quarta-feira, 19 de abril de 2017

Contemplação dos Mistérios Gozosos


Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado

Tendo visto como a oração do santo Rosário ou Terço é a oração que, para todos em geral, Deus mais nos tem recomendado pelo Magistério da Igreja e através da Mensagem que nos enviou por meio de Nossa Senhora, vamos agora ver os mistérios da nossa Redenção que esta oração nos leva a recordar e a contemplar em cada dezena.

Para a maior parte dos cristãos, que vivem envolvidos na atmosfera corrompida do mundo, quase se torna inútil falar-lhes de oração mental. Recomenda-se-lhes, por isso, a oração vocal, coletiva e particular: a oração litúrgica da Santa Missa e a reza do Terço.

No santo Rosário ou Terço, encontramos toda a riqueza das verdades de Deus, ou antes, a revelação de Deus aos homens. Desde o mistério da Santíssima Trindade, que Deus nos revelou na Anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria, até ao mistério do Verbo feito homem, à Sua vida, paixão, morte, ressurreição e ascensão aos Céus, onde permanece vivo seja à direita do Pai, seja entre nós na Sua Igreja, nos Sacramentos, no sacrário onde permanece nas hóstias consagradas, e nos irmãos que formam conosco o Seu Corpo Místico, do qual todos somos membros vivos e operantes.

Esta é a fé que haurimos na oração, e é a oração que sustenta e aumenta em nós a fé. Percorrendo os Mistérios do Rosário, recebemos a luz da verdade e força da graça para bem acolher e cooperar na obra redentora operada por Cristo.

Primeiro Mistério: A Anunciação a Maria

Na primeira dezena, recordamos a anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria: «O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem (...), e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o Anjo disse-lhe: "Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo". Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o Anjo: "Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus dar-Lhe-á o trono de Seu pai David, reinará eternamente na casa de Jacob e o Seu reinado não terá fim". Maria disse ao Anjo: "Como, será isso, se eu não conheço homem?" O Anjo respondeu-lhe: "O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isso mesmo é que o Santo que vai nascer há de chamar-Se Filho de Deus"»(Lc 1,26-35).

Nesta passagem sagrada, Deus revela-nos como se realizou a encarnação do Verbo Eterno; dá-nos a conhecer o mistério da Santíssima Trindade, ou seja, um só Deus em três Pessoas distintas: o Espírito Santo virá sobre ti, o Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra, e o Filho que há de nascer chamar-Se-á Filho de Deus.
Revela-nos a virgindade e a pureza imaculada de Maria: Deus não quis para Mãe do Seu Filho uma mulher qualquer, porque Este não podia assumir uma natureza manchada pelo pecado. Por isso, Deus fez Maria imaculada, desde o primeiro instante da sua vida, desde o momento da sua conceição; e Ela permaneceu sempre virgem, porque o Filho de Deus não podia confundir-Se com nenhum outro, segundo a natureza humana, o que viria a acontecer, se um outro nascesse da mesma Mãe.
O Anjo disse a Maria que Ela era cheia de graça: Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo! Se Maria não fosse imaculada e toda santa, o Anjo não poderia dizer-Lhe que era cheia de graça, porque teria n''Ela a mancha do pecado.
«O Senhor está contigo» - diz-Lhe o Anjo -, porque Maria é toda só de Deus e toda só para Deus. E pensar que Jesus compartilhou conosco a Sua Mãe! Deu-nos Maria por Mãe na ordem espiritual da graça. Grande dom que Deus nos concedeu!
E o Anjo continuou: «Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus». Sim, atraiu sobre Ela o olhar de Deus, porque era virgem, pura e imaculada, e, por isso, foi escolhida para ser o primeiro templo humano habitado pela Santíssima Trindade. Pelos méritos do Verbo humanado por Quem recebemos o perdão e a graça, também nós, se temos a felicidade de possuir o dom da fé e de viver sem pecado, somos templos vivos da adorável Trindade, que reside em nós segundo os textos sagrados: «Se Me amares - diz Jesus -, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode recebe; porque não O vê nem conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14,15-17). E S. Paulo adverte-nos para o mesmo: «Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. Ninguém se engane a si mesmo» (1Cor 3,16-18).
Jesus Cristo e o Apóstolo dizem-nos aqui que nós somos os templos vivos de Deus e que é preciso conservar puro o nosso templo, porque somos a morada de Deus e para que a vida de Deus resida em nós e nos comunique a imortalidade.

Ave-Maria!


Segundo Mistério: A visita de Nossa Senhora a Santa Isabel

Na segunda dezena do Rosário, recordamos a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel. Deixamos, no primeiro mistério, o Anjo em diálogo com Maria, tendo aquele acrescentado depois: «"Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus". Maria disse então: "Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra". E o Anjo retirou-se de junto dela.

«Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Erguendo a voz, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? (...) Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor"» (Lc 1,36-45).
Este encontro de Nossa Senhora com a sua prima Santa Isabel mostra-nos a grande fé e a humildade profunda de Maria. Vê-se isso, logo na resposta que dá ao Anjo, quando este Lhe anuncia que foi escolhida para Mãe de Deus. Não Se sente exaltada ou elevada a um nível superior. Acredita nas palavras do Anjo; reconhece a sua pequenez diante de Deus e oferece-Se para servi-Lo na qualidade de escrava:«Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra.»
E é olhando sempre para a misericórdia do Senhor que Maria responde a sua prima:«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador; porque olhou para a humilde condição da Sua serva» (Lc 1,46-48).
A Virgem Maria e Santa Isabel entoam aqui o mais belo cântico de louvor a Deus. É que os seus lábios são movidos pelo Espírito Santo. Oh, não fosse Maria o templo vivo da adorável Trindade!

Ave-Maria!


Terceiro Mistério: O nascimento de Jesus Cristo

Na terceira dezena do Rosário, recordamos o nascimento de Jesus Cristo, o Deus feito homem. É a obra-prima do amor! Deus que desce do Céu à terra, para salvar as Suas pobres criaturas.

«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu» (Jo 6,51) - dirá Ele mais tarde, na sinagoga de Cafarnaum. Sim, veio do Céu, fez-Se homem, abraçando a humilde condição da criatura! Ele que é Deus, eterno como o Pai, igual ao Pai em poder, sabedoria e amor! Nasce como homem, mas é eterno como Deus! Mistério que o Apóstolo S. João assim nos descreve: «No princípio, já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo fez-Se homem e habitou entre nós, e nós vimos a Sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único, cheio de graça e de verdade» (Jo 1,1.14).
Veio ao mundo feito homem e manifestou-Se como Luz. Luz que brilha nas trevas: presente entre nós, hoje como então, mas velou-nos a humanidade; está presente pela Sua palavra e pelas Suas obras, pela Eucaristia e pelos Sacramentos, pela Igreja e na pessoa de cada um dos nossos irmãos. Ele diz: «Eu sou a Luz do mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8, 12). Para os que seguem a Cristo, n''Ele encontrarão a luz e a vida.
Eis como se deu o nascimento de Jesus Cristo: «Por aqueles dias, saiu um edito da parte de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria, e iam todos recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galiléia, subiu até à Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria, sua mulher; que se encontrava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver para eles lugar na hospedaria.
«Na mesma região, encontravam-se uns pastores, que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. O Anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, e tiveram muito medo. Disse-lhes o Anjo: "Não temais, pois, vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador; que é o Messias, Senhor. Isto vos servirá de sinal para o identificardes: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura". De repente, juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado".
«Quando os Anjos se afastaram deles em direção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos então até Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer". Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o Menino, deitado na manjedoura. E, quando os viram, começaram a espalhar o que lhes tinham dito a respeito daquele Menino. Todos os que ouviram se admiraram do que lhes disseram os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado» (Lc 2, 1-20).
Como S. Lucas refere aqui, os pastores viram e ouviram o que lhes foi dito, acreditaram e louvaram a Deus. Do mesmo modo, também nós devemos avivar a nossa fé na revelação que Deus aqui nos faz, acreditar e dizer: «Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam». E como Nossa Senhora, guardar todas estas verdades no nosso coração, com fé, com esperança e com amor.

Ave-Maria!


Quarto Mistério: A apresentação de Jesus no templo

Na quarta dezena do Rosário, recordamos a apresentação de Jesus no templo. S. Lucas descreve-nos esta passagem da vida de Cristo, nos seguintes termos:

«Quando se completaram os oito dias, após os quais devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo antes de ter sido concebido no seio materno.

«Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-n''O a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: "Todo primogênito varão será consagrado ao Senhor"» (Lc 2, 21-23).

A circuncisão, prescrita por Deus na Lei Antiga, foi substituída pelo Batismo, do qual era figura, e que Jesus Cristo havia de instituir mais tarde como Sacramento, para apagar em nós a mancha do pecado original, fazer-nos membros do Seu Corpo Místico e participantes das graças da Sua obra redentora.
O exemplo de fidelidade na observância da Lei de Deus, que Nossa Senhora aqui nos dá, deve mover-nos a seguir o mesmo caminho de fidelidade a Deus e à Sua Igreja.
Ao cumprir este preceito de apresentar o seu primogênito no templo, para ser oferecido ao Senhor, Maria exerce ao mesmo tempo a missão, que Deus lhe confiou, de co-redentora do gênero humano. Maria conhece as Escrituras Sagradas e, por elas, sabe que o seu Filho está destinado a ser vítima de expiação pelos pecados dos homens e hóstia de louvor oferecida a Deus.
Medita no que a este respeito profetizou Isaías: «Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor? Cresceu na sua presença como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente, desprezado e evitado pelos homens, como homem das dores, experimentado nos sofrimentos, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desestimado. Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado. Mas foi castigado pelos nossos crimes, esmagado pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomos curados nas suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um seguia o seu caminho; o Senhor carregou sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Foi maltratado e resignou-se, não abriu a boca, como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha emudecida nas mãos do tosquiador. Sem defesa, sem justiça, o levaram: quem meditou no seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, e morto pelos pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores, embora não haja cometido iniqüidade, e nunca se tenha achado dolo na sua boca. Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo com sofrimento, oferecendo a sua vida em sacrifício expiatório» (Is 53, 1-10).
Maria sabe que toda esta profecia se há de cumprir na pessoa do seu Filho; sabe que é Ele o enviado por Deus, para operar a obra da nossa Redenção. E longe de querer subtraí-Lo a tantas penas e amarguras, toma-O nos seus braços de pureza imaculada, leva-O ao templo com as suas mãos virginais e depõe-n''O sobre o altar para que o sacerdote O ofereça ao eterno Pai como vítima expiatória e hóstia de louvor.
Aqui, Maria não oferece só o seu Filho, mas oferece-Se a Si própria com Cristo, porque o Seu corpo e o Seu sangue recebera-O Jesus de Maria; assim Maria oferece-Se em Cristo e com Cristo a Deus, sendo co-redentora com Cristo da humanidade.
Neste mistério da apresentação de Jesus, as mãos puras de Maria são a primeira patena, sobre a qual Deus colocou a primeira hóstia; e, dessa patena, a tomou o sacerdote de turno no templo de Jerusalém, para elevá-la sobre o altar e oferecê-la ao Pai como propriedade que Lhe é devida e oferta em que Ele absolutamente Se compraz. Aqui temos uma figura; mais tarde será a verdadeira Missa, quando o sacrifício de expiação estiver para se consumar no Calvário: Jesus, pelas Suas próprias mãos, oferecer-Se-á ao Pai pelos homens, sob as espécies consagradas do pão e do vinho, dizendo aos sacerdotes da Nova Aliança: «Fazei isto em Minha memória» (Lc 22, 19), isto é, oferecei ao Pai o Meu sacrifício para que ele se renove no altar pela salvação do mundo. Porque «isto é o Meu Corpo que vai ser entregue por vós; (...) este cálice é a nova aliança no Meu Sangue, que por vós se vai derramar» (Lc 22, 19-20).

Ave Maria!


Quinto Mistério: A oração de Jesus no templo de Jerusalém

Na quinta dezena do Rosário, recordamos a ida de Jesus Cristo ao templo de Jerusalém, para aí tomar parte na oração coletiva do povo de Deus. Assim nos descreve S. Lucas este passo da vida do Senhor: «Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume dos dias da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa, e o Menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele Se encontrava nas caravanas, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-Lo entre os parentes e conhecidos. Não O tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Volvidos três dias, encontraram-n''O no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas (...) e Sua mãe disse-Lhe: "Filho, porque nos fizeste isto? Olha que Teu pai e eu andávamos aflitos à Tua procura". Ele respondeu-lhes: "Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai?"» (Lc 2,41-49).

A Sagrada Família dá-nos aqui um grande exemplo de vida cristã. Não os detém a distância, nem a falta de transporte para irem ao templo de Jerusalém juntar a sua oração à que o povo de Deus oferecia ao Senhor. O templo de Jerusalém lembra aqueles lugares de culto que hoje, para nós, são as nossas igrejas, onde também nós devemos ir para, todos unidos, oferecermos a Deus as nossas preces e os nossos louvores.
Na resposta que deu a sua Mãe, Jesus Cristo diz-nos que o templo é a casa de Deus: «Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai?». Assim as igrejas são a casa do nosso Pai; por isso, devemos ir lá com fé, com respeito e com amor.
Vamos à casa do nosso Pai, para aí, unidos à volta da mesma mesa, nos alimentarmos do mesmo pão: o pão da Eucaristia, o pão da palavra de Deus. Tal como Jesus Cristo, devemos escutar aí a palavra de Deus, que nos é transmitida pelos Seus ministros, como o era então pelos doutores da lei ao povo de Deus.
Hoje, os continuadores desse povo somos nós; nós os que temos a felicidade de ter recebido o Batismo e, com ele, o dom da fé, sendo incorporados no Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja.

Ave-Maria!

Apelos da Mensagem de Fátima
Edição: Secretariado dos Pastorinhos
Fátima – Portugal – 2000 – (Pgs. 277-284)

LITURGIA DIÁRIA - 19/04/2017


Quarta-feira: 19/04/2017
Primeira Leitura: At 3,1-10


OITAVA DE PASCOA 
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 1Pedro e João subiram ao Templo para a oração das três horas da tarde. 2Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam.

3Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: “Olha para nós!” 5O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6Pedro então lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”

7E pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus.

9O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10E reconheceram que era ele o mesmo que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do Templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 104,4-9)

— Exulte o coração dos que buscam o Senhor.
— Exulte o coração dos que buscam o Senhor.

— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas!

— Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face!

— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.

— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.


Evangelho (Lc 24,13-35)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.

15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?

19Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.

28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.

31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 18 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 18/04/2017


Terça-feira: 18/04/2017
Primeira Leitura: At 2,36-41


OITAVA DE PASCOA 
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36“Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes”.

37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que devemos fazer?” 38Pedro respondeu: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si”.

40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: “Salvai-vos dessa gente corrompida!” 41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)

— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.
— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

— Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


Evangelho (Jo 20,11-18)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.

13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.

16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 16 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 16/04/2017


Domingo: 16/04/2017
Primeira Leitura: At 10,34a.37-43


PASCOA DO SENHOR
(Branco - oficio do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.

39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz.

40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos.

42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos.

43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 117)

— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!
— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”

— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do Senhor me levantou./ Não morrerei, mas ao contrário, viverei/ para contar as grandes obras do Senhor!

— A pedra que os pedreiros rejeitaram,/ tornou-se agora a pedra angular;/ pelo Senhor é que foi feito tudo isso!/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!


Segunda Leitura (Cl 3,1-4)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Jo 20,1-9)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.

2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.

3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.

6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.

8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.

9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sábado, 15 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 15/04/2017


Sábado Santo: 15/04/2017
Primeira Leitura: Gn 1,1– 2,2


VIGÍLIA PASCOAL
(Braco - oficio do dia)

Leitura do Livro do Gênesis:
1No princípio Deus criou o céu e a terra. 2A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.
3Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5E à luz Deus chamou “dia” e às trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia.
6Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. 7E Deus fez o firmamento, e separou as águas que estavam embaixo das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia.
9Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. 10Ao solo enxuto Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom.
11Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que deem semente, e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele a sua semente sobre a terra”. E assim se fez. 12E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. 13Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia.
14Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as festas, os dias e os anos, 15e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra”. E assim se fez. 16Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir o dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17Deus colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18para presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19E houve uma tarde e uma manhã: quarto dia.
20Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”.
21Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 22E Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. 23Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia.
24Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies”. E assim se fez.
25Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies e todos os répteis do solo, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom.
26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”.
27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”.
29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez.
31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.
2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 103)

— Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
— Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor!/ Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!/ De majestade e esplendor vos revestis/ e de luz vos envolveis como num manto.
— A terra vós firmastes em suas bases,/ ficará firme pelos séculos sem fim;/ os mares a cobriam como um manto,/ e as águas envolviam as montanhas.
— Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes/ que passam serpeando entre as montanhas;/ às suas margens vêm morar os passarinhos,/ entre os ramos eles erguem o seu canto.
— De vossa casa as montanhas irrigais,/ com vossos frutos saciais a terra inteira;/ fazeis crescer os verdes pastos para o gado/ e as plantas que são úteis para o homem.
— Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,/ e que sabedoria em todas elas!/ Encheu-se a terra com as vossas criaturas!/ Bendize, ó minha alma, ao Senhor!


Responsório (Sl 117)

— Aleluia! Aleluia! Aleluia!
— Aleluia! Aleluia! Aleluia!

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ Eterna é a sua misericórdia!/ A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”
— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do Senhor me levantou,/ a mão direita do Senhor fez maravilhas!/ não morrerei, mas ao contrário, viverei/ para cantar as grandes obras do Senhor!
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!


Responsório (Sl 15)

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,/ meu destino está seguro em vossas mãos!/ Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,/ pois se o tenho a meu lado não vacilo.
— Eis por que meu coração está em festa,/ minha alma rejubila de alegria,/ e até meu corpo no repouso está tranquilo;/ pois não haveis de me deixar entregue à morte,/ nem vosso amigo conhecer a corrupção.
— Vós me ensinais vosso caminho para a vida;/ junto a vós, felicidade sem limites,/ delícia eterna e alegria ao vosso lado!


Responsório (Êx 15,1-6.17-18)

— Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
— Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

— Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória:/ precipitou no Mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro!/ O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar,/ pois foi ele neste dia para mim libertação!/ Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei.
— O Senhor é um Deus guerreiro;/ o seu nome é “Onipotente”./ Os soldados e os carros do Faraó jogou no mar;/ seus melhores capitães afogou no mar Vermelho, — afundaram como pedras e as ondas os cobriram./ Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável!/ Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!
— Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte,/ no lugar que preparastes para a vossa habitação,/ no Santuário construído pelas vossas próprias mãos./ O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!


Responsório (Sl 29)

— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!


— Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
— Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
— Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa. Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!


Responsório (Is 12,2-3.4bcd.5-6)

—Com alegria bebereis do manancial da salvação.
—Com alegria bebereis do manancial da salvação.

—Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do manancial da salvação.
—E direis naquele dia: 'Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, dentre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.
—Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!'.


Responsório (Sl 18,8.9.10.11)

— Senhor, tens palavras de vida eterna.
— Senhor, tens palavras de vida eterna.
—A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
—Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
—É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
—Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.


Salmo (Sl 41,3.5bcd;42,3.4)

—A minh'alma tem sede de Deus.
— A minh'alma tem sede de Deus.

— A minh'alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
— Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.
— Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada!
— Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!


Segunda Leitura (Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18)

Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
9aChegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho.
11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!”. 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Terceira Leitura (Êx 14,15 – 15,1)

Leitura do Livro do Êxodo.

Naqueles dias: 15O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros”.

19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros.

21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda.

23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.

24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”.

27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas.

28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda.

30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Quarta Leitura (Is 54,5-14)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou,
como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé,
a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis, e tuas bases sobre safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas, e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terás a temer serás livre do terror, porque ele não se aproximará de ti.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Quinta Leitura (Is 55,1-11)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Assim diz o Senhor: 1Â vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não te conheciam, por causa do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, que te glorificou. 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra. 10Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Sexta Leitura (Br 3,9-15.32-4,4)

Leitura do Livro do Profeta Baruc.

9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro, te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe, conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; 33aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele chamou-as, e elas respondem: 'Aqui estamos'; e alumiam com alegria o que as fez. 36Este é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei, que permanece para sempre. Todos os que a seguem, têm a vida, e os que a abandonam, têm a morte. 2Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Sétima Leitura (Ez 36,16-17a.18-28)

Leitura da Profecia de Ezequiel.

16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17a'Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: 'Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!' 21Então eu tive pena do meu santo nome que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor. - oráculo do Senhor Deus - quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

Oitava Leitura (Rm 6,3-11 )

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos: 3Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Mt 28,1-10)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

1Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. 3Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos.
5Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. 6Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. 7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos”.
8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos.
9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!”
As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 14/04/2017


Sexta-feira: 14/04/2017
Primeira Leitura: Is 52,13 – 53,12


PAIXÃO DO SENHOR
(Vermelho - oficio do dia)

Leitura Livro do profeta Isaías:
13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo — tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano —, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.
53,1”Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse.
3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele.
4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado!
5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura.
6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós.
7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca.
8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer.
9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras.
10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.
12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 30)

— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

— Senhor, eu ponho em vós minha esperança;/ que eu não fique envergonhado eternamente!/ Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,/ porque vós me salvareis, ó Deus fiel.
— Tornei-me o opróbrio do inimigo,/ o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e objeto de pavor para os amigos;/ fogem de mim os que me veem pela rua./ Os corações me esqueceram como um morto / e tornei-me como um vaso espedaçado.
— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,/ e afirmo que só vós sois o meu Deus!/ Eu entrego em vossas mãos o meu destino;/ libertai-me do inimigo e do opressor!
— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,/ e salvai-me pela vossa compaixão!/ Fortalecei os corações, tende coragem,/ todos vós que ao Senhor vos confiais!


Segunda Leitura (Hb 4,14-16; 5,7-9)

Leitura da Carta aos Hebreus:
Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.
15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado.
16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.
5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Anúncio da Paixão de Cristo (Jo 18,1-19,42)

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João.
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
— “A quem procurais?”
Narrador 1: 5Responderam:
— “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: Ele disse:
— “Sou eu”.
Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:
— “A quem procurais?”
Narrador 1: Eles responderam:
— “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: 8Jesus respondeu:
— “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.
Narrador 1: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
— “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.
Narrador 2: 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
— “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”
Narrador 1: 12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
Leitor 1: “É preferível que um só morra pelo povo”.
Narrador 2: 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:
Leitor 2: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”
Narrador 2: Ele respondeu:
Leitor 1: “Não”.
Narrador 2: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:
— “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.
Narrador 2: 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
Leitor 1: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”
Narrador 2: 23Respondeu-lhe Jesus:
— “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”
Narrador 1: 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
Leitor 2: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
Narrador 1: Pedro negou:
Leitor 1: “Não!”
Narrador 1: 26Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
Leitor 2: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Narrador 2: 27Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
Leitor 1: “Que acusação apresentais contra este homem?”
Narrador 2: 30Eles responderam:
— “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”
Narrador 2: 31Pilatos disse:
Leitor 2: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.
Narrador 2: Os judeus lhe responderam:
— “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.
Narrador 1: 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: 34Jesus respondeu:
— “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”
Narrador 1: 35Pilatos falou:
Leitor 1: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”.
Narrador 1: 36Jesus respondeu:
— “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
Narrador 1: 37Pilatos disse a Jesus:
Leitor 1: “Então, tu és rei?”
Narrador 1: Jesus respondeu:
— “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Narrador 1: 38Pilatos disse a Jesus:
Leitor 1: “O que é a verdade?”
Narrador 2: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:
Leitor 1: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”
Narrador 2: 40Então, começaram a gritar de novo:
— “Este não, mas Barrabás!”
Narrador 2: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:
— “Viva o rei dos judeus!”
Narrador 2: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
Leitor 1: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.
Narrador 1: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
— “Eis o homem!”
Narrador 1: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
— “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador 1: Pilatos respondeu:
Leitor 1: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
Narrador 1: 7Os judeus responderam:
Leitor 2: “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.
Narrador 2: 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
Leitor 1: “De onde és tu?”
Narrador 2: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:
Leitor 1: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”
Narrador 2: 11Jesus respondeu:
— “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”.
Narrador 2: 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
— “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.
Narrador 1: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
Leitor 2: “Eis o vosso rei!”
Narrador 1: 15Eles, porém, gritavam:
— “Fora! Fora! Crucifica-o!”
Narrador 1: Pilatos disse:
Leitor 1: “Hei de crucificar o vosso rei?”
Narrador 1: Os sumos sacerdotes responderam:
— “Não temos outro rei senão César”.
Narrador 2: 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
— “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
Narrador 2: 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
Leitor 2: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.
Narrador 2: 22Pilatos respondeu:
Leitor 1: “O que escrevi, está escrito”.
Narrador 2: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si:
Leitor 2: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.
Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz:
— “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.
Narrador 1: Assim procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
— “Mulher, este é o teu filho”.
Narrador 1: 27Depois disse ao discípulo:
— “Esta é a tua mãe”.
Narrador 1: Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
— “Tenho sede”.
Narrador 1: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:
— “Tudo está consumado”.
Narrador 1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

(Todos se ajoelham - Silêncio.)

Narrador 2: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
— 35Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro;
Narrador 2: e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz:
— “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”.
Narrador 2: 37E outra Escritura ainda diz:
— “Olharão para aquele que transpassaram”.
Narrador 1: 38Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus —, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.
Narrador 2: 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 13/04/2017


Quinta-feira: 13/04/2017
Primeira Leitura: Êx 12,1-8.11-14


 CEIA DO SENHOR
(Branco - oficio do dia)

Leitura do Livro do Êxodo:

Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2”Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa.

4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro.

5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde.

7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas.

11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!

12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor.

13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 115)

— O cálice por nós abençoado/ é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
— O cálice por nós abençoado/ é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

— Que poderei retribuir ao Senhor Deus/ por tudo aquilo que ele fez em meu favor?/ Elevo o cálice da minha salvação,/ invocando o nome santo do Senhor.
— É sentida por demais pelo Senhor/ a morte de seus santos, seus amigos./ Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor./ Vou cumprir minhas promessas ao Senhor/ na presença de seu povo reunido.


Segunda Leitura (1Cor 11,23-26)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”.

25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Jo 13,1-15)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + escrito por João.
— Glória a vós, Senhor.

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.

6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.

8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.

10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.

11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.

12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.