domingo, 17 de março de 2013

5º Domingo Quaresma - Ano C



João 8,1-11

Naquele tempo:
1 Jesus foi para o monte das Oliveiras.
2 De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele.
Sentando-se, começou a ensiná-los.
3 Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher
surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles,
4 disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
5 Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'
6 Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar.
Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão.
7 Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse:
'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.'
8 E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9 E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos;
e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo.
10 Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?'
11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:
'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Reflexão
 





Deus não nos pune, não podemos fazer nada de errado para provocar um castigo de Deus, para que Ele nos mande um luto ou uma doença. Frequentemente, a origem da dor somos nós mesmos, a nossa fragilidade, as nossas escolhas erradas. Deus não é um pai-patrão e bom somente devido às nossas devoções e orações. Deus é um pai que nos espera, que nos respeita, que nos deixa fazer os percursos e as experiências da vida, esperando não nos perder. Deus é um pai bondoso que dá pão ao filho que lhe pede, que faz chover sobre justos e injustos. Isso é o que refletimos nos últimos domingos, mas se ainda não nos convenceram, escutemos a história real e não parábola da mulher adúltera.
 
No Evangelho deste domingo, nos deparamos com Jesus que, voltando do monte das Oliveiras, ensina no templo. O povo está em volta dele, escutando com atenção seus ensinamentos. Desta vez, os fariseus e os mestres da lei levam até ele uma mulher que foi pega flagrante adultério. A Jesus é posta verdadeiramente uma uma armadilha extraordinária. Uma mulher (não tem nome, os acusadores não a conhecem, é só uma meretriz) que foi pega no flagra. Quanto ao homem que estava com ela, cadê? Nem se fala obviamente, pois se ainda hoje o machismo é forte, naquele tempo era absoluto.
 
A mulher é levada perante um Rabi (Mestre) para que ele se pronuncie. Moisés havia prescrito na lei que mulheres como “aquela” deviam ser apedrejadas, de modo que ficasse claro (principalmente para as mulheres) que é melhor permanecerem fiéis. E aí? Jesus, o que devemos fazer? Qual será a reação de Jesus? É o Sinédrio que a condena à morte, quando a pena de morte é reservada aos romanos. Jesus se declarará contra o opressor? Ou reconhecerá o juízo ilegítimo do Sinédrio? Foi Moisés quem prescreveu: será que Jesus ousará contradizer uma lei divina?
 
Que cilada armaram contra Jesus! Que outra coisa Jesus poderá fazer a não ser concordar com seus adversários? O mal cometido deve ser eliminado! A mulher deve ser apedrejada. Os escribas conhecem bem a lei e pedem a Jesus para aplicá-la. É uma armadilha bem arquitetada: será Jesus legalista? Ou arriscará contradizer Moisés? Tudo é tramado em torno do que Jesus fará com relação aos pecadores, ao povão que estava em volta dele. Se deixar a mulher ser apedrejada, é sinal de que aprova a lei e o comportamento dos seus adversários contra os pecadores; e assim, seu comportamento de desprezo seria desmascarado diante de todo o povo. Mas, nesse caso, onde ficaria a imagem do Pai bondoso que sai ao encontro do filho perdido?
 
Se, pelo contrário, ele não aprovar o querer dos fariseus e acolher a pecadora, estará descumprindo uma lei que é claríssima e também nesse caso, diante do povo se mostraria como alguém que infringe a lei. Todos esperam para ver como Jesus se sairá desta, pois, a pergunta o obriga a tomar uma posição. Temos uma ligeira impressão de que ele parece não saber decidir. Mas com a maior calma do mundo, ele ganha tempo, riscando com o dedo na terra: são segundos eternos de impaciente silêncio. Ele parece não estar nem aí para seus opositores, não lhes dá nenhuma resposta. Estes se encontram muito seguros de si mesmos, enquanto a mulher deveria se encontrar num pavor terrível e o povo muito tenso. Aquele silêncio é o silêncio da espera porque está para surgir uma coisa nova, como nos afirma a primeira leitura: “não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. Eis que farei coisas novas e que já estão surgindo”.
 
Se como insistiam, eis que Jesus se levanta e com sua inteligência impressionante e movido pelo amor que sempre pregava, rompe o silêncio e a sua palavra é como uma espada que se finca com profundidade na consciência, golpeando todo tipo de hipocrisia: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Era como se perguntasse: como você pode condenar esta mulher enquanto você também é adúltero? Porque todo pecado é um adultério aos olhos de Deus. Os acusadores, aqueles presumidos, queriam negar à adúltera a possibilidade de uma mudança. Com a chuva de pedras que pretendiam realizar, queriam sepultar não só o pecado, mas também a pessoa, o seu passado e o seu futuro.
 
No fundo, Jesus não responde diretamente a pergunta deles. Chama a atenção para um fato importante por eles esquecido: sobre a verdadeira situação deles diante de Deus. Deu um tempo pra eles pensarem, voltando a desenhar com o dedo no chão. O mais interessante aparece aqui. Os fariseus, que nunca aceitam o que Jesus diz, dessa vez se tocam. Nenhum dos que estavam lá teve a coragem de apedrejar a mulher. Se deram conta que todos têm pecado e devem cuidar de superar os seus. Quando Jesus se levanta, percebe que todos foram embora. Só estão ele e a mulher. Também Jesus não condenou a mulher, mas exortou: “de agora em diante não peques mais”. Jesus a absolve, mas recorda-lhe sua nova tarefa.
 
A lei escrita na pedra com as próprias palavras de Deus, incisas a fogo e entregues a Moisés foi traída, servida, submissa a costumes e tradições só humanas e mesquinhas. Sim, esta mulher traiu o marido. Mas o povo de Israel traiu o espírito autêntico da lei. O Filho de Deus agora reescreve sobre a pedra a lei que os homens adaptaram para eles. Todos se calam, agora. É como se Jesus nos dissesse: você têm razão: fulano errou. Faz bem matá-lo, há que ser inflexível para salvar a lei. Você nunca errou, você é perfeito. Parabéns. Portanto, seja o primeiro a lançar a pedra.
 
Jesus faz de conta que fica perplexo. Oxe, onde estão eles? Ele, o único sem pecado, o único que poderia com razão jogar a pedra, não o faz. Pede somente à mulher que recupere a dignidade, de se amar mais. Jesus não justifica, nem condena, convida a elevar o olhar, a ir além, a olhar com o coração a fragilidade do outro e descobrir-se refletindo ela própria. Não, Deus não castiga. A sociedade quer condenar. Todos nos querem condenar, julgar, Deus não. Deus ama e basta. E essa mulher é liberta, salva do apedrejamento, salva agora da sua fragilidade. Não peques mais, admoesta Jesus.
 
A “vida nova” é o tema das três leituras deste domingo. Já o anunciava o profeta Isaías aos exilados da Babilônia prevendo o retorno a Pátria. Para Paulo, a vida nova é uma pessoa, Jesus Cristo, o único tesouro, diante de quem todo o resto é perda e lixo. É Ele a única meta a conquistar correndo com todo esforço. Paulo não sente tal empenho como um peso, mas como uma resposta de amor a Cristo que o conquistou.
 
O gesto bondoso e surpreendente de Jesus para com aquela mulher provoca uma mudança total da situação: antes de tudo, o silêncio desarmante de Jesus, depois aqueles sinais historicamente indecifráveis por terra, e enfim o desafio a lançar a primeira pedra, desmascaram toda a hipocrisia daqueles acusadores legalistas de coração de pedra. Ao final, a mulher e Jesus ficam sozinhos: “a miséria e a misericórdia”, como comenta Santo Agostinho. Jesus fala à mulher: ninguém tinha falado com ela, tinham-na trazido à força com acusações e empurrões. Jesus se dirige a ela não chamando-a com nomes que a desprezam, mas com respeito, reconhecendo a sua dignidade; chama-a de “mulher”. Como Ele costumava chamar sua mãe (Jo 2,4;19,26). Jesus distingue entre ela – a mulher frágil – e o seu erro, que ele porém não aprova: o adultério é e permanece um pecado (Mt 5,32), também no caso de um desejo desonesto (Mt 5,28). Jesus condena o pecado, mas nunca o pecador. Não fica parado no passado, mas reenvia para a vida, reabre o futuro. O núcleo do relato não é o pecado, mas o coração de Deus que ama e quer que nós vivamos. É esta a imagem de Deus – amor que Jesus quer passar: que a mulher experimente que Deus a ama assim como ela é. Deste modo, a mulher se sentindo respeitada, amada, protegida, está em grau de acolher o convite de Jesus de se esforçar para não mais pecar. Deus salva amando.
 
O trecho evangélico constitui uma intensa página de metodologia missionária para o anúncio, a conversão, a educação para a fé e para os valores da vida. O amor gera e regenera a pessoa, torna-a livre; Jesus educa ao amor vivido na liberdade e na gratuidade. Só nestas condições é que conseguiremos entender porque devemos deixar cair das mãos as pedras que queríamos lançar sobre os outros. Que possamos reconhecer a nossa hipocrisia e nos curarmos dela.
 
Ninguém é perfeito, mas lembremos sempre as palavras de Paulo: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. Corro direto para a meta, rumo ao prêmio que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus.
 
 
Reflexão 2:
 
 
De acordo com a maioria dos estudiosos, Jo 8,1-11 não pertence ao autor do quarto evangelho. Sua inserção interrompe a sequência, e a linguagem é mais a de Lucas do que a de João, tendo presente a série de termos empregados e que não são usados em todo o evangelho de João. Isso, contudo, não questiona o seu valor de Palavra de Deus.
 
NÃO VIM PARA JULGAR. Mesmo não tendo o vocabulário e o estilo de João, o trecho se encaixa bem no tema principal. Talvez tenha sido posto aí para ilus-trar o que Jesus dirá um pouco mais adiante contra os fariseus: “vocês julgam como homens, mas eu não julgo ninguém. Mesmo que eu julgue, o meu julgamento é válido, porque não estou sozinho, mas o Pai que me enviou está comigo” (8,15-16).
 
JULGAMENTO = ESTAR A FAVOR OU CONTRA JESUS. O tema do julgamento é muito importante em toda a literatura joanina, e aqui também. Uma coisa é certa: Jesus não julga ninguém, ou seja, não veio para condenar, mas para salvar (veja 3,16-18). Ele simplesmente provoca todas as pessoas a tomar partido: quem está com ele não se perde; que está contra ele se autocondena, pois se colocou contra a vida. A pessoa de Jesus suscita o discernimento, ou seja, faz-nos perceber se estamos a favor da luz (vida) ou contra a luz (morte). VINDO PARA QUE TODOS TENHAM VIDA (10,10), pôs a nu nossas raízes e nossas escolhas.
 
SENTADO NA CADEIRA DE JUIZ E NÃO JULGA! Um episódio do evangelho de João é clássico nesse sentido (19,13-15). Pilatos faz Jesus sentar-se na cadeira de juiz-presidente do tribunal. De réu, Jesus se torna juiz supremo.
1. Mas ele não diz nada, não profere sentença alguma, não condena. São os chefes dos sacerdotes que se desnudam diante de Jesus juiz, revelando de que lado estão. De fato, eles dizem que o rei deles é César.
2. O contato desse tema com o episódio da adúltera é evidente. Esse episódio recorda sem dúvida o capítulo 13 de Daniel, a história de Suzana. As personagens praticamente se identificam: os juízes que, não conseguindo possuir Suzana, a condenam, fazem pensar nos acusadores da adúltera; o jovem Daniel remete a Jesus. Há, contudo, nítida distinção entre Susana, que não pecou, e a adúltera.
 
DO MONTE DAS OLIVEIRAS PARA O TEMPLO. O ambiente do episódio é o Templo de Jerusalém. Jesus se movimenta entre o monte das Oliveiras e a esplanada do Templo.
1. O monte das Oliveiras é o lugar onde Jesus assume corajosamente o projeto de Deus, para levar as pessoas à vida. Esse projeto passa pela morte-ressurreição.
2. O Templo é o lugar da rejeição de Jesus por parte das lideranças judaicas; nele se concentrava o poder religioso opressor, incapaz de levar à vida quem tivesse pecado.
 
O NASCER DO SOL – DIA DA PLENA LIBERTAÇÃO. Antes do nascer do sol, Jesus encontra-se no templo, ensinando. Ele é o novo sol que, – com sua palavra e ação, – faz surgir o dia da plena libertação da humanidade.
 
 
ADÚLTERA A SER LAPIDADA. A cena da adúltera – surpreendida em flagrante – é característica das tramas que doutores da Lei e fariseus arquitetavam para apanhar Jesus em contradição (cf. Mc 10,2; 12,13-14), para terem motivo de acusação contra ele(v 6a).
1. Segundo a lei de Moisés (Dt 22,22; Lv 20,10), a mulher que fosse surpreendida em adultério devia ser lapidada, não só ela, mas também o homem que com ela adulterou.
2. Para os doutores da Lei e os fariseus, a sentença já está decretada. Eles, representantes do sistema opressor, se serviam do aparato legal para legislar em prejuízo dos outros. Eram juízes superiores à Lei, capazes de sentenciar a respeito da adúltera e do próprio Jesus.
 
A CHANCE DA VIDA = OPTAR POR JESUS. No evangelho de João, Jesus se apresenta como aquele que recebeu do Pai a autoridade de julgar (5,22), mas ele próprio não julga ninguém (cf. 8,15), ou seja, é aquele que dá a chance decisiva de vida: OPTAR POR ELE, que cumpre plenamente a vontade do Pai. Em vez de julgar (= condenar), Jesus provoca o julgamento: quem adere a ele escolhe a vida, quem o rejeita provoca a própria morte.
 
ESCREVER NO CHÃO = REDIGIR UMA ACUSAÇÃO ? A reação de Jesus diante da pergunta dos escribas e fariseus é estranha: “Jesus se abaixou e com o dedo começou a escrever no chão” (v.6).
1. Esse gesto é obscuro. Além de “escrever”, o verbo pode também significar “redigir uma acusação”.
2. Talvez seja esse o sentido ou, quem sabe, seja possível encontrar nesse gesto uma referência a Jeremias 17, 13: “os que se afastam de ti serão escritos na terra”, isto é, no Xeol, entre os mortos.
 
DE JUÍZES A RÉUS = ATIRE A PEDRA QUEM NÃO TIVER PECADO. Todavia, a resposta de Jesus diante da insistência dos acusadores é clara: “aquele de vocês que não tiver pecado, atire nela a primeira pedra” (v.7). Os que haviam montado o tribunal, – arrogando-se o direito de sentenciadores, – passam da condição de juízes à condição de réus.
 
O SISTEMA OPRESSOR INCAPAZ DE SALVAR . Assim Jesus implode, em pleno Templo, o sistema opressor incapaz de salvar. A ordem de retirada dos doutores da Lei e fariseus é patética: vão embora a partir dos mais velhos (v.9a). É o sistema opressor que se afasta para dar lugar à nova ordem instaurada por Jesus. A mulher permanecia lá, no meio (v.9b), mas o sistema que decretara sua morte não existe mais.
 
OFERECER SALVAÇÃO = CONDENAR O MAL SEM EXTERMINAR O PECADOR. Inicia, então, novo diálogo, o de Jesus com a mulher. Não é um diálogo inquisidor, mas uma oferta de salvação: “eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais” (v.11b). Jesus certamente não aprovou o pecado. Demonstrou, porém, que não se extirpa o mal eliminando quem o cometeu (cf. Dt 22,22: “deste modo extirparás o mal de Israel”), mas oferecendo ao pecador condições de vida nova e plena. De certa forma, a adúltera salvou também o adúltero.
 
 
Reflexão 3:
 
O Homem que mais defendeu as mulheres. (Augusto Cury)

As mulheres frequentemente foram silenciadas, controladas, diminuídas e tratadas como subumanas nas mais diversas sociedades humanas. Todavia, houve um homem que lutou sozinho contra o império do preconceito. Ele foi incompreendido, rejeitado, excluído, mas não desistiu dos seus idéias. Ninguém apostou tanto nas mulheres como ele. Fez das prostitutas rainhas, e das desprezadas, princesas. Muitos dizem que ele é o homem mais famoso da história, mas poucos sabem que foi ele quem mais defendeu as mulheres. Seu nome é Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres na arte de viver. Esse texto não fala de uma religião, mas da filosofia e da psicologia do homem mais complexo e ousado de que se teve noticia.

Nos tempos de Jesus os homens adúlteros não sofriam punição severa. Todavia, a mulher adultera era arrastada em praça pública, suas vestes rasgadas e, com os seios à mostra, eram apedrejadas sem piedade. Enquanto sangravam e agonizavam, pediam compaixão, mas ninguém as ouvia. A cena, inesquecível, ficava gravada na mente e perturbava a alma para sempre.

Certa vez, uma mulher foi pega em adultério. Arrancaram-na da cama e a arrastaram centenas de metros até o lugar em que Jesus se encontrava. A mulher gritava “Piedade! Compaixão!”, enquanto era arrastada; suas vestes iam sendo rasgadas e sua pele sangrava esfolando-se na terra.

Jesus estava dando uma aula tranqüila na frente do templo. Havia uma multidão ouvindo-o atentamente. Ele lhes ensinava que cada ser humano tem um inestimável valor, que a arte da tolerância é a força dos fortes, que a capacidade de perdoar está diretamente relacionada à maturidade das pessoas. Suas idéias revolucionavam o pensamento humano, por isso começou a ter muitos inimigos. Na época, os judeus constituíam um povo fascinante, mas havia um pequeno grupo de radicais que passou a odiar as idéias do Mestre. Quando trouxeram a mulher adultera até ele, a intenção era apedreja-lo juntamente com ela, usa-la como isca para destruí-lo.

Ao chegarem com a mulher diante dele, a multidão ficou perplexa. Destilando ódio, comentaram que ela fora pega em flagrante adultério. E perguntaram qual era a sentença dele. Se dissesse “Que seja apedrejada”, ele livraria a sua pele, mas destruiria seu projeto transcendental, seu discurso e principalmente seu amor pelo ser humano, em especial pelas mulheres. Se dissesse “Não a matem!”, ele e a mulher seriam imediatamente apedrejados, pois estariam indo contra a tradição daqueles radicais. Se os fariseus tivessem feito a mesma pergunta aos discípulos de Jesus, estes provavelmente teriam dito para mata-la. Assim se livrariam do risco de morrer.

Qual foi a primeira resposta do Mestre diante desse grave incidente? Se você pensou: “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!” , errou, essa foi a segunda resposta. A primeira foi não da resposta, foi o silêncio. Só o silencio pode conter a sabedoria quando a vida está em risco. Nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas, ferimos quem mais amamos. Por isso, o silêncio é a oração dos sábios. Para o Mestre dos Mestres, aquela mulher, ainda que desconhecida, pobre, esfolada, rejeitada publicamente e adultera, era mais importante do que todo o ouro do mundo, tão valiosa como a mais pura das mulheres. Era uma jóia raríssima, que tinha sonhos, expectativas, lágrimas, golpes de ousadia, recuos, enfim, uma historia fascinante, tão importante como a de qualquer mulher. Valia a pena correr riscos para resgata-la.

Para o Mestre dos Mestres não havia um padrão para classificar as mulheres. Todas eram igualmente belas, não importando a anatomia do seu corpo, não importando nem mesmo se erravam muito ou pouco. Jesus precisava mudar a mente dos acusadores, mas nunca ninguém conseguiu mudar a mente de linchadores. O “eu” deles era vítima das janelas do ódios, não eram autores da sua história, queria ver sangue. O que fazer, então?

Ao optar pelo silêncio, Jesus optou por pensar antes de reagir. Ele escrevia na areia, porque escrevia no teatro da sua mente. Talvez dissesse para si mesmo: “Que homens são esses que não enxergam a riqueza dessa mulher? Por que querem que eu a julgue, se eu quero amá-la? Por que, em vez de olhar para os erros dela, não olham para seus próprios erros?”

O silêncio inquietante de Jesus deixou os acusadores perplexos, levando-os a diminuir a temperatura da raiva, da tensão, oxigenando a racionalidade deles. Num segundo momento, eles voltaram a perguntar o veredicto do Mestre. Então, finalmente, ele se levantou. Fitou os fariseus nos olhos, como se dissesse: “Matem a mulher! Todavia, antes de apedreja-la, mudem a base do julgamento, tenham a coragem de ser transparentes em enxergar as suas falhas, erros e contradições”. Esse era o sentido de suas palavras. “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!”

Os fariseus receberam um choque de lucidez com as palavras de Jesus. Saíram do cárcere das janelas killer e começaram a abrir as janelas light. Deixaram de ser vítimas do instinto de agressividade e passaram a gerenciar suas reações. O homo sapiens prevaleceu sobre o homo bios, a racionalidade voltou. O resultado é que eles saíram de cena. Os mais velhos saíram primeiro porque tinham acumulado mais falhas ao longo da vida ou porque eram mais conscientes delas.

Jesus olhou para a mulher e fez uma delicada pergunta: “Mulher, onde estão seus acusadores?” O que ele quis dizer com essa pergunta e por que a fez? Em primeiro lugar, ele chamou a adultera de “mulher”, deu-lhe o status mais nobre, o de um ser humano. Ele não perguntou com quantos homens ela dormira. Para o Mestre dos Mestres, a pessoa que erra é mais importante do que seus próprios erros. Aquela mulher não era uma pecadora, mas um ser humano maravilhoso. Em segundo lugar, perguntou: “Onde estão os seus acusadores? Ninguém a acusou?” Ela respondeu: “Ninguém”. Ele reagiu: “Nem eu”. Talvez ele fosse a única pessoa que tivesse condições de julga-la, mas não o fez. O homem que mais defendeu as mulheres não a julgou, mas compreendeu, não a excluiu, mas a abraçou. As sociedades ocidentais são cristãs apenas no nome, pois desrespeitam os princípios fundamentais vividos por Jesus. Um deles é o respeito incondicional pelas mulheres!

O homem que mais defendeu as mulheres não parou por aí. Sua ultima frase indica o apogeu da sua humanidade, o patamar mais sublime da solidariedade. Ele disse para a mulher: “Vá e refaça seus caminhos”. Essa frase abala os alicerces da psiquiatria, da psicologia e da filosofia. Jesus tinha todos os motivos para dizer: “De hoje em diante, sua vida me pertence, você deve ser minha discípula”. Os políticos e autoridades usam seu poder para que as pessoas os aplaudam e gravitem em sua órbita. Mas Jesus, apesar do seu descomunal poder sobre a mulher, foi desprendido de qualquer interesse. “Vá e revise a sua historia, cuide-se. Mulher, você não me deve nada. Você é livre!”

Jesus a despediu, mas ela não foi embora. E por que? Porque o amou. E, por ama-lo, o seguiu para sempre, inclusive até os pés da cruz, quando ele agonizava. Talvez essa mulher tenha sido Maria Madalena. A base fundamental da liberdade é a capacidade de escolha, e a capacidade de escolha só é plena quando temos liberdade de escolher o que amamos. Todavia, estamos vivendo em uma sociedade em que não conseguimos sequer amar a nós mesmos. Estamos nos tornando mais um numero de cartão de crédito, mais um consumidor potencial. Isso é inaceitável.

(Texto adaptado do livro: A ditadura da Beleza e a revolução das mulheres.)
 

SANTO DO DIA - 17/03/2013

17/03
São Patrício
São Patrício que celebramos neste dia nasceu em 380 na Grã-Bretanha e com apenas dezesseis anos foi preso por piratas irlandeses e vendido como escravo. Patrício já era cristão por isso amigo de Jesus pôde carregar a dura cruz, até que depois de várias que conseguiu escapar e chegar na França. Foi na França que vocacionado ao sacerdócio, São Patrício, formou como padre missionário, chegando em missão até na Inglaterra. Agora impelido pelo Espírito São Patrício foi sagrado bispo e destinado para anunciar o Reino aos Irlandeses; tão bem salvou Almas com Cristo, que São Patrício conseguiu a conversão de todos os da Irlanda, isto do empregado ao Rei. O método que o Santo bispo , não passou pela política, nem sangue dos mártires, mas sim pela construção de tão numerosos mosteiros que a Irlanda ficou conhecida : "Ilha do Mosteiros". São Patrício fez em Deus , muitas obras, já que os mosteiros tendiam a irradiar fé e cultura; além de formar mais o povo desta forma e pela santidade. 

LITURGIA DIÁRIA - 17/03/2013




Dia: 17/03/2013
Primeira Leitura: Isaías 43, 16-21

V DA QUARESMA
(roxo, creio - I semana do saltério)


Livro do Profeta Isaías:

16Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; 17que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se:18“Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. 19Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca.
20Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos.
21Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 125)

— Maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria!
— Maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria!

— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,/ parecíamos sonhar;/ encheu-se de sorriso nossa boca,/ nossos lábios, de canções. 
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas/ fez com eles o Senhor!”/ Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria! 
— Mudai a nossa sorte, ó Senhor,/ como torrentes, no deserto./ Os que lançam as sementes entre lágrimas/ ceifarão com alegria. 
— Chorando de tristeza sairão,/ espalhando suas sementes;/ cantando de alegria voltarão,/ carregando os seus feixes!


Segunda leitura (Filipenses 3,8-14)

Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses: 

Irmãos: 8Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele eu perdi tudo. Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, 9não com minha justiça provindo da Lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé. 
10Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força de sua ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, 11para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos. 12Não que já tenha recebido tudo isso ou que já seja perfeito. Mas corro para alcançá-lo, visto que já fui alcançado por Cristo Jesus. 
13Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. 14Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Evangelho (João 8,1-11)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 
3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 
9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 
10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles?” Ninguém te condenou?”
11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 17/03/2013

Ano C - DIA 17/03

"De agora em diante, não peques mais" - Jo 8,1-11

Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?" Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!" Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com a mulher que estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" Ela respondeu: "Ninguém, Senhor!" Jesus, então, lhe disse: "Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais".


 Leitura Orante


Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 8,1-11, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O fato acontece no Templo. Os letrados e fariseus apresentam ao "mestre" um caso concreto: a mulher flagrada em adultério. Ao invés de responder, Jesus escreve no chão. Depois responde e continua a escrever. O que escreve, o texto não diz. Talvez apenas rabiscos. Talvez tomando tempo para refletir. Na segunda vez, diz:"Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!" Jesus faz entender que há outro pecado mais grave: a infidelidade a Deus. Então, os doutores da Lei e fariseus entram em si e começam a se retirar, um a um, até o último. No final, ninguém condenou a mulher porque condenaram antes, a si mesmos, e, muitos, talvez, eram cúmplices do pecado que acusavam.


2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje? Com quais personagens me identifico? Com Jesus, a mulher ou com seus acusadores? Escolho para mim a atitude de Jesus que não julga e ajuda as pessoas a não julgarem. Em Aparecida, disseram os bispos: "Não podemos nos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a presença do mistério de Deus e de seu amor na vida do homem e seu amor, que é o único que verdadeiramente salva e liberta. Na verdade, "quem exclui a Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, consequentemente, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. A verdade desta afirmação parece evidente diante do fracasso de todos os sistemas que colocam Deus entre parêntesis". (DAp 405).


3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou posso cantar com Padre Zezinho,scj:
Alô meu Deus
Fazia tanto tempo que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus.
Senti saudades tuas e acabei voltando aqui.
Andei por mil caminhos.
E como as andorinhas eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar.
Embora eu me afastasse e andasse desligado,
Meu coração cansado resolveu voltar!
Eu não me acostumei nas terras onde andei ( bis)

Alô meu Deus.
Fazia tanto tempo que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus.
Senti saudades tuas e acabei voltando aqui.
Gastei minha herança comprando só matéria.
Restou-me a esperança de outra vez te encontrar.
Voltei arrependido, meu coração ferido,
E volto convencido que este é o meu lugar!
Eu não me acostumei nas terras onde andei (bis)
(CD Um certo Galileu 1 - Paulinas COMEP)


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar é de perdão para com os outros e para comigo também.


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

sábado, 16 de março de 2013

Papa diz que decidiu nome após frase de cardeal brasileiro





O Papa Francisco disse, neste sábado (16), em um encontro com a imprensa na sala Paulo VI, no Vaticano, que escolheu seu nome de líder da Igreja Católica após falar com o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que participou do conclave que o elegeu.

"Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo. Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar. E quando os votos chegaram a 2/3, aconteceu o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa.

O Papa também relembrou que Francisco de Assis era um homem da pobreza e da paz. “Como eu queria uma Igreja pobre, e para os pobres”, afirmou.

No encontro, ele ainda brincou com a escolha do novo nome, ao falar de "sugestões" recebidas. "Algumas pessoas fizeram brincadeiras, falando que deveria ser Adriano porque Adriano VI foi um homem das reformas, ou Clemente, Clemente XV, para 'se vingar' de Clemente XIV, que suprimiu a Companhia de Jesus. São brincadeiras, é claro."

Fonte: Blog do Geraldo Oliveira 

Sábado da 4ª Semana Quaresma


Porventura o Messias virá da Galiléia?
 

João 7,40-53

Naquele tempo:40 Ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam:'Este é, verdadeiramente, o Profeta.'41 Outros diziam: 'Ele é o Messias'.Mas alguns objetavam: Porventura o Messias virá da Galiléia?42 Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davie virá de Belém, povoado de onde era Davi?'43 Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus.44 Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele.45 Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus,e estes lhes perguntaram: 'Por que não o trouxestes?'46 Os guardas responderam: 'Ninguém jamais falou como este homem.'47 Então os fariseus disseram-lhes: 'Também vós vos deixastes enganar?Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?49 Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!'50 Nicodemos, porém, um dos fariseus,aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51 'Será que a nossa Lei julga alguém, antes de o ouvir e saber o que ele fez?'52 Eles responderam: 'Também tu és galileu, porventura?Vai estudar e verás que da Galiléia não surge profeta.'53 E cada um voltou para sua casa.

Reflexão

No capítulo 7, João constata que havia várias opiniões e muita confusão a respeito de Jesus no meio do povo. Os parentes pensavam de um jeito (Jo 7,2-5), o povo pensava de outro jeito (Jo 7,12). Uns diziam: "Ele é o profeta!" (Jo 7,40). Outros diziam: "Ele engana o povo!"(Jo 7,12) Uns elogiavam: "Ele é bom!" (Jo 7,12). Outros criticavam: "Ele não estudou!" (Jo 7,15) Muitas opiniões! Cada um tinha os seus argumentos, tirados da Bíblia ou da Tradição. Mas ninguém se lembrava do messias Servo, anunciado por Isaías (Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13-53,12; 61,1-2). Hoje também há muita discussão sobre religião, e cada um tira os seus argumentos da Bíblia. Como no tempo, assim também hoje, acontece muitas vezes que os pequenos são enganados pelo discurso dos grandes e, às vezes, até pelo discurso do pessoal da igreja.

João 7,40-44: A confusão no meio do povo. A reação do povo é a mais variada possível. Uns dizem: é o profeta. Outros: é o Messias, o Cristo. Outros rebatem: não pode ser, porque o messias virá de Belém e esse aí vem da Galiléia! Estas várias idéias sobre o Messias provocavam divisão e briga. Havia até gente que queria prendê-lo, mas não o fizeram. Provavelmente, porque tinham medo do povo (cf. Mc 14,2).

João 7,45-49: Os argumentos das autoridades. Anteriormente, diante das reações do povo favoráveis a Jesus, os fariseus tinham mandado guardas para prendê-lo (Jo 7,32). Mas os guardas voltaram ao quartel sem Jesus. Tinham ficado impressionados com a fala tão bonita: "Ninguém jamais falou como esse homem!" Os fariseus reagiram: "Até vocês se deixaram enganar!" Para os fariseus, só mesmo "esse povinho que não conhece a lei" se deixa enganar por Jesus. É como se dissessem: "Nós, os chefes, conhecemos melhor as coisas e não nos deixamos enganar!" Eles chamam o povo de "maldito"! As autoridades religiosas da época tratavam o povo com muito desprezo.

João 7,50-52: A defesa de Jesus por Nicodemos. Diante deste argumento estúpido, a honestidade de Nicodemos se revolta e ele levanta a voz para defender Jesus: "Desde quando a nossa lei condena alguém sem primeiro ouvi-lo para saber o que fez?" A reação dos outros é de deboche: "Até você, Nicodemos, virou Galileu, hein!? Dê uma olhada na Bíblia e verá que da Galiléia não pode vir nenhum profeta!" Eles estão seguros! Com o livrinho do passado na mão se defendem contra o futuro que chega incomodando. Assim muita gente faz até hoje! Só aceito o novo se ele estiver de acordo com as idéias deles que são do passado.
Para um confronto pessoal
1. Quais são hoje as diferentes opiniões sobre Jesus que existem no meio do povo? E na sua comunidade, existem diferentes opiniões que geram confusão? Quais? Conte.
2. Há pessoas que só aceitam o novo se ele estiver de acordo com as idéias deles que são do passado. E eu?

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Voz do Amado 1. Com perseverança deves buscar a graça da devoção, pedi-la com instância, esperá-la com paciência e confiança, recebê-la com agradecimento, guardá-la com humildade, com diligência aproveitá-la, cometendo a Deus o tempo e o modo da celestial visita, até que se digne visitar-te. Deves principalmente humilhar-te quando pouca ou nenhuma devoção sentes em teu interior, sem, todavia, ficar abatido ou entristecer-te demasiadamente. Muitas vezes dá Deus num momento o que negou por largo tempo, e às vezes concede no fim da oração o que no princípio diferiu. ( Que a graça da devoção se alcança pela humildade e abnegação de si mesmo) 

Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 16/03/2013

16/03




Santa Luísa de Marillac
A Santa que lembramos neste dia nasceu em Paris em 1591 com o nome de Luísa. Recebeu ótima formação humana e cristã e casou-se com Antônio, tendo na vida uma só criança. Depois de um certo tempo Antônio morreu, mas em Luísa em Deus conseguiu superar. Santa Luísa muito religiosa começou a fazer direção espiritual com São Vicente de Paulo, que percebendo o coração de Luísa envolveu nas confrarias de caridade. A Santa se identificou e assumiu com tanto amor a obra de caridade para com os doentes e pobres que não demorou em tomar a frente e mais tarde ser a escolhido do Espírito Santo para fundar em 1634 a Congregação das Irmãs da Caridade. O lema desta Congregação era o clamor de S. Paulo: A caridade de Cristo me impele". Mesmo nos tempos mais difíceis Santa Luísa viveu o carisma com suas irmãs que iam crescendo em número e santidade. Durante uma peste que arruinou com Paris Santa Luísa chegou a atender todas as classes sociais já que na sua espiritualidade encarnada via e servia Cristo no pobre. Entrou no céu com 70 anos, depois de se consumir pela caridade.

LITURGIA DIÁRIA - 16/03/2013

 
 
Dia: 16/03/2013
Primeira Leitura: Jeremias 11, 18-20

 
IV SEMANA DA QUARESMA
(roxo - ofício do dia)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

18Senhor, avisaste-me e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. 19Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda a sua força, eli­miná-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”.
20E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 7)

— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.
— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.

— Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! Não aconteça que agarrem minha vida como um leão que despedaça a sua presa, sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!
— Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço e segundo a inocência que há em mim! Ponde um fim à iniquidade dos perversos, e confir­mai o vosso justo, ó Deus-Justiça, vós que sondais os nossos rins e corações.
— O Deus vivo é um escudo protetor, e salva aqueles que têm reto coração. Deus é juiz, e ele julga com justiça, mas é um Deus que ameaça cada dia.


Evangelho (João 7,40-53)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 40ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” 
43Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 
46Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. 47Então os fari­seus disseram-lhes: “Também vós vos dei­xastes enganar? 48Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!”
50Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51“Será que a nossa Lei julga alguém, antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 16/03/2013

Ano C - DIA 16/03

O povo se divide - Jo 7,40-53

Ouvindo estas palavras, alguns da multidão afirmavam: "Verdadeiramente, ele é o profeta!" Outros diziam: "Ele é o Cristo!" Mas outros discordavam: "O Cristo pode vir da Galileia? Não está na Escritura que o Cristo será da descendência de Davi e virá de Belém, o povoado de Davi?" Surgiu, assim, uma divisão entre o povo por causa dele. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas então voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: "Por que não o trouxestes?" Responderam: "Ninguém jamais falou como este homem". Os fariseus disseram a eles: "Vós também vos deixastes iludir? Acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? Mas essa gente que não conhece a Lei são uns malditos!" Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que tinha ido a Jesus anteriormente, disse: "Será que a nossa Lei julga alguém antes de ouvir ou saber o que ele fez?" Eles responderam: "Tu também és da Galileia? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não surge profeta". Depois, cada um voltou para sua casa.  

Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante,com toda a comunidade presente neste espaço virtual, rezando:

- Vinde, ó Deus em meu auxílio.
- Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Hino

Ó Cristo, sol de justiça,
brilhai nas trevas da mente.
Com força e luz, reparai
a criação novamente.

Dai-nos, no tempo aceitável,
um coração penitente,
que se converta e acolha
o vosso amor paciente.

A penitência transforme
tudo o que em nós há de mal.
É bem maior que o pecado
o vosso dom sem igual.

Um dia vem, vosso dia,
e tudo então refloresce.
Nós, renascidos na graça,
exultaremos em prece.

A vós, Trindade clemente,
com toda a terra adoramos,
e no perdão renovados
um canto novo cantamos.

1- Leitura (Verdade)


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando ou cantando:

"Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra,inunda meu ser, permanece em nós"
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, este texto de Jo 7,40-53.

Alguns consideram Jesus "o Profeta", outros "o Messias". Outros duvidam porque Jesus vinha de Nazaré da Galileia, enquanto o Messias deveria vir de Belém, na Judeia. Começam a se dividir e alguns querem prendê-lo.

Jesus não julga nem condena ninguém. São as pessoas que, a partir de suas escolhas, se posicionam a favor ou contra ele.

Nicodemos convida o Sinédrio ao bom senso lembrando que a Lei não permitia condenar uma pessoa sem ouvi-la primeiro. O Sinédrio prefere julgar apenas pela origem de Jesus e não, pela sua pessoa. Para eles, da Galileia, ou seja, dos pobres e marginalizados, nada de bom se pode esperar. Nicodemos, o "Mestre em Israel", é tratado como ignorante e desprezado. Se aceitar Jesus, deverá se afastar do Sinédrio.

2- Meditação (Caminho)


- O que a Palavra diz para mim?
Onde me posiciono ou me situo? A favor de Jesus? Ou contra? Jesus é para mim o Messias, o Profeta ou o Filho de Deus? Com que personagens me identifico? Com o povo? Com os doutores da Lei? Com os fariseus? Ou com Nicodemos? Tenho preconceitos em relação às pessoas considerando-as pela sua origem e não pelo que elas são? Faço um breve momento de silêncio para me examinar.

Cristo é o único Caminho (Jo 14,6). Ninguém pode ir ao Pai a não ser por ele. Por isso confirmo meu projeto de vida no seu seguimento. E esta confirmação está de acordo com o que disseram os bispos em Aparecida: "A Igreja tem como missão própria e específica comunicar a vida de Jesus Cristo a todas as pessoas, anunciando a Palavra, administrando os sacramentos e praticando a caridade. É oportuno recordar que o amor se mostra nas obras mais do que nas palavras, e isto vale também para nossas palavras nesta V Conferência. Nem todo o que diz Senhor, Senhor... (cf. Mt 7,21). Os discípulos missionários de Jesus Cristo tem a tarefa prioritária de dar testemunho do amor de Deus e ao próximo com obras concretas. Dizia São Alberto Hurtado: "Em nossas obras, nosso povo sabe que compreendemos sua dor". (DAp 386).



3- Oração (Vida)


- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja, a
Oração oficial da CF 2013

Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- Contemplação (Vida e Missão)


- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, a partir desta oração é de reconhecimento de Jesus como Filho do Deus vivo. Ele é o Mestre, Verdade, Caminho e Vida. Tratarei as pessoas sem preconceitos, mas como são, filhas de Deus.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

sexta-feira, 15 de março de 2013

6ª-feira da 4ª Semana Quaresma



 Ainda não tinha chegado a sua hora.


João 7,1-2.10.25-30

Naquele tempo: 1 Jesus andava percorrendo a Galiléia.Evitava andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo.2 Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas.

10 Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa,não publicamente mas sim, como que às escondidas.
25 Alguns habitantes de Jerusalém disseram então:'Não é este a quem procuram matar?26 Eis que fala em público e nada lhe dizem.Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias?27 Mas este, nós sabemos donde é.O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é.'28 Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo:'Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo,
mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis,
29 mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou.'
30 Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele,porque ainda não tinha chegado a sua hora.
 


Reflexão

Ao longo dos capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, vai acontecendo a progressiva revelação que Jesus faz de si mesmo aos discípulos e ao povo. Ao mesmo tempo e na mesma proporção, vai crescendo o fechamento e a oposição das autoridades contra Jesus a ponto de elas decidirem a condenação e a morte de Jesus (Jo 11,45-54). O capítulo 7, que meditamos no evangelho de hoje, é uma espécie de balanço no meio do caminho. Já faz prever como será o desfecho final.

João 7,1-2.10: Jesus decide ira à festa dos Tabernáculos em Jerusalém. A geografia da vida de Jesus no evangelho de João é diferente da geografia nos outros três evangelhos. É mais completa. Conforme os outros evangelhos, Jesus foi apenas uma única vez a Jerusalém, aquela em que ele foi preso e morto. Conforme o evangelho de João, Jesus foi no mínimo duas ou três vezes a Jerusalém para a festa de Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública de Jesus durou em torno de três anos. O evangelho de hoje informa que Jesus se dirigiu mais uma vez para Jerusalém, mas não publicamente. Foi às ocultas, pois na Judéia os judeus queriam matá-lo.

Tanto aqui no capítulo 7 como nos outros capítulos, João fala de “judeus”, e de “vocês judeus”, como se ele e Jesus não fossem judeus. Esta maneira de falar reflete a situação da trágica ruptura que ocorreu no fim do primeiro século entre os judeus (Sinagoga) e os cristãos (Ecclesia). Ao longo dos séculos, esta maneira de falar do evangelho de João contribuiu para fazer crescer o anti-semitismo. Hoje, é muito importante tomar distância desta polêmica para não alimentar um antissemitismo. Nunca podemos esquecer Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como judeu. Toda a sua formação é da religião e da cultura dos judeus.

João 7,25-27: Dúvidas dos habitantes de Jerusalém a respeito de Jesus. Jesus está em Jerusalém e fala publicamente às pessoas que querem ouvi-lo. O povo fica confuso. Sabe que querem matar Jesus e ele anda solto aos olhos de todos. Será que as autoridades reconheceram que ele é o Messias? Mas como é que Jesus pode ser o messias? Todos sabem que ele vem lá de Nazaré, mas do messias, assim se ensinava, ninguém sabe a origem.

João 7,28-29: Esclarecimento da parte de Jesus. Jesus fala da sua origem. “Vocês sabem de onde eu sou”. Mas o que o povo não sabe é a vocação e a missão que Jesus recebeu de Deus. Ele não veio por própria vontade, mas como todo profeta veio obedecendo a uma vocação, que é o segredo da vida dele. “Eu não vim por mim mesmo. Quem me enviou é verdadeiro, e vocês não o conhecem. Mas eu o conheço, porque venho de junto dele, e foi ele quem me enviou."

João 7,30: Ainda não chegara a hora. Quiseram prender Jesus, mas ninguém pôs a mão nele, “porque ainda não chegara a sua hora”. No evangelho de João quem determina a hora e o rumo dos acontecimento não são os que detêm o poder, mas é o próprio Jesus. Ele é que determina a hora (cf. Jo 2,4; 4,23; 8,20; 12.23.27; 13,1; 17,1). Mesmo pendurado na cruz, é Jesus quem determina até a hora de morrer (Jo 19,29-30).
 
 
Para um confronto pessoal
1) Como eu vivo o meu relacionamento com os judeus? Descobri alguma vez um pouco de antissemitismo dentro de mim? Consegui elimina-lo?
2) Como no tempo de Jesus, hoje em dia, há muitas idéias e opiniões novas sobre as coisas da fé. Como faço? Eu me agarro às idéias antigas e me fecho nelas, ou procuro entender o porque das novidades?












































































































































































































































Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Mas, como ainda sou fraco no amor e imperfeito na virtude, necessito ser consolado e confortado por vós; por isso visitai-me mais vezes e instruí-me com santas doutrinas. Livrai-me das más paixões e curai meu coração de todos os afetos desordenados, para que eu, sanado e purificado interiormente, seja apto para amar, forte para sofrer e constante para perseverar. ( Dos admiráveis efeitos do amor divino) 

Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 15/03/2013

15/03

São Clemente Maria Hofbauer

Hoje estamos celebramos a vida de São Clemente que nasceu na Áustria em 1751. De família muito pobre ao perder o pai ouviu com seus irmão de sua santa mãe: "Meu filho, de hoje em diante é este teu Pai; procura andar sempre no caminho que lhe é agradável". Todas as palavras da mãe foram tão férteis no coração de Clemente em tudo e em todo lugar buscou ser exemplo de quem ama. Depois de muito trabalho e sofrimento fez filosofia, teologia e foi ordenado como padre missionário dos Redentoristas. São Clemente Maria como sacerdote foi para a Alemanha e na região toda evangelizou com tanto ardor que sua igreja tornou-se centro e fonte de vida espiritual, já que as confissões aumentavam e muitos se convertiam. Muito confiante na Divina Providência construiu convento, asilo ao ponto de provocar provocações do inimigos que chegaram a fechar casas do religioso com os seus irmãos de missão, mas não fecharam o coração deste Santo que socorreu a muitos e foi o principal responsável pela renovação também da Áustria. São Clemente Maria grande pregador e confessor morreu com 70 de idade e no céu está.

São Longino

São Longino (do latim Longinus) ou Longuinho, como é popularmente conhecido, é um santo da Igreja Católica. Viveu no século primeiro, tendo sido contemporâneo de Jesus Cristo e, acredita-se, que tenha sido o centurião na crucificação, que reconheceu Cristo como "o filho de Deus" (Mateus 27:54; Marcos 15:39; Lucas 23:47).

Em virtude dos pouquíssimos relatos existentes sobre a vida desse santo, também pode ser encontrado como tendo sido o soldado que "perfurou Jesus com uma lança" (João 19:34), provavelmente pelo fato do nome ser derivado do grego e significar "uma lança".

De acordo com relatos dos Evangelhos, em razão de ao por do sol iniciar-se o Shabat, para que os corpos dos condenados não profanassem o dia santo, suas pernas deveriam ser quebradas para apressar a morte. Chegando a Jesus, viram que já estava morto, então um dos soldados, no lugar de quebrar seus pés, perfurou o corpo de Jesus com uma lança, como forma de certificação do óbito. O líquido saído de Jesus teria respingado em seus olhos, curando-o instantaneamente de uma grave doença ocular. Assim o soldado se converteu e abandonou o exército, transformou-se num monge a percorrer a Cesarea e a Capadócia, atual Turquia.

São Longino foi preso e torturado por causa de sua fé cristã, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada.

Na tradição popular é invocado para encontrar objetos perdidos. Sua festa é comemorada no Leste Europeu em 16 de Outubro. No Brasil e Espanha, a comemoração ocorre no dia 15 de Março.

Na arte litúrgica, São Longino tem sua figura representada por um soldado com uma lança apontada para os olhos ou ainda com os braços abertos, segurando uma lança. Uma relíquia religiosa que se encontra em Viena, na Áustria, é reverenciada como sendo a lança de São Longino.

No Brasil

Há uma crença popular no Brasil, de que São Longuinho acha objetos perdidos. É só repetir:

São Longuinho, São Longuinho, se eu achar (nome do objeto perdido) dou três pulinhos e três gritinhos (Achei, São Longuinho. Achei, São Longuinho. Achei, São Longuinho.)

Quando a pessoa encontra o objeto precisa cumprir a promessa em devoção ao santo:

Oração a São Longuinho, o santo dos achados.

Lembrai-vos oh são longuinho, prodigiosamente tocado pela graça de Jesus agonizante em sua ultima hora que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorrem a vossa proteção, fosse por vós desamparados. Assim, dignai-vos interpor em meu favor, vossa valiosa intercessão perante a DEUS, para que conceda viver e morrer como verdadeira cristã e ainda me auxilie a encontrar. (dizer o nome da pessoa ou objeto desaparecido e rezar um pai nosso, uma ave Maria e fazer o sinal da cruz). Amém.