domingo, 11 de novembro de 2012

Fotos da Missa Solene de encerramento da Festa de São judas tadeu

Na manhã deste Domingo foi Celebrada a Missa Solene de encerramento da Festa de São Judas Tadeu, presidida pelo Ver.m° Padre Ivanoff da Costa Pereira, Administrador Diocesano e Concelebrada pelo Pe. José Alexandre Lopes e assistida pelos Diáconos presentes na celebração, seguida de Procissão, arreamento da Bandeira e Batizados. Confira as fotos






Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Quando chegares a tal ponto que a tribulação te seja doce e amável por amor de Cristo, dá-te por feliz, pois achaste o paraíso na terra. Enquanto o padecer te é molesto e procuras fugir-lhe, andas mal, e em toda parte te persegue o medo da tribulação. ( Da estrada real da santa cruz)
 
Fonte: Imitação de Cristo

O pouco com Deus é muito (Mc 12,38-44)


"Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, e de ser cumprimentados nas praças públicas...  ...e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes."
Caríssimos irmãos. Que isso nunca aconteça a nenhum de nós. De fazer as coisas na igreja com o objetivo de aparecer e de nos promover. Com o objetivo de glória pessoal. Precisamos nos vigiar sempre, verificar se estamos mesmo fazendo as coisas para a glória de Deus ou para a nossa projeção pessoal. Principalmente quando pegamos um microfone, seja na missa, seja em outra ocasião. Que isso não seja um "olha eu aqui", mas sim, que seja um "vejam, vou falar de Jesus que está aqui", por exemplo.
Neste evangelho, mais uma vez Jesus "dá uma dura" nos representantes da classe dominante do seu tempo. É mais uma crítica à classe dirigente do templo e da Judéia: os escribas, os fariseus, os sacerdotes e os latifundiários (donos de terras).  Jesus não suportava a hipocrisia, principalmente dos gananciosos fariseus, os quais se faziam de santos, mas Jesus os via por dentro. Jesus sabia o íntimo de cada um, e não tinha medo de lhes jogar na cara quem realmente eles eram. Eles gostavam de aparecer, de serem respeitados, e reconhecidos como autoridades máximas, conhecedores da uma verdade indiscutível. Na sinagoga (templo ou igreja) eles se achavam o máximo. Ai daquele que pretendesse ser mais santo e mais poderoso que eles. Imaginem quando Jesus disse, para quem quisesse ouvir: "A mim foi dado todo o poder no céu e na terra". E "...eu sou o caminho, a verdade e a vida."
Caríssimos. Podemos e devemos assumir qualquer cargos na nossa comunidade, mas não podemos esquecer de que estamos a serviço de Deus, e que precisamos ser humildes, a exemplo do Mestre que lavou e até beijou os pés dos discípulos. Aquele que disse: Aquele que quiser ser o melhor, tem de ser o menor entre todos. Nenhum cargo dentro da Igreja deve subir à nossa cabeça ao ponto de nos fazer pensar que somos melhor que os demais participantes da comunidade. Isso é: Anticristão, ridículo, antipático e produz efeito contrário ao objetivo principal de uma comunidade cristã, que é o de SERVIR.
Também nas leituras de hoje aparecem duas viúvas que dão o pouco que possuem para Deus, e são abençoadas. Também nós seremos abençoados e teremos  nossos bens multiplicados se dermos as nossas contribuições para os ministros de Deus com toda boa vontade, com toda humildade e conscientes que apenas estamos devolvendo um pouco daquilo que Deus nos deu.
                No tempo de Jesus, a situação da viúva era muito difícil porque eram exploradas. A pobre viúva, como as multidões de empobrecidos que faziam sua peregrinação religiosa a Jerusalém, sacrificava-se tirando o necessário para viver, sendo assim explorada por aqueles que usufruíam das riquezas acumuladas no Tesouro do templo. Com a opção fundamental pelo serviço, Jesus nos inspira à prática amorosa da partilha e da solidariedade, na construção do mundo novo possível.
                Jesus observava que os ricos davam para o templo o dinheiro que lhes sobrava. Enquanto aquela pobre viúva deu a única quantia que tinha. Portanto, como afirmou Jesus, aquela pobre mulher foi quem deu a esmola  ou contribuição maior para o templo do Senhor. 
                Havia, no templo de Jerusalém, desde sua construção por Salomão, uma sala chamada Tesouro ou "gazofi lácio", onde guardavam as grandes riquezas acumuladas. Este Tesouro tinha algumas pequenas aberturas externas, os "cofres", por onde eram depositadas as ofertas dos fiéis. A fala de Jesus sobre o gesto
da viúva está em continuidade a sua denúncia sobre o templo, usado como instrumento de comércio e enriquecimento principalmente por parte  daqueles que se faziam de santos e que deveriam dar o bom exemplo para o povo que confiava neles.
                Caríssimos irmãos. A contribuição que damos para a Igreja é o investimento mais abençoado que podemos fazer.  Assim como vimos na primeira leitura, a primeira viúva pobre que reparte seu único alimento com o enviado de Deus, o profeta e depois nunca mais lhe faltou o alimento, também acontece com aqueles que contribuem mensalmente, dando uma quantia do seu dinheiro para a Igreja. Nada irá lhe faltar. Experimente fazer isso, caso você ainda não o faz. Dê uma quantia mensal, e em cada missa coloque na sesta um pouco mais do que umas moedinhas. Garanto-lhe que Deus vai trasbordar a sua taça. Ele vai abençoar os seus rendimentos de tal forma que você vai ficar admirado como pode o seu modesto salário, por exemplo, render tanto. É porque o pouco com Deus, é muito.  É porque para Deus nada é impossível.
Sal.
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SANTO DO DIA - 11/11/2012

11/11
São Martinho de Tours
"Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade" dizia Martinho, Bispo de Tours, aos oitenta e um anos de idade.

Ele despertou para a fé quando ainda menino e depois, mesmo soldado da cavalaria do exercito romano, jamais abandonou os ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma verdadeira cruzada contra os pagãos e em favor do cristianismo. Quatro mil igrejas dedicadas a ele na França, e o seu nome dado a milhares de localidades, povoados e vilas; como em toda a Europa, nas Américas, enfim em todo os países do mundo.

Martinho nasceu na Hungria, antiga Panônia, por volta do ano 316 e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a freqüentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porem sem receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu pai o alistou na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afasta-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho, continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, hoje França.

Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.

Com vinte e dois anos já estava batizado, provavelmente pelo Bispo de Amiens, afastado da vida da corte e do exercito. Tornou-se monge e discípulo do famoso Bispo de Pointiers, Santo Hilário que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio em 360, doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilômetros de Pointiers. Alí ele fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental.

No ocidente, ao contrário do oriente, os monges podiam exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nesta época, havia recebido dons místicos, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.

Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou por unanimidade para ser o Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Nas proximidades da cidade fundou outro mosteiro, chamado de Marmoutier. E sua influência não se limitou a Tours, mas se expandiu por toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo.

Martinho exerceu o bispado por vinte e cinco anos e, aos oitenta e um, estava na cidade de Candes, quando morreu no dia 08 de novembro de 397. Sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado na cidade de Tours.

Venerado como Santo Martinho de Tours ele se tornou o primeiro Santo não mártir a receber culto oficial da Igreja e se tornou um dos Santos mais populares da Europa medieval.