quarta-feira, 26 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 26/04/2017


Quarta-feira: 26/04/2017
Primeira Leitura: At 5,17-26


2ª SEMANA DA PASCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido — isto é, o partido dos saduceus — cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública.

19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com seus partidários e convocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23“Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”.

24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós pusestes na prisão estão no Templo ensinando o povo!” 26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 33)



— Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

— Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.



— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.

— O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Evangelho (Jo 3,16-21)



— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.



16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.

19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.




— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 25 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 25/04/2017


Terça-feira: 25/04/2017
Primeira Leitura: 1Pd 5,5b-14


SÃO NARCOS, EVANGELISTA
(Branco - oficio do dia)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro.

Caríssimos, 5brevesti-vos todos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. 6Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte.

7Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois ele é quem cuida de vós. 8Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. 9Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. 10Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua glória eterna, em Cristo, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros.

11A ele pertence o poder, pelos séculos dos séculos. Amém. 12Por meio de Silvano, que considero um irmão fiel junto de vós, envio-vos esta breve carta, para vos exortar e para atestar que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes. 13A igreja que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também, Marcos, o meu filho. 14Saudai-vos uns aos outros com o abraço do amor fraterno. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 88)

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.
— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

— Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas, e o vosso amor fiel, a assembleia dos eleitos, pois, quem pode, lá nas nuvens ao Senhor se comparar e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante?

— Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! Exultará de alegria em vosso nome dia a dia, e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.


Evangelho (Mc 16,15-20)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.

19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Testemunho de ex-pastor protestante: “O Demônio é protestante”, ele “converte” as pessoas através da Bíblia.

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Testemunho de ex-pastor protestante: “O Demônio é protestante”, ele “converte” as pessoas através da Bíblia.

De Pastor protestante a Católico fervoroso, sofreu o abandono da família e seus amigos. “O Demônio é protestante", foi a primeira frase que pronunciei, depois de minha conversão, àqueles que me escutaram por mais de doze anos como seu pastor. Foi sensacional o escândalo! Alguns já tinham notado que minhas férias foram muito precipitadas e talvez até exageradamente prolongadas. Foi um dos afastamentos mais raros, inclusive para minha própria família que me percebeu reticente nas práticas habituais de casa, como, por exemplo, a leitura e explicação da Bíblia. Surgiram brigas demasiadas por causa de minha nova maneira de pensar.


“No princípio era o Verbo”
Lembro-me de experiências vividas, das minhas primeiras manifestações de raiva ao ler um artigo nesta revista quando era protestante, que agora, aprecio tanto, da qual me honro publicando este trabalho. Eu achava que o texto era muito radical em suas afirmações, muito profundo para o que eu estava acostumado a ler.

Acredito ter meditado no problema umas cinco ou seis semanas. Até que resolvi pedir auxílio à paróquia da Igreja Católica, que ficava perto de minha Igreja. Atendeu-me um sacerdote com um olhar penetrante e muito amável. Eu abordei vários assuntos de interesse comum e ele me pediu tempo para inteirar-se melhor da abordagem das doutrinas da Igreja.

Na verdade, fiquei um pouco desarmado, mas conseguimos conversar quase o tempo todo. Quase... porque, nas questões de doutrina começou ele a acuar-me. Comecei a responder-lhe como de costume citando, com exatidão, uma passagem bíblica atrás de outra tentando mostrar o erro.
- Pastor Boullón - me disse logo - não avançaremos muito discutindo com a Bíblia na mão. Sabe o senhor que o demônio foi o primeiro a antecipar-se a todos na prática do crime... e por isso, foi também o primeiro evangélico?
Não gostei dessa observação. Ele estava me insultando, chamando-me de demônio. Sem me deixar explicar o que pensava, adiantou-se:

- Sim... foi o primeiro evangélico. Recorde-se de que o demônio buscou tentar a Cristo com a Bíblia na mão!
- Mas Cristo lhe respondeu com a Bíblia, eu disse.
- Então, o senhor me dá razão, pastor... os dois argumentaram com a Bíblia, só que Jesus a utilizou bem... e lhe tapou a boca.
Pegou sua Bíblia, leu-me o que já sabia: Enquanto o Senhor conversava com o demônio, ele o levou a Jerusalém e colocando-o no alto do templo lhe repetiu o Salmo 90,11-12 "Porque está escrito que Deus mandou aos seus anjos que te guardem e o leve em suas mãos para que não tropece em alguma pedra". Mas o Senhor lhe respondeu com Deuteronômio 6,16: Mas também está escrito: "Não tentarás ao Senhor teu Deus" e o demônio se distanciou confundido.
Eu também me distanciei, como o demônio, confundido. Tive raiva por ter sido chamado de demônio. E pior: ser tratado como o demônio no deserto.

Chequei em casa raiva. Eu me senti humilhado e triste. Não era possível que a mesma Bíblia provasse duas coisas diferentes. Isso é uma blasfêmia. Forçosamente deve haver alguém com a razão e o outro a interpreta mal. Busquei ajuda na biblioteca, que eu vinha formando com o tempo. Consultei vários autores, porém de outras congregações. Não coincidíamos nas opiniões apesar de todos nós utilizarmos da Bíblia para apoiar o que dizíamos e demonstrar que os outros e equivocavam no que criam.

Fortaleci-me e na primeira oportunidade dirigi-me ao padre. Recebeu-me amavelmente, como na vez anterior, com seu olhar divertido e curioso, razão pela qual me permitia estar novamente ao seu lado.

Discursei por meia hora sobre a salvação pela fé e não pelas obras. Peguei a Bíblia, li Atos 16, 30-31: "Que devo fazer para salvar-me?" - perguntou o carcereiro. "Creias no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família" - respondeu Paulo.
Ele disse - vamos a Coríntios 13,2. Leia em voz alta: "Mesmo que a minha fé fosse tanto que chegasse a mover montanhas, se me faltasse a caridade, nada sou".
Disse-me rindo - Não sei bem quem acreditou na estratégia protestante de argumentar com a Bíblia, mas creio que puderam ser os demônios para se salvarem.

- Salvar-se?
- Sim... Salvar-se, meu amigo. Por acaso não é o apóstolo Tiago que nos diz que até mesmo os demônios creem em Deus? Não fique em silêncio, pastor... Sente-se aqui para acalmar-se um pouco. Se quer seguir como o demônio, tentando, tentando com a Bíblia, lembre-se que aí mesmo nos diz que essa fé não salvará aos demônios, porque como um corpo sem espírito está morto, a fé sem as obras está morta (Tiago 2,17) e mesmo assim, os católicos não dizem que é somente a fé ou só as obras. Quando o Senhor pergunta sobre o que devemos fazer para salvar-nos, ele diz: "Se queres salvar-te, guarda os mandamentos". Aí tem você a resposta completa.

Acompanhou-me até a porta e disse: "Deixo-o com duas recomendações". A primeira é que se cuide com seus irmãos da congregação. A segunda é: só volte quando me trouxer algum discurso bíblico, só um me basta - em que se prove que só se deve ensinar o que está escrito na Bíblia.
Enquanto preparava um discurso para responder ao sacerdote, percebi que estava parado no meio do assunto que, pela primeira vez, me levara à paróquia. "Se só a Bíblia", disse-me, "então o problema do artigo fica resolvido: deve-se provar pela Bíblia, ou não se prova".

Já imaginaram vocês o resultado. Efetivamente não encontrei nada; nesses anos de ministério jamais eu percebi a ausência na Bíblia de que se deve ensinar a doutrina contida na Bíblia e não o que não está na Bíblia. Encontrei sim numerosas passagens bíblicas que concedem a mesma autoridade aos ensinamentos escritos na Bíblia e às doutrinas transmitidas por discursos, oralmente. Muitos outros questionamentos foram surgindo a partir das conversas com o padre, de leituras de revistas e de muita literatura escrita com fins apologéticos.
Por uns dias afastei-me das visitas à paróquia e depois de uma semana de angústia, sentei-me com minha esposa para conversarmos. Necessitava desabafar. Suas palavras foram tão simples quanto sua conclusão: deveria me afastar imediatamente do sacerdote católico e recuperar a confiança de meus fieis. Isso era prioritário. Tínhamos uma obrigação de fé e tínhamos que manter a família. Não se falaria mais sobre o assunto. O caso estava resolvido para ela.

Mais difícil foi recuperar a confiança de meus fiéis. Exigiam-me como prova evidente que atacasse mais do que nunca a Igreja Católica para demonstrar publicamente que não lhe guardava nenhuma simpatia.

Isso me custou caro, pois tinha que pregar conforme as minhas antigas ideias. Com o tempo, minha família e meus fiéis deram-me as costas e foi a grande dor que tive que suportar por amor a Cristo e sua Igreja.
Não quis expor aqui todas as coisas que conversei com o padre durante semanas e semanas. Eu o visitava continuamente e ele me acolhia com amável paternidade. Seu estilo era único: refutava meus argumentos, acusações, dando-me duas oportunidades... ou ficar como um tonto ou verificar, por mim mesmo, essa estupidez.

Recordo-me, perfeitamente, de uma fria manhã quando recebi um aviso telefônico da paróquia. Pediram-me que visitasse um hospital dos arredores. Sem pensar nas normas da cautela que tomava para evitar que meus fiéis se irritassem ainda mais comigo, abandonei tudo e parti. Soube do doloroso câncer de que o padre padecia. Jamais percebi que estava doente e o pouco tempo que lhe restava. Minha cabeça dava voltas. Sentia dor pela partida de quem já considerava como amigo.
Tomei uma decisão: faria pública nossa amizade e o visitaria diariamente. Poucos dias depois transferiram a sua petição e sua residência. Desde esse dia acompanhei-o diariamente, deixando muitos compromissos de lado. A tensão começou a crescer até chegar às agressões verbais e ameaças de tirar-me o cargo e o salário. Minha família estava ameaçada pela pobreza.

Foram dias de muitas angústias. Sabia que caminhava pelos caminhos corretos. Inclusive pensava em demitir-me da igreja. Orei muito e fui pedir conselhos ao padre. Ele me recebeu com muita amabilidade e escutou com atenção aos meus problemas. Ele já os conhecia. Falou-me da fortaleza dos mártires que não levaram em conta nem a carne nem o sangue, nem as riquezas; somente amaram a verdade e testemunharam em público a sua adesão à fé. Mais vale entrar no céu sendo pobres que irem ao inferno por comodidades" - sentenciou.

Reuni meus fiéis e lhes fiz uma declaração de minha conversão. Mais tarde reuni a minha família e lhes expliquei cada ponto. Respondi a todas as objeções de fé e da situação. Minha esposa não discutiu muito: expulsou-me de casa. Fiquei em companhia do padre que me tranquilizou com relação ao acontecido. Desde então e depois de minha conversão, nunca mais fui admitido em casa como pai e esposo.

Roguei ao bom sacerdote que me preparasse para pedir perdão de meus erros e ser admitido na Igreja. Ele concordou.
Em uma manhã de abril de 2001, fui recebido no seio da Esposa de Cristo. Em junho do mesmo ano meu querido amigo entregou sua alma ao Senhor, fato que me fez chorar por muito tempo e também àqueles que o conheciam. Choravam os doentes, os presos que ele visitava, as crianças, os jovens e catequistas, os pobres e necessitados que ele consolava, os fieis que recorriam a ele em busca de conselho e do perdão de Deus.

Em seu tributo, escrevo estas linhas. Meu querido sacerdote e a Revista Cristandade foram meus grandes apoios e impulsores, tanto na minha conversão quanto no meu dom apostólico de trabalhar especialmente com os convertidos e com os que se preparam para a conversão.
Persevero no amor à Igreja e a essa doutrina, pois o Senhor disse que passariam o céu, a terra, mas que nenhuma só palavra seria mudada.

Agora, junto com vocês, posso acudir aos pés de Maria Santíssima e rogar que, por amor ao Divino sangue de seu Filho amado obtenha a conversão dos pagãos, dos hereges, dos cismáticos e que fazendo triunfar a Igreja sobre seus inimigos, restaure a paz no reino de Cristo.

Autor: Luis Miguel Boullón
Fonte: Livro "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos!" p.89-93
Fonte: http://www.icatolica.com/…/testemunho-de-ex-pastor-protesta…
Visto em http://www.pr.gonet.biz/kb_assuntos.php?subtop=Testemunhos

LITURGIA DIÁRIA - 24/04/2017


Segunda-feira: 24/04/2017
Primeira Leitura: At 4,23-31


2ª SEMANA DA PASCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

23Naqueles dias, logo que foram postos em liberdade, Pedro e João voltaram para junto dos irmãos e contaram tudo o que os sumos sacerdotes e os anciãos haviam dito. 24Ao ouvirem o relato, todos eles elevaram a voz a Deus, dizendo: “Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. 25Por meio do Espírito Santo, disseste através do teu servo Davi, nosso pai: ‘por que se enfureceram as nações, e os povos imaginaram coisas vãs? 26Os reis da terra se insurgem e os príncipes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu Messias’. 27Foi assim que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se com os pagãos e os povos de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste, 28a fim de executarem tudo o que a tua mão e a tua vontade haviam predeterminado que sucedesse.

29Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. 30Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do teu santo servo Jesus”. 31Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram corajosamente a palavra de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 2)

— Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.
— Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.

— Por que os povos agitados se revoltam? Por que tramam as nações projetos vãos? Por que os reis de toda a terra se reúnem e conspiram os governos todos juntos contra o Deus onipotente e o seu Ungido? “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, “e lançar longe de nós o seu domínio!”

— Ri-se deles o que mora lá nos céus; zomba deles o Senhor onipotente. Ele, então, em sua ira os ameaça, e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz: “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, e em Sião, meu monte Santo, o consagrei!”

— O decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus: “Tu és o meu Filho, e eu hoje te gerei! Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio. Com cetro férreo haverás de dominá-los, e quebrá-los como um vaso de argila!”


Evangelho (Jo 3,1-8)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”.

3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?”

5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 23 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 23/04/2017


Domingo: 23/04/2017
Primeira Leitura: At 2,42-47


2º DOMINGO DA PASCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Os que se haviam convertido 42eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.
43E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.
46Diariamente, todos frequentavam o Templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 117)

— Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!
— Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!

— A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Aarão agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ Os que temem o Senhor agora o digam:/ “Eterna é a sua misericórdia!”

— Empurram-me, tentando derrubar-me,/ mas veio o Senhor em meu socorro./ O Senhor é minha força e o meu canto,/ e tornou-se para mim o Salvador./ “Clamores de alegria e de vitória/ ressoem pelas tendas dos fiéis”.

— “A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular”./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós,/ alegremo-nos e nele exultemos!


Segunda Leitura (1Pd 1,3-9)

Leitura da Primeira Carta de São Pedro:

3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus.

5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações.

7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo.

8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Jo 20,19-31)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sábado, 22 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 22/04/2017


Sábado: 22/04/2017
Primeira Leitura: At 4,13-21


OITAVA DE PASCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas 13ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário.

15Mandaram que saíssem para fora do Sinédrio, e começaram a discutir entre si: 16“Que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. 18Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! 20Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”.

21Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 117,1-21)

— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o Salvador. “Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis.

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! O Senhor severamente me provou, mas não me abandonou às mãos da morte.

— Abri-me vós, abri-me as portas da justiça: quero entrar para dar graças ao Senhor! “Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes e vos tornastes para mim o Salvador!


Evangelho (Mc 16,9-15)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.

12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.

15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A “devastação da liturgia” em 10 declarações do Cardeal Ratzinger


O então futuro Bento XVI fez corajosas e firmes observações sobre a “criatividade litúrgica empobrecedora” que corrompeu as celebrações em muitas dioceses

1 – Sobre a devastação litúrgica:

“A reforma litúrgica, na sua realização concreta, distanciou-se a si mesma ainda mais da sua origem. O resultado tem sido não uma reanimação, mas uma devastação. Em vez da liturgia, fruto dum desenvolvimento contínuo, puseram uma liturgia fabricada. Esvaziaram um processo vital de crescimento para o substituir por uma fabricação. Não quiseram continuar o desenvolvimento, a maturação orgânica de algo vivo através dos séculos, e substituíram-na, à maneira da produção técnica, por uma fabricação, um produto banal do momento”.
(Revue Theologisches, Vol. 20, Fev. 1990, pgs. 103-104)

2 – Sobre a degeneração da liturgia em mero espetáculo

“Temos uma liturgia que degenerou a ponto de se tornar um espetáculo, que, com sucesso momentâneo para o grupo de fabricantes litúrgicos, se esforça para tornar a religião interessante na sequência das frivolidades da moda e das máximas sedutoras da moral. Consequentemente, a tendência é a cada vez maior diminuição do mercado daqueles que não procuram a liturgia para um espetáculo espiritual, mas para um encontro com o Deus vivo diante do Qual todo o ‘fazer’ se torna insignificante, visto que apenas este encontro é capaz de nos garantir acesso à verdadeira riqueza do ser”.
(Prefácio do então Cardeal Ratzinger à tradução francesa de “Reform of the Roman Liturgy”, de Mons. Klaus Gamber, 1992).

3 – Sobre a desintegração da liturgia

“Estou convencido de que a crise que a Igreja está hoje experimentando se deve, em grande parte, à desintegração da liturgia”.
(Autobiografia)

4 e 5 – Sobre o rito da missa em latim:

“Para promover uma verdadeira consciência em matérias litúrgicas, é também muito importante que a proibição contra a forma da liturgia em uso válido até 1970 (a antiga Missa em Latim) seja levantada. Qualquer pessoa que hoje em dia defenda a existência contínua desta liturgia ou que participe nela é tratada como um leproso; toda a tolerância acaba aqui. Nunca houve nada como isto na história; ao fazer isso, estamos desprezando e proibindo o passado inteiro da Igreja. Como confiar nela no presente se as coisas são assim?”
(Introdução ao Espírito da Liturgia, 2000)
“Sou da opinião, para ser sincero, de que o rito antigo deveria ser concedido muito mais generosamente a todos aqueles que o desejam. É impossível ver o que poderia haver de perigoso ou inaceitável nisso. Uma comunidade coloca em questão o próprio ser quando subitamente declara como estritamente proibido aquilo que era a sua mais santa e elevada posse e quando declara absolutamente indecentes os almejos por ela”.
(Sal da Terra, 1997)

6, 7 e 8 – Sobre a “criatividade litúrgica” empobrecedora

“Também vale a pena observar aqui que a ‘criatividade’ envolvida nas liturgias fabricadas tem um alcance muito restrito. É pobre em comparação com a riqueza da liturgia recebida nas centenas e milhares de anos de história. Infelizmente, os autores das liturgias caseiras são mais lentos para perceber isto do que os seus participantes”.
(The Feast of Faith, págs. 67-68)
“Na realidade o que se passou foi que uma clericalização sem precedentes entrou em cena. Agora, o sacerdote – aquele que ‘preside’, como hoje preferem chamá-lo – se torna o verdadeiro ponto de referência para toda a liturgia. Tudo depende dele. Temos que ver a ele, responder a ele, estar envolvidos naquilo que ele está fazendo. A sua criatividade sustenta tudo”.
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)
“Cada vez menos e menos Deus é o centro. Cada vez é mais e mais importante o que é feito pelos seres humanos que se encontram aqui e não gostam de se sujeitar a um padrão pré-determinado”.
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

9 – Sobre o sacerdote voltado ao povo durante a Missa

“O fato de o sacerdote ter-se virado para o povo tornou a comunidade um círculo fechado sobre si próprio. Na sua forma exterior, já não se abre ao que está à frente e acima, e sim se fecha em si mesmo. O voltar-se para o Oriente não era uma celebração virada para a parede; não significava que o sacerdote tinha as costas voltadas ao povo: é que o próprio sacerdote não era visto como tão importante. Porque, tal como a assembleia na sinagoga olhava junta para Jerusalém, também na liturgia cristã a assembleia olhava junta para o Senhor (…) Por outro lado, o voltar-se para o Oriente durante a Oração Eucarística continua a ser essencial. Isto não é uma questão de acidentes, mas de essência. Olhar para o sacerdote não tem importância nenhuma. O que importa é olhar juntos para o Senhor”.
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

10 – Sobre a substituição do Crucifixo pelo sacerdote

“Mover a cruz do centro do altar para o lado do altar, a fim de permitir uma visão do sacerdote sem obstáculos, é algo que vejo como um dos fenômenos mais absurdos das décadas recentes. A cruz é um obstáculo durante a Missa? O sacerdote é mais importante que Nosso Senhor?”
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)
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A partir de recopilação publicada no blog de Taylor Marshall

quinta-feira, 20 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 20/04/2017


Quinta-feira: 20/04/2017
Primeira Leitura: At 3,11-26


OITAVA DE PASCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 11como o paralítico não deixava mais Pedro e João, todo o povo, assombrado, foi correndo para junto deles, no chamado “Pórtico de Salomão”.

12Ao ver isso, Pedro dirigiu-se ao povo: “Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? 13O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo.

14Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 16Graças à fé no nome de Jesus, este Nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós.

17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados. 20Assim podereis alcançar o tempo do repouso que vem do Senhor. E ele enviará Jesus, o Cristo, que vos foi destinado.

21No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus, nos tempos passados, pela boca de seus santos profetas. 22Com efeito, Moisés afirmou: ‘O Senhor Deus fará surgir, entre vossos irmãos, um profeta como eu. Escutai tudo o que ele vos disser. 23Quem não der ouvidos a esse profeta, será eliminado do meio do povo’.

24E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, também eles anunciaram estes dias. 25Vós sois filhos dos profetas e da aliança, que Deus fez com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Através da tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. 26Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou em primeiro lugar a vós, para vos abençoar, na medida em que cada um se converta de suas maldades”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 8)

— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! Perguntamos: “Senhor, que é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”

— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:

— As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.


Evangelho (Lc 24,35-48)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”

37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.

40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.

45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Contemplação dos Mistérios Gozosos


Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado

Tendo visto como a oração do santo Rosário ou Terço é a oração que, para todos em geral, Deus mais nos tem recomendado pelo Magistério da Igreja e através da Mensagem que nos enviou por meio de Nossa Senhora, vamos agora ver os mistérios da nossa Redenção que esta oração nos leva a recordar e a contemplar em cada dezena.

Para a maior parte dos cristãos, que vivem envolvidos na atmosfera corrompida do mundo, quase se torna inútil falar-lhes de oração mental. Recomenda-se-lhes, por isso, a oração vocal, coletiva e particular: a oração litúrgica da Santa Missa e a reza do Terço.

No santo Rosário ou Terço, encontramos toda a riqueza das verdades de Deus, ou antes, a revelação de Deus aos homens. Desde o mistério da Santíssima Trindade, que Deus nos revelou na Anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria, até ao mistério do Verbo feito homem, à Sua vida, paixão, morte, ressurreição e ascensão aos Céus, onde permanece vivo seja à direita do Pai, seja entre nós na Sua Igreja, nos Sacramentos, no sacrário onde permanece nas hóstias consagradas, e nos irmãos que formam conosco o Seu Corpo Místico, do qual todos somos membros vivos e operantes.

Esta é a fé que haurimos na oração, e é a oração que sustenta e aumenta em nós a fé. Percorrendo os Mistérios do Rosário, recebemos a luz da verdade e força da graça para bem acolher e cooperar na obra redentora operada por Cristo.

Primeiro Mistério: A Anunciação a Maria

Na primeira dezena, recordamos a anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria: «O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem (...), e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o Anjo disse-lhe: "Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo". Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o Anjo: "Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus dar-Lhe-á o trono de Seu pai David, reinará eternamente na casa de Jacob e o Seu reinado não terá fim". Maria disse ao Anjo: "Como, será isso, se eu não conheço homem?" O Anjo respondeu-lhe: "O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isso mesmo é que o Santo que vai nascer há de chamar-Se Filho de Deus"»(Lc 1,26-35).

Nesta passagem sagrada, Deus revela-nos como se realizou a encarnação do Verbo Eterno; dá-nos a conhecer o mistério da Santíssima Trindade, ou seja, um só Deus em três Pessoas distintas: o Espírito Santo virá sobre ti, o Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra, e o Filho que há de nascer chamar-Se-á Filho de Deus.
Revela-nos a virgindade e a pureza imaculada de Maria: Deus não quis para Mãe do Seu Filho uma mulher qualquer, porque Este não podia assumir uma natureza manchada pelo pecado. Por isso, Deus fez Maria imaculada, desde o primeiro instante da sua vida, desde o momento da sua conceição; e Ela permaneceu sempre virgem, porque o Filho de Deus não podia confundir-Se com nenhum outro, segundo a natureza humana, o que viria a acontecer, se um outro nascesse da mesma Mãe.
O Anjo disse a Maria que Ela era cheia de graça: Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo! Se Maria não fosse imaculada e toda santa, o Anjo não poderia dizer-Lhe que era cheia de graça, porque teria n''Ela a mancha do pecado.
«O Senhor está contigo» - diz-Lhe o Anjo -, porque Maria é toda só de Deus e toda só para Deus. E pensar que Jesus compartilhou conosco a Sua Mãe! Deu-nos Maria por Mãe na ordem espiritual da graça. Grande dom que Deus nos concedeu!
E o Anjo continuou: «Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus». Sim, atraiu sobre Ela o olhar de Deus, porque era virgem, pura e imaculada, e, por isso, foi escolhida para ser o primeiro templo humano habitado pela Santíssima Trindade. Pelos méritos do Verbo humanado por Quem recebemos o perdão e a graça, também nós, se temos a felicidade de possuir o dom da fé e de viver sem pecado, somos templos vivos da adorável Trindade, que reside em nós segundo os textos sagrados: «Se Me amares - diz Jesus -, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode recebe; porque não O vê nem conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14,15-17). E S. Paulo adverte-nos para o mesmo: «Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. Ninguém se engane a si mesmo» (1Cor 3,16-18).
Jesus Cristo e o Apóstolo dizem-nos aqui que nós somos os templos vivos de Deus e que é preciso conservar puro o nosso templo, porque somos a morada de Deus e para que a vida de Deus resida em nós e nos comunique a imortalidade.

Ave-Maria!


Segundo Mistério: A visita de Nossa Senhora a Santa Isabel

Na segunda dezena do Rosário, recordamos a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel. Deixamos, no primeiro mistério, o Anjo em diálogo com Maria, tendo aquele acrescentado depois: «"Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus". Maria disse então: "Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra". E o Anjo retirou-se de junto dela.

«Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Erguendo a voz, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? (...) Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor"» (Lc 1,36-45).
Este encontro de Nossa Senhora com a sua prima Santa Isabel mostra-nos a grande fé e a humildade profunda de Maria. Vê-se isso, logo na resposta que dá ao Anjo, quando este Lhe anuncia que foi escolhida para Mãe de Deus. Não Se sente exaltada ou elevada a um nível superior. Acredita nas palavras do Anjo; reconhece a sua pequenez diante de Deus e oferece-Se para servi-Lo na qualidade de escrava:«Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra.»
E é olhando sempre para a misericórdia do Senhor que Maria responde a sua prima:«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador; porque olhou para a humilde condição da Sua serva» (Lc 1,46-48).
A Virgem Maria e Santa Isabel entoam aqui o mais belo cântico de louvor a Deus. É que os seus lábios são movidos pelo Espírito Santo. Oh, não fosse Maria o templo vivo da adorável Trindade!

Ave-Maria!


Terceiro Mistério: O nascimento de Jesus Cristo

Na terceira dezena do Rosário, recordamos o nascimento de Jesus Cristo, o Deus feito homem. É a obra-prima do amor! Deus que desce do Céu à terra, para salvar as Suas pobres criaturas.

«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu» (Jo 6,51) - dirá Ele mais tarde, na sinagoga de Cafarnaum. Sim, veio do Céu, fez-Se homem, abraçando a humilde condição da criatura! Ele que é Deus, eterno como o Pai, igual ao Pai em poder, sabedoria e amor! Nasce como homem, mas é eterno como Deus! Mistério que o Apóstolo S. João assim nos descreve: «No princípio, já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo fez-Se homem e habitou entre nós, e nós vimos a Sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único, cheio de graça e de verdade» (Jo 1,1.14).
Veio ao mundo feito homem e manifestou-Se como Luz. Luz que brilha nas trevas: presente entre nós, hoje como então, mas velou-nos a humanidade; está presente pela Sua palavra e pelas Suas obras, pela Eucaristia e pelos Sacramentos, pela Igreja e na pessoa de cada um dos nossos irmãos. Ele diz: «Eu sou a Luz do mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8, 12). Para os que seguem a Cristo, n''Ele encontrarão a luz e a vida.
Eis como se deu o nascimento de Jesus Cristo: «Por aqueles dias, saiu um edito da parte de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria, e iam todos recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galiléia, subiu até à Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria, sua mulher; que se encontrava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver para eles lugar na hospedaria.
«Na mesma região, encontravam-se uns pastores, que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. O Anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, e tiveram muito medo. Disse-lhes o Anjo: "Não temais, pois, vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador; que é o Messias, Senhor. Isto vos servirá de sinal para o identificardes: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura". De repente, juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado".
«Quando os Anjos se afastaram deles em direção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos então até Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer". Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o Menino, deitado na manjedoura. E, quando os viram, começaram a espalhar o que lhes tinham dito a respeito daquele Menino. Todos os que ouviram se admiraram do que lhes disseram os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado» (Lc 2, 1-20).
Como S. Lucas refere aqui, os pastores viram e ouviram o que lhes foi dito, acreditaram e louvaram a Deus. Do mesmo modo, também nós devemos avivar a nossa fé na revelação que Deus aqui nos faz, acreditar e dizer: «Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam». E como Nossa Senhora, guardar todas estas verdades no nosso coração, com fé, com esperança e com amor.

Ave-Maria!


Quarto Mistério: A apresentação de Jesus no templo

Na quarta dezena do Rosário, recordamos a apresentação de Jesus no templo. S. Lucas descreve-nos esta passagem da vida de Cristo, nos seguintes termos:

«Quando se completaram os oito dias, após os quais devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo antes de ter sido concebido no seio materno.

«Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-n''O a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: "Todo primogênito varão será consagrado ao Senhor"» (Lc 2, 21-23).

A circuncisão, prescrita por Deus na Lei Antiga, foi substituída pelo Batismo, do qual era figura, e que Jesus Cristo havia de instituir mais tarde como Sacramento, para apagar em nós a mancha do pecado original, fazer-nos membros do Seu Corpo Místico e participantes das graças da Sua obra redentora.
O exemplo de fidelidade na observância da Lei de Deus, que Nossa Senhora aqui nos dá, deve mover-nos a seguir o mesmo caminho de fidelidade a Deus e à Sua Igreja.
Ao cumprir este preceito de apresentar o seu primogênito no templo, para ser oferecido ao Senhor, Maria exerce ao mesmo tempo a missão, que Deus lhe confiou, de co-redentora do gênero humano. Maria conhece as Escrituras Sagradas e, por elas, sabe que o seu Filho está destinado a ser vítima de expiação pelos pecados dos homens e hóstia de louvor oferecida a Deus.
Medita no que a este respeito profetizou Isaías: «Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor? Cresceu na sua presença como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente, desprezado e evitado pelos homens, como homem das dores, experimentado nos sofrimentos, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desestimado. Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado. Mas foi castigado pelos nossos crimes, esmagado pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomos curados nas suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um seguia o seu caminho; o Senhor carregou sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Foi maltratado e resignou-se, não abriu a boca, como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha emudecida nas mãos do tosquiador. Sem defesa, sem justiça, o levaram: quem meditou no seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, e morto pelos pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores, embora não haja cometido iniqüidade, e nunca se tenha achado dolo na sua boca. Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo com sofrimento, oferecendo a sua vida em sacrifício expiatório» (Is 53, 1-10).
Maria sabe que toda esta profecia se há de cumprir na pessoa do seu Filho; sabe que é Ele o enviado por Deus, para operar a obra da nossa Redenção. E longe de querer subtraí-Lo a tantas penas e amarguras, toma-O nos seus braços de pureza imaculada, leva-O ao templo com as suas mãos virginais e depõe-n''O sobre o altar para que o sacerdote O ofereça ao eterno Pai como vítima expiatória e hóstia de louvor.
Aqui, Maria não oferece só o seu Filho, mas oferece-Se a Si própria com Cristo, porque o Seu corpo e o Seu sangue recebera-O Jesus de Maria; assim Maria oferece-Se em Cristo e com Cristo a Deus, sendo co-redentora com Cristo da humanidade.
Neste mistério da apresentação de Jesus, as mãos puras de Maria são a primeira patena, sobre a qual Deus colocou a primeira hóstia; e, dessa patena, a tomou o sacerdote de turno no templo de Jerusalém, para elevá-la sobre o altar e oferecê-la ao Pai como propriedade que Lhe é devida e oferta em que Ele absolutamente Se compraz. Aqui temos uma figura; mais tarde será a verdadeira Missa, quando o sacrifício de expiação estiver para se consumar no Calvário: Jesus, pelas Suas próprias mãos, oferecer-Se-á ao Pai pelos homens, sob as espécies consagradas do pão e do vinho, dizendo aos sacerdotes da Nova Aliança: «Fazei isto em Minha memória» (Lc 22, 19), isto é, oferecei ao Pai o Meu sacrifício para que ele se renove no altar pela salvação do mundo. Porque «isto é o Meu Corpo que vai ser entregue por vós; (...) este cálice é a nova aliança no Meu Sangue, que por vós se vai derramar» (Lc 22, 19-20).

Ave Maria!


Quinto Mistério: A oração de Jesus no templo de Jerusalém

Na quinta dezena do Rosário, recordamos a ida de Jesus Cristo ao templo de Jerusalém, para aí tomar parte na oração coletiva do povo de Deus. Assim nos descreve S. Lucas este passo da vida do Senhor: «Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume dos dias da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa, e o Menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele Se encontrava nas caravanas, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-Lo entre os parentes e conhecidos. Não O tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Volvidos três dias, encontraram-n''O no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas (...) e Sua mãe disse-Lhe: "Filho, porque nos fizeste isto? Olha que Teu pai e eu andávamos aflitos à Tua procura". Ele respondeu-lhes: "Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai?"» (Lc 2,41-49).

A Sagrada Família dá-nos aqui um grande exemplo de vida cristã. Não os detém a distância, nem a falta de transporte para irem ao templo de Jerusalém juntar a sua oração à que o povo de Deus oferecia ao Senhor. O templo de Jerusalém lembra aqueles lugares de culto que hoje, para nós, são as nossas igrejas, onde também nós devemos ir para, todos unidos, oferecermos a Deus as nossas preces e os nossos louvores.
Na resposta que deu a sua Mãe, Jesus Cristo diz-nos que o templo é a casa de Deus: «Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai?». Assim as igrejas são a casa do nosso Pai; por isso, devemos ir lá com fé, com respeito e com amor.
Vamos à casa do nosso Pai, para aí, unidos à volta da mesma mesa, nos alimentarmos do mesmo pão: o pão da Eucaristia, o pão da palavra de Deus. Tal como Jesus Cristo, devemos escutar aí a palavra de Deus, que nos é transmitida pelos Seus ministros, como o era então pelos doutores da lei ao povo de Deus.
Hoje, os continuadores desse povo somos nós; nós os que temos a felicidade de ter recebido o Batismo e, com ele, o dom da fé, sendo incorporados no Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja.

Ave-Maria!

Apelos da Mensagem de Fátima
Edição: Secretariado dos Pastorinhos
Fátima – Portugal – 2000 – (Pgs. 277-284)

LITURGIA DIÁRIA - 19/04/2017


Quarta-feira: 19/04/2017
Primeira Leitura: At 3,1-10


OITAVA DE PASCOA 
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 1Pedro e João subiram ao Templo para a oração das três horas da tarde. 2Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam.

3Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: “Olha para nós!” 5O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6Pedro então lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”

7E pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus.

9O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10E reconheceram que era ele o mesmo que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do Templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 104,4-9)

— Exulte o coração dos que buscam o Senhor.
— Exulte o coração dos que buscam o Senhor.

— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas!

— Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face!

— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.

— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.


Evangelho (Lc 24,13-35)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.

15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?

19Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.

28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.

31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 18 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 18/04/2017


Terça-feira: 18/04/2017
Primeira Leitura: At 2,36-41


OITAVA DE PASCOA 
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36“Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes”.

37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que devemos fazer?” 38Pedro respondeu: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si”.

40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: “Salvai-vos dessa gente corrompida!” 41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)

— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.
— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

— Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


Evangelho (Jo 20,11-18)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.

13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.

16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 16 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 16/04/2017


Domingo: 16/04/2017
Primeira Leitura: At 10,34a.37-43


PASCOA DO SENHOR
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.

39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz.

40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos.

42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos.

43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 117)

— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!
— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”

— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do Senhor me levantou./ Não morrerei, mas ao contrário, viverei/ para contar as grandes obras do Senhor!

— A pedra que os pedreiros rejeitaram,/ tornou-se agora a pedra angular;/ pelo Senhor é que foi feito tudo isso!/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!


Segunda Leitura (Cl 3,1-4)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Jo 20,1-9)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.

2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.

3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.

6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.

8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.

9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.