirei com santa Tereza D'Ávila:
Nada te perturbe,
nada te amedronte
tudo passa
a paciência tudo alcança...
a quem tem Deus
nada falta, só Deus basta.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Obs.: Se você quiser receber em seu endereço eletrônico o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro - p://www.paulinas.org.br/loja/CentralUsuarioLogin.aspx

sábado, 6 de agosto de 2011

Convite para a Celebração dos Ministérios do LEITOR e ACÓLITO

A Diocese de Caicó, juntamente com Aerinylson Moreira da Nóbrega, o nosso coordenador do Terço dos Homens da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, convidam todos os familiares e amigos e membros do Terço do Homens para participarem da Celebração Eucarística na qual não só ele, mas Gilberto Nunes de Queiros, Gilmar Donizéti Ferreira da Fonseca, Jaó Batista de Medeiros, João Brito de Araújo, Severino Batista da Silva e Valdemir Soares da Silva, serão investido nos Ministérios de LEITOR e ACÓLITO.

A celebração será presidida pelo Reverendíssimo Bispo Diocesano de Caicó Dom Manoel Delson Pereira da Cruz no dia 21 de agostos as 19hs na Catedral de Sant’Ana, veja o convite que se encontra em baixo.

Sou eu, não temais!

A liturgia deste final de semana nos conforta diante das várias circunstâncias de nossas vidas e da vida de nossa Igreja. O Encontro com o Senhor nos dá alento para que não desanimemos diante dos embates da vida, com os quais sempre nos deparamos na caminhada histórica da Igreja. A cada dia somos surpreendidos por situações que querem nos desanimar. Sentimo-nos como um pequeno barco no meio do grande lago envolvido pelas ondas e com o perigo de soçobrar.
O episódio de Jesus caminhando sobre as águas do Mar da Galiléia que escutaremos neste final de semana, também é encontrado em Marcos e João, mas somente Mateus apresenta a particularidade de Pedro, que pede ao Senhor que também possa ir até Ele caminhando sobre o mar. Isso se explica pela importância que o evangelista dá à figura de Pedro, como o primeiro dos apóstolos e designado pelo próprio Jesus como chefe da Igreja cristã nascente (cf, Mateus 16, 18-19).
Nessa passagem, podemos refletir sobre alguns aspectos presentes na perícope que são fundamentais da fé cristã: a questão cristológica, respondendo à pergunta: "Quem é Jesus"; eclesiológica (representada pelos discípulos e Pedro) e a figura de Pedro, que encarna o discípulo do modo como cada um de nós deve olhar para o Senhor em sua jornada.
Iniciemos com a reflexão sobre a figura de Jesus. Após a multiplicação dos pães Ele despediu a multidão e subiu numa montanha para rezar sozinho, por quase toda a noite. Certamente este grande tempo de oração deve ser colocado em relação com o milagre dos pães e o consequente desejo da multidão para proclamar Jesus como rei (cf Jo 6, 15). Como no deserto, também aqui Jesus resiste à tentação, por isso Ele ordena que seus discípulos prossigam o caminho enquanto Ele se coloca em profunda oração diante do Pai.
Em seguida, na madrugada, Jesus dirige-se até os discípulos, "caminhando sobre o mar" (v.25), os apóstolos não o reconhecem e veem nele um fantasma, Jesus tranquiliza-os dizendo: "Sou Eu, não tenhais medo”! Aparece a expressão que lembra claramente o “Eu sou” revelado por Deus a Moisés no episódio da sarça ardente (Êxodo 3, 14). Não só isso, mas quando Jesus subiu na barca, "o vento cessou" (v. 32). A situação lembra uma história anterior de Mateus, o "acalmar da tempestade" (cap. 8, 23-27), em que Jesus "repreendeu os ventos e o mar e deu-se uma grande bonança." Sabemos por vários salmos e passagens do Antigo Testamento que só Deus tem autoridade sobre os elementos naturais. Por isso, os apóstolos vendo tudo, O adoraram, dizendo: "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus "(v. 33), isto é, reconhecem-no como o Cristo, o Senhor, o Messias enviado por Deus.
O aspecto eclesiológico é expresso com um simbolismo que teve grande alcance nos primeiros séculos do cristianismo: o barco com os apóstolos foi comparado com a Igreja, que, como Jesus havia predito, ela poderia estar em apuros e sofrer perseguição.
O escrito dos Evangelhos se dá  após um longo período (cerca de 30/40 anos) de tradição oral e é feito para educar as comunidades cristãs primitivas. Mateus (estamos cerca de 80-90 dC) é, portanto, bem consciente da situação de sua comunidade (provavelmente localizada em Antioquia, a capital da província romana da Síria), que percebia, por vezes, caminhando dentro de várias tendências que ameaçam a integridade da fé: uma corrente de "anomia", que alegava uma liberdade absoluta diante da Lei de Moisés; "falsos profetas", capazes de grandes discursos, mas deveras inconsistentes e não seriamente engajados no caminho evangélico; fadiga e preguiça espiritual, causada pelo aparente atraso da vinda definitiva do Senhor, que se acreditava ser iminente; divisões no tecido da comunidade eclesial, com rigidez, contendas, espírito de vingança, e, finalmente, arrogância por parte de alguns líderes da comunidade.
Exteriormente, pois, a tarefa missionária (em obediência ao mandamento de Jesus) era desenvolvida entre mil dificuldades e obstáculos: os discípulos eram citados em intimações diante dos tribunais, com processos judiciais  judeus e pagãos; tiveram que sofrer a pena dos açoites, denúncias e traições de amigos e parentes, especialmente, existia o conflito com o judaísmo rabínico da época, a necessidade de defender a fé cristã da contestação dos oponentes judeus a respeito  da messianidade de Jesus, crucificado na cruz, de modo ignominioso, enquanto a ressurreição, diziam eles, foi apenas uma farsa! (cf. Mateus 28, 13-15)
Essas poderiam ser, portanto, algumas das provações e dificuldades representadas pela tempestade no lago, que foram visibilizadas por Mateus nas ondas que açoitavam o barco da Igreja. Essas situações que, embora possam alterar de nome e aparências, nunca faltaram, não faltam e não faltarão na história da Igreja. Isso nós podemos constatar também nos tempos atuais. Basta saber ler os sinais que estão ao nosso redor. Porém, a mensagem do Evangelho é clara: com Jesus, "o vento cessou" (v. 32), é, na verdade, somente em união com Ele que podemos lidar com os perigos e dificuldades, sem sermos esmagados.
O terceiro aspecto – a figura de Pedro – que podemos ver nesta página várias vezes, com suas características destacadas por Mateus no Evangelho: Pedro demonstra um enorme salto de fé em Jesus (ele é o único  dentre os discípulos que se atreve a sair do barco no mar), mas, ao mesmo tempo, com a superação de perigo, também revela fraqueza e medo, que lhe rendeu a repreensão de Jesus: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" No entanto, ele experimenta que mesmo nesse momento de fraqueza Cristo vem para o resgate, estendendo a mão e agarrando-o, traz-lhe a salvação. Também aqui a mensagem é clara: todos nós somos chamados a ter uma grande fé no Senhor, mas também saber que, apesar de nossas fraquezas, nossos fracassos, nossos medos, Ele nunca nos abandona. Não temamos as tempestades, naveguemos na barca de Pedro, com Pedro, e é onde encontramos o Cristo que acalma as ondas trazidas pelos ventos contrários. Assim, teremos forças no Espírito, para que a Igreja continue pelos mares da vida, anunciando e testemunhando que Jesus é o Senhor.

Mensagens do dia


Aprendi que se aprende errando...
Que crescer não significa fazer aniversário...
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem...
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro...
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos...
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim...

Que a maldade se esconde atrás de uma bela face...
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela...
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada...
Que a natureza é a coisa mais bela na vida...
Que amar significa se dar por inteiro...
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos...

Que se pode conversar com as estrelas...
Que se pode confessar com a lua...
Que se pode viajar além do infinito...
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde...
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso...

Que se deve ser criança a vida toda...
Que nosso ser é livre...
Que Deus não proíbe nada em nome do amor...
Que o julgamento alheio não é importante...
Que o que importa realmente é a paz interior...
E, finalmente, aprendi que não se pode morrer, pra se aprender a viver...


D.R.

Mensagens do dia

Em vez de pensar em se destruir, quebre os óculos com que se olha.

Você admira os super-heróis, os presidentes de empresas, as grandes estrelas, os modelos nas revistas, os chefes de Estado e todas essas figuras impecáveis nas fotografias; mas, e você? Você não vale mais do que uma imagem, mais do que um número?

Você pode decidir ocultar os seus limites; cedo ou tarde, seus amigos vão encontrá-los. Se resolver aceitá-los, convidará também os outros a olhá-lo sem vergonha. A pessoa que mais precisa se sentir amada não é o palhaço projetado para fora de você, mas sim o seu eu interior, com seus temores de ser rejeitado, de decepcionar, de não conseguir sair-se bem, de não ser bastante bonito.


Quando você se fecha, mostra-se como uma rocha sem falhas, alguém que não precisa de amor. Nunca se sentirá realmente amado, se não ousar praticar a esperança de revelar o seu verdadeiro rosto. Tirando a sua máscara, você convida o outro a se desarmar. Juntos vocês encontrarão uma intimidade rica em descobertas.

Não feche as entradas de seu coração para sufocar as suas emoções. Sem elas, quem é você?
Nenhuma lágrima de alegria ou de dor consegue toldar o olhar de uma pessoa vencedora.
As lágrimas, pelo contrário, limpam o olhar que você lança sobre as suas forças, e permitem que você descubra outras. Livre-se da sua cadeia de complexos. A rosa desabrocha, apesar dos espinhos que ela consegue tão bem nos fazer esquecer. Menos poderosa que os imensos luminosos, a chama da candeia brilha com tanta delicadeza que nada conseguiu ainda imitar a simplicidade da sua beleza.

Você procura a excelência. Então tente construí-Ia com humildade. Evite os movimentos bruscos do poder, pois a excelência resiste mal às ambições egoístas. Compartilhe-a, permita que outros a alcancem também. Esta é a única maneira de fazê-la aumentar. Os irrequietos afirmam que chegaram ao grande êxito, sacrificando amizades, alegria, descontração, família... para dedicar-se unicamente à competição. Ora, as pessoas verdadeiramente grandes caminham pela estrada da excelência com prazer, amor e confiança.

Se vir alguém superior a você, não o inveje, pois você desperdiçará inutilmente suas forças. O melhor não está no outro, mas no seu espírito. Por que procurar no outro o que só existe em você? No seu compromisso de tornar-se melhor, faça apenas uma pergunta: "Como poderei manifestar a felicidade, se não a trago dentro de mim?"

Quando eu for capaz de dizer claramente a mim Mesmo: "Eu me sinto bem comigo mesmo", estarei correndo um grande risco: que os outros descubram isso e cresçam com a qualidade da minha presença. Pelo meu comportamento, tento aproximar-me do grande carvalho que, em frente à minha casa, a cada primavera, não se cansa jamais de ser ele mesmo.

Para mostrar aos outros o melhor de você, primeiro conheça as suas forças através da auto-estima. Você não pode compartilhar o que Imagina não ter.


François Gervais

CAVALO E CAVALEIRO

Pe Zezinho scj


No processo de comunicação distinga-se claramente entre o comunicador e os meios. Às vezes o comunicador é mais forte e determina o papel dos meios. Às vezes o comunicador é fraco, confuso,desesperado por brilho e, por isso mesmo precipitado e disposto a fazer qualquer coisa para chegar a milhões de pessoas. Acaba dominado pelos meios. Quem monta de qualquer jeito e em qualquer cavalo termina por ir aonde não queria e do jeito que não queria.

O cavaleiro que sabe cavalgar usa as rédeas como meio de conduzir o cavalo. Mas há cavalos que vão onde querem, porque o cavaleiro é mais fraco e inábil do que ele. A mídia é um cavalo xucro. Quem não sabe usá-la, acaba se desviando. Pensa que vai onde quer, mas é a mídia que o leva. São milhares a história daqueles que pensavam dominar a mídia e foram por ela engolidos ou levados para o vazio. Nem os operários da mídia, nem os que esporadicamente fazem uso dela devem agir sem ética. Mídia é vela, é luz e é fogo. Quem a tem nas mãos, use-a com sobriedade.

www.padrezezinhoscj.com

Comentários para: online@paulinas.com.br