segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O cego de Jericó (Lc 18,35-43)

       
 O cego em Jericó. A aproximação de Jericó assinala a última etapa da viagem de Jesus a Jerusalém. Aqui, como no incidente das crianças, os discípulos tentam impedir uma pessoa "insignifi­cante" de perturbar o Mestre. O evangelista continua em outro nível a apresentar a vida da Igreja como uma viagem com Jesus no caminho do Senhor. A observação de que "os que iam na frente" são os que repreendem o mendigo é advertência sutil aos chefes religiosos que menosprezam as necessida­des dos indefesos . Mas Jesus veio para esses humildes que expressam sua necessidade de salvação. Este capítulo é uma galeria deles: a viúva, o coletor de impostos, as crianças e agora o mendi­go cego.
        Em Marcos, o mendigo é identificado como Bar­timeu. Cego como é, exclama com discer­nimento inspirado, chamando Jesus pelo título messiâ­nico de "filho de David". Quando interrogado, ele vai mais longe e identifica Jesus como "Senhor". Em resposta a essa fé, recebe a mensagem de libertação que agora já é frase estereotipada: "A tua fé te salvou!". Tanto o mendigo como as teste­munhas entendem o significado definitivo desse ato de poder e glorificam a Deus.
        Nossa cegueira é muito grande. Fechamos nossos olhos diante  de muitas coisas erradas que acontecem: Dentro de nós, na nossa família,  na nossa vizinhança, no ambiente de trabalho, na escola e na sociedade.  Com o receio de que alguém diga que estamos falando mal do próximo, nos calamos diante de muita coisa errada que as pessoas fazem em nossa volta e que muito nos prejudica.
         É preciso diferenciar as palavras  denunciar de fofocar.  Falar mal do próximo  é uma coisa. Denunciar o mal que o próximo faz, é outra coisa parecida, mas diferente. Os profetas anunciavam  e denunciavam.  Por isso eram mal vistos por aqueles cujas maldades que faziam eram apontadas pelos profetas. O próprio Jesus  Cristo  denunciou os defeitos principalmente dos fariseus e muitas vezes os  chamou de hipócritas na cara deles.
        Tem gente que ainda não entendeu porque Jesus foi morto. Se Ele era bom, como pode tê-lo matado? Se Ele era poderoso porque não destruiu os cravos que lhe pregaram na cruz?
         Temos medo de denunciar. Temos medo das conseqüências e das retaliações. Por isso fingimos não ver o que os nossos jovens estão fazendo, fingimos não ver até o caminho que nos nossos filhos estão se embrenhando, por que a psicologia moderna diz que eles podem ficar traumatizados se agirmos com muita pressão em cima deles.
          Errado! Jovem precisa de energia por parte dos pais e superiores. Porque mesmo com toda aquela arrogância, com aquele nariz empinado de quem sabe tudo, de quem pode tudo, os jovens no fundo são muito inseguros, por que não tem uma coisa que nós os maduros temos, que é a experiência. E os jovens precisam de controle, sim. Eles mesmos sentem quando os próprios pais não exercem esta energia controladora com eles. Eles sentem quando a direção da escola não os controla como deveria.
          Se a diretora ou a professora quiser dar uma de boazinha e fechar os olhos para com os abusos e indisciplina dos jovens, se não colocar limite no seu comportamento, a escola com certeza se transformará num inferno.
        Assim, também a sociedade. Se ninguém denunciar as coisas erradas que acontecem em nossa volta, o mal tende a crescer e se avolumar  transformando  em um monstro que vai nos devorar como já está acontecendo em certos lugares deste nosso Planeta .
         O Cristão não deve falar mal do próximo, mas tem de denunciar sim, porque a nossa missão é construir um mundo melhor. E só conseguiremos isso através da denúncia das coisas erradas que o nosso próximo faz.  Devemos atacar o erro e não a pessoa que o comete. Isso é outra coisa que também sempre confundimos, mas temos de separá-las.
        Há um ditado que diz que "na casa da avó, tudo pode".  Infelizmente tenho de denunciar aqui um grande problema familiar que está neste momento corroendo as estruturas mestras das nossas famílias. Os avós não fazem por mal. Mas ao serem muitos liberais com os netinhos estão tirando a autoridade dos pais, e prejudicando a educação das crianças as quais quando crescerem, vão querer fazer tudo que lhes vêm na cabeça, e isso é mau uso da liberdade. Isso acarreta uma série de complicações familiares, sociais, morais e econômicas.

Sal


SANTO DO DIA - 19/11/2012

19/11
Santo Rafael de São José
Nascido no dia primeiro de setembro de 1835, em Vilna, antiga Lituânia, atual Polônia. Era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.

Na juventude pensava em cursar estudos superiores, o pai lhe sugeriu que freqüentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852 foi para a Russia, ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na unversidade de Petersburgo, Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.

A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreia militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.

Em janeiro de 1863 apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de Ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas ao mesmo tempo também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.

Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.

Libertado e repatriado entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.

Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.

O grande restaurou da Ordem dos Carmelitas na Polônia, morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do Papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a Santo Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.
São Roque Gonzales, Santo Afonso Rodrigues e São João del Castilho
Missionários martirizados no sul do Brasil em novembro de 1628
Os Santos Mártires Roque, Afonso e João foram os primeiros evangelizadores nas terras do Sul do Brasil. O povo daquelas terras, que hoje fazem parte do estado do Rio Grande do Sul, e portanto do Brasil, nunca esqueceu a memória destes seus primeiros mártires, que semearam o evangelho com seu próprio sangue.

Estes três sacerdotes eram membros da ordem dos Jesuítas, exerceram o seu trabalho missionário junto aos índios Guaranis, no noroeste daquele estado brasileiro.

Pe. Roque Gonzales era filho de uma família de alta posição social de Assunção, Paraguai. Os padres Afonso Rodrigues e João de Castilho vieram como missionários da Espanha.

Depois de fundar numerosas comunidades cristãs, chamadas Reduções, entre os índios no Paraguai e região missioneira da Argentina, entraram em terras do atual Rio Grande do Sul, onde a 3 de maio de 1626 celebraram a primeira missa em terras gaúchas, na localidade de São Nicolau. Depois de dois anos e meio de intenso trabalho missionário, fundando cinco comunidades, ou reduções, foram mortos por um grupo de índios rebeldes à evangelização, liderados pelo cacique-pagé Nheçu. Pe. Roque Gonzales e Pe. Afonso Rodrigues foram mortos na recém fundada redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628, e o Pe. João del Castilho dois dias mais tarde, em Assunção do Ijuí.

Um índio ainda catecúmeno que se opôs aos assassinos também foi trucidado junto aos missionários em Caaró: é Cacique Adauto, que um dia talvez poderá ter seu nome acrescentado aos dos nossos mártires canonizados.

Em Caaró, município de Caibaté, se encontra o principal Santuário de veneração dos Santos Mártires, visitado permanentemente por caravanas de romeiros. Ali se realiza cada ano uma grande romaria, no 3º domingo de novembro.
Aos 28 de janeiro de 1934 o Papa Pio XI beatificou os Missionários Mártires, e aos 16 de maio de 1988, em visita ao Paraguai, em Assunção, o Papa João Paulo II os canonizou, isto é, declarou Santos!
Oração
"Santos Mártires das Missões: Roque, Afonso e João, anunciastes o Evangelho com espírito profundamente apostólico. Defendestes os Povos Guaranis contra a ganância dos colonizadores. Tombastes como heróicos mártires da Fé e da Justiça.Inspirai-nos também a nós, por intercessão da Virgem Conquistadora, para que animados por vosso testemunho, assumamos conscientemente nossa urgente missão, promovendo a nova evangelização e a ajuda solidária, entre todos, cultivando sólidas vocações missionárias: sacerdotais, consagradas e leigas. Assim seja."

LITURGIA DIÁRIA - 19/11/2012



Dia: 19/11/2012
Primeira Leitura: Apocalipse 1, 1-4; 2, 1-5

SANTO ROQUE, AFONSO E JOÃO, PRESBÍTEROS E MÁRTIRES
(vermelho, pref. comum ou dos mártires - ofício da memória)
Início do Livro do Apocalipse de São João.

1,1Revelação que Deus confiou a Jesus Cristo, para que mostre aos seus servos as coisas que devem acontecer em breve. Jesus as deu a conhecer, através do seu anjo, ao seu servo João. 2Este dá testemunho de que tudo quanto viu é palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo. 3Feliz aquele que lê e aqueles que escutam as palavras desta profecia e também praticam o que nela está escrito. Pois o momento está chegando. 4João às sete Igrejas que estão na região da Ásia: A vós, graça e paz, da parte daquele que é, que era e que vem; da parte dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus. 2,1Ouvi o Senhor que me dizia: Escreve ao anjo da Igreja que está em Éfeso: Assim fala aquele que tem na mão direita as sete estrelas, aquele que está andando no meio dos sete candelabros de ouro: 2Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança. Sei que não suportas os maus. Puseste à prova alguns que se diziam apóstolos e descobriste que não eram apóstolos, mas mentirosos. 3És perseverante. Sofreste por causa do meu nome e não desanimaste. 4Todavia, há uma coisa que eu reprovo: abandonaste o teu primeiro amor. 5Lembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 1,1-2.3.4.6)

— Ao vencedor concederei comer da Árvore da Vida.
— Ao vencedor concederei comer da Árvore da Vida.

— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.



Evangelho (Lucas 18,35-43)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


 

Comentário do Evangelho

Os pobres reconhecem Jesus

Jesus e os discípulos caminham para Jerusalém, onde ocorrerá o desfecho de seu ministério com sua pregação entre os peregrinos e a repressão que o levará a morte de cruz. Jesus, pressentindo o que ocorreria, já advertira os discípulos por três vezes (três "anúncios da Paixão" - Lc 9,22; 9,44; 18,32-33). Estes estão apegados à concepção de que Jesus seria o poderoso messias davídico e Jesus procurava demove-los desta ideia.
Agora se aproximam de Jericó. Um cego, à beira do caminho, ouve que é Jesus de Nazaré quem vai passando. Dirige-se a Jesus chamando-o, contudo, de "Filho de Davi", título messiânico de poder que Jesus rejeitava. Nisto consistia a sua cegueira. Curado por Jesus, o homem passa a segui-lo, glorificando a Deus. Neste cego pode-se ver a dificuldade dos próprios discípulos em compreenderem Jesus.
Os pobres que começam a ver integram-se no Reino, o que é fonte de alegria e motivo de glória a Deus.

José Raimundo Oliva


Oração
Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.

Fonte: Paulinas Online

O Evangelho do Dia - 19/11/2012

Ano B - Dia: 19/11/2012



"Eu quero ver de novo!"
Leitura Orante


Lc 18,35-43

Jesus já estava chegando perto da cidade de Jericó. Acontece que um cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que era aquilo.
- É Jesus de Nazaré que está passando! - responderam.
Aí o cego começou a gritar:
- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!
As pessoas que iam na frente o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca. Mas ele gritava ainda mais:
- Filho de Davi, tenha pena de mim!
Jesus parou e mandou que trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou:
- O que é que você quer que eu faça?
- Senhor, eu quero ver de novo! - respondeu ele.
Então Jesus disse:
- Veja! Você está curado porque teve fé.
No mesmo instante o homem começou a ver e, dando glória a Deus, foi seguindo Jesus. E todos os que viram isso começaram a louvar a Deus.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual.
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 18,35-43.
A cura do cego de Jericó é carregada de simbolismo. No meio da multidão, mesmo cego, ele descobre Jesus. Depois, reconhece, com seu grito, o Messias. Isto contrasta com a cegueira dos discípulos que não conseguem dizer o mesmo. A cura que Jesus realiza devolvendo-lhe a visão é bastante significativa. Expressiva também é a confissão do cego, em três momentos. Primeiro reconhece o Messias. Depois chama Jesus de "Senhor". No terceiro momento, dá glória a Deus e segue Jesus. Estes três passos são um "itinerário de luz" para quem se converte. Entendemos que, para seguir Jesus, é preciso estar com os olhos abertos, em constante discernimento. Depois, ter disposição para seguir Jesus e não outro caminho.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Identifico-me com o cego de Jericó? Sou capaz de encontrar Jesus no meio da multidão do mundo de hoje? Vivo o itinerário de luz do homem curado por Jesus?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro"(DAp 146).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione, cuja festa celebramos no dia 26 de novembro.

"Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém".

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Irmã Patrícia Silva, fsp

Sugestão
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Irmã Patrícia Silva, fsp

domingo, 18 de novembro de 2012

Quem se lembra de Fátima?

 


"A Santíssima Virgem está muito triste porque ninguém faz caso da Sua mensagem,
nem os bons nem os maus."





"Além desta grande visão do sofrimento do Papa [na terceira parte do Segredo de Fátima], que podemos em suma referir a João Paulo II, são indicadas realidades do futuro da Igreja que pouco a pouco se desenvolvem e se mostram. (...) O importante é que a mensagem, a resposta de Fátima, basicamente, não trata de situações particulares, mas da resposta fundamental que é a conversão permanente, penitência, oração e as virtudes cardeais, fé, esperança, caridade. (...) Hoje nós vemos de modo realmente aterrorizador que a maior perseguição à Igreja não vem dos inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja."

(Papa Bento XVI, a bordo do avião na viagem de Roma para Lisboa, a 11 de Maio de 2010)

* * *
O presente artigo foi publicado em português no jornal Sim Sim Não Não há mais de dez anos. Muita coisa mudou desde então: o Papa reinante não é mais João Paulo II, a última das videntes de Fátima, a Irmã Lúcia, morreu e o Vaticano apresentou um documento e uma interpretação que diz corresponder à totalidade do Terceiro Segredo revelado por N. Sra. Uma coisa, porém, permanece: o generalizado menosprezo pela mensagem de Fátima, que levou Irmã Lúcia a dizer: "Padre, a Santíssima Virgem está muito triste porque ninguém faz caso de Sua mensagem, nem os bons nem os maus. Os bons continuam seu caminho, mas sem se preocupar da mensagem. Os maus, visto que o castigo de Deus não os fere no momento, continuam sua vida de pecado sem fazerem caso da mensagem".


O esquecimento sobre as Aparições


No dia 13 de Maio de 1995 ocorreu o 78º aniversário da primeira aparição da Santíssima Virgem Maria em Fátima, Portugal, em 1917. Esse grande evento, manifestação realmente excepcional da Misericórdia divina, é agora deixado no mais profundo esquecimento e isso, precisamente, por culpa da hierarquia católica. Sobre a única sobrevivente dos três pequenos videntes, Irmã Maria Lúcia do Coração Imaculado, mais conhecida sob o nome de irmã Lúcia (Lúcia dos Santos), paira o silêncio há vários anos. Enclausurada no Carmelo de Coimbra desde Março de 1948, ela recebia periodicamente visitas autorizadas das mais diversas personalidades eclesiásticas, de cardeais a simples pesquisadores sobre as aparições, assim como uma importante correspondência vinda de todos os cantos do mundo.

Mas já a partir de 1954 (durante os três últimos anos do reinado de Pio XII) as visitas começaram a ser reduzidas pelas autoridades competentes, para terminar por serem completamente suprimidas a partir de 1960. Nesse ano estava prevista a leitura pública, pelo Papa, do famoso "terceiro segredo" de Fátima, leitura que — como se sabe — não foi feita. Ao contrário, a partir desse ano, Irmã Lúcia não pôde mais falar com ninguém sobre as aparições, nem mesmo por carta. Com excepção dos cardeais, aos quais não se aplicam as proibições da clausura, dos parentes mais próximos e benfeitores conhecidos das autoridades, ninguém pode se aproximar do parlatório do convento. As permissões de visita são dadas pelo prefeito da Congregação pela Doutrina da Fé, mas este (o CardealRatzinger) há muitos anos não concede nenhuma.


Assim, foi imposto à Irmã Lúcia uma clausura dentro da clausura. É um facto surpreendente que, por si só, já dá uma ideia do ambiente no Vaticano. Aquela que, nesse século, pode testemunhar ter visto e ouvido a Santíssima Virgem Maria (e Nosso Senhor) é mantida num isolamento total, muito além das regras mais rígidas da clausura. Que o Vaticano tenha adoptado a orientação de apagar e de fazer esquecer Fátima, resulta também do fato de que a obra científica fundamental e oficial sobre as aparições - os quatorze volumes do padre Alonso, nos quais esse pesquisador de valor recolheu, classificou e comentou 5396 documentos - essa obra esteja pronta desde 1976, mas a sua publicação ainda não tenha sido autorizada pelas autoridades competentes.

Na realidade, a hierarquia parece não ter compreendido a importância da "mensagem de Fátima". Senão os Papas teriam-se empenhado com outro ardor em satisfazer os pedidos. Começando pelos actos de culto ordinário eextraordinário, pedidos repetidas vezes por Nossa Senhora e por Jesus em pessoa, nas visões e nas mensagens com as quais a Irmã Lúcia foi gratificada de 1917 à 1952 (pelo que sabemos). Referimo-nos ao pedido de instituir a Comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados do mês em honra do Imaculado Coração de Maria e de Lhe consagrar publicamente, explicitamente e solenemente a Rússia, em união manifesta de todos os bispos.


(...)

Uma terrível advertência!


Quando o Céu ordena, o homem nada pode fazer conforme o seu parecer. Ele deve, ao contrário, seguir o exemplo de Naaman, o Sírio, que se deixou convencer em entrar sete vezes nas águas do Jordão para curar a lepra, obedecendo assim literalmente ao que lhe tinha ordenado o profeta Eliseu, apesar da coisa lhe parecer, no momento, absurda, ofensiva e mesmo ridícula (2º. Livro dos Reis). Curar-se da lepra apenas com sete imersões consecutivas nas águas de um rio!

E, no entanto, isso acontece justamente porque a omnipotência divina é capaz disso e de qualquer outra coisa. Os Papas citados acima não tiveram, evidentemente, a Fé de Naaman. Não creram que, de um simples acto de consagração, pudesse decorrer, pela vontade divina, um evento imenso, de porte histórico decisivo, tal como a conversão da Rússia ao catolicismo.

Mas, então, a consagração da Rússia será feita? Os Papas continuarão a ignorar os pedidos divinos? Não. A consagração será feita, mas tarde. E o que profetizou Nosso Senhor à vidente, repetindo o que a Santíssima Virgem Maria tinha dito em Fátima, numa visão que remonta à 1931, em Rianjo, na Espanha, diante da atitude passiva de Pio XI: "Dê a conhecer a meus ministros, dado que eles seguem o exemplo do Rei de França, atrasando a execução de meu pedido, que continuarão na infelicidade. Nunca será tarde demais para recorrer à Jesus e a Maria... Como o Rei de França, eles se arrependerão e o farão, mas será tarde...".

A referência ao rei de França concerne à visão de santa Margarida MariaAlacoque, que a transmitiu a Luís XIV em 1689, de consagrar explicitamente a França ao Sagrado Coração de Jesus; mas nem o rei de França, nem seus sucessores responderam a esse pedido, com excepção de Luís XVI, que fez a consagração quando já era "tarde", isto é, quando a monarquia já tinha sido abatida e ele encontrava-se prisioneiro no Templo, na véspera da sua execução. Segundo a profecia, deveria acontecer aos Papas alguma coisa parecida, por causa da sua negligência e da sua obstinação: um Papa fará finalmente a consagração, levado pelas circunstâncias gravíssimas, situação que se pode imaginar de extremo perigo para a Igreja. Sobre o papado flutua, ex voce Christi, mesmo se expressa numa revelação privada, a profecia de um castigo severo por causa dadesobediência e da sua falta de Fé repetidas vezes, profecia cuja realização pode naturalmente tornar-se inútil por uma mudança de sentimento e de conduta dosdestinatários, do momento que Deus nos deixa o uso do nosso livre arbítrio. Profecia terrível, na qual não foi dita, no entanto, "tarde demais", mas "tarde", deixando assim entendido que, depois desse acto tardio, haverá para a Igreja o renascimento.

Nenhum papa depois de Pio XII pareceu inquietar-se com essa terrível advertência, talvez porque a profecia e praticamente todo o conjunto da mensagem de Fátima sejam, de facto, consideradas como divagações da reclusa de Coimbra.


A questão do terceiro segredo


A omissão, por uma recusa obstinada e constante, perdurou em seguida de maneira mais grave em relação à divulgação do terceiro segredo de Fátima. Por esse nome entende-se, como se sabe, a terceira parte do segredo comunicado aos três videntes na sexta-feira, 13 de Julho de 1917, segredo divulgado depois gradualmente no decorrer dos anos seguintes, por Irmã Lúcia (com excepção do terceiro segredo). O segredo (que os videntes disseram ter recebido, sem no entanto nada revelar, não obstante as pressões, intimidações ou ameaças) é, na realidade, um todo coerente.

Ele contém "três coisas":

- a visão do inferno;
- a proclamação da vontade de Deus de estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria para salvá-lo do castigo da II Guerra Mundial (profetizada com extrema clareza), devoção cujas manifestações deveriam ser a prática da comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados do mês e a consagração da Rússia, a qual nos referimos mais acima. Na segunda parte do segredo, Nossa Senhora, depois de ter dito que a I guerra mundial acabaria em breve, parece vincular a eclosão da II Guerra Mundial à falta de conversão da Rússia.

- Enfim, há a terceira parte ou o "terceiro segredo", posto por escrito pela vidente em janeiro de 1944 numa página de caderno que foi enviada dentro de um envelope fechado, no dia 17 de maio de 1944, para o bispo de Leiria (que não quis ler) e transmitido a Roma, dia 16 de abril de 1957. Pio XII também não quis lê-lo.Segundo as indicações da Irmã Lúcia, a publicação do segredo deveria ter sido feita em 1960.

A vidente sempre deu a compreender que essa parte do segredo de Fátima não podia, por causa do seu conteúdo, ser do domínio público como as duas outras: quanto à sua divulgação, ela a confiava às autoridades eclesiásticas superiores e não à simples ordem do seu confessor. Os Papas que leram o 3º. segredo e que são responsáveis da sua não difusão são: João XXIII, Paulo VI e o Papa actual, João Paulo II.

O terceiro segredo começa quase com certeza, com a última frase do texto no qual Irmã Lúcia nos fez conhecer as duas outras partes da mensagem de Fátima. E essa frase é: "em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé etc".

A presença do "etc" demonstra que Irmã Lúcia quis dar a entender que a frase em questão não é uma profecia isolada dirigida exclusivamente a Portugal.(o que alguns tentaram sustentar), mas o início de um anúncio sobre a manutenção do dogma da Fé nas nações cristãs. O terceiro segredo concerne, segundo todas as probabilidades, à manutenção do depósito da Fé, o que quer dizer que seu objecto específico é a Santa Igreja.

É muito provável que nele estejam sinteticamente profetizados os graves transtornos que o catolicismo viria sofrer, por causa da hierarquia impregnada de modernismo, "estuário de todas heresias", a partir do Concílio Vaticano II.

A traição da Fé por culpa de pastores, escravos da heresia, é certamente antecipada no terceiro segredo: é por isso que a Igreja oficial actual, que é a Igreja na qual esses pastores detém as alavancas do poder, evita torná-lo público e tudo faz para deixá-lo cair no esquecimento.

Não se trata pois do fim do mundo, como se procura insinuar, embora não se possa excluir à priori que sejam anunciados também castigos materiais (aliás já claramente previstos na segunda parte da mensagem de Fátima). O terceiro segredo concerne à Igreja, à dolorosa obscuridade da Fé da qual somos testemunhas cada vez mais horrorizadas. Podemos também deduzir que seja assim pelo que disse o Papa actual à Irmã Lúcia no seu breve encontro de 13 de maior de 1982, e que ela relatou ao cardeal Oddi em 1985: que não era oportuno divulgar o segredo porque o mundo "não o compreenderia".

Ou, como disse o cardeal Ratzinger ao jornalista Messori, que não era oportuno divulgá-lo porque se exporia "ao perigo de utilizarem o seu conteúdo com sensacionalismo". Se se tratasse do fim do mundo, o público não compreenderia? Ele compreenderia, e como! E o que poderia haver no segredo que, não somente faça sensação, mas seja difícil de compreender pelos fiéis, se não a revelação ex voce divina, sancionada por um Papa que clamará ao mundo quando fizer uma leitura pública do famoso texto, que a Igreja oficial actual é uma Igreja apóstata da Verdade católica, dessa verdade proclamada e defendida durante dezanove séculos?

Será que os fiéis não deveriam já ter percebido isso há muito tempo?

O que eles pensam de uma Igreja que:
  • no lugar do culto de Deus, pratica o culto do homem e da mulher;
  • que tirou a Santíssima Trindade da Santa Missa, dos seus discursos e dos pensamentos dos fiéis;
  • que afirma crer em um "Deus único" idêntico para todas as religiões, inclusive as mais hostis ao Cristianismo;
  • que não fala mais do pecado original, nem da imortalidade da alma, nem do Julgamento particular e, finalmente, nem do Paraíso;
  • que deixa crer que o inferno está vazio;
  • que, quando é constrangida a lembrar, no Novo Catecismo, as verdades tradicionais do catolicismo, o faz apresentando-as como opiniões (subjetivas) da tradição da Igreja e não como verdades (objetivas) em si e por si;
  • que instituiu um Novus Ordo Missae considerado como aceitável pelos protestantes, quer dizer, por heréticos;
  • que passa sempre sob silêncio a natureza divina de Cristo, porque se a proclamasse, como é seu dever, desapareceria rapidamente o que chamam "diálogo";
  • que afirma que Jesus já salvou todo o mundo, morrendo sobre a Cruz, mesmo aqueles que não crêem que Ele é o Filho de Deus;
  • que não considera mais a conversão do mundo a Cristo como seu dever fundamental, porque tentar converter seria uma violência à "liberdade de consciência" dos adeptos das outras (falsas) religiões;
  • que abraçou em tudo e por tudo os métodos e os conceitos e, assim, os erros da teologia protestante;
  • que honra os "mártires" dos heréticos e elimina os seus próprios do calendário;
  • que trabalha incansavelmente a unificar o catolicismo com todas as outras religiões e seitas, dissolvendo-o, assim, no abraço do falso ecumenismo;
  • que fala somente, e de maneira inoportuna, dos problemas desse mundo, políticos em particular, e nunca da vida Eterna;
  • para a qual no lugar do catolicismo inventou-se um humanismo deísta,parecido ao dos maçons, o qual, em nome de um igualitarismo abstracto e verbal, fomenta o espírito de rebelião e o ódio por toda autoridade legítima, incitando grupos sociais inteiros a esperança messiânicas completamente anticristãs?
Poderíamos continuar. Poderíamos encher páginas com a lista das infidelidades e traições cometidas por homens actuais da Igreja. Não todos, certamente, apesar de ser verdadeiro o provérbio: Quem cala consente. E que acabam tornando-se cúmplices, mesmo sem querer. Será que não há, em toda a Igreja Católica, um só bispo ou cardeal, capaz de elevar-se contra a moda dominante, para defender em alta voz o dogma da Fé?


Fonte: Revista Sim Sim Não Não n°39, março de 1996; no site Permanência.


* * *

Muito rapidamente....

Que Nosso Senhor conceda coragem ao Santo Padre para divulgar NA ÍNTEGRA o que falta à Mensagem de Fátima!

Nossa Senhora, no Segredo, falou da salvação das almas - com a visão do Inferno e com as suas palavras.

Falou nas nações - a Rússia, os erros que dela viriam (ou ainda virão) caso não fosse consagrada publica e oficialmente ao Seu Coração Imaculado.

Falou, enfim, de... um atentado ao Papa (??).

É uma coisa gravíssima, um atentado, um ataque à própria Igreja, na pessoa do Santo Padre, neste caso o Papa João Paulo II. Mas, no enquadramento da Mensagem, fala-se das almas, das nações...não seria de esperar que, por lógica, Nossa Senhora proferisse algumas palavras sobre a Igreja?

Tanta pergunta que ficou por responder...

Porquê a data de 1960, tantas vezes referida pela Irmã Lúcia como a data para se poder revelar o Segredo? E porque essa data foi ignorada pelo Papa João XXIII, que se recusou a divulgá-lo? Estragaria, o Segredo, algo de "muito bom" que o mesmo Papa teria para a anunciar ao mundo por volta dessa data?

Porquê o silêncio de Maria Santíssima, enquanto a visão se desenrolava aos olhos dos Pastorinhos, quando anteriormente a Senhora explicou tudo o que dizia e o que lhes era mostrado? Haverá concerteza palavras da Virgem Santíssima que não foram reveladas... Porquê?

A segunda parte do Segredo acaba com a frase "Em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da Fé...etc". Acabaria, a Virgem Santíssima, uma frase com um "etc", sem mais explicações, para de repente mostrar apenas um quadro de um Papa a sofrer, a ser morto quando chega à Cruz, no cimo de uma montanha, juntamente com outras pessoas?

O 3º Segredo trata da Igreja, portanto. Da crise na Igreja. Da crise de Fé. O Santo Padre hoje o disse, nas entrelinhas!

E a Igreja terá muito que sofrer, assim como o Santo Padre, pela defesa da Verdade. E será um grande bem feito às almas quando se revelar abertamente ao mundo o que falta.

O Segredo trata do pecado NA Igreja (e não DA Igreja, como se lê por aí...). Tenho para mim que não se trata só do pecado de pedofilia, mas de tantos outros pecados, principalmente os pecados contra a Fé. Por aí se percebe a referência, no final da segunda parte do Segredo, à conservação do dogma da Fé no nosso país.

E por aí se percebe, também, o porquê da data de1960...

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Demais, há grandíssima diferença entre a arca da aliança com suas relíquias e vosso puríssimo corpo com suas inefáveis virtudes; entre aqueles sacrifícios da lei, que eram apenas figuras do futuro, e o sacrifício verdadeiro de vosso corpo, que é o cumprimento de todos os sacrifícios antigos. ( Com quanta reverência cumpre receber a Cristo)
 
Fonte: Imitação de Cristo

O fim do mundo (Mc 13,24-32)

               
Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai.
                Jesus está falando sério! Isso é escatologia. E Jesus está falando sobre o fim dos tempos, Ele descreve as tribulações que vão acontecer no dia da manifestação do Filho de Deus. No dia em que Ele vai julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta das mentes de todos e retribuirá a cada um  segundo suas obras principalmente de caridade e segundo tiver acolhido ou rejeitado sua graça.  No fim dos tempos, o Reino de Deus vai chegar à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado.
                Prezados irmãos. Naquele dia, seremos julgados, principalmente pela nossa atitude para com os necessitados. E gostaria de aproveitar essa reflexão para ressaltar que a caridade tem um duplo valor: Além de nos salvar no julgamento final, ela tem o poder de nos purificar dos pecados leves ou veniais.
                Das virtudes: Fé, Esperança e Caridade, a caridade é a mais forte delas. Por que a caridade é a forma de penitência mais eficaz para que sejamos limpos ou perdoados dos nossos pecados leves. Veja o que diz o Catecismo da Igreja Católica:
"Como o alimento corporal serve para restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a caridade que, na vida diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais."
                Então? O que estamos esperando? Não vamos ficar aqui parados... Mãos a obra, vamos praticar a caridade já. Porque não sabemos o dia do Juízo Final.
                Caríssimos. Esta vida é uma viagem, na qual não temos pressa de chegar no seu final. Porque o final desta caminhada, é a morte, é o Juízo final.
                A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado "o único curso de nossa vida terrestre", não voltaremos mais a outras vidas terrestres. "Os homens devem morrer uma só vez". Não existe "reencarnação" depois da morte.
                A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função de suas obras e de sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão assim como outros textos do Novo Testamento, falam de um destino último da alma pode ser diferente para uns e outros. (Catecismo da Igreja Católica)
                Não temos certeza para onde vamos. Tudo depende do resultado do julgamento, ou melhor, tudo depende de como vivemos a nossa vida hoje. 
                A incerteza de estarmos preparados ou não para passar no Julgamento, e o fato de não sabermos o dia e a hora, nos deixa em desequilíbrio existencial constante.
                Estar preparado é estar em estado de graça no último momento, no último suspiro. Mas como isso é possível, se a cada momento da nossa caminhada nós tropeçamos e caimos, por causa de tantas tentações que vivem à solta em volta de nós. Geralmente cometemos mais pecados leves mais pecamos, caímos. 
                Mas é bom lembrar que alem da penitência, do jejum e da caridade, temos a absolvição geral no começo de cada missa, no ato penitencial quando pedimos perdão e o sacerdote intercedo por nós, dizendo: Deus todo poderoso, cheio de bondade e misericórdia infinita, tende piedade de nós. Perdoe os nossos pecados e nos conduza à Vida Eterna. Isso é uma absolvição para os pecados veniais. Por isso, não chegue mais atrasado(a) na missa. Por outro lado, mesmo com essa absolvição geral, os rascunhos dos pecados veniais vão se acumulando em nossa alma de tal forma, que periodicamente, precisamos de uma limpeza geral, de uma boa confissão. Vejam. Os Oceanos são formados de gotas de água. De pecadinho em pecadinho, o nosso ESTADO DE GRAÇA  vai ficando SEM GRAÇA... Por isso é que precisamos, repito, de vez em quando, confessar, para estar sempre preparados.
                Se soubéssemos quando seria o dia, e a hora, dias antes cuidaríamos de nos preparar com seriedade. Arrependendo-nos, rezando, confessando e comungando para sermos aprovados ou perdoados no julgamento final.
                Mas acontece que não é assim que funciona o Plano de Deus a nosso respeito. Ele quer que durante a nossa vida inteira nos preocupemos e nos esforcemos em estar sempre preparados, como se estivéssemos vivendo o último dia de nossa existência terrena, preparados para a chegada do Reino de Deus.
                E este Reino de Deus já deveria ter começado dentro de cada um de nós. Porque se cada um vivesse o verdadeiro amor a Deus e a próximo, seríamos felizes de uma alegria contagiante. E estaríamos valorizando o Plano de Deus de vir até nós por meio de Seu Filho que veio nos dizer que Deus pai é bom, nos ama e quer nos salvar. Ele nos ensinou a construir um mundo melhor: feito de paz, de igualdade, de justiça, de respeito entre as pessoas. E a esse mundo transformado, ele chamou de REINO DE DEUS. E esse reino de amor de Deus deve ser preparado dentro de cada um de nós. Ele deve brotar de dentro de nós. Assim: em tudo que eu faço devo demonstrar que Deus está comigo, porque eu estou em harmonia com Ele e com meus irmãos. Nos meus atos devo mostrar que sou uma pessoa de Deus. Ou seja. Se o reino de Deus está dentro de cada um de nós, ele deve ser revelado em nossas atitudes. Por exemplo: quando sou alegre, verdadeiro, honesto, obediente, justo, trabalhador, estudioso etc, é porque Deus está dirigindo os meus atos, e o seu Reino da paz e de fraternidade está acontecendo e brotando de dentro de mim para fora, para os irmãos, até a chegada  do Juízo Final.

Sal



SANTO DO DIA - 18/11/2012

18/11
Santo Frediano
Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino à Roma. Mais tarde existe a notícia de sua permanência na Itália, nos arredores da cidade Luca, na Toscana, vivendo como ermitão.

A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.

O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu Bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado Bispo de Luca, em 560. Certamente um fato inusitado.

Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. A sua ação logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o celebrizou, foi o que cita do desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio causado à toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram imediatamente.

Conduziu o rebanho de sua diocese com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. O Bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588.

A partir de então a fama de santidade de Frediano e, o célebre episódio do rio Serchio, se expandiu e a sua devoção se fez ainda mais intensa, após sua morte. Inclusive foi citada no livro "Diálogos", escrito pelo Papa São Gregório Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se estabeleceram na sua basílica em Luca, difundiram muito seu culto.

Depois o impulso veio do fato que, em pleno período medieval, para evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo de Santo Frediano, fora sepultado num lugar escondido, no cemitério da igreja. E ele só foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.

Mas tempos depois, sua obra floresceu da bem antiga e pequena comunidade monástica, dos conhecidos "cônegos de São Frediano", os quais o Bispo Anselmo de Baggio, quando se tornou Papa Alexandre II indicou para dirigir o mosteiro de São João de Luterano, em Roma.

A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias no século XI, para a atual basílica de São Frediano, em Luca.