segunda-feira, 6 de maio de 2013

LITURGIA DIÁRIA - 06/05/2013




Dia: 06/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 16, 11-15

VI SEMA DA PÁSCOA
(branco - ofício dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

11Embarcamos em Trôade e navegamos diretamente para a ilha de Samotrácia. No dia seguinte, ancoramos em Neápolis, 12de onde passamos para Filipos, que é uma das principais cidades da Macedônia, e que tem direitos de colônia romana. Passamos alguns dias nessa cidade.
13No sábado, saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. Sentados, começamos a falar com as mulheres que estavam aí reunidas. 14Uma delas chamava-se Lídia; era comerciante de púrpura, da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo.
15Após ter sido batizada, assim como toda sua família, ela convidou-nos: “Se vós me considerais uma fiel do Senhor, permanecei em minha casa”. E forçou-nos a aceitar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 149)

— O Senhor ama seu povo de verdade.
— O Senhor ama seu povo de verdade.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!
— Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória aos seus humildes.
— Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca, eis a glória para todos os seus santos.


Evangelho (João 15,26–16,4a)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




O Evangelho do Dia - 06/05/2013

Ano C - DIA 06/05

Jesus envia o Espirito Santo - Jo 15,26–16,4a

“Quando, porém, vier o Defensor que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós, também, dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo.
Eu vos disse estas coisas para que vossa fé não fique abalada. Sereis expulsos das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos matar, julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim por não terem conhecido nem ao Pai, nem a mim. Eu vos falei assim, para que vos recordeis do que eu disse, quando chegar a hora.”


Leitura Orante

Oração Inicial


"Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou." (DAp,18).
Assim, invocamos as luzes do Espírito Santo, para todas as pessoas que neste momento, se reúnem na Rede para orar a Palavra:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio na minha Bíblia o texto Jo 15,26-16,4ª , observando como é apresentado o Espírito Santo.
Jesus fala do Auxiliador, também considerado o defensor, o Espírito da Verdade. Recomenda firmeza na fé e agendar também o que acontecerá por anunciarem o Reino: serão expulsos e, alguns até eliminados.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Às vezes penso minha missão apenas como resultados positivos, adesões, alegrias. Jesus alerta que muitas vezes, a mensagem não será acolhida, aceita e também, a pessoa do discípulo e missionário. É difícil, mas devo ter em consideração também este tipo de reação. Porém, jamais duvidar que o Espírito Santo está conosco. Os bispos, em Aparecida, assim falaram o Espírito: “O Espírito Santo, com o qual o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos seus filhos e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais, e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida n’Ele”. (DAp 137).
Espírito santificador, a ti consagro a minha vontade:
Ajuda-me a dizer sim ao Projeto de Deus para a minha vida.
Dá-me a fortaleza. 



3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida,
rosto humano de Deus e rosto divino do homem,
acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu
e a alegria de sermos cristãos.

Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito,
que ilumine as nossas mentes
e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos,
o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos,
e o ardor por anunciar-vos no início deste século.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com a mente iluminada pelo Espírito Santo, "com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe e cada um de seus habitantes." (DAp,18)

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp


domingo, 5 de maio de 2013

6º Domingo da Páscoa - Ano C



João 14,23-29

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
23 'Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará,
e nós viremos e faremos nele a nossa morada.
24 Quem não me ama, não guarda a minha palavra.
E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.
25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.
26 Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28 Ouvistes que eu vos disse: 'Vou, mas voltarei a vós`.
Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
29 Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
 
Reflexão
 
Um grande abraço para você que vive a Palavra de Deus. Você que é Templo do Espírito Santo e que faz do seu coração Morada da Santíssima Trindade. É tão bonita esta forma de cumprimentar as pessoas e, é uma pena não nos sentirmos dignos desta saudação. Não costumamos levar a sério tudo isso que dissemos. Parece um amontoado de palavras bonitas e nada mais, no entanto, foi o próprio Jesus quem disse essas verdades. Dá a impressão que essas palavras não foram dirigidas para nós e que essa mensagem é endereçada somente aos sacerdotes, religiosos e religiosas. Todos somos dignos, foi para isso que Deus enviou seu próprio Filho, para restituir a vida e devolver a dignidade. Deus, em toda sua plenitude, quer estar próximo dos seus filhos, quer habitar em cada um dos corações.
 
Este Evangelho é continuação do domingo passado, Jesus está no cenáculo, preparando o coração dos seus discípulos para a sua partida. Trata-se de uma despedida, e como todas as despedidas, esse momento é carregado de emoção. Os discípulos amam o Mestre e não querem nem pensar em separação. "Se vocês me amassem, ficariam alegres com a minha partida para junto do Pai". Por essa frase dá para perceber como pensamos e agimos de forma totalmente contrária a Deus. Quem ama de verdade, se satisfaz com a felicidade do outro. Renuncia até mesmo ao convívio e a proximidade.
 
Amor sacrifício, amor renúncia, um amor que para ser vivido plenamente, chega a trazer dissabores. Não dá para entender e, muito menos para aceitar um amor assim. O amor que pensamos conhecer só traz satisfação e alegria, nunca traz contrariedades. É o chamado amor unilateral, nunca é dividido. O amor se complementa na doação. Quanto mais distribuímos, mais recebemos. Os matemáticos que se deixarem levar pela lógica, dificilmente entenderão esta verdade: “A matemática divina ensina que o amor é uma coisa que se multiplica, quando a dividimos”. O amor deve ser a principal ocupação do cristão e seu único objetivo nesta vida. Quem vive o amor, está vivendo a Palavra de Deus. Esse é o Novo Mandamento, o verdadeiro discípulo testemunha o amor de Deus, através do seu amor ao próximo.
 
O Espírito Consolador vai estar permanentemente nos lembrado, cobrando atitudes corajosas para mudar e excluir tudo que oprime e divide. Lembrará também que seremos julgados de acordo com o bom uso que fizermos dos nossos dotes, virtudes e dons, em favor dos necessitados.
 
O cristão é o mensageiro da paz. Essa mesma Paz que Jesus, não só desejou como realmente deu, aos seus discípulos. Uma paz verdadeira, que nasce na união e se fortifica através da procura constante da verdade, da justiça e da partilha. Quem procura amor encontra Paz, porque a Paz é fruto do Amor.
 
“Quem me ama guarda minhas Palavras e, Eu e o Pai faremos nele a nossa morada”. Viu como é fácil? Basta amar para ser um Templo Vivo de Deus! Jesus diz para não se intimidar nem se perturbar, entretanto lembra também que ninguém pode dizer que ama a Deus que não vê se não ama o irmão, tão próximo e tão necessitado. Eis aqui mais um bom motivo para vivermos a caridade: Jesus termina dizendo que vai ao Pai, mas voltará...

Não é difícil entender a mensagem principal. Quem vive o Evangelho, quem ama, Deus permanece nele e sua vida é um reflexo de Deus. Diante disso podemos fazer uma reflexão de como está nossa vivência do Evangelho. Será que Deus está em mim, em minhas palavras, em minhas ações? Será que leio ouço Jesus e transmito em meus atos e ações? Esse deve ser o termômetro da vida do cristão.

Assim nunca estaremos sozinhos, mas rodeados de pessoas que percebem Deus em nós. Se nossa vida não é assim, é porque estamos longe de viver o Evangelho, de ouvir e guardar as palavras de Jesus. Então é hora de conversão.

Jesus ainda promete o Espírito Paráclito, o defensor. Lembrando apenas que no tempo que o Evangelho foi escrito havia muita perseguição à Igreja como hoje também temos. É Paráclito quem defendia os cristãos. Naquele tempo não avia advogado como hoje nos julgamentos. Assim, o condenado contava com a sorte torcendo para que alguém se levantasse e se colocasse a seu lado para o defender. Esse era chamado o “paráclito”, o que se colocava ao lado.

A promessa de Jesus também tem esse sentido. Para o cristão basta uma preocupação, viver o Evangelho. Não importa o que os outros vão pensar, o que vão falar. Não é preciso se preocupar com a defesa por que o Espírito se encarrega disso. É também o Espírito que vai ensinar os caminhos a seguir recordando os fatos passados, os acertos e erros. É Ele que vai indicar o caminho e esse surgirá em nossa mente após a reflexão de tudo o que aconteceu. É o Espírito do discernimento.

A presença de Deus, da trindade, na pessoa que vive o Evangelho traz a paz. Não uma paz como o mundo oferece, mas a paz verdadeira. Não é uma ilusão de que tudo está bem, mas a coragem de enfrentar a realidade e procurar o que é reto, o que é coerente com o Evangelho. Essa é a paz de Jesus que pede para não perturbar o coração em momento algum porque é sua presença juntamente com o Pai e o Espírito nosso maior consolo.

É nisso que devemos acreditar, é assim que devemos viver. Num tempo de crise, de perseguição da Igreja pelos meios de comunicação, num tempo que pensamos em abandonar Jesus devemos perceber que sua presença é essencial para nossas vidas. É o Espírito que guia a Igreja, que deve guiar nossos passos, é ele o Paráclito. Nossa vida deve estar pautada somente no Evangelho. “Quem vive o Evangelho nunca está só” porque Deus está caminhando com ele. A solidão não tem espaço na vida de quem ama, de quem ouve e segue Jesus. É assim que deve ser a Evangelização.

Finalizo com o pensamento de cardeal Van Thuam em seu livro “Testemunho da Esperança” quando um jovem inglês lhe pediu que deixasse um legado para a Evangelização da juventude nos tempos modernos. Ele disse ao universitário: “Siga Jesus, as pessoas verão você seguindo Jesus e irão atrás de você”. Ouvir e praticar o Evangelho é estar com Jesus, é segui-lo. Eis o segredo de uma evangelização fecunda. Eis o caminho da paz. Com Jesus e seu Evangelho temos o Pai e o Espírito, somos morada da Trindade e nunca estaremos só porque muitos estarão seguindo Jesus por meio de nós.


Reflexão 2:



“Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns ao outros”. Amar-nos mutuamente com o mesmo amor com o qual Jesus nos amou é o único modo pelo qual todos podem reconhecer que nós somos os seus seguidores. O Bom Pastor nos disse isto com muita clareza no domingo passado. Hoje, continuando o assunto, nos diz como demonstrar o nosso amor por ele e pelo Pai. De fato, se o nosso amor pelo próximo não transparece no modo como o tratamos (tratá-lo bem), como demonstramos ao Senhor que o amamos? Podemos dizer-lhe com as palavras... Mas as palavras nem sempre correspondem às nossas atitudes.

Concretamente, como poderemos mostrar a Deus Pai que o amamos? Ensina-nos o próprio Jesus: “se alguém me ama, observa a minha palavra... quem não me ama, não observa as minhas palavras”. Parece tudo tão simples, mas não o é. Só podemos demonstrar a Deus que o amamos, escutando a sua Palavra, conservando-a no coração e colocando-a em prática. É importante escutar com atenção a Palavra de Jesus e do mesmo jeito é importante colocá-la em prática, isto é, fazer o que ele nos pede, caminhar seguindo os seus passos.

Assim, se na missa dominical, ouvimos a Palavra de Deus, e talvez até a escutemos com atenção, mas depois que saímos da igreja, nos esquecemos completamente do que ouvimos, a que serve? Pior ainda, se passamos a semana inteira fazendo exatamente o contrário daquilo que Jesus nos ensinou; no fundo, estamos demonstrando que ele não importa muito para nós. É como se disséssemos com as palavras: te amo, Senhor; mas, eu faço as coisas do jeito que eu quero. Esta atitude não parece mesmo um modo para mostrar a Deus que queremos bem a ele. Pelo contrário, se não guardamos os seus mandamentos, não o amamos.

Todos, queremos guardar as palavras de Jesus no nosso coração, e para isso, ele nos assegura que o Espírito Santo enviado do Pai nos recordará tudo: “o Espírito Santo que o Pai mandará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse”. Se nós ficarmos atentos à Palavra de Deus, com certeza, quando precisarmos, o Espírito Santo que está em nós nos ajudará a lembrar e a entender as palavras de Jesus no momento justo.

Por exemplo, acontece algo na nossa vida, principalmente quando alguém nos machuca; imediatamente, ficamos com raiva, pensando numa maneira de como não ficar por baixo. A carne imediatamente pede vingança. Mas se tivermos escutado bem o Evangelho, com certeza, o Espírito Santo nos fará lembrar como devemos nos comportar neste momento: “amai-vos uns aos outros”. Deus nos lembra que devemos fazer o correto, mesmo que seja difícil.

Mas como é possível que naquele momento nos lembremos daquela palavra de Jesus? Temos que confiar que o Espírito Santo nos lembrará e nos dará o fruto do auto-controle; e ele nos dá de verdade, mesmo que nós finjamos ser meio lerdos porque queremos ceder à carne, mas sabemos lá no fundo o que realmente devemos fazer de correto.

Na verdade, isso é um fato recorrente na nossa vida: sempre haverá alguém que cometa injustiça contra nós. E isto pode acontecer por pessoas diferentes em momentos diferentes. Podem ser até mesmo pessoas da Igreja que sempre frequentamos e que se supõe que vivamos em paz e não haja ciúmes nem invejas entre nós. Mas, de fato, isto acontece e a inclinação do ser humano é revidar essas pessoas. Mas temos que deixar pra lá e deixar que Deus resolva estes problemas na nossa vida; afinal, o Evangelho diz: o Espírito Santo é o nosso “defensor”.

Ao invés de se vingar, Deus quer que nós confiemos nele. E para isto, requer-se verdadeiramente muita confiança. Podemos nos lembrar de Pedro que estava sofrendo continuamente irritações talvez de João a ponto de perguntar a Jesus quantas vezes devia perdoar? Tanto que depois de saber com que morte iria glorificar a Deus, Pedro se preocupa logo em perguntar com relação a João: “e a este, o que acontecerá?” (Jo 21,21). Ou como nos mostra a primeira leitura de hoje quantas confusões, irritações, discussões que Paulo e Barnabé tiveram que enfrentar por causa da entrada dos pagãos no cristianismo. Pior, mais tarde, os dois brigam tanto que cada um segue uma direção diferente (At 15,39).

Precisamos entender que quando tentamos resolver a situação com as nossas próprias mãos, fechamos o caminho para Deus provar o que está certo e o que está errado. Se estivermos certos, mesmo que sejamos silenciados, Deus tem as suas formas de provar que estamos certos ou errados sem que tenhamos que afrontar ninguém.

O que Deus nos pede sim é que amemos nossos inimigos, rezemos pelos que nos perseguem, façamos o bem a quem nos faz o mal, abençoemos a quem nos amaldiçoa e deixemos que o resto ele faz. Uma coisa é certa, se formos responder às ofensas, Deus não poderá nos abençoar, porque a ofensa é uma obra do diabo, é contrária ao amor.

O grande problema aqui é que nem sempre temos paciência de esperar pelo tempo de Deus, porque no fundo nem sempre confiamos se ele fará isso mesmo. Mas, enfim, não é que nós um dia vamos deixar de sentir vontade de revidar as ofensas, mas temos que aprender a controlar esse desejo e decididamente não se vingar, não cedermos nunca a essa tentação. Temos que ser mansos e pacificadores, como nos diz Jesus nos sermão da montanha.

Para isto, ele nos dá a sua paz: “eu vos dou a paz, eu vos dou a minha paz. Não como o mundo dá, eu a dou a vós. Que não se turbe o vosso coração e não tenhais medo”. Quando estivermos tristes, preocupados, irritados, com medo, é muito bom pensar nestas palavras. É o próprio Jesus quem nos assegura: “não tenham medo nem fiquem tristes. Não vos inquieteis com aquilo que acontece a vocês, porque eu dou um dom precioso: a minha paz”.

A paz que Jesus nos dá é diferente da que o mundo dá. Não é somente a ausência de guerra, o viver em segurança e tranquilidade, a tolerância. Não! É uma paz que brota do amor e uma paz que conseguimos ter mesmo em tempo de dificuldade e provação. É uma paz que nos torna capaz de reconhecer no rosto de quem está ao nosso lado um irmão para amar, apesar de tudo.
O Espírito Santo é o nosso Defensor!

Reflexão 3:



O texto para este domingo da Páscoa é a parte final do discurso de despedida de Jesus antes da sua paixão. É interessante que acabamos lendo e meditando este discurso no tempo no qual celebramos a Páscoa, a ressurreição de Jesus, sua vitória definitiva contra a morte. Este discurso de despedida começa no capítulo 13, depois da prática do lava-pés e continua nos capítulos 15-17.
 
Jesus se despede de seus discípulos e suas discípulas, mas, ao mesmo tempo, diz para a comunidade do seguimento o que devem fazer na espera de seu retorno. Nós também somos a comunidade do seguimento de Jesus que escuta esta palavra hoje.
 
Na primeira parte do discurso de despedida Jesus nos indica o caminho que conduz a Deus que é Pai e Mãe. Na segunda parte do discurso Jesus fala da comunhão dele com sua comunidade. Na terceira parte deste capítulo 14 do Quarto Evangelho Jesus fala de sua partida e do dom da paz.
 
No discurso de adeus para os discípulos e as discípulas Jesus assegura que um dia estaria voltando. Agora percebemos que Jesus não fala mais para aquele grupo de discípulos e discípulas presentes na ceia, mas fala para a comunidade do Quarto Evangelho e para cada um e cada uma de nós hoje, partilhando de que forma podemos nos alegrar com a presença de Jesus neste tempo de separação.
 
Somos pessos chamadas ao discipulado do Filho que é Jesus para entrar em comunhão com Ele. Existe uma relação de amor que une a discípula e o discípulo ao Filho Jesus, e o Pai e o Filho aos discípulos. Se estamos na caminhada do discipulado de Jesus na construção do seu Reino, Jesus faz morada conosco e com Ele o Pai porque são uma só pessoa.
 
Morada é uma palavra repleta de sentido. No primeiro testamento morada por excelência era o Templo de Jerusalém (Sal 121,1; 131,3-14; Is 6; 60). Jesus, o Verbo de Deus pela sua Encarnação, cumpriu a promessa da Presença de Deus no meio da humanidade. Para o Quarto Evangelho a morada definitiva do Pai é a comunidade do seguimento do Filho.
 
Judas Tadeu pediu para Jesus: "Senhor, porque te manifestarás a nós e não ao mundo?" Jesus responde agora a esta pergunta: o mundo são aquelas pessoas que recusam a proposta de Jesus e, com esta recusam a pessoa de Deus Pai. A presença do Filho e do Pai está estritamente ligada à escuta e à prática da Palavra de Jesus que é a palavra do Pai. Jesus diz para a comunidade do seu discipulado que virá o Espírito Santo Consolador que o Pai enviará em nome de Jesus.
 
O Pai, o Filho e o Espírito são a mesma Pessoa no Amor. O Espírito Santo será quem ensinará e fará recordar. Ensinar, na Bíblia este verbo significa muitas vezes interpretar autenticamente as Escrituras e atualizá-las no tempo presente. Porém, no Evangelho de João existe uma novidade: o Espírito Santo Consolador ensinará, não só as Escrituras, mas a Verdade, tudo o que Jesus comunicou ao Pai, a mesma Pessoa de Jesus e do Pai! O Espírito Santo não só ensina, a Divina Ruah, faz recordar, faz voltar ao coração o profundo sentido de cada acontecimento à luz da vitória da Ressurreição sobre todo forma de morte.
 
Esta experiência de conseguir interpretar não só o tempo passado mas o presente não é dom para uma pessoa, mas para uma comunidade. O Espírito Santo, a Divina Ruah, faz da comunidade o lugar privilegiado da revelação da pessoa do Pai em Jesus.
 
Ao término de seu discurso, Jesus volta a falar ao tempo presente para a comunidade dos discípulos e das discípulas que irão vivenciar sua paixão e morte. Para esta comunidade é a Paz de Jesus. O texto do Evangelho não está falando aqui do dom da paz, da tranquilidade ou da ausência de conflitos. Jesus não deseja a paz, ele doa a sua Paz.
 
A Paz de Jesus é a presença do Pai no Filho! Sabemos que também de "pax" de paz falava o império romano. Esta "pax" era fruto de opressão, de violência e de impostos que tiravam toda a vida do povo, sobretudo dos mais empobrecidos. A comunidade do evangelho de João insiste em dizer que a paz na pessoa de Jesus e no seu projeto que é o Reino nunca vai ser a paz do mundo dos opressores! Mas a certeza de estar no Filho e no Pai no ensino e na recordação do Espírito Santo Consolador faz com que a comunidade não tema nenhum tipo de violência e perseguição.
 
A comunidade do Quarto Evangelho nos diz que a partida e a nova vinda de Jesus na ressurreição são duas facetas do mesmo acontecimento. Para a comunidade do Quarto Evangelho é importante fazer esta memória de Jesus para que a comunidade pudesse compreender a paixão de Jesus no seu sentido pleno e não como uma derrota, como uma traição por parte de Deus.
Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013/05/6-domingo-da-pascoa-ano-c.html

SANTO DO DIA - 05/05/2013

05/05
Núncio Sulprizio (leigo)
Hoje se recorda um jovem operário, morto com apenas 19 anos. Nasceu em 14-4-1817, filho de Domingos e Domingas Rosa Luciani, em Pescosansonesco ( Pescara, Itália). Depois da morte dos pais, a avó materna Ana Rosária o tomou consigo. Com 9 anos, tendo morrido também a avó, entrou como aprendiz na oficina do tio Domingos Luciani, ferreiro, que exigia do rapaz um trabalho superior às suas forças.
Atingido na tíbia do pé esquerdo por uma dolorosa doença, teve de passar três meses no hospital de S. Salvador, em Áquila.
Depois de um retorno doloroso à oficina do tio, foi para Nápoles em 1832 a pedido de um outro tio, Francisco Sulprizio. Por intermédio do Coronel Félix Welchinger, que o amou como um filho, Núncio foi internado no hospital chamado  "dos incuráveis". Para uma melhor recuperação, o coronel levou-o para o Castel-Nuovo de Nápoles, antigo palácio real  adaptado para caserna. Também na nova morada não lhe faltaram novas dolorosas experiências, que ele suportou com muita paciência. No fim de 1835, os médicos tinham decido pela  amputação da sua  perna, mas a operação não pode se realizar devido à extrema fraqueza em que encontrava o enfermo.
Preciso em tudo, Núncio, tinha escrito um regulamento de vida e observou fielmente, procurando não cair nem no menor defeito. Morreu em Nápoles, em 5 de maio de 1836. Devido a sua grande paciência no sofrimento, religioso sincero, foi considerado um exemplo e logo se pensou no processo de beatificação do humilde e pobre rapaz órfão o infeliz no sofrimento, mas muito conformado com a vontade de Deus. De fato Paulo VI o proclamou beato em 1º de dezembro de 1963, quando lhe traçou um magnífico perfil espiritual em sua homelia.
Santo Ângelo
Uma tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo. Os registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo, durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia impossível porque eram idosos. Mas, isto aconteceu. Emocionados receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita.

Ângelo viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no Monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias. Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote.

Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do Monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obterem do Papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília.

Lá, ao visitar a basílica de São João se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos: Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua morte como mártir de Jesus Cristo.

Dentre seus grandes feitos o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, inclusive uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar.

No dia 05 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem que, não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato.

Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo. A Igreja canonizou o mártir Santo Ângelo em 1498. Porém, somente em 1662, as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos Carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo.

Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se manteve até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil. 

LITURGIA DIÁRIA - 05/05/2013



Dia: 05/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 15, 1-2.22-29

VI DA PÁSCOA
(branco, glória, creio - II semana do saltério)



Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 1chegaram alguns da Judeia e ensinavam aos irmãos de Antioquia, dizendo: “Vós não podereis salvar-vos, se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moisés”.
2Isto provocou muita confusão, e houve uma grande discussão de Paulo e Barnabé com eles. Finalmente, decidiram que Paulo, Barnabé e alguns outros fossem a Jerusalém, para tratar dessa questão com os apóstolos e os anciãos.
22Então os apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a comunidade de Jerusalém, resolveram escolher alguns da comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos.
23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós.
25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis:29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!” 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 66)

— Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,/ que todas as nações vos glorifiquem!
— Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,/ que todas as nações vos glorifiquem!

— Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,/ e sua face resplandeça sobre nós!/ Que na terra se conheça o seu caminho/ e a sua salvação por entre os povos.
— Exulte de alegria a terra inteira,/ pois julgais o universo com justiça;/ os povos governais com retidão,/ e guiais, em toda a terra, as nações.
— Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,/ que todas as nações vos glorifiquem!/ Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,/ e o respeitem os confins de toda a terra!


Segunda leitura (Apocalipse 21,10-14.22-23)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

10Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino.
12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel.
13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente.
14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
22Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro.
23A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro.




- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (João 14,23-29)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós!.
— Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.
25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



O Evangelho do Dia - 05/05/2013

Ano C - DIA 05/05

Jesus promete o Espírito Santo - Jo 14,23-29 ou Jo 17,20-26

Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, pedindo, com todos os internautas, luzes ao Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 14,23-29, e observo pessoas, palavras, relações,
É natural que quando se ama alguém, se faz os gostos e até, se adivinham seus desejos dela. Quem ama a Deus, quem ama a Jesus acolhe a sua mensagem e a vive. Interessante que, amar a Jesus é garantia de ser amado pelo Pai. Jesus fala ainda de um Mestre, um Auxiliador, o Espírito Santo que nos estará ensinando e recordando o Evangelho.
Em síntese: é preciso amar para entender as coisas de Deus. Não existe amor sem observância dos mandamentos.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Tenho garantido o amor do Pai? Ou seja: amo a Jesus? Vivo sua proposta? Testemunho este amor na vida concreta. O parágrafo 159 do Documento de Aparecida nos esclarece: “A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. “Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor” (Bento XVI, Discurso Inaugural da V Conferência). A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).” (DA 159).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja, a Oração do Congresso Eucarístico Nacional:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no "partir o Pão", sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar me leva a ver e tratar as pessoas com o amor com que eu gostaria de ser tratada/o, como diz Jesus: “Amem-se uns aos outros!”.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

sábado, 4 de maio de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Eu te ensinarei, diz a Verdade, o que é justo e agradável a meus olhos. Relembra teus pecados com grande dor e pesar e jamais te desvaneças por tuas boas obras. Com efeito, és pecador, sujeito a muitas paixões e preso em seus laços. De ti pendes sempre para o nada; depressa cais, logo és vencido, logo perturbado, logo desanimado. Nada tens de que possas gloriar-te; muito, porém, para te humilhar; pois és muito mais fraco do que podes imaginar. ( Que devemos andar perante Deus em verdade e humildade) 

Sábado da 5ª Semana da Páscoa



Amor e ódio, de Deus ou do mundo!

João 15,18-21

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:18 Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim.
19 Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.
Mas, porque não sois do mundo,
porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.
20 Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
'O servo não é maior que seu senhor'.
Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós.
Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
21 Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome,porque não conhecem aquele que me enviou. 

Reflexão:

João 15,18-19: O ódio do mundo. Se o mundo odiar vocês, saibam que odiou primeiro a mim”. O cristão que segue Jesus é chamado a viver na contramão da sociedade. Num mundo organizado a partir dos interesses egoístas de pessoas e grupos, quem procura viver e irradiar o amor será crucificado. Este foi o destino de Jesus. Por isso, quando um cristão ou uma cristã é muito elogiado pelos poderes deste mundo e é exaltado como modelo para todos pelos meios de comunicação, convém desconfiar sempre um pouco. “Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que é dele. Mas o mundo odiará vocês, porque vocês não são do mundo, pois eu escolhi vocês e os tirei do mundo”. Foi a escolha de Jesus que nos separou. É baseando-nos nesta escolha ou vocação gratuita de Jesus que teremos força para aguentar a perseguição e a calúnia, e que poderemos ter a alegria no meio das dificuldades.

João 15,20: O servo não é maior que o seu senhor. “Nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir vocês também; se guardaram a minha palavra, vão guardar também a palavra de vocês”. Jesus já tinha insistido neste mesmo ponto no lava-pés (Jo 13,16) e no discurso da Missão (Mt 10,24-25). E é esta identificação com Jesus que, ao longo dos séculos, deu tanta força às pessoas para continuar na caminhada e foi fonte de experiência mística para muitos santos e santas mártires.

João 15,21: Perseguição por causa de Jesus. “Farão isso a vocês por causa de meu nome, pois não reconhecem aquele que me enviou”. A insistência repetida dos evangelhos em lembrar aquelas palavras de Jesus que possam ajudar as comunidades a entender o porquê das crises e das perseguições, é um sinal evidente de que nossos irmãos e irmãs das primeiras comunidades não tiveram uma vida fácil. Desde a perseguição de Nero em 64 depois de Cristo até o fim do primeiro século, eles viviam na eminência de poderem ser perseguidos, acusados, aprisionados e mortos a qualquer momento. A força que os sustentava era a certeza que Jesus comunicava de que Deus estava com eles.

Para confronto pessoal

1) Jesus se dirige a mim e me diz: Se você fosse do mundo, o mundo amaria o que é dele. Como aplico isto na minha vida?
2) Dentro de mim existem as duas tendências: o mundo e o evangelho. Qual dos dois está levando vantagem?


Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013_05_04_archive.html

SANTO DO DIA - 04/05/2013

04/05
Santa Antonina
Antonina é o feminino do antigo nome latino Antonius, derivado provavelmente do grego Antionos, que significa "nascido antes". É um dos nomes mais difundidos entre os povos latinos, que ganhou muitos adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era muito comum também.

Hoje festejamos a santa mártir Antonina, que morreu em Nicea, na Bitinia, atual Turquia, no final do século III. No Martirológio Romano, ela foi citada três vezes: dia 01 de março, 04 de maio e 12 de junho, e cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas distintas. Vejamos porque.

No século XVI, o cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Baronio, unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do Papa Clemente VIII, com os Santos comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A Igreja dos primeiros séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para se consolidar adaptava a liturgia e os cultos dos Santos aos novos povos convertidos. Muitas vezes, as tradições se confundiam com os fatos concretos, devido aos diferentes idiomas, mas assim mesmo os cultos se mantiveram.

O trabalho de Baronio, foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de dicionário dos Santos da Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém, ele ao lidar com os calendários: egípcio, grego e siríaco, que comemoravam santa Antonina em datas diferentes, não se deu conta que as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isto porque o nome era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.

O calendário grego dizia que ela foi decapitada, o egípcio, que foi queimada viva e o siríaco, que tinha morrido afogada. Mas tarde, o que deu luz aos fatos foi um código Geronimiano do século V, confirmando que apenas uma mártir tinha morrido em Nicea, com este nome.

Antonina sofreu o martírio no século IV, durante o governo do sanguinário imperador Diocleciano, na cidade de Nicea. Ela foi denunciada como cristã, presa e condenada a morte. Mas antes a torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, lhe queimaram as mãos e os pés. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.

Voltando ao tribunal não renegou sua fé, foi então fechada dentro de um saco e jogada no fundo de um lago pantanoso na periferia de Nicea. Era o dia 04 de maio de 306, data que foi mantida para a veneração de Santa Antonina, a mártir de Nicea.
São Ciríaco
Segundo um antigo texto da tradição cristã, do século IV, um hebreu de nome Judas teria ajudado nos trabalhos para encontrar a Cruz de Cristo na cidade de Jerusalém, promovidos pelo bispo e pela rainha Helena, que era cristã e mãe do então imperador Constantino. Este hebreu se converteu e se tornou um sacerdote tomando o nome de Ciríaco, que em grego significa "Patrício", comum entre os romanos.
Mais tarde, após ter percorrido as estradas da Palestina, ele foi eleito bispo de Jerusalém, e aí teria sido martirizado, junto com sua mãe chamada Ana, durante a perseguição de Juliano, o Apóstata.

Esta seria a história de São Ciríaco que comemoramos hoje, não fosse a marca profunda deixada por sua presença na cidade italiana de Ancona, em Nápolis. A explicação para isto encontra-se no Martirológio Romano, que associou os textos antigos e confirmou sua presença em ambas cidades. A conclusão de sua trajetória exata é o que veremos a seguir.

Logo que se converteu, para fugir à hostilidade dos velhos amigos pagãos, Ciríaco teria abandonado a Palestina para se exilar na Itália, fixando-se em Ancona. Nessa cidade ele foi eleito bispo, trabalhando arduamente para difundir o cristianismo, pois o edito de Milão dava liberdade para a expansão da religião, em todos os domínios do Império.

Após uma longa vida episcopal, Ciríaco, já idoso fez sua última peregrinação à cidade de Jerusalém onde fora bispo na juventude, para rever os lugares santos. E foi nesse momento que ele sofreu o martírio e morreu em nome de Cristo, por ordem do último perseguidor romano, Juliano, o Apóstata, entre 361 e 363

Os devotos dizem que suas relíquias chegaram ao porto de Ancona, trazidas pelas ondas do mar. Essa tradição é celebrada no dia 04 de maio na catedral de Ancona, onde são distribuídos maços de junco benzidos.

Na realidade as relíquias de São Ciríaco retornaram à cidade durante o governo do imperador Teodósio, entre 379 e 395 graças à sua filha Gala Plácida que interveio favoravelmente junto as autoridades conseguindo o que a população de Ancona tanto desejava.

A memória desse culto antiqüíssimo à São Ciríaco pode ser observada pelos monumentos, das mais remotas épocas, que existem em toda a cidade com a imagem do Santo. Aliás São Ciríaco foi escolhido como o padroeiro de Ancona e a própria catedral, no século XIV, foi dedicada à ele, mudando inclusive o nome. Essa majestosa igreja, que domina a cidade do alto das colinas do Guasco, é vista por todos que chegam em Ancona por terra ou por mar, mais um tributo à São Ciríaco, por seu exílio e vida episcopal.
São Floriano
O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras dentre as quais, "as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".

Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Nesta época, Diocleciano era o imperador e Aquilino o comandante do exército romano, na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era um militar desses batalhões.

Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por esta difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram à essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano, no início do século IV. Dentre eles encontramos Floriano e seus companheiros.

Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isto, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.

Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.

Muitos militares recusaram obedecer a ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por este motivo foram presos.

Durante o processo de julgamento nenhum deles renunciou a fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada, no dia 04 de maio de 304. O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou. No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.

No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e de seus companheiros. O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem à ele pedindo proteção contra as inundações. Por esta sua tradição com a água, ao longo do tempo São Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros. 

LITURGIA DIÁRIA - 04/05/2013



Dia: 04/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 16, 1-10

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco - ofício do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 1Paulo foi para Derbe e Listra. Havia em Listra um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia, crente, e de pai grego. 2Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho de Timóteo. 3Paulo quis então que Timóteo partisse com ele. Tomou-o consigo e circuncidou-o, por causa dos judeus que se encontravam nessas regiões, pois todos sabiam que o pai de Timóteo era grego.
4Percorrendo as cidades, Paulo e Timóteo transmitiam as decisões que os apóstolos e anciãos de Jerusalém haviam tomado. E recomendavam que fossem observadas. 5As Igrejas fortaleciam-se na fé e, de dia para dia, cresciam em número. 6Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus na Ásia.
7Chegando perto da Mísia, eles tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. 8Então atravessaram a Mísia e desceram para Trôade. 9Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente, estava de pé um macedônio que lhe suplicava: “Vem à Macedônia e ajuda-nos!” 10Depois dessa visão, procuramos partir imediatamente para a Macedônia, pois estávamos convencidos de que Deus acabava de nos chamar para pregar-lhes o Evangelho.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 99)

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira.
— Aclamai o Senhor, ó terra inteira.

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubi­losos!
— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor fiel eternamente!


Evangelho (João 15,18-21)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor. 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. 19Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.
20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do Dia - 04/05/2013

Ano C - DIA 04/05

Por causa de Jesus - Jo 15,18-21

“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia. Recordai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior do que o seu senhor’. Se me perseguiram, perseguirão a vós também. E se guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa. Eles farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.”


Leitura Orante

Oração Inicial


"O Senhor nos disse: "não tenham medo" (Mt 28,5).
Como às mulheres na manhã da Ressurreição nos é repetido: "Por que buscam entre os mortos aquele que está vivo?" (Lc 24,5). Os sinais da vitória de Cristo ressuscitado nos estimulam enquanto suplicamos a graça da conversão e mantemos viva a esperança que não defrauda"
(DAp 14).
Renovando estes sentimentos, preparo-me para a Leitura Orante.
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 15,18-21
Observo as palavras de Jesus.
Quanto mais o discípulo ou seguidor se deixa levar pela “causa”, pela dinâmica de Jesus Cristo Mestre, mais percebe a sua inadequação aos critérios e propostas do mundo. Se ele é fiel ao Mestre, passa a ser ridicularizado, rejeitado, ignorado e, até, perseguido pelo mundo. A “causa” de Jesus tem um preço especial.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Espelhando-me no Evangelho, sinto que, às vezes, me inquieto por andar de acordo com o mundo e me distancio da verdade e da liberdade que a Palavra de Deus me propõe. Vejo ainda que, na profundidade de meu ser, anseio por seguir as propostas libertadoras de Jesus, mas, às vezes, tenho medo das críticas por ser diferente. Peso que muitas pessoas sentem coo eu. Os bispos nos lembram a “causa” de Jesus: “As condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e sua dor, contradizem este projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso a favor da cultura da vida. O Reino de vida que Cristo veio trazer é incompatível com essas situações desumanas. Se pretendemos fechar os olhos diante destas realidades, não somos defensores da vida do Reino e nos situamos no caminho da morte: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte” (1 Jo 3,14). É necessário sublinhar “a inseparável relação entre o amor a Deus e o amor ao próximo”, que “convida a todos a suprimir as graves dificuldades sociais e as enormes diferenças no acesso aos bens”. Tanto a preocupação por desenvolver estruturas mais justas como por transmitir os valores sociais do Evangelho situam-se neste contexto de serviço fraterno à vida digna.” (DAp 358).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no "partir o Pão", sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar é iluminado pela “causa” de Cristo que assumi. Recordo as palavras de Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a João Paulo II, e quero assim viver: "Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada - absolutamente nada - do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida". (DAp 15).
Assim quero viver hoje e sempre.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp