domingo, 26 de abril de 2015

SANTO DO DIA - 26/04 (Nossa Senhora do Bom Conselho)

26/04
Nossa Senhora do Bom Conselho
A devoção que comemoramos hoje, remonta a Igreja Primitiva, de forma que não temos dados precisos sobre sua origem. Tão antiga é a devoção que a Mãe do Bom Conselho é invocada na Ladainha Lauretana.  Sabemos, contudo,  que entre os anos de 432 e 440,  o Papa Xisto III mandou construir uma Igreja dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho na cidade de Genezzano, Itália, ao lado de um convento fundado por Santo Agostinho. Esta cidade havia sido doada à Igreja com o advento dos Imperadores cristãos, sucessores do Imperador Constantino que, convertido, decretara o fim da perseguição aos cristãos e da crucifixão (ano 312). Genezzano iria ser agraciada, cerca de mil anos depois,   com um presente milagroso de Nossa Senhora, como veremos a seguir: 
Havia,  na idade média, também uma outra igreja,  na cidade de Scutari - Albânia, onde o povo venerava com ardor uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, a que eram atribuídos  muitos milagres.  A devoção crescia vertiginosamente, até que  no ano de 1467, maometanos turcos invadiram e dominaram a Albânia, culminando em sérias conseqüências aos cristãos.  A perseguição implacável, colocou a Igreja numa situação dificílima, de forma que muitos cristãos tiveram de abandonar o país e, os que ficaram, tiveram de permanecer na clandestinidade . Foi nessa ocasião,  que dois albaneses de nomes Solavis e Georgi, ao entrarem no santuário,  testemunharam um grande milagre, a princípio, muito intrigante. Uma nuvem divina rodeou a estampa de Nossa Senhora que foi como que retirada da parede e elevou-se ao céu, tomando a direção de Roma,  sobre o Mar Adriático.  Os peregrinos, impelidos a seguir  sua trajetória,  passaram a  acompanhar a estampa. Com  muita confiança entraram no mar e passaram a caminhar  sobre as ondas a pé enxuto e o atravessaram até chegar às vizinhanças de Roma. Ali, a  estampa rodeada de nuvens foi se afastando até que acabaram  perdendo-a de vista. 
Ao mesmo tempo,  lá na cidade de Genezzano, na Itália,  a estrutura da Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho estava  seriamente comprometida.  A velha igreja construída pelo Papa Xisto III no século V,  havia ficado em ruínas não só pela ação do tempo, mas também pela falta de recursos.  Há muito tempo, porém,  uma irmã da Ordem Terceira de Santo Agostinho, chamada Pedrina,  havia tomado à frente do empreendimento, e cuja reconstrução confiou unicamente à Providência Divina,  à Santíssima Virgem e  ao  santo padre Agostinho,  fundador  da ordem a  que pertencia.  Aos que duvidavam, respondia com muita fé e confiança que seus esforços não eram vãos e que brevemente seriam postos a têrmo, com a força da graça divina. 
Era dia  25 de abril,  nos festejos de São Marcos Evangelista, onde  também realizava-se uma feira pública  naquela cidade e que contava com grande multidão. Repentinamente surgiu no céu uma nuvem em forma de coluna milagrosamente suspensa no ar, chamando a  atenção de todos  os circunstantes.  Tal coluna vagarosamente baixou em direção a uma das paredes mais elevadas da igreja em  reconstrução e dissipou-se, imprimindo na parede, à vista de todos,  uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, pintada a fresco.  Os sinos, por si só,  passaram a  badaladar consecutivamente, causando estupefação pública, conseqüentemente a conversão de muito pagãos em Genezzano.  Surpresos, uns aos outros,  perguntavam sobre a origem da  estampa, quais os desígnios de Deus acerca de tão grandioso mistério.  
A partir deste acontecimento, os padres agostinianos começaram a divulgar  o culto à Nossa Senhora do Bom Conselho, e não tardou que o número de  fiéis  de  toda  a  Itália e  países  circunvizinhos viessem em peregrinação para reverenciar Nossa Senhora.
Tomando conhecimento do grande milagre ocorrido em Genezzano, os dois peregrinos Solavis e Georgirs, foram também  reverenciar Nossa Senhora do Bom Conselho, a quem eram extremamente devotos.  Mas, não haviam relacionado o primeiro milagre ao segundo.  Chegando na cidade,  qual não foi a perplexidade deles ao constatarem que a estampa fixada na parede da igreja era a mesma estampa que haviam visto ser levada aos céus na sua cidade de origem, Scutari.  Ficou claro que a  estampa  havia sido trasladada de um país para o outro pelos  anjos de Deus.   Com  muito entusiasmo proclamaram o fato ao povo local.  Foram por isso interrogados por uma comissão e, sob juramento, contaram o que ocorrera na igreja da sua cidade de origem.  Detalhadamente narraram desde o momento em que testemunharam  ocularmente a estampa que sendo retirada  da Igreja de Scutari, a travessia do mar a pé enxuto, a chegada na Itália até o momento em que a perderam de vista.  Desvendaram-se assim os milagrosos acontecimentos, simultaneamente ocorridos desde a Albânia até a Itália, para  onde a imagem foi levada pelos anjos por desígnio de Nossa Senhora. 
O fato foi levado ao Papa Paulo II (Pietro Barbbo - pontificado 1464 a 1471), que na ocasião foi quem iniciou o processo para apurar a veracidade dos fatos.
O Papa Leão XIII mandou construir um altar em seu oratório privado, pessoalmente visitou o santuário,  instituiu a Pia União, do qual se fez membro, redigiu poesias  e agraciou a igreja de Nossa Senhora do Bom  Conselho com o título de "Basílica Menor".  
No dia 25 de abril (data em que a imagem foi levada por anjos de Scutari para Genezzano em 1467),  João Paulo II pessoalmente dirigiu-se ao antigo templo e  doou uma  reprodução da imagem original, a qual lá foi entronizada,  marcando definitivamente a reconciliação do governo e da nação albaneza com a Igreja de Cristo. 
O Vaticano, a partir daquele ano, financiou as  obras de reconstrução do Santuário,  depreciado por consequência da perseguição do regime comunista.  

Santo Anacleto
Eis uma curiosidade com relação ao Santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": Papa Anacleto e Papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista que teria visto abreviado em alguma lista dos Papas o nome de Anacleto por Cleto, julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 60, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de São Pedro e foi o terceiro Papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e durante o seu pontificado o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro.
Santo Arcangelo Tadini
ARCANGELO TADINI, sacerdote do interior de Brescia (Itália) que viveu de 1846 a 1912, é figura cristalina e fascinante. Homem de iniciativa, sacerdote autêntico, soube entrelaçar ousadia e fé, amor pelos homens e amor a Deus, austeridade e ternura.
Nasce em Verolanuova (BS) a 12 de outubro de 1846. Terminados os estudos primários na cidade natal, frequenta o ginásio em Lovere (BG).
Em 1864 entra no Seminário Diocesano de Brescia e em 1870 é ordenado sacerdote. De 1871 a 1873 é nomeado vigário paroquial em Lodrino (BS), pequeno vilarejo de montanha, e a partir de 1873 é capelão no Santuário de S. Maria della Noce, periferia de Brescia.
Em 1885 inicia seu serviço em Botticino Sera (BS) como vigário; dois anos depois é nomeado pároco, aí permanecendo até 1912, ano de sua morte. No dia da posse afirma com força do púlpito: “Estarei com vocês, viverei com vocês, morrerei com vocês”.
Os anos vividos em Botticino são os mais fecundos da vida do Tadini. Ele ama os seus paroquianos como filhos e a eles se doa sem medida. Organiza o coral, a banda musical, várias Confrarias, a Terceira Ordem Franciscana, as Filhas de S. Ângela Merici; reforma a igreja, oferece a cada categoria de pessoas a catequese mais apropriada, cuida da liturgia. Põe especial atenção na celebração dos Sacramentos. Prepara as homilias levando em consideração tanto a Palavra de Deus e da Igreja como a caminhada espiritual do seu povo. Quando fala do púlpito, todos ficam encantados pelo calor e a força que suas palavras transmitem.
Sua atenção pastoral dirige-se sobretudo às novas pobrezas: para os trabalhadores dá início à Associação Operária de Mútuo Socorro e constrói uma fiação (fábrica têxtil) para dar trabalho às jovens da cidade que mais sofrem com a insegurança e a exploração.
Em 1900 o Tadini funda a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré: mulheres consagradas, mas “operárias com as operárias” que educam as jovens trabalhadoras não subindo em cátedra, mas trabalhando lado a lado com elas; não proferindo grandes discursos, mas dando o exemplo de ganhar o pão com o suor do próprio rosto. Escândalo para aquela época na qual as fábricas eram tidas por lugares perigosos e desviantes.
Tadini oferece a suas Irmãs o exemplo de Jesus, Maria e José que na Casa de Nazaré, no silêncio e escondimento, trabalharam e viveram com humildade e simplicidade. Aponta o exemplo de Jesus que não só “sacrificou a si mesmo na cruz” mas durante trinta anos, em Nazaré, não se envergonhou de usar as ferramentas do carpinteiro e de “ter as mãos calejadas e o rosto lavado de suor”.
Por este seu espírito empreendedor, Tadini ganha calúnias e incompreensões, também por parte da Igreja. Na realidade ele antecipa os tempos: intui que a Irmã, operária entre as operárias, indica uma compreensão mais positiva do mundo do trabalho, não mais visto como lugar contrário à Igreja, mas sim ambiente necessitado de fermento evangélico, um mundo a ser encontrado mais que contrastado.
Ele mesmo tem consciência de que a sua Obra nasceu antes do tempo, mas está firmemente convicto que não é obra dele mas de Deus: “Deus a quis, a orienta, a aperfeiçoa, a conduz a bom termo”. A morte o colhe quando o sonho de sua vida ainda não se completou, mas, como semente jogada na terra, no tempo certo produzirá frutos abundantes.
Os Paroquianos de Botticino intuem a santidade de seu pároco e logo aprendem a conhecer e a descobrir que, debaixo de sua discrição e austeridade, existe um coração de pai atento e sensível à vida do povo feita de sacrifícios e duro trabalho. Aos seus dotes naturais ele une grande capacidade de entrar na vida e no cotidiano das pessoas e em breve se fala dele come de um sacerdote santo, um homem extraordinário... Mais tarde se dirá dele: “É um de nós”!
Um de nós quando, cedo pela manhã, percorre as ruas da cidade e o seu passo ressoa como despertador a quem se prepara para iniciar um novo dia de trabalho. Todos sabem que aquele sacerdote, apaixonado por Deus e pela humanidade, levará na oração a vida e as fadigas do seu povo.
Um de nós quando recolhe as lágrimas das mães preocupadas com a precariedade do trabalho dos filhos; quando sonha, projeta e constrói a fiação para as jovens da cidade a fim de que possam redescobrir sua dignidade de mulheres.
Um de nós quando inventa a família das Irmãs Operárias, mulheres consagradas que, nos lugares de trabalho, sejam testemunhas de um Amor maior no simples cotidiano da vida.
Um de nós porque ainda nos sorri, nos acompanha no nosso dia a dia e com suas palavras nos convida a seguir seus passos: “A santidade que nos leva ao céu está em nossas mãos. Se queremos possuí-la, uma coisa apenas precisamos fazer: amar a Deus”.
Com a canonização o Papa Bento XVI o oferece como exemplo para os sacerdotes, o aponta como intercessor para as famílias, o entrega como protetor aos trabalhadores.
São Pascásio Radberto
Comemoramos hoje São Pascásio Radberto que viveu no século IX, nascido em Soissons na França. Foi abandonado quando criança na porta da Igreja de Nossa Senhora de Soissons. A abadessa Teodarda o recolheu e cuidou dele como a um filho. Aos 22 anos, ingressou no convento de Corbie.

Foi mestre dos noviços e professor de teologia no mesmo local.Em 822 acompanhou o abade do mosteiro onde vivia para uma região onde seria fundada a cidade de Nova Córbia. Em 844 foi eleito abade; e, sete anos mais tarde, deposto por uma rebelião dos monges, tendo que fugir para a abadia de São Riquieer. Por volta do ano 830, escreveu a Vida de Santo Adalardo, seu abade; posteriormente, escreveu o Tratado  do Corpo e Sangue do Senhor sobre a eucaristia. Neste assunto, ele reporta a São Cipriano, Santo Ambrósio, Santo Hilário, Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São Gregório, Santo Isidoro, Hesíquio e ao venerável Beda. Tem ainda a obra O Parto de Maria.
São Pascásio (ou Pascal) morreu no dia 26 de abril do ano de 863. 

sábado, 25 de abril de 2015

LITURGIA DIÁRIA - 25/04/2015


Sábado: 25/04/2015
Primeira Leitura: 1Pd 5,5b-14

SÃO MARCOS, EVANGELISTA
(vermelho - ofício do dia)



Leitura da Primeira Carta de São Pedro.

Caríssimos, 5brevesti-vos todos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. 6Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte.
7Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois ele é quem cuida de vós. 8Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. 9Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. 10Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua glória eterna, em Cristo, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros.
11A ele pertence o poder, pelos séculos dos séculos. Amém. 12Por meio de Silvano, que considero um irmão fiel junto de vós, envio-vos esta breve carta, para vos exortar e para atestar que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes. 13A igreja que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também, Marcos, o meu filho.14Saudai-vos uns aos outros com o abraço do amor fraterno. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Responsório (Sl 88)

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.
— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
— Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas, e o vosso amor fiel, a assembleia dos eleitos, pois, quem pode, lá nas nuvens ao Senhor se comparar e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante?
— Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! Exultará de alegria em vosso nome dia a dia, e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.


Evangelho (Mc 16,15-20)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA - 25/04

25/04
São Marcos
(evangelista)
Hoje a Igreja comemora São Marcos ou João Marcos, autor do Evangelho Segundo Marcos e amigo de São Pedro e São Paulo apóstolos, mencionado nas Epístolas do Novo Testamento, que recebeu também o nome de Evangelista, que fugiu nu quando Cristo foi preso em Getsêmani. Era filho de uma mulher de Jerusalém de nome Maria e primo de São Barnabé.

São Marcos participou da primeira viagem missionária realizada por São Paulo, mas não permaneceu até o  fim dela, tendo voltado sozinho para Perga.

Santo Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria atribuiem decididamente a Marcos, discípulo e intérprete de São Pedro, o segundo Evangelho. E segundo os críticos modernos, o evangelho de Marcos foi escrito por volta dos anos 60/70, e dirigido aos cristãos de Roma.

Também acredita-se que ele tenha sido o primeiro bispo de Alexandria, mas para este episódio existem poucas provas documentais. A popularidade de São Marcos em Veneza é muito grande onde tem uma igreja denominada São Marcos.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

LITURGIA DIÁRIA - 24/04/2015


Sexta-feira: 24/04/2015
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 9,1-20

3º SEMANA DA PASCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 1Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao Sumo sacerdote 2e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. 3Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo, de repente, viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”
5Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer”. 7Os homens que acompanhavam Saulo ficaram mudos de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. 8Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então pegaram nele pela mão e levaram-no para Damasco. 9Saulo ficou três dias sem poder ver. E não comeu nem bebeu.
10Em Damasco, havia um discípulo chamado Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!” E Ananias respondeu: “Aqui estou, Senhor!” 11O Senhor lhe disse: “Levanta-te, vai à rua que se chama Direita e procura, na casa de Judas, por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está rezando”. 12E numa visão, Saulo contemplou um homem chamado Ananias, entrando e impondo-lhe as mãos para que recuperasse a vista. 13Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muitos falarem desse homem e do mal que fez aos teus fiéis que estão em Jerusalém. 14E aqui em Damasco ele tem plenos poderes, recebidos dos sumos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome”.
15Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. 16Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa”. 17Então Ananias saiu, entrou na casa, e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”.
18Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. 19Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco, 20e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 116)

— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

— Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
— Pois comprovado é o seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!


Evangelho (Jo 6,52-59)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 52os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida.56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTOS DO DIA - 24/04

24/04
Beata Maria Isabel Hesselblad
Maria Isabel Hesselblad nasceu no dia 04 de junho de 1870, na cidade de Faglavik na Suécia. Era a quinta dos treze filhos do casal Augusto Roberto e Caisa, uma família luterana muito pobre. Desde a sua adolescência, ao ver que as suas amigas freqüentando diversas Igrejas, se questionava qual seria o único rebanho a que se referia o Evangelho de São João.

Para ajudar a manter a sua família, aos dezesseis anos de idade trabalhava como doméstica e, dois anos depois, emigrou para os Estados Unidos, onde adoeceu. Nessa ocasião fez uma promessa à Jesus, caso ficasse curada se tornaria enfermeira. E de fato assim aconteceu, passando a trabalhar como enfermeira num hospital de Nova Iorque. O contato com os doentes católicos e o grande desejo de encontrar a verdade mantiveram viva na sua alma a busca do rebanho de Cristo.

A oração, o estudo e a devoção filial para com a Virgem Maria, o exemplo visto no hospital católico e a influência decisiva do padre jesuíta João Hagen, do convento da Visitação de Washington que se tornou seu diretor espiritual, que fez estudar com paixão a doutrina cristã, levaram-na a abraçar o catolicismo. Assim, por opção foi batizada "sob condição", nesse mesmo convento, no dia 15 de agosto de 1902. Dois anos mais depois foi para Roma, onde recebeu a Confirmação e alí com muita clareza compreendeu que sua missão seria trabalhar pela unidade dos cristãos. Sentiu que o caminho seria através Ordem de Santa Brígida da Suécia, casa que visitou e de onde saiu profundamente impressionada. Alí enquanto rezava, sentiu que Deus lhe dizia: "É aqui que desejo que te ponhas ao meu serviço".

No dia 25 de março de 1904 estabeleceu-se definitivamente em Roma e com uma especial permissão do Papa Pio X, vestiu o hábito brigidino na casa de Santa Brígida, então ocupada pelas Carmelitas. No dia 09 de setembro de 1911, começando com três jovens postulantes inglesas, restabeleceu a Ordem do Santíssimo Salvador e de Santa Brígida, com a missão de orar e trabalhar de modo especial pela união dos cristãos na Escandinávia com a Igreja católica.

Desde o início, incutiu nas suas filhas espirituais a necessidade da união dos cristãos, o amor à Igreja e ao Papa Romano, a necessidade de orar para que haja um único rebanho e um só Pastor. Restabeleceu a casa de Santa Brígida na Suécia em 1923, na Itália em 1931 e a expandiu para a Índia em 1937.

Viveu como pioneira do diálogo ecumênico até o dia 24 de abril de 1957, quando morreu após uma longa vida, marcada pelo sofrimento e pela doença. O Papa João Paulo II a beatificou no ano 2000, em Roma.
Santa Maria Eufrásia Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, o dia 31 de julho de 1796. Cresceu alí onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e depois freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.

Aos dezesseis anos entrou no mosteiro de Tours na ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundado em 1641, por São João Eudes, destinado à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção.

Em 1817 fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e aos vinte e nove anos foi nomeada superiora desse mosteiro. Alí fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro.

Em 1829, fundou em Angers um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas, para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim a Casa de Angers se tornou a Casa mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, subjugada à essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.

Estava fundada a ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor do qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém em 1835 o Papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem.

A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia, fundou mais Casas que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril.

Foi beatificada em 1933, e canonizada sete anos depois. Uma estátua de Santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.
São Bento Menni
Angelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos.

Foi esse ambiente familiar, somado à quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar por se tornar um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e, o exemplo dos Irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou.

Aos dezenove anos de idade entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus trocando o nome de batismo, pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866.

Nessa ocasião o Papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha, aliás a escolha não poderia ter sido mais feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em Barcelona no ano 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida pelo liberalismo, tanto em Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e, no México, já no princípio do século XX.

Bento foi um homem de generosidade e caridade inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializadas na assistência aos doentes psiquiátricos.

Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia 24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais, estão guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha.

Em 1985, o Papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, esse mesmo pontífice canonizou São Bento Menni e o proclamou como "o profeta da Hospitalidade".
São Fidelis de Sigmaringen
(Mártir)
Hoje comemoramos São Fidelis, cujo nome verdadeiros era Marcos Reyd, nascido em Sigmaringen, na Alemanha, no ano de 1577. Estudou na Universidade de Friburgo, na Suiça, formando-se em Direito, tendo exercido seu ofício em Colmar, na Alsácia, por vários anos. E era chamado de "o advogado dos pobres", pois prestava seus serviços gratuitamente a quem não podia pagar.

Ingressou no convento dos Capuchinhos de Friburgo e no ano 1612, tornou-se frade. Foi acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu em Grusch. Dizem que ferido por um golpe de espada, pôs-se de joelhos e perdoou aos seus assassinos, rezando por eles esta oração: Senhor, perdoai meus inimigos.Cegos pela paixão, não sabem o que fazem. Senhor Jesus, tende piedade de mim. Santa Maria, Mãe de Jesus, assisti-me. Amém

Dizia sempre que, se o matassem, aceitaria com a legria morrer pelo amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

50 Provas bíblicas que Pedro foi o primeiro Papa


50 PROVAS DO NOVO TESTAMENTO ATESTANDO O PAPADO E O PRIMADO DE SÃO PEDRO
Por: Dave Armstrong
Fonte: Site "Mirror of Truth"
Tradução: Carlos Martins Nabeto


A doutrina católica do Papado está baseada na Bíblia e é derivada da evidente primazia de São Pedro entre os Apóstolos de Cristo. Como todas as doutrinas cristãs, esta também experimentou um desenvolvimento através dos séculos, mas não perdeu seus componentes essenciais que já existiam na liderança e prerrogativas de São Pedro. Tudo isto foi dado a ele pelo próprioo Senhor Jesus Cristo, como reconheceram seus contemporâneos e foi aceito pela Igreja primitiva. Os dados bíblicos petrinos são evidentes e convincentes pela virtude de seu peso cumulativo. Tal peso é especialmente claro conforme vemos nos comentários bíblicos; seguem-se, assim, as evidências da Sagrada Escritura:

1. Mt 16,18: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela".
A pedra ("petra", em grego) aqui se refere ao próprio São Pedro e não à sua fé ou a Jesus Cristo. Cristo aparece aqui não como o fundamento, mas como o arquiteto que "edifica". A Igreja é edificada não sobre confissões, mas sobre confessores - homens vivos (v., p.ex., 1Pd 2,5). Hoje, o consenso comum da grande maioria dos pesquisadores e comentaristas bíblicos favorece esta dedução católica tradicional. Aqui diz-se que São Pedro é a pedra-fundamental da Igreja, tornando-o cabeça e chefe da família de Deus (isto é, a semente da doutrina do papado). Além disso, "pedra" expressa uma metáfora aplicada a ele por Cristo em um sentido análogo ao do Messias sofredor e desprezado (1Pd 2,4-8; cf. Mt 21,42). Sem um fundamento sólido qualquer casa desaba. São Pedro é o fundamento, mas não o fundador da Igreja; é o administrador, mas não o Senhor da Igreja. O Bom Pastor (Jo 10,11) nos dá outros bons pastores (Ef 4,11).

2. Mt 16,19: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus..."
O "poder das chaves" expressa a autoridade administrativa e disciplina eclesiástica com relação às necessidades da fé, como em Is 22,22 (cf. Is 9,6; Jó 12,14; Ap 3,7). É deste poder que surge o uso de censuras, excomunhão, absolvição, disciplina batismal, imposição de penas e poderes legislativos. No Antigo Testamento, o comissário ou primeiro-ministro era aquele homem que estava acima da assembléia (Gn 41,40; 43,19; 44,4; 1Rs 4,6; 16,9; 18,3; 2Rs 10,5; 15,5; 18,18; Is 22,15.20-21).


3. Mt 16,19: "...e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado no céu".
"Ligar" e "desligar" são termos técnicos usados pelos rabinos e que têm o significado de "permitir" e "proibir" com relação à interpretação da lei e, secundariamente, "condenar", "desproibir" ou "liberar". Assim, a São Pedro e aos papas é dada a autoridade para determinar as regras de doutrina e vida, por virtude da revelação e orientado pelo Espírito Santo (Jo 16,13), e para exigir obediência por parte da Igreja. "Ligar" e "desligar" representam os poderes legislativo e judicial do papa e dos bispos (Mt 18,17-18; Jo 20,23). Porém, São Pedro foi o único apóstolo que recebeu nominal e singularmente estes poderes, tornando-o preeminente.

4. O nome de Pedro aparece em primeiro lugar em todas as listas que enumeram os apóstolos (Mt 10,2; Mc 3,16; Lc 6,14; At 1,13). Mateus até o chama de "o primeiro" (Mt 10,2). Já Judas Iscariotes é invariavelmente mencionado por último.

5. Pedro é quase sempre mencionado em primeiro, mesmo quando aparece ao lado de outros. A (única) exceção está em Gl 2,9, onde ele ("Cefas") é listado após Tiago e João, mas, mesmo assim, o contexto coloca-o em preeminência (ex.: Gl 1,18-19; 2,7-8).

6. Pedro é o único entre os Apóstolos que recebe um novo nome, Pedra, solenemente conferido (Jo 1,42; Mt 16,18).

7. Da mesma forma, Pedro é estimado por Jesus como o Pastor chefe, logo após Ele (Jo 21,15-17), de forma especial pelo nome, e sobre a Igreja universal, apesar dos demais apóstolos terem uma função similar mas subordinada (At 20,28; 1Pd 5,2).

8. Pedro é o único apóstolo mencionado pelo nome quando Jesus Cristo orou para que "a sua fé (=Pedro) não desfalecesse" (Lc 22,32).

9. Pedro é o único apóstolo a ser exortado por Jesus para que "confirmasse os seus irmãos" (Lc 22,32).

10. Pedro foi o primeiro a confessar a divindade de Cristo (Mt 16,16).

11. Apenas de Pedro diz-se que recebeu conhecimento divino através de uma revelação especial (Mt 16,17).

12. Pedro é respeitado pelos judeus (At 4,1-13) como líder e porta-voz dos cristãos.

13. Pedro é respeitado pelas pessoas comuns da mesma maneira (At 2,37-41; 5,15).

14. Jesus Cristo associa-se a Pedro no milagre da obtenção de dinheiro para o pagamento do tributo (Mt 17,24-27).

15. Cristo ensina as multidões de cima do barco de Pedro e o milagre que se segue, apanhando peixes no lago de Genesaré (Lc 5,1-11), podem ser interpretados como um metáfora do papa como "pescador de homens" (cf. Mt 4,19).

16. Pedro foi o primeiro apóstolo a correr e entrar no túmulo vazio de Jesus (Lc 24,12; Jo 20,6).

17. Pedro é rfeconhecido pelo anjo como o líder e representante dos apóstolos (Mc 16,7).

18. Pedro lidera a pescaria dos apóstolos (Jo 21,2-3.11). O "barco" de Pedro tem sido respeitado pelos católicos como uma figura da Igreja, com Pedro no leme.

19. Apenas Pedro se lança e anda sobre o mar para encontrar Jesus (Jo 21,7).

20. As palavras de Pedro são as primeiras a serem registradas, bem como são as mais importantes, no discurso anterior ao Pentecostes (At 1,15-22).

21. Pedro toma a liderança na escolha do substituto para o lugar de Judas Iscariotes (At 1,22).

22. Pedro é a primeira pessoa a falar (e a única a ser registrada) após ao Pentecostes, tendo sido ele, portanto, o primeiro cristão a "pregar o Evangelho" na Era da Igreja (At 2,14-36).

23. Pedro realiza o primeiro milagre da Era da Igreja, curando um aleijado (At 3,6-12).

24. Pedro lança a primeira excomunhão (anátema sobre Ananias e Safira) enfaticamente confirmada por Deus (At 5,2-11)!

25. Até a sombra de Pedro realiza milagres (At 5,15).

26. Pedro é a primeira pessoa após Cristo a ressuscitar um morto (At 9,40).

27. Cornélio é orientado por um anjo a procurar Pedro para ser instruído no cristianismo (At 10,1-6).

28. Pedro é o primeiro a receber os gentios após receber uma revelação de Deus (At 10,9-48).

29. Pedro instrui os outros apóstolos sobre a catolicidade (universalidade) da Igreja (At 11,5-17).

30. Pedro é o objeto da primeira mediação divina na Era da Igreja (um anjo o liberta da prisão - At 12,1-17).

31. Toda a Igreja (fortemente indicado) oferece "fervorosa oração" para Pedro enquanto se encontra preso (At 12,5).

32. Pedro preside e abre o primeiro Concílio da Cristandade, e estabelece princípios que serão posteriormente aceitos (At 15,7-11).


33. Paulo distingüe as aparições do Senhor (após sua ressurreição) a Pedro daquelas que se manifestaram aos demais apóstolos (1Cor 15,4-8). Os dois discípulos no caminho de Emaús fazem a mesma distinção (Lc 24,34), nesse momento mencionando apenas Pedro ("Simão") , ainda tendo eles mesmos visto a Jesus ressuscitado momentos antes (Lc 24,31-32).

34. Muitas vezes Pedro é distinto dos demais apóstolos (Mc 1,36; Lc 9,28.32; At. 2,37; 5,29; 1Cor 9,5).

35. Pedro é sempre o porta-voz dos demais apóstolos, especialmente durante os momentos decisivos (Mc 8,29; Mt 18,21; Lc 9,5; 12,41; Jo 6,67ss).

36. O nome de Pedro é sempre listado em primeiro no "círculo íntimo" dos discípulos (Pedro, Tiago e João - Mt 17,1; 26,37.40; Mc 5,37; 14,37).

37. Pedro é muitas vezes a figura central em relação a Jesus, nas cenas dramáticas tal como o fato de andar sobre a água (Mt 14,28-32; Lc 5,1ss; Mc 10,28; Mt 17,24ss).

38. Pedro é o primeiro a reconhecer e refutar a heresia de Simão Mago (At 8,14-24).

39. O nome de Pedro é mencionado muitas mais vezes do que os nomes dos demais discípulos em conjunto: 191 vezes (162 como Pedro ou Simão Pedro; 23 como Simão; e 6 como Cefas). Em freqüência, João aparece em segundo lugar com apenas 48 menções, sendo que Pedro está presente em 50% das vezes em que encontramos o nome de João na Bíblia! [...] Todos os demais discípulos em conjunto são mencionados 130 vezes. [...]

40. A proclamação de Pedro no dia de Pentecostes (At 2,14-41) contém uma interpretação autoritária da Escritura, além de uma decisão doutrinária e um decreto disciplinar a respeito dos membros da "Casa de Israel" (At 2,36) - um exemplo de "ligar e desligar".

41. Pedro foi o primeiro carismático, tendo julgado com autoridade e reconhecendo o dom de línguas como genuíno (At 2,14-21).

42. Pedro foi o primeiro a pregar o arrependimento cristão e o batismo (At 2,38).

43. Pedro (presumivelmente) tomou a liderança no primeiro batismo em massa (At 2,41).

44. Pedro comandou o batismo dos primeiros cristãos gentios (At 10,44-48).

45. Pedro foi o primeiro missionário itinerante e foi o primeiro a exercitar o que chamamos hoje de "visita às igrejas" (At 9,32-38.43). Paulo pregou em Damasco imediatamente após sua conversão (At 9,20), mas não foi para esse lugar com tal objetivo (Deus alterou seus planos). Sua jornada missionária inicia-se em At 13,2.

46. Paulo foi para Jerusalém especificamente para ver Pedro durante 15 dias, no início de seu ministério (Gl 1,18); e foi encarregado por Pedro, Tiago e João (Gl 2,9) a pregar para os gentios.

47. Pedro age (fortemente indicado) como o bispo/pastor chefe da Igreja (1Pd 5,1), exortando todos os outros bispos ou "anciãos".

48. Pedro interpreta profecia (v. 2Pd 1,16-21).

49. Pedro corrige aqueles que distorcem os escritos de Paulo (2Pd 3,15-16).

50. Pedro escreve sua primeira epístola a partir de Roma, conforme atesta a maioria dos estudiosos, como bispo dessa cidade e como bispo universal (ou papa) da Igreja primitiva. "Babilônia" (1Pd 5,13) é codinome para Roma.

Conclusão: seria impossível acreditar que Deus daria a São Pedro tamanha preeminência na Bíblia se isso não fosse significativo e importante para a história posterior da Igreja, em especial, para o governo da Igreja. O papado é a realização mais completa e plausível a esse respeito. E disso nós temos a certeza...


Tirado do site: Universo Católico.

LITURGIA DIÁRIA - 23/04/2015


Quinta-feira: 23/04/2015
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 8,26-40

3º SEMANA DA PASCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 26um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e vai para o sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza. O caminho é deserto”. Filipe levantou-se e foi. 27Nisso apareceu um eunuco etíope, ministro de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém.
28Ele estava voltando para casa e vinha sentado no seu carro, lendo o profeta Isaías. 29Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. 30Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e perguntou: “Tu compreendes o que estás lendo?”
31O eunuco respondeu: “Como posso, se ninguém me explica?” Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. 32A passagem da Escritura que o eunuco estava lendo era esta: “Ele foi levado como ovelha ao matadouro; e qual um cordeiro diante do seu tosquiador, ele emudeceu e não abriu a boca. 33Eles o humilharam e lhe negaram justiça; e seus descendentes, quem os poderá enumerar? Pois sua vida foi arrancada da terra”.
34E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” 35Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou Jesus ao eunuco. 36Eles prosseguiam o caminho e chegaram a um lugar onde havia água. 37Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado?”
38O eunuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água e Filipe batizou o eunuco. 39Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria.40Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesareia.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 65)

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

— Nações, glorificai ao nosso Deus, anunciai em alta voz o seu louvor! É ele quem dá vida à nossa vida, e não permite que vacilem nossos pés.
— Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar: vou contar-vos todo bem que ele me fez! Quando a ele o meu grito se elevou, já havia gratidão em minha boca!
— Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor!


Evangelho (Jo 6,44-51)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA - 23/04

23/04

São Jorge
São Jorge já congregou milhares de devotos por todo o mundo, hoje vive um momento de maturidade e tranqüidade.

Como é o Padroeiro da Inglaterra, ele ainda é o santo protetor dos cavaleiros, escoteiros e militares, honra que divide também com Santo Expedito. Existem milhares de igrejas com seu nome, por ter sido um dos primeiros mártires cristãos a sofrer com as perseguições dos imperadores.

Sua notoriedade diminuiu no Brasil pelo fato de algumas religiões não cristãs ligarem sua imagem à de um orixá. Na realidade não passa de sincretismo.

Para nossa Igreja Católica, São Jorge será sempre uma figura estritamente católica, merecendo toda a nossa admiração e nosso respeito. Temos a imagem de São Jorge como um homem muito bondoso e corajoso. Em um livro Lenda Áurea, uma publicação da Idade Média, nos traz um São Jorge que teria sido paladino na Capadócia. Já em Silene, na Líbia, conta-se que ele teria salvo uma mulher que se encontrava em apuros nas garras de um dragão. O que poderemos dizer de mais certo nesta história é que ele teria sido vítima da perseguição aos cristãos feita por Diocleciano. Foi preso na Nicomedia, sendo torturado e morto por decepamento de sua cabeça.

São Jorge é muito prestigiado na Irlanda. Não sabemos ao certo porque São Jorge se tornou o padroeiro da Inglaterra, sabe-se apenas que seu nome já era muito conhecido nestes países antes mesmo da invasão sofrida por eles da Normandia, o que nos leva a acreditar que fora os cruzados que tanto divulgaram a devoção a este santo em toda a Europa.
Acredita-se que tenha sido martitizado na cidade de Dióspolis, na Palestina por volta do final do século II até o século VI.

Santo Adalberto
Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República Checa e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de batismo era "Woytiech", isto é, "socorro do exército". Ainda bebê adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida consagrada à Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo Adalberto da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua ordenação.

Nesse mesmo ano assistiu a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e em sinal de humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse, procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos pobres e doentes.

Diz a tradição, que ele todos os dias tinha à mesa, nas refeições, a companhia de doze mendigos, em homenagem ao Santos apóstolos. Conta-se que, certa vez, uma mendiga lhe pediu esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto. Apesar deste exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos padrões cristãos. Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao Papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio onde passou cinco anos, para de novo voltar à Praga e retomar, a pedido do Papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado retomou angustiado à vida de monge.

Em obediência ao Papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram confiscados, os castelos incendiados.

Ele então se refugiou na Polônia, onde a pedido de seu amigo duque Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que ainda era pagão. Adalberto se fixou na cidade de Danzig e converteu praticamente toda a população. Porém, os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os religiosos que o acompanhavam.

Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de Tenkiten no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo ao duque Boleslao, mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação com inúmeras graças acontecendo por sua intercessão. No ano 999 o Papa Silvestre II canonizou o primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.

Em 1039 suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de Praga, onde o primeiro pontífice eslavo da História da cristã, Carol Wojtyla, ou Papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio da festa de Santo Adalberto.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

LITURGIA DIÁRIA - 22/04/2015


Quarta-feira: 22/04/2015
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 8,1b-8

3º SEMANA DA PASCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

1bNaquele dia, começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e da Samaria.
2Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram grande luto por causa dele. 3Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. 4Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte, pregando a Palavra. 5Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia.
7De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8Era grande a alegria naquela cidade.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 65)

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso, dai a Deus a mais sublime louvação! Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras”!
— Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor de vosso nome!” Vinde ver todas as obras do Senhor: seus prodígios estupendos entre os homens”!
— O mar ele mudou em terra firme, e passaram pelo rio a pé enxuto. Exultemos de alegria no Senhor! Ele domina para sempre com poder!


Evangelho (Jo 6,35-40)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.
38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA - 22/04

22/04

São Caio
No Livro dos Papas, da Igreja, encontramos registrado que o Papa Caio, nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa  trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também, ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino e da sobrinha Suzana, que havia se consagrado à Cristo.

Antes de ser escolhido Papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja, a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministrados os sacramentos do batismo e do casamento. Isto porque, a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.

O grande contratempo enfrentado pelo Papa Caio se deu no âmbito interno do próprio clero, devido a crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, para a qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Esta e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.

Através dos antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador, o Papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, este teria sido o motivo da ira do soberano, para o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de que Diocleciano encerrou por completo as perseguições somente no ano 303.

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631 foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.


São Sotero
Poucas são as informações biográficas de Sotero. Foi papa entre 166 e 175, período em que ser cristão era muito difícil e perigoso. Ele foi eleito o sucessor do papa Aniceto, que morreu em 165. Nasceu na cidade de Fondi, na Campânia, Itália, e seu pai se chamava Concórdio.

Durante o seu pontificado, a Igreja ampliou-se bastante. Ele mesmo ordenou inúmeros diáconos, sacerdotes e bispos; e seu pontificado foi exemplar. Disciplinou, por meio das leis canônicas, a participação das mulheres na Igreja, que até então não tinham seu caminho muito bem definido. Mas, sobretudo, o papa Sotero combateu com grande valentia e coragem as heresias que pairavam sobre a Igreja dos tempos iniciais do cristianismo.

No seu tempo, foi extinta a heresia de Montano, que propunha um exagerado rigor de costumes. Era uma doutrina de medo e de pessimismo, porque o fim do mundo sempre poderia acontecer a qualquer momento. Supondo isso, todos os cristãos deveriam viver numa santidade irreal, renunciando ao matrimônio e buscando o sofrimento da penitência constante, porque, segundo Montano, a Igreja não tinha faculdades para perdoar os pecados. Essa doutrina, que também era defendida por Tertuliano e, principalmente, Novaciano, foi condenada pela Igreja na época do papa Sotero.

Ele defendeu a doutrina ensinada por Jesus Cristo e que a Igreja sempre continuou praticando, ou seja, que para o pecador verdadeiramente arrependido não existe pecado, por maior que seja, a que não se possa conceder o perdão. Assim, desapareceu o clima de rigor e pessimismo que tanto atormentava os cristãos, tão contrário ao da doutrina do Evangelho, que prega o amor, o perdão, a alegria e a esperança.

Outra característica do papa Sotero foi sua ardente caridade para com os necessitados. Ele desejava que se vivesse como os primeiros cristãos, citados nos textos dos apóstolos, onde "tudo era comum entre eles" e onde "todos eram um só coração e uma só alma..." Papa Sotero pedia esmolas para as dioceses mais ricas, para que fossem distribuídas entre as mais pobres e esforçava-se "por tratar a todos com palavras e obras, como um pai trata os seus filhos".

Ele foi um eloqüente defensor dos cristãos perseguidos e deixou isso registrado na carta que enviou especialmente para os de Corinto. Os vestígios dela foram encontrados quando Eusébio de Cesaréia entregou a ele a eufórica resposta de Dionísio, em agradecimento pelo conforto que o valoroso papa levou aos corações aflitos pela morte iminente.

Provavelmente, foi este corajoso apoio que levou ao martírio o papa Sotero, que morreu em 20 ou 22 de abril de 175, pela perseguição do imperador Marco Aurélio. Segundo uma antiga tradição, mantida pela Igreja, são Sotero é homenageado no dia 22 de abril.

terça-feira, 21 de abril de 2015

LITURGIA DIÁRIA - 21/04/2015


Terça-feira: 21/04/2015
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 7,51-8,1a

3º SEMANA DA PASCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51“Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! 52A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!”
54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para a céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.
57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.60Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu.8,1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 30)

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar de alegria.
— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.


Evangelho (Jo 6,30-35)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA - 21/04

21/04
Santo Anselmo
Santo Anselmo nasceu no ano 1033, de uma família nobre de Aosta, no Piemonte. Educado pelos beneditinos Santo Anselmo decidiu seguir o exemplo de fé de um religioso muito admirado por todos, Lanfranco, aos 27 anos e ingressou na abadia de Bec, na Normandia, tendo sido eleito abade aos 30 anos e mais tarde arcebispo de Cantuária, era o ano 1090.

Desenvolveu importantes trabalhos teológicos que hoje o eleva a doutor da Igreja Católica. Uma das suas importantes obras esta: Cur Deus homo? Cuja tradução é Por que Deus criou o homem? Ele é também considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.

Santo Anselmo morreu no dia 21 de abril de 1109.
Santo Apolônio
Não foram muitos os senadores romanos que colocaram em risco não só o tipo de vida que levavam, luxo, poder e riqueza, mas também a própria vida por abraçarem a fé em Cristo, da qual o Império era inimigo ferrenho.
br> O senador Apolônio gozava de enorme prestígio entre os poderosos da cidade e do Império no ano 180. Era considerado um intelectual muito bem informado e formado, inteligente, além de ter reputação de grande orador, tudo isso aliado ao fino trato social que o distinguia dos demais. Pois foi justamente sua cultura e sabedoria que fizeram com que começasse a ler o Novo Testamento, vindo a mudar de opinião quanto ao cristianismo, e passasse a imitar a vida austera e exemplar dos cristãos. Acabou fazendo contato pessoal com o Papa Eleutério, que o catequizou e batizou pessoalmente.

O imperador da época era Cômodo, um indivíduo até indulgente para com os católicos, mas as leis que vigoravam ainda eram as editadas por Nero. Sabendo disso, seus inimigos que, segundo os registros escritos, tinham na verdade inveja do respeito com que ele era tratado na sociedade romana, denunciaram o senador Apolônio como cristão, e ele foi levado à presença do juiz Perenis.

Este, conhecedor dos talentos de Apolônio, propôs que ele apenas renunciasse à condição de cristão e pronto, estaria em liberdade. Mas o recém-batizado, em resposta, pregou com tanta seriedade e entusiasmo, que quase converteu ali mesmo outros membros do governo e do parlamento. Percebendo o perigo que o Império corria, o juiz rapidamente determinou a sentença de morte.

Mas não adiantou muito, mesmo depois de ter a cabeça decepada, a postura do mártir Apolônio levou durante muito tempo centenas de cidadãos romanos a se converterem ao cristianismo, entusiasmando os próprios integrantes do poder pagão dos idólatras.

Santo Apolônio morreu no ano 185 e o Martirológio Romano celebra sua veneração litúrgica no dia 21 de abril.
São Conrado
João Birndorfer, era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

Iniciou sua vida de oração, humildade e caridade, quando ainda era menino e chamava a atenção pelos longos momentos em que permanecia em contemplação e penitência. Devemos ressaltar estes "longos momentos" que eram, na verdade, todo o tempo em que não estava na escola ou trabalhando com os pais nas propriedades rurais que a família possuía no vale do Rott, em Passavia.

João tinha quatorze anos quando perdeu a mãe. Dois anos depois ficou órfão também de pai e resolveu entregar-se de vez à religião. Até os trinta e um anos de idade permaneceu trabalhando com a família nos campos, mas sentindo-se chamado à vida religiosa entrou para o mosteiro-santuário dos capuchinhos de Santa Ana em Altoetting, onde vestiu o hábito de monge e assumiu o nome de Conrado, depois de dividir toda sua fortuna com os pobres. Os anos que restaram de sua vida foram vividos trabalhando na mais completa humildade como porteiro daquele mosteiro-santuário.

Foram quarenta e três anos de dedicação ao próximo, principalmente quando se tratava de desamparados, mendigos, doentes, viúvas, crianças órfãs, etc. Devoto de Maria e da Eucaristia, era dotado de muitos dons, dentre os quais o que mais se destacava era o da profecia. O mosteiro de Santa Ana recebia anualmente milhares de romeiros que procuravam o santuário ali existente e todos voltavam para suas terras louvando o conforto espiritual e a ajuda material que recebiam de Conrado.

Ele no seu ministério de evangelização quase silencioso provocou um despertar de fé na região, cooperando com a obra benéfica em favor da infância abandonada e perigosa, conhecida na época com o nome de Liebeswerk, ganhando em vida a fama de santidade.

Morreu em 1894, após longos anos de jejum e penitências numa vida à primeira vista rude mas que era pautada na simplicidade cristã, paciente e operosa voltada no amor ao próximo na figura de Jesus Crucificado, da Virgem Santíssima e da Santa Eucaristia.

Aprovados os milagres atribuídos à sua intercessão, depois de sua morte, o Papa Pio XI o beatificou em 1930 e depois de uma rapidez insólita no processo de canonização, em 1934, ele próprio o inscreveu no livro dos Santos. A sua festa litúrgica acontece no dia 21 de abril, dia que ocorreu sua morte.João Birndorfer, era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

LITURGIA DIÁRIA - 20/04/2015


Segunda-feira: 20/04/2015
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 6,8-15

3º SEMANA DA PASCOA
(branco - ofício do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 8Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns membros da chamada Sinagoga de Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão.
10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 11Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus”. 12Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio.
13Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam: “Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei. 14E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu”.
15Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 118,23-30)

— Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.
— Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.

— Que os poderosos reunidos me condenem; o que me importa é o vosso julgamento! Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos.
— Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade! Fazei-me conhecer vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!
— Afastai-me do caminho da mentira e dai-me a vossa lei como um presente! Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.


Evangelho (Jo 6,22-29)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA - 20/04

20/04
Santa Inês de Montepulciano
Inês, nasceu em 28 de janeiro de 1268, na aldeia de Graciano, próxima da cidade de Montepulciano, que depois lhe serviu de sobrenome. Era filha de pais riquíssimos, da família dos Segni. Mas sua vocação deve ter se manifestado quando era ainda criança, pois mal aprendeu a falar e já ficava pelos cantos recitando orações, procurando lugares silenciosos para conversar com Deus.

Não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais a vontade de se tornar religiosa e, com nove anos, já estava entregue aos cuidados das religiosas de São Domingos. Entretanto, não foi só isso. Ainda não completara dezesseis anos de idade, quando suas companheiras de convento a elegeram superiora e o Papa Nicolau VI referendou essa decisão incomum.

Contudo sua atuação no cristianismo fica bem demonstrada com uma vitória que ficou histórica e muito contribuiu para sua canonização. Existia em Montepulciano uma casa que várias mulheres utilizavam como prostíbulo. Inês passou a dizer às religiosas que um dia transformaria aquela casa em convento.

Partindo dela: prometer, lutar e conseguir, não era surpresa alguma para ninguém. A surpresa foi ter conseguido ir além do prometido, tanto influenciou as mulheres que as pecadoras se converteram, e a casa se transformou num convento exemplar na ordem e na virtude.

Como não poderia deixar de ser, numa vida tão explosiva quanto um raio, a morte também lhe veio precocemente. Não tinha completado cinqüenta anos de idade quando uma dolorosa doença a acometeu e ela morreu rapidamente, no dia 20 de abril de 1317, assim como tinham acontecido com as outras etapas de sua vida.

O local de sua sepultura se tornou alvo de peregrinações, com muitas graças ocorrendo por intercessão de Santa Inês de Pulciano, como passou a ser chamada. Ali se registrou curas de doentes, a conversão de grandes e famosos pecadores e outros fatos prodigiosos. Inês de Montepulciano foi canonizada pelo papa Bento XIII, em 1726.
São Teodoro
O significado de seu nome, "dom de Deus", tem tudo a ver com os talentos especiais que Teodoro demonstrou durante toda a vida. O religioso, nascido na segunda metade do século VI na  Galácia um território da Asia Menor hoje Turquia. Desde pequeno demonstrou ter realmente vindo ao mundo para a edificação da Igreja, terminando seus dias como instrumento dos prodígios e graças que brotavam à sua volta.

Diz a tradição que, já aos oito anos, procurava lugares escondidos e solitários para rezar. Depois, quando adolescente, chegou a cavar uma gruta na capela de São Jorge, especialmente para ali entregar-se à oração e a contemplação.

É preciso esclarecer que, além de tudo, seus pais pediram para o filho a proteção de são Jorge desde o instante do seu nascimento, pois sua mãe teve um parto muito difícil. Teodoro foi agradecido ao santo, que tinha como padrinho, pelo resto de seus dias.

Todavia seus pais também não esperavam que ele se dedicasse tanto assim à religião e se preocupavam, pois ele era muito diferente dos outros meninos da sua idade, principalmente por ter cavado "sua" caverna na capela.

Dizem os devotos que o próprio são Jorge apareceu num sonho a sua mãe, para que ficasse tranqüila quanto ao futuro de Teodoro. Logo depois alguns prodígios e graças começaram a acontecer na gruta, pois que, em pouco tempo, todos os dias, grande parte dos moradores locais eram atraídos para lá.

Teodoro ainda não tinha idade para isso, mas o bispo da cidade vizinha de Anastasiópolis assumiu a tutela do rapaz e o ordenou sacerdote. E mal voltou para sua cidade natal, o povo o elegeu bispo. No cargo ele permaneceu por dez anos, quando abandonou tudo e voltou à sua vida solitária de penitência e oração contemplativa.

Novamente as graças passaram a fazer parte do cotidiano da gruta de Teodoro, onde grandes multidões o procuravam. Teodoro ali ficou até o dia 20 de abril de 613, quando morreu. Sua festa é muito celebrada pelos católicos do mundo todo, especialmente na França, Alemanha e entre os cristãos de língua eslava.