segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Evangelho do Dia - 24/06/2013

Ano C - DIA 24/06

O nascimento de João Batista - Lc 1,57- 66.80

Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: “Não. Ele vai se chamar João”. Disseram-lhe: “Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!” Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome!” E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judeia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: “Que vai ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, 
com todos que se encontram neste ambiente virtual:
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

1- Leitura (Verdade)


Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 1,57-66.80, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
São João Batista, primo de Jesus, é o único santo que tem duas festas no calendário litúrgico. Hoje celebramos seu nascimento e no dia 29 de agosto, o seu martírio.
Zacarias, que estivera mudo desde o anúncio do nascimento de seu filho, começou a falar, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. João Batista recebeu de Deus a vocação de profeta e sua primeira profecia foi, abrir a boca do pai Zacarias. O profeta fala de Deus e faz com que os outros também falem.
A fogueira das festas juninas nos lembra o nascimento de João Batista que anunciou Jesus, "Luz que ilumina as nações".

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Pela graça do Batismo cada um de nós é profeta. Todos os batizados têm a missão de abrir a boca como Zacarias, como João Batista para apontar o Messias, Jesus Cristo. Esta é também a minha missão. Os bispos na V Conferência, em Aparecida, disseram: "Nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras." (DAp 30). 
Somos, portanto, profetas de boas novas.

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a
Oração a São João Batista
São João Batista, que fostes santificado no seio materno,
ao ouvir de vossa mãe a saudação a Maria Santíssima, e
canonizado ainda em vida pelo mesmo Jesus Cristo
que declarou solenemente não haver
entre os nascidos de mulheres nenhum maior que vós;
por intercessão da Virgem e
anunciando-o como Mestre e
apontando-o como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,
alcançai-nos a graça de darmos também nós testemunho da verdade e
selá-lo até, se preciso for, com o próprio sangue,
como o fizestes vós,
degolado iniquamente por ordem de um rei cruel e sensual,
cujos desmandos e caprichos havíeis justamente denunciado.
Abençoai a todos os que vos invocam e
fazei que todos nós sejamos profetas de boas novas. Amém. 

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é iluminado pelo testemunho de João Batista e pelas palavras dos Bispos em Aparecida:
"Bento XVI nos recorda que: "o discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele salva (cf. At 4,12)." (DAp 146.


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

domingo, 23 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Ofereço-vos, finalmente, todas as orações e a hóstia de propiciação particularmente por aqueles que de qualquer modo me ofenderam, contristaram, censuraram, prejudicaram ou molestaram. Enfim, por todos a quem eu tenha afligido, perturbado, contrariado ou escandalizado, com palavras ou obras, por ignorância ou com advertência, a fim de que a todos nos perdoeis os nossos pecados e mútuas ofensas. Apartai, Senhor, dos nossos corações toda suspeita, indignação, e ira e contenda e tudo que possa ofender a caridade e diminuir o amor fraternal. Compadecei-vos, Senhor, compadecei-vos de todos os que imploram vossa misericórdia; daí graças aos que dela necessitam, e fazei-nos tais, que sejamos dignos de gozar a vossa graça e alcançar a vida eterna. Amém. ( Que devemos com tudo quanto é nosso oferecer-nos a Deus, e orar por todos) 

Fonte: Imitação de Cristo

12º DOMINGO Tempo Comum - Ano C



Lc 9,18-24

Certo dia,
18 Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele.
Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”
19 Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias;
mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.
20 Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.
21 Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém.
22 E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito,
ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei,
deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
23 Depois Jesus disse a todos:
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz cada dia, e siga-me.
24 Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.

Reflexão
 
O Evangelho de Lucas situa esta narrativa em um contexto diferente dos outros dois Evangelhos sinóticos. Lucas afirma que Jesus "estava rezando em um lugar retirado, e os discípulos estavam com ele", enquanto em Marcos e Mateus o evento se dá no caminho para Cesareia de Filipe. A ênfase na atitude orante de Jesus é típica de Lucas. Muitas vezes, neste Evangelho, especialmente antes de momentos importantes na sua vida, Jesus se encontra em oração.
 
No texto de hoje, Lucas escreve que Jesus faz uma pergunta: "Quem o povo diz que eu sou?" Na resposta dos discípulos, ele percebe que não haviam entendido a sua proposta. O povo o imaginava como João Batista, Elias ou algum dos antigos profetas (Lucas 9,18-19). Os discípulos aceitavam-no como Messias, mas como Messias glorioso, bem de acordo com a propaganda do governo e da religião oficial do templo (Lucas 9,20-21). E Jesus tenta explicar-lhes que o caminho previsto pelos profetas era o caminho do sofrimento, como consequência do compromisso assumido com os excluídos. Seguir Jesus implica em assumir a cruz e segui-lo no caminho (Lucas 9,22).
 
Lucas 9,18: "Quem o povo diz que eu sou?" A pergunta de Jesus é uma espécie de balanço de toda a sua vida. Ao encontrar-se sozinho com seus discípulos para a oração, ele fez esta pergunta para retomar uma questão que outras pessoas já estavam levantando. Perguntavam acerca dele, de sua missão, de seu propósito. Escribas e fariseus já haviam feito essa pergunta sobre a autoridade de Jesus para perdoar os pecados (Lucas 5,21; 7,49). Também João Batista enviara alguns de seus seguidores com a pergunta: "És tu aquele que esperamos?" (Lucas 7,20). Os discípulos também ficam surpresos quando a tormenta e o vento obedeceram à sua ordem, e formularam a pergunta: "Quem é ele, que até os ventos e a água lhe obedecem?" (Lucas 8,25). Também Herodes faz pergunta semelhante, provavelmente a partir de um interesse político, após ter mandado decapitar João (Lucas 9,9). Ao retomar a pergunta, Jesus mostra que, em primeiro lugar, sua história precisa ser recuperada a partir das formas que causaram impacto em seus contemporâneos, a partir das percepções do povo humilde do campo e habitantes das aldeias e povoados da Galileia, que o conheciam diretamente.
 
Lucas 9,19: "Eles responderam..." O povo continuava pensando como antes (cf. Lucas 7,16; 9,8), pois ainda estava preso à ideia de um Messias guerreiro e triunfalista. A maioria o tinha por João Batista. Outros por Elias. Outros acreditavam que um antigo profeta voltara à vida. Percebemos que há três respostas. "Três" equivale a "todos" os falatórios que corriam em meio ao povo. A ninguém ocorre fazer memória do Messias da esperança profética. Esperava-se um Messias carismático, da casta davídica, com força e poder, com exército aguerrido, ou ainda, cumpridor da lei. Jesus, ao contrário, fala do Reino de Deus, mas não gosta de relacioná-lo com Davi (cf. Lucas 20,41-44). Jesus não tem os poderosos do seu lado e não aceita a violência. Ao contrário, ele é o Messias que vem montado num jumento, animal dos pobres e considerado impuro pela lei. É aclamado pelo povo simples. Em vez de espadas, os ramos revelam que seu poder é de paz e de serviço.
 
Lucas 9,20-21: "E vós quem dizeis que eu sou?" Numa busca de outras possíveis avaliações de sua pessoa, Jesus formula a segunda pergunta: "E vós quem dizeis que eu sou?" Note-se que Jesus não exige uma resposta pessoal. O plural indica que espera a resposta da comunidade de discípulos. Coerente com sua pedagogia dialógica, Jesus os coloca contra a parede, a fim de que explicitem sua compreensão do projeto do Reino. Pedro responde em nome do grupo: "O Cristo de Deus". A missão que Jesus recebera do Pai não é de ser um Messias guerreiro, como fora o rei Davi, mas o Ungido servo de Javé (Isaías 52,13-53,12). O Messias da esperança profética liberta o povo não pela violência, mas enfrentando e assumindo o sofrimento com fidelidade até as últimas consequências, a fim de cortar o mal pela raiz. Por isso, para não espalharem uma compreensão equivocada de sua missão, Jesus exige que não o digam a ninguém. Se ele é o Ungido, isto deverá ser descoberto através de suas ações, de uma revisão da memória e do projeto que ele anuncia e vive. 
 
Lucas 9,22-24: "... tome a sua cruz cada dia e siga-me." Jesus encarna o modelo do humano querido por Deus. Quando o revelar, sabe que todos os poderosos da terra, sem exceção, colocar-se-ão de acordo: será executado como um malfeitor. Não bastará eliminá-lo. É preciso apagar sua imagem. O Ungido de Deus veio a este mundo inaugurar o Reino, iniciar uma construção histórica. Mas como construir o Reino? Ele responde da seguinte forma: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará". O grande desafio será sempre o de escolher entre o projeto e a glória de Jesus e os projetos e a glória do mundo (a tentação da abundância; do poder e da riqueza; do prestígio). Precisamos responder à pergunta de Jesus através da opção preferencial pelos pobres. Para isto, é necessário renunciar a toda e qualquer pretensão de hegemonia e dominação. 
 
O texto faz ressoar as perguntas de Jesus. É fácil responder "quem é Jesus para mim?" Esta narrativa nos convida a responder esta pergunta através de nossa maneira de viver, de nossas opções concretas, de nossa forma de ler os acontecimentos da vida e da história. Tenhamos cuidado com qualquer Jesus que não seja exigente, que não traga consequências sociais, que não nos engaje na luta por uma sociedade mais justa. Pois, o Jesus real, o Jesus de Nazaré, o Jesus do Evangelho não foi assim e deixou bem claro: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia, e siga-me". Ou seja, assumir a sua proposta: uma renovação da sociedade e da história a partir de baixo, de quem está na pobreza e na exclusão. Ele recusou a proposta de ser rei, rejeitou toda forma de violência, entrou em conflito com o sistema de templo e com a ideia tradicional de um Messias salvador da pátria. Assumiu, porém, o Messias servo sofredor. Jesus, em sua prática, valorizou as pessoas pobres e excluídas. Colocou no centro de sua missão as crianças, as mulheres, os doentes, os possessos, os publicanos e os pecadores. Com uma prática e proposta dessas, era de se esperar outro desfecho para sua vida? Claro que não! A proposta de Jesus era totalmente contrária aos interesses de "alguns". E a pergunta continua ecoando: "E vós quem dizeis que eu sou?"
 
Meditação
+ Jesus quis saber o que a multidão e os discípulos pensavam que ele fosse, mas agora pergunta para cada um individualmente: quem eu sou para você?
+ O que isso significa em termos práticos para você perder a sua vida e tomar sua cruz diariamente?
+ A multidão esperava um tipo de messias forte e poderoso, Jesus se apresentou com outro estilo, qual das duas propostas está mais próxima de você?
+ O evangelho começa com o detalhe de que Jesus estava em oração a sós, qual a importância da oração na sua vida? Como está de “saúde” a sua vida de oração?
 
 
Na intimidade da sua oração responda a Jesus, quem ele é para você, não se preocupe se a sua resposta não é a mais correta, mas permita-lhe mudar a sua resposta. No silêncio da sua oração escute a voz de Jesus.

SANTO DO DIA - 23/06/2013

23/06
São José Cafasso
O Santo de hoje nasceu em Castelnuevo no ano de 1811, onde também nasceu o grande Dom Bosco. São José Cafasso desde de criança sentiu o chamado ao Sacerdócio que foi tornando cada vez mais evidente no decorrer de sua vida com Deus.

Aconteceu que entrou para a formação sacerdotal e chegou a padre com 23 anos, destacando-se no meio de tantos pelo seu amor aos pobres e zelo pela salvação das almas. Depois de comprovado e dedicado trabalho na Igreja de São Francisco em Turim, José Cafasso assumiu com toda sua bagagem de pregador, confessor e iluminado diretor espiritual, a função de reitor e formador de novos sacerdotes. Dom Bosco foi um dos vocacionados que desfrutou da formação e muito se aconselhou com São José Cafasso, pois como um sacerdote sintonizado ao Coração do Cristo Pastor, sabia muito bem colocar sua cultura eclesiástica, dons e carismas a serviço da salvação do próximo. Dentre tantos ofícios assumidos por este homem incansável que foi para o Céu em 1860, despontou José Cafasso na evangelização dos condenados a forca, tanto assim que ficou conhecido com o "Santo da Forca".
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Nós celebramos esta grande Festa Litúrgica na Igreja, que nos leva a uma profundo culto a Deus, pois nos esclarece Santo Afonso de Ligório: "A devoção ao Coração de Jesus é a mais bela e a mais sólida do Cristianismo ".

Esta devoção consiste no reconhecimento, entrega e dedicação ao amor de Jesus, manifestado no símbolo mais simples do amor, isto é coração. Podemos afirmar que esta devoção ao Coração Sagrado de Jesus fundamenta-se no Evangelho, neste encontramos a ação amorosa misericordiosa do Cristo, e nasceu na Cruz, do lado aberto de Jesus. Tornou-se popular a partir das manifestações visíveis do Senhor a Santa Margarida Alacoque, que inicialmente lhe disse: "Eis o Coração que tanto tem amado os homens e os cumulou de benefícios, e em resposta ao seu amor infinito, em vez de gratidão, encontra esquecimento, frieza e desprezo".

Santa Margarida em meio as incompreensões e sofrimentos tornou-se a primeira mensageira do Sagrado Coração de Jesus, num tempo em que o Jansenismo do século XVII afastava o povo da recepção dos Sacramentos e desta forma, das experiência concretas do povo com o Amor de Deus. Vários Sumos Pontífices, como Leão XIII que consagrou no ano de Mundo ao Sagrado Coração de Jesus, manifestaram-se a favor desta devoção que se resume na Consagração e Reparação, desta forma compreendemos o testemunho do nosso Papa João Paulo II em 1980: "Na Festa do Sagrado Coração de Jesus, a Liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno ao Mistério do Coração de Cristo. Quero hoje dirigir juntamente convosco o olhar dos nossos corações para o mistério desse Coração. Ele falou-me desde a minha juventude. Cada ano volto a este mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja" Sagrado Coração de Jesus...temos confiança em vós! 

LITURGIA DIÁRIA - 23/06/2013


Dia: 23/06/2013
Primeira Leitura: Zacarias 12, 10-11; 13, 1

XII DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio, IV do saltério)

Leitura da profecia de Zacarias  
Assim diz o Senhor: 10Suscitarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de boa vontade e de prece, e eles voltarão os seus olhos para mim. Farão lamentações sobre aquele que traspassaram, como se fosse um filho único; chorá-lo-ão amargamente como se chora um primogênito! 11Naquele dia haverá um grande luto em Jerusalém, como o luto de Adadremon no vale de Magedo. 1Naquele dia jorrará uma fonte para a casa de Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará os seus pecados e suas impurezas. - Palavra do Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.




Salmo Responsorial(62)

  A minh’alma tem sede de vós,/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
  A minh’alma tem sede de vós,/ como a terra sedenta, ó meu Deus!

  Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!/ Desde a aurora ansioso vos busco!/ A minh’alma tem sede de vós,/ minha carne também vos deseja. 

— Como terra sedenta e sem água,/ venho, assim, contemplar-vos no templo,/ para ver vossa glória e poder./ Vosso amor vale mais do que a vida:/ e por isso meus lábios vos louvam.
Quero, pois, vos louvar pela vida,/ e elevar para vós minhas mãos!/ A minh’alma será saciada,/ como em grande banquete de festa;/ cantará a alegria em meus lábios,/ ao cantar para vós meu louvor!
— Para mim fostes sempre um socorro;/ de vossas asas à sombra eu exulto!/ Minha alma se agarra em vós;/ com poder vossa mão me sustenta. 



Segunda Leitura: Gálatas 3, 26-29



Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas 
Irmãos, 26porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 27Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. 28Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. 29Ora, se sois de Cristo, então sois verdadeiramente a descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. - Palavra do Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.




Evangelho: Lucas 9, 18-24

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.


- Naquele tempo, 18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. 20Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. 21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. 23Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 24Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 23/06/2013

Ano C - DIA 23/06

Pedro reconhece Jesus Filho de Deus - Lc 9,18-24

Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar”. Depois, Jesus começou a dizer a todos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará”.


Leitura Orante

Oração Inicial


- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 9,18-24, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Quando Jesus pergunta sobre sua identidade, devido à convivência com Ele, os discípulos já têm uma ideia formada. Ouviram tanta coisa, viram muitas outras, sentiram a presença do Mestre, conviveram com ele, pode-se dizer: “fizeram a experiência de Deus” . Não há mais dúvida. Pedro fala em nome de todos com sua forte expressão de fé: “És o Messias!” A partir disso, Jesus se faz mais íntimo: fala de seu futuro sofrimento, de sua morte e ressurreição.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
A fé em Jesus Cristo que vivo é para ser comunicada. Como dizem os bispos da América Latina:
“Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43).” (DAp 32).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou demonstrar pela vida a fé que recebi no Batismo e que vivo como pessoa cristã. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. 

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp

sábado, 22 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Quão prudentemente nos aconselhastes que nos acautelássemos dos homens, e nos dissestes que "os inimigos do homem são os que com ele moram" (Mt 10,36), que não devemos dar crédito se alguém nos disser: Aqui está Cristo! Ou está acolá! À minha custa aprendi esta verdade, e queira Deus que me sirva de maior cautela e não para dar provas de maior insensatez! Toma cuidado, diz-me alguém, e guarda para ti o que te digo. E enquanto me calo e guardo segredo, não pode guardar silêncio aquele que me pediu segredo, senão logo descobre a si e a mim e lá se vai. De homens tais, palradores e desacautelados, livrai-me, Senhor, para que não caia em suas mãos nem cometa semelhantes faltas. Ponde em minha boca palavras sérias e sinceras, e apartai de mim o embuste da língua. A todo custo devo evitar o que não quero aturar dos outros. ( Que não se deve dar crédito a todos, e quão facilmente faltamos nas palavras) 

Fonte: Imitação de Cristo

Sábado da 11ª Semana Tempo Comum



Deus cuida da gente

Mateus 6,24-34

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:24 Ninguém pode servir a dois senhores:pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25 Por isso eu vos digo:não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber;nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir.
Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa?
26 Olhai os pássaros dos céus:
eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns.
No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta.
Vós não valeis mais do que os pássaros?

27 Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida,
só pelo fato de se preocupar com isso?
28 E por que ficais preocupados com a roupa?
Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam.
29 Porém, eu vos digo:
nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles.
30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é queimada no forno,
não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31 Portanto, nóo vos preocupeis, dizendo:
O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir?
32 Os pagãos é que procuram essas coisas.
Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso.
33
Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
34
Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã,pois o dia de amanhã terá suas preocupações!Para cada dia, bastam seus próprios problemas.'


Reflexão 

O evangelho de hoje nos ajuda a rever o relacionamento com os bens materiais e trata de dois assuntos de tamanho desigual: nosso relacionamento com o dinheiro (Mt 6,24) e nosso relacionamento com a Providência Divina (Mt 6,25-34). Os conselhos dados por Jesus suscitam várias perguntas de difícil resposta. Por exemplo, como entender hoje a afirmação: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24)? Como entender a recomendação de não nos preocupar com comida, bebida e roupa (Mt 6,25)? 


Mateus 6,24: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro. Jesus é muito claro na sua afirmação: “Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará a um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". Cada um, cada uma, terá que fazer uma escolha. Terá que se perguntar: “Quem eu coloco em primeiro lugar na minha vida: Deus ou o dinheiro?” Desta escolha dependerá a compreensão dos conselhos que seguem sobre a Providência Divina (Mt 6,25-34). Não se trata de uma escolha feita só com a cabeça, mas de uma escolha bem concreta de vida que envolve as atitudes. 

Mateus 6,25: Jesus critica a preocupação demasiada com comida e roupa. Esta crítica de Jesus até hoje provoca muito espanto no povo, pois a grande preocupação de todo pai e mãe de família é com comida e roupa para os filhos. O motivo da crítica é que a vida vale mais do que comida e o corpo vale mais do que a roupa. Para esclarecer sua crítica Jesus traz duas parábolas: dos passarinhos e das flores. 

Mateus 6,26-27: A parábola dos passarinhos: a vida vale mais que a comida. Jesus manda olhar os passarinhos. Não semeiam, não têm armazém, e no entanto sempre têm o que comer, porque o Pai do céu os alimenta. “E vocês valem mais que os passarinhos!” O que Jesus critica é quando a preocupação pela comida ocupa todo o horizonte da vida das pessoas, não deixando mais espaço para se experimentar e saborear a gratuidade da fraternidade e da pertença ao Pai. Por isso, criminoso é o sistema neo-liberal que obriga a grande maioria das pessoas a viverem 24 horas por dia preocupadas com comida e roupa, e que provoca na outra pequena minoria rica uma ânsia de comprar e de consumir a ponto de não deixar mais espaço para outra coisa. Jesus diz que a vida vale mais do que os bens de consumo! O sistema neoliberal impede a vivência do Reino. 


Mateus 6,28-30: A parábola dos lírios: o corpo vale mais que a roupa. Jesus manda olhar as flores, os lírios do campo. Com que elegância e beleza Deus as veste! “Ora, se Deus veste assim o capim, quanto mais a vocês, pessoas fracas na fé!” Jesus coloca um lembrete nas coisas da natureza, para que, vendo as flores e o capim, a gente se lembre da missão que temos de lutar pelo Reino e de criar uma convivência nova que possa garantir comida e roupa para todos.

Mateus 6,31-32: Não ser como os pagãos. Jesus retoma a crítica contra a preocupação demasiada com comida, bebida e roupa. E conclui: “São os pagãos que se preocupam com tudo isso!” Deve haver uma diferença na vida dos que têm fé em Jesus e dos que não tem fé em Jesus. Os que tem fé em Jesus partilham com ele a experiência de gratuidade de Deus como Pai, Abba. Esta experiência da paternidade deve revolucionar a convivência. Deve gerar uma vida comunitária que seja fraterna, semente de nova sociedade.

Mateus 6,33-34: O Reino em primeiro lugar. Jesus aponta dois critérios: “Buscar primeiro o Reino” e “Não preocupar-se com o dia de amanhã”. Buscar em primeiro lugar o Reino e a sua justiça significa buscar realizar a vontade de Deus e permitir que Deus possa reinar em nossas vidas. A busca de Deus se traduz concretamente na busca de uma convivência fraterna e justa. Onde houver esta preocupação pelo Reino, nascerá uma vida comunitária em que todos viverão como irmãos e irmãs e ninguém mais passará necessidade. Aí não haverá mais preocupação com o dia de amanhã, isto é, não haverá mais preocupação em acumular.

Buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça. O Reino de Deus deve ser o centro de toda a nossa preocupação. O Reino pede uma convivência, onde não haja acumulação e sim partilha, para que todos possam ter o necessário para viver. O Reino é a nova convivência fraterna, em que cada pessoa se sente responsável pela outra. Esta maneira de ver o Reino ajuda a entender melhor as parábolas dos passarinhos e das flores, pois para Jesus a Providência Divina passa pela organização fraterna. Preocupar-se com o Reino e a sua justiça é o mesmo que preocupar-se em aceitar Deus como Pai e em ser irmão e irmã uns dos outros. Frente ao crescente empobrecimento causado pelo neoliberalismo econômico, a saída concreta que o evangelho nos apresenta e os pobres encontraram para a sua sobrevivência é a solidariedade e a organização.

* Uma faca afiada na mão de uma criança pode ser arma mortal. Uma faca afiada na mão de uma pessoa amarrada com cordas é arma que salva. Assim são as palavras de Jesus sobre a Providência Divina. Seria anti-evangélico dizer a um pai de famílias desempregado, pobre, com oito filhos, e mulher doente: "Não se preocupe com o que vai comer e beber! Por que ficar preocupado com roupa e saúde?" (Mt 6,25.28). Isto só podemos dize-lo quando nós mesmos, imitando a Deus como Jesus, nos organizarmos entre nós para realizar a partilha dos bons, garantindo assim ao irmão a sobrevivência. Do contrário seríamos como os três amigos de Jó que, para defender a Deus, contavam mentiras sobre a vida humana (Jó 13,7). Seria “leiloar um órfão e traficar um amigo" (Jóַ 7,27). Na boca do sistema dos ricos, estas mesmas palavras podem ser armas mortais contra os pobres. Na boca do pobre, elas podem ser uma saída real e concreta para uma convivência melhor, mais justa e mais fraterna.
Para um confronto pessoal
1. Como eu entendo e vivo a confiança na Providência Divina?
2. Como cristãos temos a missão de dar uma expressão concreta àquilo que nos anima por dentro. Qual a expressão que estamos dando à nossa confiança na Divina Providência?

Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013_06_22_archive.html

SANTO DO DIA - 22/06/2013

22/06
S. Tomas More
São Tomas More nasceu no ano de 1477, em Londres. Tinha um caráter extremamente simpático. Estudo na Universidade de Oxford. Era jurista, pai de família, teve duas filhas e um filho, tendo sido nomeado chanceler do Reino.

Sua obra mais conhecida intitula-se Utopia, mas deixou várias obras escritas, versando sobre negócios civis e liberdade religiosa.

Na ocasião do divórcio de Henrique VIII, que desejava anular seu primeiro casamento a fim de casar-se com Ana Bolena, opôs-se duramente, recusando-se a comparecer aos cerimoniais de coroação da nova rainha. Foi preso e lançado na Torre de Londres por ordem do rei. Neste período de prisão, escreveu Diálogo do conforto nas tribulações.

Foi condenado à forca, no dia 06 de junho do ano 1535, mas não perdeu seu bom humor cristão, nem sua simplicidade, dizendo ao povo: Morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo.

Deus nosso Pai, pela fé em Jesus Cristo, somos vossos filhos e irmãos uns dos outros. 

LITURGIA DIÁRIA - 22/06/2013


Dia: 22/06/2013
Primeira Leitura: 2º Coríntios 12, 1-10

XI SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
1 Irmãos, será que é preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, passarei a falar das visões e revelações do Senhor.
Conheço um homem, unido a Cristo, que, há catorze anos, foi arrebatado ao terceiro céu. Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo, eu não o sei, só Deus sabe. 3Sei que esse homem – se com o corpo ou sem o corpo, não sei, Deus o sabe – foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que nenhum homem consegue pronunciar.
Quanto a esse homem eu me gloriarei, mas, quanto a mim mesmo, não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. No entanto, se eu quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a verdade. Mas evito gloriar-me, para que ninguém faça de mim uma ideia superior àquilo que vê em mim ou que ouve de mim. E para que a extraordinária grandeza das revelações não me enso­berbecesse, foi espetado na minha carne um espinho, que é como um anjo de Satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não me exalte demais.
A esse propósito, roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim. Mas ele disse-me: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”. Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. 10 Eis por que me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor a Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 33)

— Provai e vede quão suave é o Senhor!
— Provai e vede quão suave é o Senhor!
— O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
— Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada.
— Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias?


Evangelho (Mt 6,24-34)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24 “Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25 Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26 Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros?
27 Quem de nós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28 E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29 Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31 Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que vamos comer? Que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32 Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. 33 Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34 Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 22/06/20113

Ano C - DIA 22/06

Deus e as riquezas - Mt 6,24-34

“Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará o primeiro e amará o outro, ou aderirá ao primeiro e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro! Por isso, eu vos digo: não vivais preocupados com o que comer ou beber, quanto à vossa vida; nem com o que vestir, quanto ao vosso corpo. Afinal, a vida não é mais que o alimento, e o corpo, mais que a roupa? Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do que eles? Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida? E por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, gente fraca de fé? Não vivais preocupados, dizendo: ‘Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir?’ Os pagãos é que vivem procurando essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso. Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação! A cada dia basta o seu mal.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com os internautas que visitam este espaço:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
O amor e a paz de Deus nosso Pai,
que em Cristo nos libertou para que permanecêssemos livres,
estejam com todos nós
e nos mantenham firmes no evangelho de Jesus.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 6,24-34, e observo as recomendações de Jesus.
Jesus recomenda a confiança em Deus e a busca dos valores do Reino. Jesus nos ensina a sermos contemplativos na observação da natureza: as flores do campo, os passarinhos. Recomenda também a confiança em Deus para que cesse a preocupação com o alimento, o vestuário. E chega a dizer que este tipo de preocupação é de pessoas pagãs e não, de quem acredita no Pai. No final, recomenda uma ordem de valores que tem como prioridade o Reino de Deus.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Quais são os valores que ocupam o primeiro lugar na minha vida? Como ajudamos na construção do Reino de Deus?
Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram que a alegria que se recebe no encontro com Cristo deve ser comunicada a todos: "Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." (DAp 32).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço o oferecimento do meu dia:
Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que cria vida,
pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida,
pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas.
Inspira-nos com teu Espírito Santo]
os pensamentos que vamos alimentar,
as palavras que vamos dizer,
os gestos que vamos dirigir,
a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontrarmos,
os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos,
o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar,
a esperança que vamos promover,
a paz que vamos semear,
a fé que vamos viver,
o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor,
a não fugir diante das dificuldades,
mas a abraçar com amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo,
Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de confiança em Deus.
Vou lembrar muitas vezes o convite de Jesus: "Olhe os passarinhos do céu... olhe as flores... O Pai cuida".

Bênção


A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia silva, fsp

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Jesus: Assim é, filho, e não quero que busques uma paz isenta de tentações e contrariedades, mas que julgues ter achado a paz, ainda quando fores molestado de muitas atribulações e provado em muitas contrariedades. Se dizes que não podes sofrer tanta coisa, como suportarás, então, o purgatório? De dois males sempre se deve escolher o menor. Para escapar dos suplícios futuros, trata de sofrer com paciência os males presentes, por amor de Deus. Julgas, acaso, que nada ou pouco sofrem os homens do mundo? Tal não encontrarás, nem entre os mais regalados. ( Da escola da paciência e luta contra as concupiscências) 

Fonte: Imitação de Cristo

6ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum


Onde está o seu tesouro?


Mateus 6,19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
19 Não junteis tesouros aqui na terra,
onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam.

20 Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu,
onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam.

21 Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22 O olho é a lâmpada do corpo.
Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado.

23 Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão.
Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.



Reflexão

No evangelho de hoje continuamos nossa reflexão sobre o Sermão da Montanha. Anteontem e ontem refletimos sobre a prática das três obras de piedade: esmola (Mt 6,1-4), oração (Mt 6,5-15) e jejum (Mt 6,16-18). O evangelho de hoje e de amanhã trazem quatro recomendações sobre o relacionamento com os bens materiais, explicitando assim como viver a pobreza da primeira bem-aventurança: (1) não acumular (Mt 6,19-21); (2) ter a visão correta dos bens materiais (Mt 6,22-23); (3) não servir a dois senhores (Mt 6,24); (4) abandonar-se à providência divina (Mt 6,25-34). O evangelho de hoje trata das duas primeiras recomendações: não acumular bens (6,19-21) e não olhar o mundo com olhos doentes (6,22-23). 


Mateus 6,19-21: Não acumular tesouros na terra. Se, por exemplo, hoje na TV é dado o aviso de que vai faltar açúcar e café no próximo mês, todos vamos comprar o máximo possível de café e de açúcar. Acumulamos, porque não confiamos. Nos quarenta anos de deserto, o povo foi provado para ver se era capaz de observar a lei de Deus (Ex 16,4). A prova consistia nisto: ver se eles eram capazes de recolher só o necessário de maná para um único dia e de não acumular para o dia seguinte. Jesus diz: "Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam”. O que significa ajuntar tesouros no céu? Trata-se de saber onde coloco o fundamento da minha existência. Se o coloco nos bens materiais desta terra, sempre corro o perigo de perder o que acumulei. Se coloco o fundamento em Deus, ninguém vai poder destruí-lo e terei a liberdade interior de partilhar com os outros os bens que possuo. Para que isto seja possível e viável, é importante que se crie uma convivência comunitária que favoreça a partilha e a ajuda mútua, e na qual a maior riqueza ou tesouro não é a riqueza material, mas sim a riqueza ou o tesouro da convivência fraterna nascida a partir da certeza trazida por Jesus de que Deus é Pai/Mãe de todos. Onde está o teu tesouro (riqueza), aí está o teu coração.

Mateus 6,22-23: A lâmpada do corpo é o olho. Para entender o que Jesus pede é necessário ter olhos novos. Jesus é exigente e pede muita coisa: não acumular (6,19-21), não servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo (6,24), não se preocupar com comida e bebida (6,25-34). Estas recomendações exigentes tratam daquela parte da vida humana, onde as pessoas tem mais angústias e preocupações. É também a parte do Sermão da Montanha, que é a mais difícil de se entender e de praticar. Por isso Jesus diz: "Se teu olho estiver doente, ....". Alguns traduzem olho doente e olho são. Outros traduzem olho mesquinho e olho generoso. Tanto faz. Na realidade, a pior doença que se possa imaginar é uma pessoa se fechar sobre si mesma e sobre seus bens e confiar só neles. É a doença da mesquinhez! Quem olha a vida com este olhar viverá na tristeza e na escuridão. O remédio para curar esta doença é a conversão, a mudança de mentalidade e de ideologia. Colocando o fundamento da vida em Deus, o olhar se torna generoso e a vida toda se torna luminosa, pois faz nascer a partilha e a fraternidade. 


Jesus quer uma mudança radical. Quer a observância da lei do ano sabático, onde se diz que, na comunidade dos que crêem, não pode haver pobres (Dt 15,4). A convivência humana deve ser organizada de tal maneira que já não seja necessário uma pessoa se preocupar com comida e bebida, roupa e moradia, saúde e educação (Mt 6,25-34). Mas isto só é possível se todos buscarem primeiro o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6,33). O Reino de Deus é permitir que Deus reine e tome conta: é imitar Deus (Mt 5,48). A imitação de Deus leva à partilha justa dos bens e ao amor criativo, que gera fraternidade verdadeira. A Providência Divina deve ser mediada pela organização fraterna, Só assim é possível jogar fora toda a preocupação pelo dia de amanhã (Mt 6,34).


Para um confronto pessoal
1) Jesus disse: “Onde está tua riqueza, aí estará o teu coração”. Onde está minha riqueza: no dinheiro ou na fraternidade?
2) Qual a luz que está nos meus olhos para olhar a vida, os acontecimentos?