quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LITURGIA DIÁRIA -15/12/2011

Dia: 15/12/2011
Primeira Leitura: Isaías 54, 1-10


III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I - ofício do dia)
 

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

1Alegra-te, ó estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz; os filhos da mulher abandonada são mais numerosos do que os filhos da bem-casada, diz o Senhor. 2Alarga o espaço de tua tenda e distende bastante as peles das tuas barracas; usa cordas bem longas e finca as estacas com segurança. 3Farás expansão para um lado e para outro e tua posteridade receberá em herança as nações que povoarão cidades abandonadas. 4Não tenhas medo, pois não sofrerás afronta alguma; nem te perturbes, pois não tens de que te envergonhar; esquecerás a vergonha sofrida na juventude e não te recordarás mais da humilhação da viuvez. 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu Salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalarem-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial(29)

— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

— Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
— Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
— Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!



Evangelho: Lucas 7, 24-30


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

24Depois que os mensageiros de João partiram, Jesus começou a falar sobre João às multidões: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25Que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que se vestem com roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. 26Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e alguém que é mais do que um profeta. 27É de João que está escrito: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o meu caminho diante de ti’. 28Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 29Todo o povo ouviu e até mesmo os cobradores de impostos reconheceram a justiça de Deus, e receberam o batismo de João. 30Mas os fariseus e os mestres da Lei, rejeitando o batismo de João, tornaram inútil para si mesmos o projeto de Deus”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

O valor de João

A exaltação de João Batista, feita por Jesus, revela a sua importância no projeto de Deus com a encarnação de seu Filho. João era realmente um grande profeta, dando um autêntico testemunho que atraiu a si o povo. Na encarnação, Jesus assume, não só sua humanidade individualizada, mas a humanidade toda, com todos os seus valores, em tudo que é bom, justo e verdadeiro. O próprio Jesus colhe e incorpora estes valores no seu convívio com as pessoas. João Batista é notável pelo seu sentido de justiça e pela ousadia com que se libertou dos vínculos opressores do judaísmo, com sede no Templo de Jerusalém e nas sinagogas. João não é um caniço agitado pelo vento, nem um homem vestido com roupas finas; é um homem livre e dedicado à causa da justiça que promove a vida. Jesus reconhece o valor de João e assume o seu anúncio revelando que é pelo caminho da fraternidade, da justiça e do amor que se faz a comunhão de vida eterna com Deus.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, que o testemunho fulgurante de João Batista sirva de inspiração para minha adesão ao teu Reino. Que jamais me faltem a firmeza e o despojamento do Precursor

O Evangelho do Dia ( Quinta-Feira )

Ano B - Dia: 15/12/2011


Um profeta

Lc 7,24-30

Depois que os mensageiros de João partiram, Jesus começou a falar às multidões sobre João: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Os que vestem roupas finas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais que um profeta... Eu vos digo: entre todos os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. Todo o povo que o escutava e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus e deixaram-se batizar por ele. Mas os fariseus e os doutores da Lei recusaram ser batizados por João e desprezaram os planos de Deus a respeito deles".

Leitura Orante

Em união com todos que se encontram neste ambiente virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante do Advento,
com a Canção do Advento

Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!

1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Veja a melodia desta canção em: http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio, atentamente, o texto na minha Bíblia: Lc 7,24-30.
Jesus define a missão de João. Um verdadeiro profeta. Por seu estilo de vida atraiu o povo, e não pelo luxo, "um homem bem vestido". No deserto e não, num palácio. João é um profeta afirma Jesus. E até, mais que um profeta. E cita Malaquias: "Aqui está o meu mensageiro, disse Deus. Eu o enviarei adiante de você para preparar o seu caminho." (Ml 3,1). O anúncio de João Batista supera todas as profecias, porque anuncia a presença do Reino e do Messias.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Para compreender a identidade de Jesus Cristo, tenho que ter o coração humilde.
Os Bispos em Aparecida nos ajudaram a compreender melhor a identidade de Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai, o qual tanto amou ao mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: "que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado" (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida.´ (DAp 101).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém
Meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Procurarei descobrir a identidade de Jesus nos gestos das pessoas que hoje
encontrar e com quem me relacionar.

Bênção natalina
(bem-aventurado Alberione)

Jesus Menino coloque a sua mãozinha
sobre tua cabeça
e derrame sobre ti
a sua luz, conforto e alegria.
Amém! - Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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Leitura Orante
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

É Natal, tempo de festa - mensagens de Natal


É Natal, tempo de festa de presentes, de alegria.
Tempo de Nova Esperança, de renovar a utopia
Tempo de crer no menino filho da virgem Maria!

Esperar do sofrimento,
as mudanças atuais
Do comércio e propaganda
que inventam lá seus natais;
Há na memória de muitos,
valores que vêm detrás.

Meu povo, é tempo de luta, a história está gritando:
A barra suja da morte, os homens estão forjando;
A barra do nascimento, deve voltar de vez em quando.

Meu povo, levante a vista, atenção, neste momento;
Unindo o sonho e a luta, faremos vir novo tempo,
No céu vai brilhar de novo a barra do nascimento.

Agradeço, pois agora, já posso compreender,
Os sinais que a natureza, volta sempre a nos dizer.
Viva a Jesus pequenino, que na gruta quis nascer!


Zé Vicente
Referência: Tempos urgentes

Catequese da esperança - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Uma simpática história, que quase todo mundo já ouviu ou narrou, embora pouco científica fala de duas rãs que caíram numa barrica de leite. Uma delas não tinha esperança. Não vendo saída imaginou seu fim trágico e o abreviou. Prendeu a respiração e morreu minutos depois. A que tinha esperança bateu-se até que acabou pisando em algo duro. De tanto espernear para não morrer, o leite havia se transformado em manteiga. Vale como ilustração para milhões de seres humanos. Sua esperança transforma as coisas. Vencem porque acreditam que, mesmo sem saída, encontrarão alguma solução. Não confundem solução com saída. Se o mundo não lhes deixa nenhuma saída, eles encontram uma outra solução.O rio sempre acha o seu caminho, mesmo quando uma barreira desliza sobre ele.

Paulo lembra que a falsa certeza decepciona, mas a serena esperança não. Há esperanças verdadeiras e falsas. A catequese cristã da esperança está narrada nas histórias de Abraão, Sara, Tobias, José do Egito, Moisés, Susana, Daniel, e centenas de outros personagens para quem aparentemente não havia perspectiva de salvação, ou de realização, mas ela veio. O Eclesiastes diz que quem está vivo tem esperança, pois até um cão vivo é melhor do que um leão morto.( Ecl 9,4 )Jesus costumava perguntar aos beneficiados se eles acreditavam que sua vida poderia mudar e se queriam sua ajuda ( Mt 9,28; Mt 21,22). Para Jesus o verbo crer passa pelo verbo esperar. Paulo diz que Abraão acreditou contra toda a esperança e conseguiu (Rm 4,8) exatamente porque sua fé foi esperançosa. Pela fé nós esperamos com garra que o Espírito nos conceda o que pedimos ( Gl 5,5), diz Paulo . A garra é a esperança. Poderíamos dizer que a esperança e a fé continuada. Nossa cidadania, está no céu (Flp 3,20), diz ainda o mesmo Paulo, e o que nos caracteriza é a esperança no Salvador que vem de lá. Em Gálatas 2,20 ele afirma que já não é ele que vive, mas Cristo vive nele, porque sua vida no corpo é sustentada pela vida na fé. Aos Efésios ele afirma que ora para que eles conheçam a esperança para a qual Deus os chamou( Ef 1,18), e lembra que quando Deus chama para a fé está chamando para a esperança ( Ef 4,4).

É próprio do apressado mergulhar no marketing de resultados. Garante o que não pode garantir. Promete que não pode prometer. Há milhares de púlpitos de agora pregando certezas. Muitas delas, falsas. Faz melhor o pregador que prega a esperança. Mais experiente, decepcionará menos. ( Rm 5,4-5)

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Devoção de católico - Pe. Zezinho, fsp


 Pe. Zezinho, fsp


O amor é tanto que comemoramos anúncio, concepção, nascimento, momentos da vida, morte e ressurreição de Jesus. Também comemoramos concepção, nascimento, momentos de vida e morte de Maria, a mãe dele. Amor suscita memórias.
A um desses irmãos aguerridos de outra igreja, quando tive chance de explicar, expliquei o porquê desses nomes e dessas datas. Se ele se satisfez, não sei, mas parou de discordar. Aceito ouvir as explicações deles, mas quero o direito de explicar os meus porquês. Não sou um crente visceral; sou crente cristão católico que estuda. Por isso celebramos os mistérios e vivências de ontem e neles, nossos mistérios e nossas vivências.
Anunciação, a 25 de março, por conta do anúncio feito pelo anjo a Maria. Ela seria mãe de alguém especial. Está nos evangelhos. Imaculada Conceição a 8 de dezembro, porque, para nós, o primeiro instante de uma vida é sagrado. O primeiro instante da vida da mãe de Jesus para nós e motivo de festa. Está na Tradição. Natal a 25 de dezembro porque o nascimento de Jesus fez a diferença no mundo. Está nos evangelhos. Natividade de Maria a 8 de setembro porque , se o menino que dela não foi um menino qualquer, ela também não foi menina qualquer. Está na Tradição. Além de festejarmos sua concepção imaculada festejamos seu nascimento.
Nossa Senhora das Luzes ou da Candelária no dia 2 de fevereiro; das Dores, dia 15 de setembro, um dia depois do dia da santa cruz porque ela estava lá aos pés do filho que morria. A iluminada é também iluminadora. Por isso oramos a ela para que ore por nós durante nossa vida e na hora em que estivermos morrendo. Ela viveu isso como Filho!
Durante o ano temos mais de 40 dias especiais, nos quais lembramos algum mistério da vida de Jesus ou da vida de Maria associada à de Jesus. Ascensão alguns dias depois da Páscoa porque ali Jesus se despediu prometendo que voltaria, mas nunca mais foi visto com os olhos da carne. Assunção, porque seremos todos levados para o céu para onde não podemos ir por próprias forças, mas lembrando que Maria morreu de morte bem mais serena do que a nossa e que, para ela o céu não trazia dúvidas. Foi passagem serena. Já tinha tido o céu no ventre. Nossa assunção é bem menos festiva. Morrer ainda nos assusta, isto porque não temos a correta dimensão de céu em nós.
Assim, as doutrinas e dogmas que cercam Jesus e seus santos, sobretudo Maria, para nós são festas maiores ou menores, a depender do enfoque devocional desta ou daquela cidade ou paróquia.
Pergunte a um católico devidamente instruído na fé e ele saberá responder porque ora, quem ora, como ora e porque celebra algum dogma ou acontecimento. Os que lêem menos sabem menos. Mas está tudo lá nos livros oficiais da Igreja. Creio e sei porque creio, celebro e sei o que celebro. Perguntei a um grupo de católicos atuantes qual a diferença entre ascensão e assunção e entre N.Sra da Conceição e Natividade de N.Sra. Tiveram dificuldade de responder. Em algum lugar de sua formação alguém se esqueceu de mergulhar nos porquês de nossa devoção.

Agiu coerentemente o pároco de uma ativa comunidade católica quando escalou uma equipe de jovens para explicar em letras grandes num painel à entrada do templo, a cada festa , o que ela significava e, se fosse a vida de algum santo, o resumo de sua vida, atuação e pensamentos. A mesma equipe foi encarregada de colocar uma breve placa de explicação diante de cada imagem que havia no templo, com a corresponde citação bíblica. Resgatou conceitos e fundamentou suas celebrações.
Deixa a desejar a paróquia ou templo que por anos a fio apenas mostra imagens e celebra festas sem jamais explicar a catequese que elas expressam. Resultado: temos sido uma igreja mal vivida porque mal explicada!

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SANTO DO DIA

14/12
São João da Cruz
São João da Cruz nasceu perto de Ávila, em Fontiveros, Espanha, no ano de 1542. Era filho de tecelões. Após ter dado prova da sua imperícia nas várias ocupações às quais a família, muito pobre, tentou encaminhá-lo, ao vinte anos, ingressou na Ordem dos Carmelitas. Estudou artes e teologia em Salamanca, onde foi prefeito dos estudantes. Foi ordenado sacerdote no ano de 1567, época em que se encontrou com Santa Teresa de Ávila (Teresa de Jesus) a reformadora das carmelitas. A Santa fundadora tinha em mente ampliar a reforma também aos conventos masculinos da Ordem Carmelita, e seu tino delicado fê-la entrever naquele frade, pequeno, extremamente sério, fisicamente insignificante, mas rico interiormente, o sócio ideal para levar adiante o seu corajoso projeto.

Aos vinte e cinco anos de idade deu prova de coragem e desde esse dia trocou o nome, chamando-se João da Cruz e pôs mãos à obra na reforma, fundando em Durvelo o primeiro convento dos carmelitas descalços. Santa Teresa de Jesus chamava-o de seu pequeno Sêneca, brincava amavelmente com a sua baixa estatura mas não hesitava em considerá-lo o pai de sua alma, afirmando também que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. Vinte e sete anos mais jovem que Teresa, João de Yepes é uma das figuras da mística moderna.

Mas a volta mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus-tratos físicos e difamações: em 2577 foi até preso por oito meses no cárcere de Toledo. Mas foi nessas trevas exteriores que se acendeu a grande chama da sua poesia espiritual. " Padecer e depois morrer " era o lema do autor da Noite escura da alma, da Subida do monte Carmelo, do Cântico espiritual e da Chama de amor viva.

São João da Cruz, morreu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, no dia 14 de dezembro de 1591. Foi canonizado em 1726. O Papa Pio XI lhe conferiu o título de doutor da Igreja, dois séculos depois.

Oremos: Deus nosso Pai, a exemplo de São João da Cruz, fazei que cada um de nós progrida na vida espiritual e caminhe para vós, que nos inspire o gosto pelas coisas de Deus e nos ensine a vos amor com todas as nossas forças e de todo coração. Amém.

LITURGIA DIÁRIA -14/12/2011

Dia: 14/12/2011
Primeira Leitura: Isaías 45, 6-8.18.21-25


SÃO JOÃO DA CRUZ
PRESBÍTERO E DOUTOR
(branco, pref. do advento I ou dos pastores - ofício da memória)
 

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

6b”Eu sou o Senhor, não há outro, 7eu formei a luz e criei as trevas, crio o bem-estar e as condições de mal-estar: sou o Senhor que faço todas essas coisas. 8Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação; brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei”. 18Isto diz o Senhor que criou os céus, o próprio Deus que fez a terra, a conformou e consolidou; não a criou para ficar vazia, formou-a para ser habitada: “Sou eu o Senhor, e não há outro. 21bAcaso não sou eu o Senhor? E não há deus além de mim. Não há um Deus justo, e que salve, a não ser eu. 22Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus, e não há outro. 23Juro por mim mesmo: de minha boca sai o que é justo, a palavra que não volta atrás; todo joelho há de dobrar-se para mim, por mim há de jurar toda língua, 24dizendo: Somente no Senhor residem justiça e força”. Comparecerão perante ele, envergonhados, todos os que lhe resistem; 25no Senhor será justificada e glorificada toda a descendência de Israel.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo Responsorial(84)

— Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!
— Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!

— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.
— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.



Evangelho: Lucas 7, 19-23


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23É feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

Expectativa do Messias glorioso

Estando João na prisão, ouviu falar das obras de Jesus. João havia anunciado um juízo severo, com o machado já posto à raiz das árvores; as que não derem frutos serão cortadas e queimadas pelo messias. Contudo Jesus não estava julgando e castigando ninguém, porém chamado todos à conversão. Daí a pergunta dos enviados por João: "És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?". Esta interrogação não era só dos discípulos de João, mas, também, dos próprios discípulos de Jesus, e das comunidades que se formaram, depois, ainda sob a expectativa do messias glorioso. Jesus, então, relata sua missão, expressa em suas obras: são obras libertadoras que promovem a vida e ilumina e liberta os pobres submissos à ideologia excludente e opressora dos poderosos. São os sinais da chegada do Reino, com o sinal maior: os pobres são evangelizados. Esta evangelização se exprime na solidariedade e promoção dos empobrecidos, derrubando as barreiras da exclusão levantadas pelos ambiciosos da riqueza.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, enviaste teu Filho ao mundo, na condição de Messias dos pobres. Que eu saiba reconhecê-lo no gesto simples de solidariedade com os pobres e sofredores.

O Evangelho do Dia ( Quarta-Feira )

Ano B - Dia: 14/12/2011


Viram e ouviram Jesus
Leitura Orante


Lc 7,19-23

João, então, chamou dois deles e os enviou ao Senhor, para perguntar: "És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?" Eles foram ter com Jesus e disseram: "João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro". Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos. Respondeu, pois: "Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito".

Leitura Orante

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Canção do Advento

Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!

1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Veja a melodia desta canção em: http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto na minha Bíblia: Lc 7,19-23.
A pergunta de João a Jesus é bastante esclarecedora para ele e para os discípulos. Trata-se de confirmar a identidade de Jesus. A resposta de Jesus é dada aos dois discípulos através das obras: curou doentes, expulsou demônios, deu vida, anunciou a Palavra. E diz que é o Messias. Não veio para dar um independência nacionalista a Israel, mas para curar enfermos, libertar as pessoas de seus males.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Para compreender a identidade de Jesus Cristo, tenho que ter o coração humilde.
Os Bispos em Aparecida nos ajudaram a compreender melhor a identidade de Jesus: ""Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai, o qual tanto amou ao mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: "que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado" (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida.´ (DAp 101).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Procurarei descobrir a identidade de Jesus nos gestos das pessoas que hoje encontrar e com quem me relacionar.

Bênção natalina

Jesus Menino coloque sobre tua cabeça
a sua mãozinha e derrame sobre ti
a sua luz, conforto e alegria.
Amém!
(bem-aventurado Alberione)

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Missa de Santa Luzia no Alto da Boa Vista as 19hs.


A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima comunica a todos os Caicoenses e visitantes, que as 19hs será Celebrada Missa na Igreja de “Santa Luzia” no Alto da Boa Vista,  como todos já sabemos, hoje é comemorado pela Igreja Católica o seu dia.

Natal - mensagens de Natal

 
grande roda da história sempre girou numa só direção: da periferia para o centro, do pequeno para o grande, o pouco a serviço do muito, que nada mais é que a lei do mais forte, o peixe graúdo que devora o miúdo.

Foi o que aconteceu na grande família humana... Quando o Filho de Deus, quando Jesus nasceu, lá, na periferia dos grandes impérios, na periferia das capitais, fora também da pequena cidade, Belém, na estrebaria, na manjedoura, a grande roda da história por breve instante parou.

Alguma coisa começou a rodar em sentido contrário ou, melhor, no verdadeiro sentido da vida, da história de uma verdadeira família, no sentido do Reino de Deus: do centro para a periferia, do grande para o pequeno, os reis Magos para o menino na manjedoura, o muito a serviço do pouco, para que o pequeno cresça e se estabeleça assim a igualdade, e na igualdade a comunhão mais autêntica, como em Deus, no modelo da Trindade: comunhão das pessoas iguais e distintas.

Então, o maior, o infinito, será encontrado no menor. Esse foi realmente o ano zero da história!É válido contar os anos a partir desse dia em que Deus se fez um Deus Menor e a opção preferencial pelos excluídos surgiu como luz das nações.


Giuliana Martirani

Do Livro: A civilização da Ternura - Paulinas

Orar e abençoar errado - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

O sacerdote cantou: Noite feliz, oh Senhor, Deus de amor pobrezinho nasceu em Belém! Mas a canção diz: "O Senhor" e não "oh Senhor". O mesmo sacerdote orou: na Salve Rainha: E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus bendito é o fruto do vosso ventre. Confundiu com a Ave Maria, na qual se ora: E bendito é o fruto de vosso ventre", mas na Salve Rainha, deveria ser dito "Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Seus cantores, na missa, oraram a Nossa Senhora Aparecida cantando: "Salve ó Mãe de Deus e nossa a Senhora Aparecida". Deveriam ter cantado "Ó Senhora Aparecida. O mesmo grupo cantou que Maria é "virgem maculada". Ao acentuar errado, esqueceu o "i". O que se ouviu foi "Salve a Virgem maculada, a Senhora Parecida". No CD, a canção dizia: Fez em Caná, tornou a fazer! O texto impresso rezava: "Fez encarnar"

O ideal seria que uma fonoaudióloga, professora de dicção orientasse a comunidade, sobretudo os que pregam e cantam para não pronunciarem errado as orações de tantos anos. Se ainda não se deram conta de que estão ensinando e orando errado é porque ninguém os alertou, ou porque não prestam atenção no que dizem! Ouça os cantos da missa e preste atenção nos verbos! Um deles dizia: "Maria, vós sois nosso modelo, porque que o Senhor te fez, a Mãe bendita que só você foi! "Vós, tu, você", tudo na mesma sentença!

Poderíamos corrigir os textos de nossas canções de missa. Se quiséssemos, poderíamos!

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As vitorias dos pentecostais - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Se estamos perdendo e eles vencendo? Nem um nem outro caso. Templos cheios e multidões não significam vitória, da mesma forma que praças apinhadas não significaram vitória do nazismo ou do comunismo. Durou o tempo que durou! Nossos templos cheios de ontem também não significavam vitória. Números e milagres não provam que Deus elegeu alguém. Não sou eu quem o diz; foi Jesus quem o disse! (Mt 7,15-23) ( Mt 24, 11-26)

Perguntado sobre o que eu achava das vitórias dos irmãos pentecostais, dei a minha opinião. A pergunta e a resposta vieram no plural: "vitórias". De fato, ressaltei, tratava-se de muitas vitórias, uma depois da outra. Mas vitória temporária é exatamente o que é: vitória temporária, onda, tendência.

No momento, que pode durar algumas décadas e até séculos o meu ângulo da fé em Jesus está perdendo espaço. Não oro em línguas, não expulso demônios, não sei se Deus opera curas por mim, embora haja quem diga que foi curado ao ouvir uma palestra, uma canção ou mensagem minha. Deus seja louvado, mas não trabalho dessa forma! Não garanto curas e milagres nas concentrações que presido, não puxo pelo "entregue-se a Jesus aqui-agora-já", não carrego na emoção, embora haja quem chore ao ouvir minhas canções, não me governo por arroubos de fé; não oro com voz chorosa, não fecho os olhos, não crispo o rosto. Interiorizo e só Deus sabe o que estou sentindo naquela ora.

Sou mais de me trancar no meu quarto, ou de guardar dentro de mim o que sinto. Jesus disse que é um bom caminho. ( ) Mas também elogiou os entusiasmados ( ). Então há lugar para as duas formas de crer na minha Igreja e no cristianismo! Sentir é algo da pessoa. Afirmo, pois, que o Espírito Santo age em pessoas altamente sensíveis e também nas outras mais racionais, como penso ser eu. Há lugar para os dois tipos de santidade na igreja da qual faço parte.

Mas não há de negar que este é um momento forte para os que se proclamam pentecostais embora a primeira onda já tenha arrefecido e algumas igrejas. Embora os evangélicos insistam que há uma profunda diferença, os jornalistas andam ressaltando como evangélico tudo o que não é católico, como se os chamados evangélicos se guiassem pelos evangelhos e nós não! Erro crasso que, espero, não seja fruto de segundas intenções! Há, porém, que se distinguir o avanço dos pentecostais de avanço evangélico, porque igrejas evangélicas também estão sofrendo desfalques por conta do avanço pentecostal.

No que alguns deles convencionaram chamar de "novo pentecostes", ou de "cultura de pentecostes" eles, crentes em Jesus tanto como eu, mas com ênfase e enfoques diferentes, estão colecionando vitórias. Seus templos andam superlotados. Nem por isso acho que faço parte de uma igreja em extinção ou fadada a desaparecer. Digamos que, por algum tempo, esta tem sido e será a vez deles. Depois a maré da história muda, como mudou diversas vezes na História das Religiões.

De onde tiro minhas conclusões? O leitor leia ou releia Montano, Priscila, Maximila, cátaros, catafrígios, circumceliones, Ário, Donato, Joaquim di Fiori e centenas de pregadores que andaram ensinando o que hoje ensinam os pentecostais. Dá para ir ao Rio de Janeiro por várias estradas e vários meios. Isto é rumo. O que não dá é sair de Santos e navegar para a África; isto é desvio. O leitor estude, ouça, compare e escolha bem o pregador diante do qual pretende sentar-se. Depois, leia Mateus 24,23-26 e não diga que não foi avisado!

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SANTO DO DIA - SANTA LUZIA

13/12
Santa Luzia
Santa Luzia, como se lê nas Atas, pertencia a uma família rica de Siracusa. A mãe dela, Eutíquie, ficou viúva e havia prometido dar a filha como esposa a um jovem concidadão. Luzia, que tinha feito voto de conservar-se virgem por amor a Cristo, obteve que as núpcias fossem adiadas, também porque a mãe foi atingida por uma grave doença. Devota de santa Águeda, a mártir de Catânia, que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma em visita à tumba da Santa. Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente curada e por isso concordou com a filha dando-lhe licença para seguir a vida que havia escolhido; consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade os bens do seu rico dote. O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser cristã ao procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se contaminasse, Luzia deu ao procônsul uma sábia resposta: "O corpo se contamina se a alma consente."
O procônsul quis passar das ameaças aos fatos, mas o corpo de Luzia ficou tão pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo. Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo com a goela cortada, a jovem continuou a exortar os fiéis a antepor os deveres para com Deus àqueles para com as criaturas, até que os companheiros de fé, que faziam um círculo em volta dela, selaram o seu comovente testemunho com a palavra Amém.

Testemunham-lhe a antiga devoção, que se difundiu muito rapidamente não só no Ocidente, mas também no Oriente. O episódio da cegueira, ao qual ordinariamente chamam a atenção as imagens de Santa Luzia, está provavelmente vinculado ao nome: Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui a Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora.

Santa Luzia, rogai por nós e pelos nossos. Amém.

LITURGIA DIÁRIA -13/12/2011

Dia: 13/12/2011
Primeira Leitura: Sofonias 3, 1-2.9-13


SANTA LUZIA
VIRGEM E MÁRTIR
(vermelho, pref.do Advento I ou dos santos - ofício da memória)


Leitura da Profecia de Sofonias.

Assim fala o Senhor: 1“Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. 2Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus. 9Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. 10Desde além-rios da Etiópia, os que me adoram, os dispersos do meu povo, me trarão suas oferendas. 11Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte motivo de tuas vanglórias. 12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres”. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo Responsorial(33)

— Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
— Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
— Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta.
— Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera.


Evangelho: Mateus 21, 28-32


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O Filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Comentário do Evangelho

A parábola dos dois filhos

Logo depois de sua chegada a Jerusalém, quando expulsou os comerciantes do Templo, Jesus é questionado pelos chefes religiosos deste Templo. Depois de confundi-los sobre a questão da autenticidade do batismo de João, Jesus dirige-lhes esta parábola simples. O primeiro filho se indispôs a cumprir a vontade do Pai, mas depois mudou e a fez. O segundo filho se dispôs a cumpri-la, mas não a fez. Interrogados por Jesus, os chefes religiosos concordam que foi o primeiro filho que fez a vontade do pai. Jesus os faz ver que não foi isto que eles próprios fizeram. João veio anunciando a vontade do Pai na conversão e na prática da justiça, mas estes chefes e autoridades não acreditaram nele. Satisfaziam-se com a justificativa de serem observantes da Lei e de se proclamarem filhos de Abraão, mas na prática não cumpriam a vontade de Deus. A conversão à justiça, já proposta por João, nos prepara para o advento de Jesus, que nos introduz no reino de partilha, no amor fraterno e eterno.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade

O Evangelho do Dia ( Terça-Feira )

Ano B - Dia: 13/12/2011


Coerência
Leitura Orante

Mt 21,28-32

"Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha!' O filho respondeu: 'Não quero'. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:' Sim, senhor, eu vou'. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?" Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: "O primeiro." Então Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele.

Leitura Orante

Com todos que se encontram neste ambiente virtual, iniciamos nossa Leitura Orante do Advento, com a
Canção do Advento
Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!

1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Veja a melodia desta canção em: http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/  

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 21,28-32.
Esta parábola contada por Jesus pode ser entendida como a coerência entre o dizer e o agir. O primeiro filho disse que faria a vontade do pai e não fez. O segundo disse que não a faria e se arrependeu e a fez. O contraste entre as duas atitudes é evidente. Jesus falava a pessoas que se diziam fiéis à Lei e, no entanto, não o acolhiam. Enquanto que outros, pecadores, gente do povo, pobres o acolhiam reconhecendo nele o Filho de Deus, o Messias enviado pelo Pai.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Sou mais semelhante a qual dos dois filhos da parábola?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos "a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus" (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n'Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação."(DAp 103).
E eu me interrogo: É assim que acolho Jesus?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo e no cumprimento da vontade do Pai.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

Obs.: Se você quiser receber o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de
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Retiro de Advento e Natal. Veja em
- Ou a Novena de Natal que pode ser encontrada em
Ir. Patrícia Silva, fsp

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Natal, festa da Vida! - mensagens de Natal


Deus tomou a iniciativa:
colocou-se a caminho do universo, para oferecer a vida nova.

O anjo se pôs a caminho de Maria, para anunciar a vida.
Maria se pôs a caminho de Isabel, para servir a vida.
Maria e José se puseram a caminho de Belém, para nascer a vida.
Os animais se puseram a caminho da gruta, para aquecer a vida.
Os anjos se puseram a caminho dos pastores, para anunciar a vida.

Os pastores se puseram a caminho do presépio, para adorar a vida.
A estrela se pôs a caminho dos Magos, para indicar o lugar da vida.
Os Magos se puseram a caminho de Belém, para encontrar, adorar, e presentear a vida.

Que o Natal dinamize o nosso interior e nos estimule a descobrir e promover a vida, onde quer que ela se manifeste.

A fonte, que canta a sua prece, se encanta e se enternece com a pedra da gruta onde nasceu.
O natal das águas precisa ser descoberto em cada fonte e protegido como bênção. A planta que cresce, se levanta e agradece a bondade da terra onde cresceu.

0 natal das plantas e das flores precisa ser descoberto em cada semente, em cada botão, e protegido como graça.
A ave que canta a sua prece, se encanta e se enternece com a pluma do ninho onde nasceu.

O natal dos pássaros, dos animais e peixes, precisa ser descoberto em cada nascedouro e protegido como dádiva.
A estrela que brilha, agradece a maravilha do céu, onde um dia apareceu. O natal dos astros deve ser descoberto como lâmpada e protegido como luz.
E todos nós ergamos o melhor louvor e agradeçamos o infinito amor de quem neste chão nos semeou.

O natal das pessoas precisa ser preparado como bênção, desejado como graça, recebido como dádiva e promovido como luz e imagem de um Deus que tem o nosso rosto.
O natal de Jesus será resgatado em seu conteúdo humano e divino ao revivermos o momento em que Deus se fez criança para caber na manjedoura do nosso coração e nas páginas da nossa história.

Estrela nova, luz de um tempo novo, brilha outra vez no céu da nossa história anuncia claridade dos caminhos novos. Anjos do céu, voltai para cantar conosco o renascer da vida, o amanhecer da
esperança e o nascimento da paz.

Pastores e reis, ovelhas e rebanhos de todos os confins da terra, vinde às nossas Beléns, para encontrar a vida que brota na periferia do mundo.
Marias e Josés do nosso tempo, amai vossas manjedouras, embalai vossos
berços carregados de vida.

Cantai acalantos aos pequenos Jesus reclinados em vossos braços.
Habitantes da terra, dançai de alegria, cantai vossas canções, porque somos Irmãos de Jesus, Filhos do mesmo Pai,
com sangue da mesma cor, herdeiros do mesmo céu, nascidos do mesmo amor.


José Acácio Santana

O colo imenso de Deus - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Os religiosos costumam tratar o Deus em quem acreditam, ou com reverência, ou com temor, ou com intimidade. Depende muito do conceito que fazem de poder, de amor e de justiça. Para nós vale a profecia de Oséias até nos pontos e virgulas. Nosso Deus é como pai que se inclina para conversar com seus filhos pequenos e, quando isso ajuda, faz por eles e os toma no colo.
Falar de Deus sem falar do seu colo é omitir o aspecto fundamental do amor de Deus. Ele nos ama profundamente e gosta dos filhos que criou, mesmo quando não correspondemos ao seu amor. Acostumamo-nos com muitos outros cristãos a chamar o Deus em quem acreditamos, de Pai, porque a figura preeminente, em todos os tempos e na maioria dos povos e culturas foi sempre a do pai. Embora toda a responsabilidade, carinho, ternura e processo de educação dos filhos ficassem com a mãe, na maioria dos povos, a autoridade cabia ao pai. Nada estranho, portanto, que a maioria das religiões considere Deus um ser masculino e o chame de Pai. A palavra Deus é para nós um nome masculino, mas o ser Deus para nós não é masculino.
A evolução dos costumes e do pensamento universal está levando muitos grupos e religiões a dizer que Deus também é mãe. A partir do conceito de um Deus que não seja nem homem nem mulher e está acima de toda e qualquer figura, feição e contingência humana, toma vulto hoje idéia de Deus Pai-Mãe.

O radicalismo pode levar a atitudes não muito compreendidas, mas é interessante lembrar que não deixa de ser um progresso. Entendemos que Deus não é um ser masculino, como também não é um ser feminino. Ele está acima da masculinidade e da feminilidade. Por isso, há povos que, para designar Deus, usam uma palavra feminina, enquanto outros se fixam na palavra masculina ou neutra. Da mesma forma, existem povos para quem a palavra Terra é masculina, enquanto para outros ela é masculina. Os romanos usavam tellus e terra, os gregos diziam gaia.
Se nos acostumarmos com esta idéia de que Deus não é um ser masculino e sim, simplesmente Deus, compreenderemos a mística da paternidade e da maternidade, ambas vindas daquele que é pai e mãe, e cuida e ama, como todo pai e toda mãe deveria fazê-lo. Acostumemo-nos a imaginar Deus não como um ser humano, mas como o ser primeiro, para quem nenhuma forma ou descrição é suficiente. Pai imenso, pai-mãe imenso, Deus é amor. Chamando-o de pai ou mãe, o importante é nunca imaginá-lo com rosto de gente. Ele é pessoa, mas não é pessoa humana. Seu colo, porém, que não é um colo humano, é infinito. Cabemos perfeitamente dentro dele: todos os indivíduos e povos que já passaram ou passarão por este mundo.

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Amar é diferente - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Com sua exposição de corpos, de nudez frontal, de sexo explícito e de solicitações ousadas e atrevidas de sexo em novelas, em programas de televisão e no cinema, em provocações visuais a cada esquina, o mundo atual jogou sobre as cabeças de homens e mulheres e adolescentes uma noção de corpo e de sexo que não envolve alteridade nem diálogo. E sexo deveria ser diálogo.

Nada disso é novo. Está descrito no livro do na descrição das lascívias de Sodoma e Gomorra. (Gn 18,2026; Dt 29,23) Entre os gregos já se agia desta forma. Só não havia os recursos midiáticos de agora. Para muitos, é coisa da hora, daquela noite, daquela semana, daqueles momentos. São atos que não se tornam relações. Ele quer prazer e por enquanto serve o corpo dela; ela quer prazer ou dinheiro e por enquanto serve o corpo dele, ou de mais pessoas. Da mesma forma que na Grécia e em Roma 400 a 300 aC, em muitos ambientes de agora, sexo não vincula. São encontros sem diálogo afetivo e relações sem vínculo.

Para muitos jovens e adultos uma coisa é o envolvimento físico, outra o amor. Transa ainda não é diálogo, relação sexual ou relações sexuais ainda não são relações estáveis nem relações de matrimônio. Não há entrega. O que há são prestações. Leva-se o produto antecipadamente, mas sem garantia de ficar com ele. Experimenta-se sem garantia de pagar. É o mundo da emoção, do prazer, da sensação e, também, o da satisfação momentânea; beija-se, abraça-se como se come um chocolate. Havendo coisa melhor comerão aquela nova coisa...

O amor é bem outra coisa. Quem ama mira acima e para além da genitália. No amor o sexo não ocupa o centro da relação. O verbo do amor é cuidar e assumir. No amor, transar fica para depois. Aquele que ama não se fixa apenas no prazer, nem somente na aparência, nem se fixa no momento. Contempla um possível depois, porque amor é sentimento que leva ao outro e que o eleva. É ternura que invade e pervade os dois de tal maneira que ela, a mulher, se torna um pouco ele e ele, o homem, se torna um pouco ela. Nenhum se imagina sem o outro e nenhum se vê dando-se dessa forma a outra pessoa.

Por isso e muito mais é que o sexo é repetitivo e o amor é criativo. Há muito mais criatividade num "eu te amo" do que naquelas revistas de banca de esquina. Mas quem vai ensinar isso a quem nunca parou para pensar nos valores que tem para dar aos outros? Será ouvido? Um dos maiores dramas de nosso tempo é o que atingiu Sodoma e Gomorra. Sexo sem alteridade! Ligue sua televisão e conclua!

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SANTO DO DIA

12/12
Nossa Senhora de Guadalupe
Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é também emocionante. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um Bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.

Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim foi o escolhido para ser o portador de Sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu à ele várias vezes.

A primeira vez quando o índio passava pela Colina de Tepyac, próximo à Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao Bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado o índio procurou o Bispo João de Zumárraga e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não iniciar a construção.

Passado uns dias Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez procurou o Bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas comoveram o Bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.

Deu-se então o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por um caminho distante da Colina onde anteriormente as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a extrema unção a um tio seu, que agonizava. De repente Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. O tranqüilizou quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado. Quanto ao Bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de que, o país atravessava um rigoroso inverno. Mas obedeceu e novamente surpreso encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao Bispo, como prova de sua presença.

E assim fez o fiel índio. Ao abrir na frente do Bispo o manto cheio de rosas, ele viu se formar impressa uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça. Espantado, o Bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.

A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.
O local se tornou um enorme Santuário abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa Colina e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele está guardado o manto de Santo João Diego, em perfeito estado apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama carinhosamente de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.

Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo Papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o Papa João Paulo II visitou esse Santuário e consagrou solenemente toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

LITURGIA DIÁRIA -12/12/2011

Dia: 12/12/2011
Primeira Leitura: Gálatas 4, 4-7


NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA
(branco, glória, prefácio de Maria -ofício da festa)
 

Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.

Irmãos, 4quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, 5a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá — ó Pai! 7Assim, já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo Responsorial(95)

— Manifestai a sua glória entre as nações.
— Manifestai a sua glória entre as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu Santo nome.
— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça”.



Evangelho: Lucas 1, 39-47


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

Maria e Isabel. Jesus e João

Ao descreverem o relacionando entre João Batista e Jesus, os evangelistas o fazem em uma perspectiva teológica, atestando a subordinação de João a Jesus. De fato, muitos discípulos de João Batista, após sua morte, ficaram à parte do movimento de Jesus, fixados na figura de João. O realce da submissão de João a Jesus visa atrair estes discípulos para o movimento de Jesus. No episódio da Visitação a supremacia de Jesus sobre João é evidenciada desde os ventres maternos. Duas mulheres: Maria, esposa de um operário de Nazaré, na Galiléia, e Isabel, esposa de um sacerdote no Templo de Jerusalém. Dois meninos: o que será o Salvador, originário da região gentílica periférica, e o seu Precursor, originário da região urbana privilegiada do judaísmo central. Ao ouvir a saudação de Maria, Isabel e o filho ficam cheios do Espírito Santo. Isabel, então, transborda em um hino de exaltação, proclamando Maria bem-aventurada por ter crido, e Maria entoa um hino de louvor ao Deus libertador dos pobres e oprimidos.

José Raimundo Oliva

Oração
Espírito de fé e esperança, enriquece meu coração com as mesmas virtudes de Maria, de modo que eu possa alcançar, como ela, a bem-aventurança