terça-feira, 11 de outubro de 2011

Canonização do Padre Damião de Molokai


O Padre Damião de Veuster, SS.CC., mais conhecido como Damião de Molokai, vai ser declarado Santo pelo Papa Bento XVI no dia 11 de Outubro, na praça de São Pedro, no Vaticano.
O Padre Damião, nascido na Bélgica em 1840, foi viver como missionário junto aos leprosos da ilha de Molokai (Hawai) aos 33 anos de idade. Após 16 anos a atender heroicamente os leprosos, morreu também leproso em 1889. Tinha 49 anos. Seguindo o exemplo de Jesus, "amou-os até ao fim", dando a vida por eles.
Damião nasceu no seio de uma família numerosa da região flamenga, a norte da Bélgica. Eram pequenos proprietários de fazenda agrícola e pecuária, e os pais, de fé católica profunda, pensaram em dedicar o pequeno dos filhos para continuar o trabalho da casa. Contava Damião 18 anos e já duas das irmãs tinham se tornado religiosas e o irmão mais velho, Pânfilo, era para já religioso dos Sagrados Corações, na altura uma pequena Congregação missionária de origem francesa. Damião sentiu a vocação, foi difícil comunicá-la aos pais. Entretanto, professou como irmão dos ss.cc. e, após luta apurada com o latim e o francês, conseguiu dos superiores encetar a Teologia. O seu sonho era ser missionário em terras longínquas, queria ser como São Francisco Xavier: a ocasião pintou quando o seu irmão ficou doente pouco antes do barco partir para o Pacífico Sul. Damião, em arrebatado entusiasmo, pediu para substituí-lo.
Não dá para narrar a viagem dos missionários por aqueles oceanos, do Atlântico Norte ao Sul, a passagem pelo Cabo de Hornos, a entrada no Pacífico. Cinco meses de navegação!
Damião formava parte da equipa missionária de padres e irmãs dos SS.CC. que tinham recebido da Congregação para Propagação da Fé a missão das Ilhas Sandwich, assim chamado então o arquipélago hawaiano. Aprender a língua kanaka, adaptar-se ao clima, aos costumes. Damião encarou isso tudo com a proverbial fogosidade do seu temperamento.
Estala uma epidemia de lepra no arquipélago: o governo das Ilhas, naquela altura uma monarquia autóctone, resolve internar os leprosos num cárcere natural, a cara norte da ilha de Molokai, entre o mar e a montanha.
A lepra, uma doença da pele, incurável na altura, provocava então muito mais terror do que hoje. Alguns suspeitavam ela ser própria de povos subdesenvolvidos, ligada com costumes licenciosos, relacionada com a sífilis e outras doenças venéreas. O estigma do leproso era total: para além da desintegração física, a exclusão social, a maldição divina.
É neste contexto que se compreende a angústia do padre provincial ao pedir voluntários para atender os leprosos. "Sem tocá-los, sem conviver com eles.", disse. Mas, "alguém poderia ir à Molokai durante um tempo?" Levantam-se alguns sacerdotes, entre eles Damião. É ele o escolhido para lá ir.
Consta que Damião, aos 33 anos, nunca imaginara o que ia acontecer com ele: simplesmente tomou uma decisão coerente com a sua profissão perpétua em baixo do manto mortuário. Ele era assim: entusiasta, lançado, convencido de que o Senhor precisava dele para ir à Molokai naquele momento.
O que aconteceu depois ultrapassou as expectativas: Damião chegou à ilha e encontrou uma espécie de semi-caos. Kalawao era uma aldeia mais para depósito de doentes não atendidos, destinados a morrer, sem família, nem hospital nem cuidados, do que um assentamento humano digno desse nome. Prostituição, droga, assassínios.., normal entre pessoas abandonadas a si próprias. Foi precisa muita paciência, muita dedicação, muita oração.., para conseguir formar um povo daquela massa de moribundos.
Sempre é citada a frase de Mahatma Ghandi "é preciso saber de onde tirou este homem a força para tal heroísmo", e todos nos perguntamos onde esteve o segredo de Damião para levar a cabo uma tal empresa. A resposta está no sacrário, certamente, na presença constante do Jesus Eucarístico , nas adorações e celebrações. Jesus foi o Amigo que Damião teve nas idas a cavalo a visitar as aldeias, nas curas dos leprosos, na forma de encarar aos inimigos - que não foram poucos, dentro e fora da ilha - , na presença de ânimo para não se deprimir nos momentos piores de solidão. Quando contraiu a doença - nunca obedeceu a quem lhe dissera que "não tocara os leprosos" - houve médicos a suspeitar dele ter tido relações com leprosas. Logo se demonstrou o contrário.
Damião amou em excesso. Entrou naquilo que Paulo disse na 1Cor: a loucura da Cruz. Li há pouco: "O Reino faz-se presente não pelas instituições de direito, mas pela acção dos homens justos. O Reino advém lá onde o poder do bem faz que recue o mal, sempre fascinante. Por isso, a metáfora da 'clareira na floresta' parece-me razoável. Assim percebido, o Reino é uma clareira no coração da história perversa ou ambígua.."p.270. E mais adiante (p.272) "Os justos não se contentam com seguir uma conduta razoável; excedem-se no desempenho, porque o mal que o mundo gera é também excessivo, daí a reclamar um excesso de bem". (Christian Duquoc, "Creo en la Iglesia", Precariedad institucional y Reino de Dios, Sal Terrae, Santander, 2001).
Damião é uma "clareira no coração da história", uma testemunha de que o Reino está aí a fazer o seu trabalho. As sementes de misericórdia, compaixão e solidariedade que se manifestam na sua vida têm dado fruto no Senhor. Ele morreu, segundo consta, feliz. Caindo aos pedaços, com seus membros desfigurados, porém feliz. Disse: "Como é doce morrer filho dos Sagrados Corações".
São Damião, rogai por nós.

Luís Manuel Alvarez Garcia, ss.cc

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - Amar para além do agora

Amar para além do agora
 Pe. Zezinho, scj


Os que se amam querem-se para além do corpo: são cúmplices de alma. Ele descobre nela o mistério e a importância de ser mulher, porque ela ou é, ou será mãe dos seus filhos. Ela descobre nele o mistério e a importância de ser homem, porque ele será ou é o pai dos seus filhos. O que os move não é apenas o prazer do sexo: é o prazer da pertença, da presença e da continuidade. Também há libido e desejo carnal, mas há um algo mais que transcende ao corpo, à libido e ao desejo.

Para eles as palavras eu te amo, eu te quero, tem outra dimensão. Ela pode contar com ele para o que der e vier, ele conta com ela, sempre, para o que der e vier. Nem um, nem outro acham palavras para descrever o que realmente sentem um pelo outro, mas um sabe o que o outro sente.

Toda essa gama se sentimentos duradouros que incluem confiança, esperança, perdão, admiração, desejo, eles condensam numa palavra: "amor". Assim se tratam. E quando são religiosos, atribuem a Deus a graça de um haver encontrado o outro. Num mundo de bilhões de pessoas, de repente os dois se acharam e de tal maneira se encaixaram que há séculos pareciam ter sido feitos um para o outro.

Era alguém como ele que ela buscava, alguém como ela que ele buscava. Um dia, em algum lugar, em determinada circunstância, os dois olhares se cruzaram. Não se imaginam separados nunca mais, nem mesmo na eternidade.

É por isso que amar é diferente. Isto que se vê nas capas de revistas de bancas, nos vídeos pornográficos, nos programas ousados de televisão, em novelas, nas praias e nas ruas é desejo oculto ou expresso de acasalamento momentâneo. Amar é outra coisa. Casais que se amam sabem a diferença. Os que descobrem que não se amavam e pessoas que jamais amaram, terão um pouco mais de dificuldade para entender esta relação. Por isso, é preciso ouvir os que amam. São donos de si mesmos, mas sabem que já não se pertencem. Amam-se porque um descobriu parte do mistério do outro! O que falta eles pretendem descobrir durante um longo casamento. O amor quando é amor, trabalha com o mistério do tempo...

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SANTO DO DIA

11/10
Santo Alexandre Sauli
A família Sauli fazia parte da nobre corte de Genova e muito ligada à Igreja. Nela havia inúmeras figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da Itália. No seio deles nasceu Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado sua mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na corte do rei Carlo V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação.

Aos dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Onde se entregou por completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo. Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlo Borromeo, agora Santo, como teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade foi eleito Superior Geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio São Carlo Borromeo, e orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos.

Em 1567, foi nomeado Bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto uma diocese decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto decente, com um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição. Trabalhou duro durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o professor e o exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando divergências e ódios entre as várias famílias dominantes. Transformou a diocese num modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por todos, ricos e pobres. Mas, Alexandre teve de deixar a Córsega, quando foi nomeado Bispo de Pávia, pelo Papa Gregório XIV, de quem fôra diretor espiritual e confessor. Nesta época Alexandre não tinha boas condições físicas, devido ao seu incansável trabalho e a vida dura de privações, penitências e mortificações a que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou a visita pastoral de sua nova diocese, sem sequer pensar em abandonar a cruz de sua missão.

No dia 11 de outubro de 1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d'Asti. Era um doce entardecer de outono, e estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou sua oferta de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões, preferiu estar entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos animais, onde adormeceu e não mais acordou.

Seu corpo foi transferido e sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o Papa Pio X o canonizou como Santo Alexandre Sauli, "apóstolo da Córsega". Venerado como Padroeiro da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua morte, se mantém muito viva e vigorosa.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 11/10/2011
Primeira Leitura: Romanos 1, 16-25

XXVII SEMANA COMUM*
(verde - ofício do dia)
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos Irmãos - 16Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. 17Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé (Hab 2,4). 18A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. 19Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. 20Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. 21Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato. 22Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos. 23Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis. 24Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. 25Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém! - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(18)

REFRÃO: Os céus proclamam a glória do Senhor!
1. Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. - R.
2. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz; aí armou Deus para o sol uma tenda. - R.

Evangelho: Lucas 11, 37-41



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 37Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. 38Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. 39Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! 40Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? 41Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. - Palavra da salvação.



Reflexão:



Reflexão - Lc 11, 37-41 O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.

Comentário do Evangelho

Para Jesus a pureza é atitude de amor e justiça

Aceitando o convite do fariseu para jantar, Jesus senta-se à sua mesa, onde havia também outros fariseus e doutores da lei. Percebe-se que a intenção do fariseu anfitrião é a de incriminar Jesus em alguma falta contra a Lei. Isto se evidencia pela censura do fariseu quando Jesus não faz as purificações rituais de mãos, pratos e copos antes da refeição. Jesus em sua advertência, de modo abrangente, vai além da crítica à prática individual dos fariseus, questionando a própria religião deles. Eles preocupando-se com a purificação externa procuram ocultar o que realmente está em seu interior. Para Jesus a pureza diante de Deus não se baseia em práticas rituais, mas sim em uma atitude interior que se concretiza na esmola, que significa a prática da justiça. Em nossa sociedade, controlada por aqueles que ambicionam a acumulação de riquezas, predominam as aparências, em vista de alcançar prestígio e favorecimentos. Esta mentalidade chega a atingir a própria religiosidade, quando a prática cultual passa a substituir a prática da justiça. A verdadeira religião consiste na pureza interior que se alcança ao abandonar a avareza e a cobiça, empenhando-se na instauração da justiça neste mundo.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.

O Evangelho do Dia ( Terça-Feira )

Ano A - Dia: 11/10/2011


Partilhando a mesma mesa
 Leitura Orante

Lc 11,37-41

Enquanto Jesus estava falando, um fariseu o convidou para jantar em sua casa. Jesus foi e pôs-se à mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que ele não tinha feito a lavação ritual antes da refeição. O Senhor disse-lhe: "Vós, fariseus, limpais por fora o copo e a travessa, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós.

Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 11,37-41, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O fariseu movido pelo seu legalismo condena com sua admiração o fato de Jesus não ter se lavado antes de sentar-se à mesa para a refeição. E Jesus, o ajuda a refletir. Não basta estar limpo por fora. É preciso estar limpo por dentro. E fala como se deve fazer que para estar limpo por dentro: "dêem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês". É preciso partilhar o que se tem com quem tem menos.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento?
Os bispos na Conferência de Aparecida afirmaram que há quatro eixos fundamentais na Igreja: a experiência religiosa, a vivência comunitária, a formação bíblico-doutrinal e o compromisso missionário de toda a comunidade. "O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela." (DAp 226).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha oração pessoal e depois, rezo com toda Igreja a
Oração Missionária 2011
Deus Pai,
Criador do céu e da terra,
Enviai, por meio do vosso Filho,
O Espírito que renova todas as coisas,
Para que, no respeito e cuidado com a natureza,
Possamos recriar novos céus e nova terra,
E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,
Seja conhecida até os confins do universo.
Amém.

4. Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar todo mal juízo e vou agir conforme o Projeto de Jesus Mestre.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
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Mês das Missões - 2011.
Tema: "Missões na Ecologia"
Veja mais sobre o tema e sugestões de reflexão em DVDs,

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mensagens do dia ( Mãe, não quero nada )


Mãe, não quero nada,
Vim apenas te ver.

Não leves a mal que eu esqueça
os pedidos que me fizeram para eu te fazer.

Não é egoísmo, Senhora, e a prova é que não farei também nenhum pedido para mim, nem desejo serenar-me,
contemplando teu rosto sereno.

Em nome de todos os homens que vivem te suplicando, em nome de todos os irmãos que já se aproximam de ti
de mãos estendidas, deixa que eu esqueça um momento o vale de lágrimas a terra das tristezas,
nossa miséria de mendigos,
nossa pobreza de criaturas,
nossa tristeza de pecadores,
para saudar-te, Rainha dos Anjos Virgem-Mãe de Deus!

Bendito seja o Criador de tuas mãos sem mancha por onde passa toda a luz
que tomba sobre a escuridão dos homens!

Bendito seja o Criador de teu olhar boníssimo que tem o dom de acender a esperança das almas desalentadas, nos corações em desespero,à beira do abismo, do irremediável, do fim!

Bendito o Criador de tua sombra suavíssima pois já notei, Mãe querida,
que basta a tua lembrança, o teu perfume para encher a solidão da vida a solidão do homem.

Mãe, não quero nada.
Vim apenas te ver.


Dom Helder Câmara

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - O colo imenso de Deus

O colo imenso de Deus
 Pe. Zezinho, scj

Os religiosos costumam tratar o Deus em quem acreditam, ou com reverência, ou com temor, ou com intimidade. Depende muito do conceito que fazem de poder, de amor e de justiça. Para nós vale a profecia de Oséias até nos pontos e virgulas. Nosso Deus é como pai que se inclina para conversar com seus filhos pequenos e, quando isso ajuda, faz por eles e os toma no colo.
Falar de Deus sem falar do seu colo é omitir o aspecto fundamental do amor de Deus. Ele nos ama profundamente e gosta dos filhos que criou, mesmo quando não correspondemos ao seu amor. Acostumamo-nos com muitos outros cristãos a chamar o Deus em quem acreditamos, de Pai, porque a figura preeminente, em todos os tempos e na maioria dos povos e culturas foi sempre a do pai. Embora toda a responsabilidade, carinho, ternura e processo de educação dos filhos ficassem com a mãe, na maioria dos povos, a autoridade cabia ao pai. Nada estranho, portanto, que a maioria das religiões considere Deus um ser masculino e o chame de Pai. A palavra Deus é para nós um nome masculino, mas o ser Deus para nós não é masculino.
A evolução dos costumes e do pensamento universal está levando muitos grupos e religiões a dizer que Deus também é mãe. A partir do conceito de um Deus que não seja nem homem nem mulher e está acima de toda e qualquer figura, feição e contingência humana, toma vulto hoje idéia de Deus Pai-Mãe.

O radicalismo pode levar a atitudes não muito compreendidas, mas é interessante lembrar que não deixa de ser um progresso. Entendemos que Deus não é um ser masculino, como também não é um ser feminino. Ele está acima da masculinidade e da feminilidade. Por isso, há povos que, para designar Deus, usam uma palavra feminina, enquanto outros se fixam na palavra masculina ou neutra. Da mesma forma, existem povos para quem a palavra Terra é masculina, enquanto para outros ela é masculina. Os romanos usavam tellus e terra, os gregos diziam gaia.
Se nos acostumarmos com esta idéia de que Deus não é um ser masculino e sim, simplesmente Deus, compreenderemos a mística da paternidade e da maternidade, ambas vindas daquele que é pai e mãe, e cuida e ama, como todo pai e toda mãe deveria fazê-lo. Acostumemo-nos a imaginar Deus não como um ser humano, mas como o ser primeiro, para quem nenhuma forma ou descrição é suficiente. Pai imenso, pai-mãe imenso, Deus é amor. Chamando-o de pai ou mãe, o importante é nunca imaginá-lo com rosto de gente. Ele é pessoa, mas não é pessoa humana. Seu colo, porém, que não é um colo humano, é infinito. Cabemos perfeitamente dentro dele: todos os indivíduos e povos que já passaram ou passarão por este mundo.

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - Pequenos grandes amores

Pequenos grandes amores
 Pe. Zezinho, scj


O raios do sol costumam ser grandes, mas nossa capacidade de captá-los é pequena. Então vivemos do que conseguimos captar pelas frestas que deixamos. Dá-se o mesmo com relação ao amor. De um jeito ou de outro ele invade as frestas do nosso eu ...


Existe o grande amor de uma vida e há os pequenos grandes amores. O homem e a mulher encontram o grande amor e, se for de fato o grande amor, gerará pequenos grandes amores. E são os pequenos grandes amores que dão sentido á espera de quem ainda não encontrou o seu grande amor.

Eu dizia isso tempos atrás a uma jovem de 30 anos que sofria de solidão.

"Há, -dizia eu -um núcleo de pequenos grandes amores que fecham o cerco ao nosso redor e impedem que a solidão, as somatizações, a ansiedade e a depressão nos dominem. Você os vai amando e eles e elas vão amando você enquanto o seu grande amor não vem. Vale dizer: enquanto você não encontra a sua alma gêmea, amor de pai e mãe, de avós, de irmãos e sobrinhos e amigos e amigas vão preenchendo os espaços do seu coração de mulher que deseja um lar, um homem que divida a vida com você e filhos que dividam com vocês o mesmo lar. Quem não tem estes outros relacionamentos serenos sofre muito mais a solidão do grande amor que não veio. Pequenos grandes amores estão na sua casa dando todo o colo e o carinho de que você precisa até que o amor sonhado aconteça. Se não acontecer, são esses pequenos grandes amores que motivarão a sua vida de mulher."

Ela ouviu atentamente e começou a contar nos dedos. Chegou a 35 pessoas que poderia considerar pequenos grandes amores. Com o pai e a mãe, avós, sobrinhos e amigos e amigas e gente que se importa, mas não invade nem força, sua vida de jovem mulher era um caminhar sereno, ainda que sofrido. Os três rapazes que poderiam ter lhe dado um lar, desistiram no meio do caminho.

Raramente pensamos nesses pequenos grandes amores, mas sem eles nenhum grande amor daria certo. Preparam e continuam a nutrir um coração, mesmo depois do grande encontro da pessoa certa.

Gosto de pensar que a vida nos prepara muitos antídotos dos quais nem sempre nos damos conta. Mas quando algo nos envenena, os pequenos grandes amores são esses grandes antídotos. Ulcerações gástricas, úlceras, depressão, lágrimas furtivas, coração pesado, desânimos e vazios diminuem ou até acabam quando nos damos conta do quando somos amados. E daí, se o tão sonhado grande amor não veio? Continuamos amados; muito amados! Uma professora meses atrás dizia a uma filha de 29 anos que lamentava a solidão causada pelo rapaz que se casara com outra.

-" Doer ,dói e doerá. Mas não queira experimentar entre o melhor e o pior. É bem melhor não ter o grande e sonhado amor, do que tê-lo e não poder desfrutá-lo porque diminuiu. Há perdas que libertam. Tente de novo! Enquanto isso, terá uns vinte pequenos grandes amores torcendo de novo por você. Sem eles, você estaria perdida. Com eles, um dia acaba dando certo!

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SANTO DO DIA

10/10
S. Francisco Borja
Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro em Gáudia, Valença, Espanha. Teve o mérito redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota e obscura época Medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do Papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernado II, de Aragão e Castela. Os Borgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente à Deus.

Mesmo vivendo numa corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco se manteve sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância foi pagem da corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos.

Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a se unir nas orações diárias.

O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A História mostra que a administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao palácio.

Entretanto, com as sucessivas mortes do seu pai e sua esposa, os quais ele muito amava, decidiu se entregar totalmente ao serviço de Deus. Em 1548, abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez votos de pobreza, castidade e obediência e, entrou oficialmente para a Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também Santo Inácio de Loyola. Meses depois, o Papa quis consagra-lo cardeal, mas ele pediu para poder recusar. Porém, logo foi eleito Superior geral da companhia.

Neste cargo imprimiu as suas principais características de santidade: a humildade a mortificação e uma grande devoção à Eucaristia e à Virgem Maria. Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro sua terra natal, Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou também as primeiras missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma original dos jesuítas, impondo à todos a hora de meditação cotidiana.

Morreu em 30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, São Francisco Borja foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, através dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca presumida.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 10/10/2011
Primeira Leitura: Romanos 1, 1-7

XXVII SEMANA COMUM*
(verde - ofício do dia)

Início da carta de São Paulo aos Romanos - 1Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus; 2este Evangelho Deus prometera outrora pelos seus profetas na Sagrada Escritura, 3acerca de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne, 4que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos; 5e do qual temos recebido a graça e o apostolado, a fim de levar, em seu nome, todas as nações pagãs à obediência da fé, 6entre as quais também vós sois os eleitos de Jesus Cristo, 7a todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos: a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(97)

REFRÃO: O Senhor fez conhecer a salvação.
1. Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. - R.
2. O Senhor fez conhecer a sua salvação. Manifestou sua justiça à face dos povos. Lembrou-se de sua bondade e de sua fidelidade em favor da casa de Israel. Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus. - R.
3. Lembrou-se de sua bondade e de sua fidelidade em favor da casa de Israel. Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus. Aclamai o Senhor, povos todos da terra; regozijai-vos, alegrai-vos e cantai. - R.



Evangelho: Lucas 11, 29-32


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 29Afluía o povo e ele continuou: Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas. 30Pois, como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração. 31A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está quem é mais que Salomão. 32Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas. - Palavra da salvação.


Reflexão:


Reflexão - Lc 11, 29-32 Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.

Comentário do Evangelho

Mais que a sabedoria de Salomão

Lucas não identifica quem é que busca um sinal, contudo Mateus (Mt 12,38) e Marcos (Mc 8,11) identificam o grupo de escribas e fariseus. A este grupo Jesus qualifica de geração perversa, o que reaparecerá várias vezes nos evangelhos de Mateus e de Lucas. Há uma clara rejeição da operação de sinais ou milagres por parte de Jesus. Neste sentido, dois exemplos da tradição do Antigo Testamento são citados. A pregação de Jonas foi o sinal que foi percebido e acolhido pelos ninivitas, que se converteram. As multidões que seguem e acolhem Jesus, particularmente ao participarem da partilha dos pães, em vez de tocar os corações dos chefes do judaísmo, irritava-os. A sabedoria de Salomão, conforme os textos elaborados na tradição, foi um sinal percebido pela rainha do Sul (Sabá) que veio ouvi-lo. Jesus se apresenta como ultrapassando esta sabedoria de Salomão. O grande sinal de Jesus, que se perpetua ao longo do tempo, é a veracidade de sua palavra e a comunicação de seu amor.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, torna-me dócil e sensível para acolher as palavras de Jesus, sem exigir sinais espetaculares como pré-requisito para aderir a ele.

O Evangelho do Dia (Segunda-feira)

Ano A - Dia: 10/10/2011


Sinais para crer?
 Leitura Orante

Lc 11,29-32

Acorrendo as multidões em grande número, Jesus começou a dizer: "Esta geração é uma geração perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. De fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão; pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas".

Leitura Orante

Preparo-me, em comunhão com todos os internautas, para a Leitura Orante,
orando com Santo Agostinho:
Tarde vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova.
Tarde vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim, e eu lá fora procurando-vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo, e eu não estava convosco!

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto de hoje, na Bíblia: Lc 11,29-32.
Jesus denomina de "más" as pessoas que pedem um milagre como sinal da aprovação de Deus. Afirma que o Filho do Homem é o sinal para as pessoas de hoje. Não é um sinal espetacular que deve levar as pessoas à conversão, mas à adesão ao projeto da nova história, manifestado na palavra de Jesus.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Como é a minha fé? Fico à procura de milagres, sinais especiais em meu favor?
Ou acredito em Deus, independentemente dos sinais?
Os bispos, em Aparecida, apontam para um sinal muito importante na vida de todo cristão - o anúncio do amor de Deus:
"Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas." (DAp 29).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja a
Oração Missionária 2011
Deus Pai,
Criador do céu e da terra,
Enviai, por meio do vosso Filho,
O Espírito que renova todas as coisas,
Para que, no respeito e cuidado com a natureza,
Possamos recriar novos céus e nova terra,
E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,
Seja conhecida até os confins do universo.
Amém.

4. Contemplação (Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou hoje, descobrir a presença e os sinais de Deus em tudo que me acontecer.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. -
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
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Mês das Missões - 2011.
Tema: "Missões na Ecologia"
Veja mais sobre o tema e sugestões de reflexão em DVDs,

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domingo, 9 de outubro de 2011

Diocese de Caicó ganhou novo sacerdote neste ultimo sábado


Neste ultimo sábado, na Matriz de São José, em Caicó, a Diocese de Caicó ganhou um novo sacerdote. Foi ordenado Presbítero pela imposição das mãos do Bispo Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, o Diácono José Mário de Medeiros.. A primeira missa celebrada pelo Padre José Mário será neste domingo, às 19 horas, na Capela de São Francisco, no Distrito da Palma. No dia 10, a celebração será na Capela de São Francisco, no Bairro Paulo VI, em Caicó. No dia 16, José Mário celebra missa na Matriz de São José de Caicó e no dia 23, na Igreja de Nossa Senhora do Ó, em Serra Negra do Norte.
José Mário entrou no Seminário em 2001 e foi para Natal fazer o Curso de Filosofia. Retornou a Caicó, onde concretizou os estudos que são necessários para ser sacerdote. Ele fez 4 anos de filosofia pela UERN E 4 anos e meio de Teologia pela Faculdade Cardeal Sales, no CDS. Foram 8 anos e meio de estudos, culminando com 6 meses de estágio pastoral na cidade de Florânia, onde no dia 21 de janeiro foi ordenado Diácono e passou 6 meses de estágio na Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Serra Negra do Norte.
Fone: Paulo Júnior – Jornal Correio do Seridó.
Fonte: Bolg Cardoso Silva

Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje, comecemos



O dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? O medo
O erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? O egoísmo
A distração mais bela? O trabalho
A pior derrota? O desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais
O mistério maior? A morte
O pior defeito? O mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
O sentimento pior? O rancor
O presente mais belo? O perdão,
O mais imprescindível? O lar
A estrada mais rápida? O caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
O resguardo mais eficaz? O sorriso
O melhor remédio? O otimismo
A maior satisfação? O dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? O amor.


(MADRE TERESA DE CALCUTÁ)

Mensagens do dia ( Procura-se uma alma de criança )


Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos...
Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos...
Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas...

Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon"... tudo danado de bom!

Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la...

Chorava quando arranhavam seus brinquedos, aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindaste, tratores e furgões.

Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes em um futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.

Onde ela está? Para que lado ela foi?

Quem a vir, que venha nos falar...
Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria da nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda".

Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós...
deixe-a sair, brincar e sonhar...

Uma das poucas coisas que ainda podemos fazer sem ter de pagar impostos!

O tempo é muito lento para quem espera.
Muito longo para quem sofre.
Muito rápido para quem aproveita.
Mas para quem ama o tempo não existe.


Autor Desconhecido

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - PROPAGANDA ENGANOSA

PROPAGANDA ENGANOSA
 Pe. Zezinho, scj


Ironia das ironias! Num dos lugares de trabalho escravo da era Hitler lia-se: Arbeit mach frei: O trabalho liberta. Na colônia de fiéis "salvos" por Jim Jones, em Jonestown, nas Guianas, proclamava-se a liberdade em Cristo, mas ele envenenou mais de 800 seguidores, ao ver que muitos o queriam abandonar.

Em Cuba, cantavam-se odes à liberdade, mas muitos foram mortos por tentarem sair de lá. Muitas novas igrejas, que garantem libertar do pecado mantêm o fiel prisioneiro no novo país em casamento arranjado pelo líder daquela igreja. Foi enviado para longe da família e ameaçado de inferno se mudar de igreja. Haverá sempre alguém a justificar as prisões que construíram em nome da ideologia, da raça ou da fé. Hitler apostava no orgulho alemão, humilhado pela derrota na guerra l914-l918. Montou um enorme aparato de mentira e conseguiu, por muitos anos, enganar o povo alemão.

O mundo conheceu esse tipo de marketing em todas as épocas. Tudo indica que não mudará. Governantes ditatoriais investem pesado na propaganda e no marketing. Precisam da mentira para a sobrevivência do seu regime. Olhe, leia e veja!

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - Criado por Deus

Criado por Deus

 Pe. Zezinho, scj

Deus não fabrica lixo, logo, ao me criar, criou um ser importante, que não existia antes e não será nunca mais repetido. Não haverá nunca outra pessoa exatamente como eu, dure o mundo o tempo que durar. Deus não faz clones. Só o ser humano é capaz de tal aberração. Quem não sabe criar, copia, e copia mal!
Quando digo que Deus me criou, parece-me perfeitamente válido, necessário até, que eu coloque o meu ser de indivíduo criado por Deus, como o de um ser privilegiado. Ele podia, no concerto da criação, ter criado tudo o que lhe aprouvesse, menos eu. Se no meio de bilhões, bilhões e bilhões de criaturas Ele escolheu criar também a mim, é porque também tenho um significado no Seu projeto e na Sua obra. Aqui, ao usar a palavra "eu", nós não estamos sendo egoístas e, neste caso, nem excludentes, nem exclusivistas. Toda vez que, agradecido, eu louvo a Deus pela chance que me deu de ser alguém, com a minha atitude estou entrando no concerto da criação e dizendo a Deus: "Muito obrigado, Tu que és aquele que é e deste-me a graça de ser quem sou. Mas assim como Tu és quem és para tudo e para todos, eu também quero ser alguém para os outros. O meu ser só existe em função do Teu ser e da Tua criação. O meu ser perde a importância se não for em função dos outros".
Todos esses sentimentos são lindos e maravilhosos de se ter e devemos mantê-los, porque, sem isso, jamais manteremos o nosso lugar aqui, agora, já, no concerto da criação. Oremos para entendermos isso.

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Na mão e nos ouvidos - Pe. Pe. Zezinho, scj

 Pe. Pe. Zezinho, scj


Não faz muito tempo, os fiéis católicos iam "celebrar a eucaristia" ato que a maioria ainda classifica como "ir à missa" e lá, encontravam-se, ouviam e alimentavam-se. Eram acolhidos para "estarem juntos em memória de Jesus", o sacerdote lhes punha a palavra nos ouvidos e o corpo de Cristo na boca.

Veio a renovação e a maioria dos fiéis passou a receber a palavra pelos ouvidos e o corpo de Cristo pelas mãos, embora alguns ainda insistam em recebê-lo na boca. Mas a eucaristia é, hoje, mais ouvidos e mãos do que boca e joelhos. O fiel fala, ora, responde, participa em palavras e gestos, o presidente da assembléia provoca os fiéis a responder, a se penitenciarem, a acolher, a dar a paz, a sair do seu lugar a ir buscar o corpo de Cristo. O verbos eucaristia são penitenciar-se, ouvir, proclamar, acolher, sair do lugar, ir ao encontro, ir com a palavra, ir com as ofertas e ir de volta para casa e para outros encontros, alimentados pela Palavra e pelo pão do Céu.

Nas nossas mãos e nos nossos ouvidos é colocado um conteúdo que enleva e nos torna mais pessoas, mas que também nos provoca. Ao colocar a palavra da fé nos nossos ouvidos e o corpo de quem cremos ser Deus ontem encarnado e agora transubstanciado em nossas mãos, o presidente da assembléia e seus ministros implícita ou explicitamente nos desafiam em norma de Igreja a dizer coisas profundas e a fazer coisas profundas que façam a diferença ao nosso redor.

Não é sem sentido que se fala de "ir à missa" ou "celebrar o maior dos dons". Missa vem de mittere, missio que em latim significam o ato de enviar e o envio. Daí as palavras missão e missionário. Vamos à missa para receber o envio. Católico que não se sente missionário ainda não entendeu a sua igreja nem o ato principal da sua igreja. Sem o verbo ir ela não existiria.

Jesus que disse "vinde e vede", e depois, de várias maneiras disse "ide", essencializava o Reino de Deus ao definir o ato de amar com ir ao outro levar a paz, a mensagem e a certeza de que alguém o ama. Ficar sentado a um sofá comendo pipoca e vendo o mundo passar à sua frente, tecer alguns comentários sobre a ultima onda tsunami, sobre enchentes, deslizamentos, seca e fome e ficar ali opinando esgtá longe de ser catolicismo.

Se há uma gôndola no supermercado para recolher roupas e alimento, se há uma conta da sua igreja para aquela região, se pedem sangue e você esbanja saúde, mas prefere assistir tudo de camarote e de sofá sem dar sequer um passo na direção de quem sofre, falta-lhe o senso de eucaristia e de catolicidade. Católico não esquenta banco.

À medida que diminuem nossas procissões e que mesmo com saúde, ficamos mais tempo vendo a missa pela televisão, à medida que não nos mexemos perdemos uma das medidas mais claras de nossa catolicidade. Os verbos são abraçar acolher, abranger, i lá, participar. Tudo isso está expresso no rito da eucaristia que simbolicamente tem cinco procissões: de Entrada e Acolhida: mãos que acenam; pés que marcham e mãos que elevam ou aplaudem o Livro com a Palavra, pés que marcham e mãos que levam a Oferta, da Comunhão; pés que vão e mãos que recebem o Senhor e, finalmente, da Despedida: pés que vão levar a boa notícia da partilha. Todas elas supõem pernas, mas também mãos e ouvidos.

Dizia uma senhora idosa, alegre e simples:-"Explicada desse jeito, dá vontade de ir à missa três vezes por dia! Meu médico nem precisaria pedir que eu me mexesse."... Outros sacerdotes a explicam ainda melhor do que eu, mas gosto de fazê-lo. Sei de um sem número de irmãos e irmãs que nunca mais trocaram a missa de domingo pelo supermercado ou pelo restaurante. Alimentaram-se no templo e, depois, lá fora. Sem fé, não dá. Pelo menos para eles não dá!

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SANTO DO DIA

09/10
São João Leonardo
São João Leonardo nasceu em Diecimo, perto de Lucca, Itália, no ano de 1541, foi o sétimo filho de Tiago e Joana Lippi. Ainda muito jovem, João Leonardo do mandado a Lucca para aprender a arte de farmacêutico. Aos vinte e seis anos deixou a farmácia, e sob a guia de Bernardini, empreendeu os estudos eclesiásticos e na Epifania de 1571 pôde celebrar a primeira missa. Na Igreja de São João de Magione, que lhe foi confiada pelo bispo, realizou a sua grande aspiração, fundando uma escola para o ensino da doutrina cristã.

Viveu dez anos num providencial exílio romano. Aí teve a oportunidade de estreitar amizade com São Filipe Néri, com o douto cardeal Barônio e com São José Calasans, e de fazer-se apreciar pelo Papa, que lhe confiou várias missões delicadas. Esteve em Nola, em Nápoles, em Montevergine, onde era necessária a mediação de homem sábio e caridoso para levar aos antigos mosteiros a disciplina e o primitivo espiríto religioso.

Em 1574 fundou a Ordem dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus. Reuniu em torno de sia um grupo de sacerdotes dedicados à propagação da fé nos meios não-crentes. Por este motivo é tido como o inspirador da Propaganda Fidei, ou Obra da Propaganda da Fé, atuante até nossos dias no âmbito da Santa Sé. Em 1614 a Ordem recebeu a denominação definitiva de Clérigos Regulares da Mãe de Deus, com sede junto à Igreja de Santa Maria da Rosa. O grande apóstolo do século da Reforma pagou com muitas tribulações a coragem de pregar e de sustentar, de todos os modos, a necessidade de volta à genuína prática do Evangelho, numa epóca de decadência geral dos costumes. Ao lado de São Filipe Néri, São José de Calesanz, São Camilo de Léllis, São João Leonardo é uma das figuras marcantes da nossa Igreja do século XVI.

São João Leonardo morreu no dia 08 de Outubro de 1609, em Roma. Foi beatificado no ano de 1861, tendo a solene canonização em 17 de Abril de 1938.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 09/10/2011
Primeira Leitura: Isaías 25, 6-10

XXVII DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - IV do saltério)

Leitura do livro profeta Isaías - 6O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas e medulosas, com vinhos velhos purificados. 7Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, 8e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse. 9Naquele dia dirão: Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro, 10porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(22)

REFRÃO: Na casa do Senhor habitarei eternamente.
1. Salmo de Davi. O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. - R.
2. restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. - R.
3. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias. - R.


Segunda Leitura: Filipenses 4, 12-14.19-20


Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses - Irmãos, 12Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade. 13Tudo posso naquele que me conforta. 14Contudo, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação. 19Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo. 20A Deus, nosso Pai, seja a glória, por toda a eternidade! Amém. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Mateus 22, 1-14


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas: 2O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho. 3Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir. 4Enviou outros ainda, dizendo-lhes: Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas! 5Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio. 6Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram. 7O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade. 8Disse depois a seus servos: O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos. 9Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes. 10Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial. 12Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. 13Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes. 14Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

O convite estendeu-se a todos

Jesus encontra-se em Jerusalém, para onde se dirigiu, após exercer seu ministério na Galiléia. Seu objetivo é levar o seu anúncio do Reino dos Céus aos peregrinos que para aí acorriam para participar da tradicional festa judaica da Páscoa, libertando-os do pesado fardo da opressão religiosa que carregavam. Na hierarquia religiosa havia a primazia do Sumo Sacerdote e demais sacerdotes do Templo de Jerusalém e, distribuídos nas áreas de dispersão dos fieis judeus, fora de Jerusalém, os escribas e fariseus que dirigiam as sinagogas locais. Durante o ministério de Jesus na Galiléia, aqueles que se posicionavam como seus adversários eram os chefes locais, fariseus e escribas, e, agora, em Jerusalém os adversários são os sacerdotes e os anciãos, que compunham o Sinédrio, órgão máximo de direção do judaísmo, sediado no Templo de Jerusalém. Jesus já havia dirigido a estes sacerdotes e anciãos a parábola da vinha arrendada a uns agricultores, os quais acabaram matando o filho do proprietário. Os chefes religiosos do Templo, sentindo-se denunciados nesta parábola, decidiram prender Jesus. Em seguida Jesus dirige-lhes esta nova parábola. A imagem do rei simbolizando Deus já apareceu na parábola do rei que perdoou o devedor (cf. 11ago), e a imagem do filho como representando Jesus aparece na parábola dos vinhateiros que se rebelaram contra o proprietário (cf. 2 out). Agora temos a parábola do rei que prepara a festa de casamento de seu filho. No evangelho de Lucas a encontramos com uma narrativa mais simples, sem as violências que aparecem aqui em Mateus e mais próxima fiel a Jesus. A parábola, em Mateus, como cena de referência, fica um pouco estranha pela sua violência: o assassínio dos servos e o extermínio da cidade pelas tropas do rei. O seu sentido é histórico e escatológico. Os servos assassinados podem se referir aos profetas, e ao próprio Jesus, rejeitados pelos líderes religiosos da Judéia. A cidade incendiada pelas tropas do rei parece se referir a Jerusalém incendiada pelos romanos no ano setenta. A imagem do farto banquete (cf. primeira leitura) é própria para exprimir a abundância com que Javé cumularia o povo eleito. Os primeiros convidados o rejeitaram, então o convite estendeu-se a todos. A resposta foi positiva e a sala ficou cheia de convidados. Com esta parábola Jesus anuncia aos chefes religiosos do Templo que o Reino rejeitado por eles encontra ampla acolhida entre os gentios. Em conclusão, Mateus introduz ainda uma breve parábola, também temperada com crueldade, no gênero escatológico: um convidado sem os trajes de festa é amarrado e lançado fora, nas trevas. É uma advertência àqueles que responderam ao chamado de Jesus, na comunidade, para que ajam coerentemente com a sua vocação. Os discípulos podem estar convictos que "tudo podem naquele que lhes dá força" (segunda leitura).

José Raimundo Oliva

OraçãoPai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti.