26/07 | |
Beato Tito
Brandsma
Anno Bjoerd Brandsma, nasceu em 23 de fevereiro de 1881, no
seio de uma família de camponeses da Frísia, Holanda. No pequeno sítio da
família havia bastante trabalho, mas, ele sempre foi muito frágil, para o
serviço braçal.
Aos dezessete anos, seguindo sua vocação, ingressou na Ordem dos Carmelitas e adotou o nome de Tito, em homenagem a seu pai. Em 1905, recebeu a ordenação sacerdotal e, quatro anos depois, a graduação de doutor em filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma. Retornou para sua pátria, onde foi docente em vários liceus e professor de filosofia e história. Na Universidade Católica de Nimega, da qual também foi eleito "Reitor Magnífico". Viajou pela Europa e América, e se tornou jornalista e publicitário. Em 1935, foi nomeado consultor eclesiástico e assistente nacional dos jornalistas católicos. O nazismo assumiu o poder na Alemanha, em 1933, e iniciou suas perseguições contra os judeus. Padre Tito reagiu, publicando um artigo antinazista contendo duras palavras contra o regime. Quando, em 1940, os nazistas invadiram a Holanda, o pequeno partido nazista local exigiu dos jornais católicos a publicação de sua propaganda. Padre Tito foi convocado a percorrer toda Holanda levando o "não" de todo episcopado, aos diretores dos jornais, à exigência feita pelo partido nazista, mesmo ao custo de fecharem suas redações e das próprias vidas. Em 19 de janeiro de 1942 a Gestapo, Agência de Espionagem do Regime Nazista, prendeu o Padre Tito, em Nimega. Assim iniciou o seu Calvário, mudando constantemente de prisões e sendo submetido a interrogatórios e torturas, mas nunca cedeu. A sua perseverança na fé e crença ardorosa em Cristo permitiu que suportasse o martírio. Cinco meses depois ele chegou à prisão de Dachou, na Alemanha. Alí os tormentos só foram suportados, porque tinha consigo a Eucaristia, um presente de padres alemães que foram deportados. Munido da hóstia ele pregava aos seus companheiros de prisão e ainda recitava as palavras da Missa. Padre Tito Brandsma foi executado com uma injeção venenosa no dia 26 de julho de 1942 e seu corpo jogado num crematório coletivo. O Papa João Paulo II o beatificou em 03 de novembro de 1985, designando o dia de sua morte para a sua festa. | |
São Jorge
Preca
Jorge Preca nasceu em Valletta, na ilha de Malta, no dia 12 de
fevereiro de 1880, filho de pais cristãos fervorosos. Logo depois de concluir os
estudos básicos, sentindo o chamado para a vida religiosa, ingressou no
Seminário. Quando ainda era diácono ficou gravemente doente, sem esperança de
recuperação, mas, pela intercessão de São José, melhorou e recebeu a ordenação
sacerdotal em 1906.
No ano seguinte, o jovem padre fundou a Sociedade da Doutrina Cristã, para a formação religiosa de jovens, orientados à instruir outros. Tomou como lema desta associação as letras M.U.S.E.U.M., abreviação da frase latina: Magister Utinam Sequator Evangelium Universus Mundus! que significa: "Mestre, que o mundo inteiro siga o Evangelho!". O fato de levar a Bíblia e a teologia ao alcance da população era realmente revolucionário. Mais fascinante ainda era o sonho de Jorge em formar leigos, homens e mulheres, para manda-los proclamar a Palavra de Deus em todos os lugares. Para conseguir isso, inovou outra vez, pois era ele próprio que ensinava e escrevia em Maltese, a língua popular, para todos entenderem corretamente. Foram cerca de 150 publicações, entre livros e panfletos. Em 1910, criou a seção feminina e a dos leigos, para a Sociedade da Doutrina Cristã, concluindo assim, as metas do seu ideal. Nesta época as escolas do governo eram poucas e a presença dos alunos não era obrigatória. Assim o surgimento das escolas da Sociedade da Doutrina Cristã nas paróquias, se deu com a rapidez de um rastilho de pólvora. Todos os dias, crianças, jovens e adultos iam espontaneamente às escolas dos catequistas de Padre Jorge, onde eram alfabetizados dentro dos princípios cristãos. A Sociedade da Doutrina Cristã teve a aprovação oficial da Igreja, em 1932. Jorge também se destacou como apóstolo do Evangelho. Seus livros de orações foram numerosos. O pensamento central de sua espiritualidade foi Cristo Jesus, o Verbo Encarnado. Tornou-se ainda um confessor muito procurado por causa de suas palavras consoladoras. Ele que havia professado na Ordem Terceira do Carmo em 1919, tomando o nome de frei Franco, e permaneceu filiado à Ordem do Carmo até 1952. Devoto fervoroso e pregador entusiasmado de Nossa Senhora do Carmo, ele colocava o escapulário da Virgem do Carmo em todos os seus catequistas e nas crianças das escolas paroquianas. Morreu aos oitenta e dois anos, no dia 26 de julho de 1962, em Santa Venera, na ilha de Malta. A sua obra está presente na Austrália, Sudão, Quênia, Inglaterra, Albânia e Peru. Jorge Preca sempre foi fiel a Igreja, vivendo em intimidade e união com Deus, dedicando-se ao serviço dos mais pobres. Beatificado pelo Papa João Paulo II em 2001, teve sua festa designada para o dia de sua morte. | |
Santa Ana e São
Joaquim
Viveram no primeiro século e sua festa é celebrada no leste no
dia 9 de setembro. A tradição dá o nome de Joaquim e Ana (significa graciosa em
hebreu) aos pais da Virgem Maria (Luc 3:23) .
São João Damasceno exorta Joaquim e Ana como modelos de pais e esposos cujo principal dever era educar seus filhos. São Paulo diz que a educação dos filhos pelos pais é sagrada. A tradição diz que Joaquim nasceu em Nazaré, e casou-se com Anna quando ele era jovem. Ele era um rico fazendeiro e possuía um grande rebanho. Como não tivessem filhos durante muitos anos Joaquim era publicamente debochado, (não ter filhos era considerado na época uma punição de Deus pela sua inutilidade). Um dia o padre do templo recusou a oferta de Joaquim de um cordeiro e Joaquim foi para o deserto e jejuou e rezou por 40 dias. O Pai de Ana teria sido um judeu nômade chamado Akar que trouxe sua mulher para Nazaré com sua filha Anna. Após o casamento de sua filha com Joaquim tambem ficou triste de não terem sido agraciados com netos. Ana chorava e orava a Deus para atende-la. Um dia ela estava orando e um anjo disse a ela que Deus atenderia as suas preces. Ela estava sob uma árvore pensando que Joaquim a havia abandonado(ele estava no deserto). O anjo disse ainda que o filho que teriam seria honrado e louvado por todo o mundo. Anna teria respondido; "Se Deus vive e se eu conceber um filho ou filha será um dom do meu Deus e eu servirei a Ele toda a minha vida." O anjo disse a ela para ir correndo encontrar com o seu marido o qual, em obediência a outro anjo, retornava com o seu rebanho. Eles se encontraram em um local que a tradição chama de Portão de Ouro. Santa Anna deu a luz a Maria quando ela tinha 40 anos. É dito que Anna cumpriu a sua promessa e ofereceu Maria a serviço de Deus, no templo, quando ela tinha 3 anos. De acordo com a tradição ela e Joaquim viveram para ver o nascimento de Jesus e Joaquim morreu logo após ver o seu Divino neto presente no templo de Jeruzalém. O Imperador Justiniano construiu em Constantinopla, uma igreja em honra de Santa Anna lá pelo anos de 550.Seu corpo foi trasladado da Palestina para Constantinopla em 710 e algumas porções de suas relíquias estão dispersas no Oeste. Algumas em Duren (Rheinland-Alemanha), em Apt-en-Provence, (França) e Canterbury (Inglaterra). O culto litúrgico de Santa Ana apareceu no sexto século no leste e no oitavo século no Ocidente. No século décimo a festa da concepção de Santa Anna era celebrada em Nápoles e se espalhou para Canterbury lá pelos anos de 1100 DC e daí por diante até século 14, quando o seu culto diminui pelo crescente interesse pela sua filha, a Virgem Maria. O culto a Santa Ana chegou a ser até atacada por Martinho Lutero, especialmente as imagens com Jesus e Maria, um objeto favorito dos pintores da Renascença. Em resposta, a Santa Sé estendeu a sua festa para toda a Igreja em 1582. São Joaquim tem sido honrado no Leste desde o início e no Ocidente desde o 16° século e imagens do culto a São Joaquim começaram no ocidente nas Comunas e nos Arcos em Veneza que datam do século 6° . A Imaculada Concepção de Maria é comemorada no dia 8 de dezembro e o nascimento da Virgem Maria, nove meses depois, ou seja no dia 8 de Setembro. A festa de São Joaquim era celebrada, no Ocidente no dia 16 de agosto. Agora, ambos são comemorados no dia de Santa Ana ou seja no dia 26 de julho. |
sexta-feira, 26 de julho de 2013
SANTO DO DIA - 26/07/2013
LITURGIA DIÁRIA - 26/07/2013

Dia: 26/07/2013
Primeira Leitura: Eclesiástico 44, 1.10-15
(branco, prefácio comum ou dos santos - ofício da memória)
Leitura do Livro do Eclesiástico.
1 Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. 10 Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11 Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são sua melhor herança. 12 A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13 e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. 14 Seus corpos serão sepultados na paz e seu nome dura através das gerações. 15 Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembleia vai celebrar o seu louvor.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 131)
— O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.
— O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.
— O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: “um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!”
— Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: “Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”
— “De Davi farei brotar um forte herdeiro, acenderei ao meu ungido uma lâmpada. Cobrirei de confusão seus inimigos, mas sobre ele brilhará minha coroa!”
Evangelho (Mt 13,16-17)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 16 “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17 Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejavam ver o que vedes, e não viram, desejavam ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
O Evangelho do Dia - 26/07/2013
Ano C - DIA 26/07
Olhos e ouvidos para quê? - Mt 13,16-17
“Felizes são vossos olhos,
porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em verdade vos digo, muitos
profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram; desejaram ouvir
o que estais ouvindo, e não ouviram.”
Leitura Orante
Oração Inicial
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando,
com todos que se encontram aqui, em torno da Palavra:
Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Amém.
Espírito Santo
que procede do Pai e do
Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em
mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,à tua ação em
mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do
Pai.
Amém.
1- Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio
atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 13,16-17.
Ver o Messias e ouvi-lo era o
grande anseio do povo. Mas, já dizia o profeta Jeremias: “os sacerdotes não
perguntaram: Onde está o Senhor? Os depositários da Lei não me conheceram, os
pastores rebelaram-se contra mim, os profetas profetizaram por Baal e, assim
correram atrás do que não vale nada” (Jr 2,8). O Salmista, por sua vez, afirma:
“Meu rochedo e minha muralha és tu, Senhor” (Sl 70). Agora, Jesus, o Messias e
Senhor, está presente. Os que o vêem e o escutam “são felizes”. No entanto,
devemos admitir que há ainda muitos que estão cegos e surdos.
2- Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim,
hoje?
Onde vejo e escuto o Messias? Como aproximar e abrir os olhos e ouvidos
de tantos que ainda não vêem, nem escutam? Os bispos, em Aparecida disseram: “Os
cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da contemplação de quem
nos revelou em seu mistério a plenitude do cumprimento da vocação humana e de
seu sentido. Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprende d’Ele, em
seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo
tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de
nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência,
nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar.
Em Cristo Palavra, Sabedoria de Deus (cf. 1 Cor 1,30), a cultura pode voltar a
encontrar seu centro e sua profundidade, a partir de onde é possível olhar a
realidade no conjunto de todos seus fatores, discernindo-os à luz do Evangelho e
dando a cada um seu lugar e sua dimensão adequada." (DAp
41).
3- Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo, com o bem-aventurado Tiago Alberione,
também por todos os
vovós que hoje homenageamos:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua
inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que
eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com
os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam
sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre
como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
4- Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a
partir da Palavra?
Meu novo olhar é para ver Jesus e escutá-lo,
hoje.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos
mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar
e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
quinta-feira, 25 de julho de 2013
SANTO DO DIA - 25/07/2013
25/07 | |
São Cristóvão
Cristóvão, antes do batismo,
chamava-se Réprobo, porém, depois, se chamou Cristóvão, que é o mesmo que dizer
aquele que carrega Cristo, pois ele carregou Cristo em seus ombros,
transportando-o e guiando-o; em seu corpo, tornando-o esquálido; em sua mente,
pela devoção; e em sua boca, confessando-o e pregando a sua mensagem.
Cristóvão era de linhagem Cananéia,
de estatura elevada e ereta, rosto feio e aparência assustadora. Tinha doze
cúbitos de comprimento, e lemos em algumas histórias que, quando estava a
serviço do rei de Canaã, vivendo junto a ele, veio-lhe à mente procurar o maior
príncipe existente no mundo e a ele servir e obedecer. E foi tão longe, que
encontrou o legítimo grande rei, cuja fama geralmente era de que seria o maior
do mundo. E quando este rei o viu, tomou-o para o seu serviço e o fez habitar em
sua corte. Certa vez, um menestrel cantou perante ele uma canção na qual citava
constantemente o demônio, e o rei, que era um homem cristão, ao ouvi-lo
mencionar o demônio, traçou o sinal da cruz em sua fronte. E quando Cristóvão
viu isso, ficou curioso em saber que sinal seria aquele e para que o rei o
fizera, e lhe perguntou isso. E por que o rei não lhe queria responder, ele
disse: Se não me disserdes, não mais habitarei convosco. Então o rei lhe
explicou, dizendo: Sempre que ouço mencionarem o demônio, temo que ele possa ter
poder sobre mim, e eu me previno contra ele com este sinal, a fim de que não me
faça mal e não me perturbe. Então, Cristóvão lhe disse. Temeis que o demônio vos
possa fazer mal? Então, o demônio é mais poderoso e maior do que vós. Por isso,
fui enganado em minha esperança e em meu plano, pois supunha ter encontrado o
maior e o mair poderoso senhor do mundo, mas eu vos recomendo a Deus, porque vou
procura-lo para que seja o meu senhor, e eu, o seu servo.
Em seguida, ele se despediu daquele
rei e apressou-se a ir em busca do demônio. E quando passava por um grande
deserto, avistou um grande séqüito de cavalheiros, no meio dos quais se
destacava um cavalheiro cruel e horrível que, aproximando-se dele, lhe perguntou
qual era o seu destino, e Critóvão, respondendo, disse-lhe: ‘Estou à procura do
demônio, para que seja o meu senhor’. E ele lhe respondeu: ‘Eu sou quem
procuras’. Então, Cristóvão ficou contente, pediu-lhe para ser seu servo
perpétuo e o tomou como seu mestre e senhor. E indo os dois juntos pelo mesmo
caminho, encontraram nele uma cruz erguida. O demônio, ao avistar a cruz, logo
ficou apavorado e fugiu, deixando o caminho normal, e, fazendo um grande desvio,
fez Cristóvão passar por um deserto árido. Mais trade, quando já haviam
contornado a cruz, reconduziu-o ao caminho principal que haviam deixado. Quando
Cristóvão perguntou porque hesitara e abandonara o caminho principal e limpo e
entrara num deserto assim tão árido, o demônio não quis lhe explicar de forma
alguma. Então, Cristóvão lhe disse: ‘Se não me disseres, separar-me-ei
imediatamente de ti e não mais te servirei’. Ao que o demônio se viu obrigado a
lhe contar, dizendo-lhe: ‘Havia um homem chamado Cristo que foi suspenso numa
cruz, e, quando vejo o seu sinal, fico apavorado e fujo dele, onde quer que o
veja’. Cristóvão disse-lhe: ‘Então, ele é maior e mais poderoso que tu, já que
tens medo do seu sinal, e eu, agora, por não ter encontrado o maior senhor do
mundo, compreendo bem que trabalhei em vão. E eu não mais servirei a ti; segue,
pois, teu caminho, pois eu vou à procura de Cristo’.
E após ter, durante muito tempo,
procurado e perguntado onde poderia encontrar Cristo, finalmente, chegou a um
grande deserto, até onde habitava um eremita, e este lhe falou de Jesus Cristo e
o instruiu diligentemente na fé e lhe disse: ‘Este Rei a quem desejas servir
pede o serviço de jejuares muitas vezes’. E Cristóvão lhe disse: ‘Pede de mim
qualquer outra coisa, que eu a farei, pois o que me pedes eu não farei’. E o
eremita lhe disse: ‘Então, deves vigiar e orar constantemente’. E Cristóvão lhe
disse: ‘Não sei o que isto seja. Não farei tal coisa’. Então o eremita lhe
disse: ‘Conheces aquele rio assim e assim, onde muitos pereceram e se perderam?’
Ao que Cristóvão respondeu: ‘Conheço-o muito bem’. Então lhe disse o eremita:
‘Como és de estatura nobre, elevada e forte em teus membros, deves morar perto
daquele rio, e transportarás pelo mesmo todos quantos por ele precisarem passar,
o que será algo muito agradável a Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem desejas
servir, e eu espero que Ele se mostrará a ti’. Então disse Cristóvão: ‘Sem
dúvida, este serviço eu posso muito bem executar, e eu prometo a ele que o
farei’. Em seguida, Cristóvão foi até aquele rio e lá construiu uma morada para
si e carregava nas mãos uma grande vara, à guisa de bastão, para se apoiar
dentro da água, e assim transportava toda sorte de pessoas, sem parar. E lá
habitou, executando esse trabalho, durante muitos dias.
E certa vez, quando dormia em sua
choupana, ouviu uma voz de criança que o chamava e dizia: ‘Cristóvão, sai de
dentro e vem carregar-me até a outra margem’. Então, levantou-se e saiu, porém
não viu ninguém. E voltando de novo para dentro da casa, ouviu a mesma voz,
correu para fora e não avistou ninguém. Pela terceira vez, foi ele chamado e,
saindo, viu uma criança à beira do rio, que lhe pediu por favor que o
transportasse para a outra margem. Então, Cristóvão pôs aquela criança aos
ombros, apanhou o bastão e entrou no rio para atravessa-lo. E a água do rio
subiu e aumentava cada vez mais; e a criança pesava como chumbo, e a cada passo
que dava rumo ao centro do rio, a água aumentava e crescia cada vez mais, e a
criança tornava-se mais pesada ainda, a tal ponto que Cristóvão ficou muito
angustiado e temia vir a afogar-se. Por fim, conseguiu escapar daquela situação
com grande esforço, fez a travessia e colocou a criança no chão, e disse a ela:
‘Menino, puseste-me num grande perigo; pesas tanto como se tivesse o mundo sobre
os meus ombros: não poderia carregar um peso maior’. E o menino respondeu:
‘Cristóvão, não te espantes, pois não só carregaste o mundo inteiro em teus
ombros, como também carregaste Aquele que criou e fez o mundo inteiro. Eu sou
Jesus Cristo, o Rei, a quem serves neste mundo. E para que saibas que digo a
verdade, põe teu bastão no chão, junto à tua casa, e amanhã verás que ele estará
coberto de flores e de frutos’. E desapareceu de repente de sua vista. Então,
Cristóvão colocou o bastão na terra, e, quando levantou de manhã, encontrou-o
parecido com uma palmeira, carregado de flores, folhas e tâmaras.
Então, Cristóvão se dirigiu até a
cidade de Lícia e não conseguia entender a linguagem de seus habitantes. Então,
orou ao Senhor, para que fizesse com que pudesse entende-los, e assim fez. E
enquanto estava rezando, os juízes pensavam que estivesse louco, e o deixaram lá
sozinho. Então, quando Cristóvão pôde entender o que diziam, cobriu o semblante
e foi até o lugar onde costumavam martirizar os cristãos, e os confortou em nome
do Senhor. Então, os juízes bateram-lhe na face, e Cristóvão lhes disse: ‘Se eu
não fosse cristão, eu vingaria esta ofensa’. Então Cristóvão arremessou o seu
bastão no chão e pediu ao Senhor que, para converter aquelas pessoas, ele devia
se cobrir de flores e de frutos. E logo assim sucedeu. E então, converteu oito
mil pessoas. E o rei enviou dois cavaleiros para que o trouxessem, e o
encontraram orando, e não ousaram lhe dizer isso. E logo em seguida, o rei
mandou muitos outros cavalheiros e logo se puseram a rezar com ele. E quando
Cristóvão se ergueu, disse a eles: ‘O que procurais?’ E ao verem o seu
semblante, lhe disseram: ‘O rei nos mandou aqui, a fim de amarra-lo e conduzi-lo
até ele’. E Cristóvão lhes disse: ‘Se eu quisesse, não poderíeis me levar até
ele, amarrado ou solto’. E eles lhe disseram: ‘Se quiseres seguir o teu caminho,
vai livre, para onde quiseres. E nós diremos ao rei que não te encontramos’.
‘Assim não será’, disse-lhes ele, ‘mas eu irei convosco’. Então, ele os
converteu à Fé, e ordenou-lhes que deviam lhe atar as mãos às costas e
conduzi-lo assim amarrado à presença do rei. E quando o rei o avistou, ficou
apavorado e caiu do trono. E os servos o ergueram novamente. Então, o rei
perguntou pelo seu nome e pela sua pátria. E Cristóvão lhe respondeu: ‘Antes de
ser batizado, eu me chamava Réprobo, e depois, eu sou Cristóvão; antes do
batismo, um cananeu; agora um cristão’. Ao que disse o rei: Tens um nome tolo,
isto é, o nome de Cristo crucificado, que não conseguiu livrar-se e não pode
ser-te útil. Como, pois, maldizes os cananeus, por que não sacrificas aos nossos
deuses?’ Cristóvão respondeu-lhe: ‘Com razão te chamas Dagnus, pois és a morte
do mundo e o companheiro do demônio, e os teus deuses são obras de mãos
humanas’. E o rei lhe disse: ‘Foste alimentado entre animais selvagens e por
isso só podes falar uma linguagem rude e palavras desconhecidas dos homens. E
agora, se quiseres sacrificar aos deuses, dar-te-ei grandes presentes e grandes
honrarias, e se não quiseres, destruir-te-ei e acabarei contigo, no meio de
grandes sofrimentos e torturas’. Mas, apesar de tudo isso, ele não se dispôs, de
forma alguma, a sacrificar, por isso ele foi mandado para a prisão, e o rei
mandou decapitar outros cavaleiros que havia mandado buscá-lo, e a quem ele
convertera.
"Em seguida, o rei mandou levar para
dentro da prisão de Cristóvão duas mulheres bonitas, uma das quais se chamava
Nicéia e a outra Aquilina, e prometeu a elas grandes presentes caso conseguissem
fazer com que Cristóvão pecasse com elas. Quando Cristóvão notou isso,
prostrou-se em oração, e ao ser forçado por elas, que o abraçaram para que se
resolvesse a agir, ele se ergueu e disse: ‘O que procurais? Para que fim aqui
viestes?’ E elas, ficando assustadas com seu aspecto e com a expressão clara do
seu semblante, disseram: ‘Ó santo de Deus, compadecei-vos de nós, a fim de que
creiamos neste Deus que pregais’. E quando o rei ouviu isso, ordenou que as duas
fossem retiradas de lá e trazidas à sua presença. E lhes disse: ‘Fostes
enganadas. Mas conjuro-vos pelos meus deuses que, se não sacrificardes a eles,
sereis imediatamente castigadas com uma morte horrível’. E elas lhe disseram:
‘Se quiserdes que sacrifiquemos, ordenai que o lugar fique livre e que todas as
pessoas se reúnam no templo’. Quando isso foi feito, elas entraram no templo,
tomaram os cintos e os colocaram em volta do pescoço dos deuses e os arrastaram
até o chão, e os fizeram em pedaços. E disseram aos que estavam presentes:
‘Chamai os médicos e os que trabalham com sanguessugas para que curem os vossos
deuses’. Então, por ordem do rei, Aquilina foi enforcada, e uma enorme pedra foi
amarrada e suspensa aos seus pés, de modo que os seus membros foram quebrados de
modo horrível. E quando estava morta e passou para o Senhor, sua irmã Nicéia foi
atirada a uma grande fogueira, porém ela conseguiu sair ilesa, intacta. Então
eles mandaram decepar-lhe a cabeça à força e assim sofreu a morte.
A seguir, Cristóvão foi trazido à
presença do rei. Este ordenou que fosse torturado com varas de ferro e colocada
em sua cabeça uma cruz de ferro em brasa. Em seguida, após mandar fazer um
recipiente de ferro e pôr Cristóvão amarrado dentro dele, ordenou que colocassem
fogo por baixo, e o enchessem de piche. Mas o recipiente se derreteu como cera,
e Cristóvão saiu sem qualquer ferimento ou queimadura. E o ver isso, o rei
ordenou que fosse amarrado a um poste resistente e fosse crivado de flechas por
quarenta arqueiros. Contudo, nenhum daqueles arqueiros conseguiu acertá-lo, pois
as flechas ficavam imóveis no ar, próximas a ele, sem toca-lo. Então o rei,
imaginando que tivesse sido atravessado pelas flechas dos arqueiros, dirigiu-se
até ele para ficar bem perto. E uma das flechas, virando-se repentinamente no
ar, atingiu-o num dos olhos, deixando-o cego. Cristóvão disse-lhe: ‘Tirano, vou
morrer amanhã. Fazei um pouco de lama misturada ao meu sangue e ungi com ela
vosso olho e sereis curado’. Então, à ordem do rei, ele foi levado para que lhe
cortassem a cabeça. Fez a sua oração, e a cabeça lhe foi decepada, e assim
sofreu o martírio. E o rei então pegou um pouco do seu sangue e o colocou na
vista, e disse: ‘Em nome de Deus e de S. Cristóvão’ e logo ficou curado. Então o
rei acreditou em Deus e deu ordens para que, se qualquer pessoa culpasse a Deus
ou a S. Cristóvão, deveria ser imediatamente morto à espada.
Esta é, com algumas alterações, a
história de S. Cristóvão, extraída da Legenda Áurea, da forma como foi traduzida
para o inglês por William Caxton, uma história conhecida em toda a cristandade,
tanto no Oriente como no Ocidente. Dela surgiu a crença popular de que todo
aquele que contemplasse uma imagem do santo naquele dia não sofreria mal algum:
crença essa que foi responsável pela colocação de grandes estátuas e afrescos
que o representavam na parte oposta à entrada das igrejas (algumas das quais
ainda existem em nosso próprio país), de forma que todos os que entrassem
pudessem vê-la. Ele era o santo padroeiro dos viajantes, sendo invocado contra
os perigos representados pelas águas, tempestades e pragas. E, em épocas mais
recentes, encontrou uma popularidade renovada como padroeiro dos
motoristas.
A lenda de S. Cristóvão só assumiu a
sua forma final na Idade Média: seu nome latino Christophorus (o que leva
Cristo), além de ter um significado espiritual, recebeu também um significado
material. A história foi enfeitada pela vitalidade da fantasia medieval.
Excluindo-se o fato de ter existido, realmente, um mártir de nome Cristóvão,
nada se sabe ao certo a respeito do mesmo: O Martirológio Romano diz que ele
sofreu o martírio na Lícia, sob o Imperador Décio, morto por flechas e
decapitado, após sair ileso das chamas.
Os muitos pontos interessantes que
surgem em conexão com S. Cristóvão são amplamente discutidos pelo Dr. R.
Hindringer, no Lexikon fur Theologie und Kirche, vol. II, cols. 934-936, e por
H.F. Rosenfeld, der ht. Christophorus (1937). Houve indubitavelmente um S.
Cristóvão, cujo culto estava bastante difundido no Oriente e no Ocidente. Uma
igreja na Bitínia lhe foi dedicada em 452. A lenda primitiva nos conta a
respeito da procura de um mestre por parte de S. Cristóvão ou sobre o seu
trabalho de transportar os viajantes através dos rios, porém, sua estatura
gigante e seu aspecto assustador são amplamente descritos, bem como o seu bastão
que cresceu e floresceu, quando atirado ao chão. O incidente com Aquilina e sua
companheira é, também, colocado em evidência, e temos a mesma série absurda de
tentativas infrutíferas para levar o mártir à morte. Os textos latinos e grego
da lenda primitiva, em diversas revisões, foram publicados em Acta Sanotorun,
julho, vol. VI; em Analecta Bollandiana, vol. I, p. 131-148, e X, p. 393-405; e
em Acta S. Marinae et S. Christophori de H. Usener. Existe também um texto sírio
entre os manuscritos do Museu Britânico (Adic. 12, 174). Para S. Cristóvão na
arte, vejam-se Kunstle, Ikonographie, vol. II, p. 154-160, e Drake, Saints and
their Emblens; e do ponto de vista do folclore, Bachtold-Staubli, Handworterbuch
dês deutschen Aberglaubens, vol. II, p. 65-75; porém a maioria dos folcloristas,
por exemplo, H. Gunther, se preocupa em descobrir supostas origens pagãs para as
práticas de devoção a ele, na Idade Média.
| |
São Tiago
Tiago nasceu doze anos antes de Cristo, viveu mais anos que Ele
e passou para a eternidade junto a seu Mestre. Tiago, o Maior, nasceu na
Galiléia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as sagradas escrituras. Era,
portanto, irmão de João Evangelista, os "Filhos do Trovão" como os chamara
Jesus. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar
entre os prediletos de Jesus, juntamente com Pedro e André. È chamado de "maior"
por causa do apóstolo homônimo, Tiago filho de Alfeu, conhecido como "menor".
Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao Seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor e na Sua agonia no Horto das Oliveiras. Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo por isto declarado seu padroeiro. Mais tarde voltou a Jerusalém, onde converteu centenas de pessoas, inclusive dois mágicos que causavam confusão entre o povo com suas artes diabólicas. Até que um dia lhe prepararam uma cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso e acusado de causar sublevação entre o povo. A pena para esse crime era a morte. O juiz foi o cruel rei Herodes Antipas, um terrível e incansável perseguidor dos cristãos. Ele lhe impôs logo a pena máxima, ordenando que fosse flagelado e depois decapitado. A sentença foi executada durante as festas pascais no ano 42. Assim, Tiago, o Maior, se tornou o primeiro dos apóstolos a derramar seu sangue pela fé em Jesus Cristo. No século VIII, quando a Palestina caiu em poder dos muçulmanos, um grupo de espanhóis trouxe o esquife onde repousavam os restos de São Tiago, o Maior, à cidade espanhola de Iria. Segundo uma antiga tradição desta cidade, no século IX o bispo de lá, teria visto uma grande estrela iluminando um campo, onde foi encontrado o túmulo contendo o esquife do apóstolo padroeiro. E a Espanha, que nesta ocasião, lutava contra a invasão dos bárbaros muçulmanos, conseguiu vence-los e expulsa-los com a sua ajuda invisível. Mais tarde, naquele local, o rei Afonso II mandou construir uma igreja e um mosteiro, dedicados à Santiago, com isto a cidade de Iria passou a se chamar Santiago de Compostela, ou seja, do campo da estrela. Desde aquele tempo até hoje, o Santuário de Santiago de Compostela, é um dos mais procurados, pelos peregrinos do mundo inteiro, que fazem o trajeto à pé. Essa rota, conhecida como "Caminho de Santiago de Compostela", foi feita também pelo Papa João Paulo II, em 1989. Acompanhado por milhares de jovens do mundo inteiro, foi venerar as relíquias do apóstolo São Tiago, o Maior, depositadas na magnífica Catedral das seis naves, concluída em 1122. |
LITURGIA DIÁRIA - 25/07/2013

Dia: 25/07/2013
Primeira Leitura: 2º Coríntios 4, 7-15
(vermelho, glória, prefácio dos Apóstolos - ofício da festa)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 7 trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós.
8 Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9 perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10 por toda a parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos.
11 De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13 Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14 certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 125)
— Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
— Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios de canções.
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
— Mudai nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!
Evangelho (Mt 20,20-28)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
20 Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21 Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.
22 Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23 Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.
24 Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25 Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26 Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27 quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28 Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
O Evangelho do Dia - 25/07/2013
Ano C - DIA 25/07
O discípulo serve e não, busca ser servido - Mt 20,20-28
A mãe dos
filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe
fazer um pedido. Ele perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes
meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua
esquerda”. Jesus disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice
que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. “Sim”, declarou Jesus, “do meu
cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende
de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou”. Quando os outros dez ouviram
isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse:
“Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder.
Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele
que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois
o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em
resgate por muitos”.
Leitura Orante
Oração Inicial
Inicio este momento orando com todos os que
estão neste ambiente virtual, a oração de Bento XVI:
Senhor, dai-nos
sempre
o fogo de vosso Santo Espírito,
que ilumine as nossas mentes
e
desperte entre nós o desejo de contemplar-vos,
o amor aos irmãos,
especialmente aos aflitos,
e o ardor por anunciar-vos no início deste
século.
1- Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio
atentamente, na Bíblia, o texto de hoje: Mt 20,20-28.
No caminho para
Jerusalém Jesus anuncia a sua morte como consequência de toda a sua vida.
Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e
competição entre os outros discípulos. O "cálice" de que fala Jesus é o da sua
paixão e morte. João e Tiago dizem que podem beber deste cálice também. Tiago
realmente passará pelo martírio. Em Atos 12,2 é narrado que o rei Herodes
"mandou degolar Tiago, o irmão de João". Não se concretizou porém, em João.
Sabe-se que existe paixão, sofrimento sem chegar ao martírio. Jesus, ao chamar
os dez discípulos para perto, fala-lhes que a única coisa importante para o
discípulo é segui-lo: servir e não ser servido. Na nova sociedade que Jesus
projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas serviço que se exprime na
entrega de si mesmo para o bem comum.
2- Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
O
meu ser discípulo é conforme o Evangelho? Sou aquela pessoa que serve porque
segue Jesus? Sou capaz de viver a radicalidade do Evangelho?
Os bispos, em
Aparecida, lembraram o serviço de muitos que, inclusive, dão a própria vida
serviço dos demais, como Jesus: “Apesar das deficiências e ambiguidades de
alguns de seus membros, a Igreja tem dado testemunho de Cristo, anunciado seu
Evangelho e oferecido seu serviço de caridade principalmente aos mais pobres, no
esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana nos
campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à
terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros. Com sua voz, unida
à de outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações
prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos
povos. Isto tem permitido que a Igreja seja reconhecida socialmente em muitas
ocasiões como uma instância de confiança e credibilidade. Seu empenho a favor
dos mais pobres e sua luta pela dignidade de cada ser humano tem ocasionado, em
muitos casos, a perseguição e, inclusive, a morte de alguns de seus membros, os
quais consideramos testemunhas da fé. Queremos recordar o testemunho valente de
nossos santos e santas, e aqueles que, inclusive sem haver sido canonizados, tem
vivido com radicalidade o evangelho e oferecido sua vida por Cristo, pela Igreja
e por seu povo.” (DAp 98).
3- Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a
Deus?
Rezo (ou canto) com o Pe. Zezinho, scj:
Põe teu coração no
meu
Põe teu coração no meu
e o meu coração no teu
Não tenhas medo de
abraçar a cruz
Tens também meu ombro e minha força, eu sou Jesus.
Vem
comigo, vem que eu sei, a jornada é longa
E eu direi quais os perigos de me
acompanhar
É um caminho estreito,
mas é o feito pra chegar
Segue os
passos que eu darei.
Prende a tua cruz na minha
Vai servir meu povo, faça
como eu.
Ele sofre menos quando encontra um Cireneu
Vai ao povo como
irmão,
se preciso estende a mão
Não tenhas medo do meu verbo amar
Tem
seus contratempos mas o tempo é de ajudar
Teu projeto eu já tracei,
vai ao
povo que eu te ensinarei
O jeito certo de me anunciar,
basta que me peças
que eu te ajudo a não errar
Usa a fé com mais razão,
busca mais
sabedoria
Pra chegar ao povo sê um aprendiz
Do que o povo fala e do que a
minha Igreja diz.Do CD Quando me chamaste - Paulinas COMEP
4- Contemplação (Vida e Missão)
- Qual o meu novo olhar a
partir da Palavra?
Nas relações onde devo exercer alguma autoridade vou fazer
aquele exercício de serviço, como Jesus.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos
mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar
e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Fonte: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=25%2F07%2F2013
quarta-feira, 24 de julho de 2013
SANTO DO DIA - 24/07/2013
24/07 | |
Luisa de
Sabóia
"Em 24 de julho, em Orbe, na Sabóia, a beata Luísa, viúva, da ordem segunda de S. Francisco (clarissa). Se ilustre era pela nobreza de linhagem, mais ilustre se tornou pela santidade de vida. Seu culto foi confirmado pelo sumo pontífice Gregório XVI ( do martirológio franciscano). Efetivamente Ludovica (ou Luísa, em português) nasceu em 28-12-1462, filha do duque Amadeu IX de Sabóia e Iolanda de França. Em 1479 casou-se com Hugo de Châlon-Arlay, senhor de Château-Guyon. Toda a sua vida, desde a juventude, na corte e depois como esposa, foi sempre marcada por uma grande austeridade e uma profunda piedade. Mas em 1490, com 11anos de casada, ficou viúva. Passados dois anos, retirou-se para o mosteiro das clarrissas de Orbe (Vaud) doando à Igreja do mosteiro todos os seus bens. No claustro atingiu rapidamente o vértice das virtudes cristãs, decorrendo a sua vida na prática do exercício da oração, do silêncio e da pobreza mais austera, conforme a regra de Santa Clara. A irmã morte a alcançou no dia 24 de julho de 1503 nesse mosteiro. Recordamos esta beata porque a sua família veio a reinar no Piemonte e Sardenhar e foi exatamente com a sua família que se deu a unificação da Itália em 1870. Aliás a família da casa de Sabóia sempre foi muito dedicada à Igreja, e entre as mulheres sempre houve grandes santas, algumas a caminho dos altares. O famoso sudário de Turim também pertenceu à casa de Sabóia que governou a Itália até o final da segunda guerra mundial, quando foi proclamada a república. Ultimamente, o último rei da Itália, ao morrer, deixou o sudário de Turim para a Santa Sé. Como foi dito inicialmente canonizada, mas venerada desde a sua morte pelo povo. O culto foi confirmado pela Santa Sé depois de muitos séculos e hoje ainda é comemorada na familia franciscana nas dioceses do antigo reinado do Piemonte e em Lausanha. | |
Santa
Cristina
A arqueologia não serve apenas para descobrir os dinossauros
enterrados pelo mundo. Ela também pode confirmar a existência dos santos
mártires que marcaram sua trajetória na História pela fé em Deus. Foi o que
aconteceu com Santa Cristina, que teve sua tradição comprovada somente no século
XIX, com as descobertas científicas destes pesquisadores.
Segundo os mosaicos descobertos na igreja de Santo Apolinário em Ravena, construída no século VI, Cristina era realmente uma das virgens cristãs mártires das antigas perseguições. E portanto já naquele século, venerada como Santa, como se pôde observar pela descoberta de sua sepultura, que também possibilitou o aparecimento de um cemitério subterrâneo, que estava oculto ao lado. A Arte também compareceu para corroborar seu testemunho através dos tempos. O martírio da jovem virgem Cristina foi representado pelas mãos de famosos pintores como João Della Robbias, Lucas Signorelli, Paulo Veronese e Lucas Cranach, entre outros. Além dos textos escritos em latim e grego que relatam seu suplício e morte, que só discordam quanto a cidade de sua origem. Os registros gregos mostram como sua terra natal Tiro, na Fenícia, hoje conhecida como Tunísia, enquanto os latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Estes relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império, que ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao Cristianismo. Por isso, decidiu trancar a filha numa torre na companhia das doze servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e jogou janela à baixo, as jóias que as adornavam, para que os pobres pudessem pegá-las. Quando tomou conhecimento do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha e, por isso, a entregou aos juízes. Cristina foi torturada terrivelmente e depois jogada numa cela, onde três anjos celestes limparam e curaram suas feridas. Como solução final, o governante pagão mandou que lhe amarrassem uma pedra ao pescoço e a jogassem num lago. Novamente anjos intervieram: sustentaram a pedra que ficou boiando na superfície da água e levaram a jovem até a margem do lago. As torturas continuaram, mesmo depois de seu pai ser castigado por Deus e morrer de forma terrível. Cristina ainda foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro quente e colocada numa fornalha superaquecida, mordida por cobras venenosas e teve os seios cortados, antes de finalmente ser morta com duas lanças transpassando seu corpo. Assim, o seu martírio foi divulgado pelo podo cristão desde 23 de julho de 287, data de sua morte. A festa de Santa Cristina foi confirmada e mantida pela Igreja neste dia. | |
São Charbel
O santo de hoje nasceu no norte do Líbano, num
povoado chamado Bulga-Kafra, no ano de 1828. Proveniente de uma família cristã e
centrada nos valores do Evangelho, muito cedo precisou conviver com a perda de
seu pai.
Após discernir o seu chamado à vida religiosa, com 20 anos ingressou num seminário libanês maronita. Durante o Noviciado, trocou seu nome de batismo (José) por Charbel. Mostrou-se um homem fiel às regras, obediente à ação do Espírito Santo e penitente. Após sua ordenação em 1859, enfrentou muitas dificuldades, dentre elas a perseguição ferrenha aos cristãos com o martírio de muitos jovens religiosos e a destruição de inúmeros mosteiros em sua época. Em meio a tudo isso, perseverou na fé, trazendo consigo as marcas de uma vocação ao silêncio, à penitência e à uma vida como eremita. Aos 70 anos, vivendo num ermo dedicado a São Pedro e São Paulo, com saúde bastante fragilizada, discerniu que era chegada a hora de sua partida para a Glória Celeste. Era Véspera de Natal. E no dia 24 de Dezembro, deitado sobre uma tábua, agonizante, entregou sua vida Àquele que concede o prêmio reservado aos que perseveram no caminho de santidade: a vida eterna. |
LITURGIA DIÁRIA - 24/07/2013

Dia: 24/07/2013
Primeira Leitura: Êxodo 16, 1-5.9-15
(verde - ofício do dia)
Leitura do Livro do Êxodo.
1 Toda a Comunidade dos filhos de Israel partiu de Alim e chegou ao deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês da saída do Egito. 2 A Comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 3“Quem dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos juntos às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxeste a este deserto para matar de fome a toda essa gente?”
4 O Senhor disse a Moisés: “Eu farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. 5 No sexto dia, quando prepararem o que tiverem trazido, terão o dobro do que recolhem diariamente”.
9 E Moisés disse a Aarão: “Dize a toda a Comunidade dos filhos de Israel: ‘Apresentai-vos diante do Senhor, pois ele ouviu a vossa murmuração’”. 10 Enquanto Aarão falava a toda a Comunidade dos filhos de Israel, voltando os olhos para o deserto, eles viram aparecer na nuvem a glória do Senhor.
11 O Senhor falou, então, a Moisés, dizendo: 12 “Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”.
13 Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14 Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra.
15 Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 77)
— O Senhor deu o pão do céu, como alimento.
— O Senhor deu o pão do céu, como alimento.
— E tentaram o Senhor nos corações, exigindo alimento à sua gula. Falavam contra Deus e assim diziam: “Pode o Senhor servir a mesa no deserto?”
— Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, e as comportas das alturas fez abrir; fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu.
— O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundância; fez soprar o vento leste pelos céus e fez vir, por seu poder, o vento sul.
— Fez chover carne para eles como o pó, choveram aves como areia do oceano; elas caíram sobre os seus acampamentos e pousaram ao redor de suas tendas.
Evangelho (Mt 13,1-9)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2 Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3 E disse-lhes muitas coisas em parábolas:
“O semeador saiu para semear. 4 Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5 Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6 Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
7 Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8 Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9 Quem tem ouvidos, ouça!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
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