segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Evangelho do Dia - 03/06/2013

Ano C - DIA 03/06

Os lavradores maus - Mc 12,1-12

Jesus começou a falar-lhes em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para longe. Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha. Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. O proprietário mandou outro servo. Este foi espancado na cabeça e ainda o insultaram. Mandou um outro, e a esse mataram. [...]. Agora restava ainda alguém: o filho amado. Por último, enviou o filho aos agricultores, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Mas os agricultores disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Agarraram o filho, mataram e o lançaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a outros. Acaso não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?” Eles procuravam prender Jesus, pois entenderam que tinha contado a parábola com referência a eles. Mas ficaram com medo da multidão; por isso, deixaram Jesus e foram embora.


Leitura Orante

Oração Inicial


Colocamo-nos na presença de Deus, invocando Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Oração para antes de ler a Bíblia
Jesus Mestre, que dissestes:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles”, ficai conosco, aqui reunidos para melhor meditar e comungar com vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e de apostolado. Amém.


1- Leitura (Verdade)


O que o texto diz? Leio atenta, e lentamente, na Bíblia, o texto do dia: Mc 12,1-12.

Algumas perguntas podem me ajudar: Quais são as palavras-chaves do texto? Onde ocorre o fato? Que pessoas aparecem? Como interagem, como se relacionam? Quais expressões e atitudes revelam vida ou não-vida? Na parábola de Jesus vê-se a atitude carinhosa e paciente de Deus para conosco. Plantar a vinha e protegê-la com um vigia significa o amor de Deus pelo povo. Deus enviou diversos empregados para receber a sua parte na colheita. Enviou até seu Filho, mas todos foram mortos, rejeitados. Assim agiram com Jesus os líderes judeus.

2- Meditação (Caminho)


O que esse texto me diz hoje? Qual frase mais me toca o coração? Que atitude me sugere e me revela? Como assumir na minha vida os valores do Evangelho? Que aspecto de minha vida precisa ser mudado? Disseram os bispos, em Aparecida: “Certamente que a recordação de um passado glorioso não pode ignorar as sombras que acompanharam a obra de evangelização do continente latino-americano: não é possível esquecer os sofrimentos e as injustiças que infligiram os colonizadores às populações indígenas, pisoteadas em seus direitos humanos fundamentais. Mas, a obrigatória menção desses crimes injustificáveis – já condenados por missionários como Bartolomeu de las Casas e por teólogos como Francisco de Vitória, da Universidade de Salamanca – não deve impedir de reconhecer com gratidão a admirável obra realizada pela graça divina entre essas populações ao longo destes séculos”. No entanto, o mais decisivo na Igreja é sempre a ação santa de seu Senhor."(DAp 5)
Como acolho as mensagens que Deus me envia, os apelos que ele me faz? Acolho ou ignoro, ou, pior ainda, "mato" as propostas de Deus para dar-lhe o meu coração, a minha vida, a minha contribuição para o crescimento do Reino?

3- Oração (Vida)


O que a leitura e a meditação me fazem dizer a Deus? Tudo o que foi lido e meditado transformo em oração.Agora falo com Deus através do louvor, do agradecimento, da súplica, do pedido de perdão.
Rezo com Bento XVI:
Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, 
rosto humano de Deus e rosto divino do homem, 
acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu 
e a alegria de sermos cristãos. 
Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, 
que ilumine as nossas mentes e 
desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, 
o amor aos irmãos, 
especialmente aos aflitos,
e o ardor por anunciar-vos no início deste século. 
Discípulos e missionários vossos, 
nós queremos remar mar adentro, 
para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante, 
e construam com solidariedade a fraternidade e a paz.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Contemplar é ver a vida com os olhos iluminados pela Palavra e pelo Espírito. Pergunto-me: O que esse texto me leva a assumir na minha vida diária? Hoje me proponho acolher com amor todos os apelos de Deus.


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp

domingo, 2 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Oh! Quantas graças vos devo render, por vos terdes dignado mostrar a mim e a todos os fiéis o caminho direito e seguro para vosso reino eterno! Porque vossa vida é o nosso caminho e pela santa paciência caminhamos para vós, que sois nossa coroa. Sem vosso exemplo e ensino, quem cuidaria de vos seguir? Ah! Quantos ficariam atrás, bem longe, se não vissem vossos luminosos exemplos! E se ainda andamos tíbios, com tantos prodígios e ensinamentos, que seria se não tivéssemos tantas luzes para vos seguir? ( Como, a exemplo de Cristo, se hão de sofrer com igualdade de ânimo as misérias temporais) 

Fonte: Imitação de Cristo

9º DOMINGO Tempo Comum - Ano C


Lucas 7,1-10

Naquele tempo:
1 Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum.
2 Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito,
e que estava doente, à beira da morte.
3 O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus,
para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.
4 Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência:
'O oficial merece que lhe faças este favor,
5 porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga.'
6 Então Jesus pôs-se a caminho com eles.
Porém, quando já estava perto da casa,
o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
'Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa.
7 Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro.
Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado.
8 Eu também estou debaixo de autoridade,
mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens.
Se ordeno a um : 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem;
e ao meu empregado 'Faze isto!', e ele o faz'.'
9 Ouvindo isso, Jesus ficou admirado.Virou-se para a multidão que o seguia, e disse:
'Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.'
10 Os mensageiros voltaram para a casa do oficial
e encontraram o empregado em perfeita saúde.

 Reflexão

Lucas traz a narração da cura do servo do centurião depois das bem-aventuranças e o mandamento do amor. Não basta conhecer as Escrituras, observar a lei e invocar “Senhor, Senhor”, é preciso praticar as obras com amor e simplicidade, mente e coração. Disto brota a fé. O centurião romano é um “pequeno do Reino”: seu olhar sobre o servo e sobre Jesus é iluminado pelo amor e a humildade. Também os judeus que fazem de intermediários entre ele e Jesus falam dele como um homem bom: “Ele merece que tu lhe faças esta graça, porque ama o nosso povo, e foi ele quem construiu a sinagoga”. Ele é digno porque ama com fatos! A este elogio corresponde a humildade e a fé do centurião que enquanto reza o Senhor Jesus através dos amigos judeus pelo seu servo, faz uma das mais bonitas profissões de fé na eficácia de Sua Palavra: “Eu não sou digno..., mas diz uma só palavra e meu servo será curado”.

O poder da Palavra de Jesus realiza também em sua ausência! O centurião sabe que quando se tem amor no coração, as obras que derivam estão carregadas de amor. Eis a fé operosa. E Jesus fica admirado: "Nem em Israel encontrei uma fé tão grande!” A fé brota e crescer numa terra cheia de amor. Nem em Israel encontrei uma fé tão grande Várias reações, que podem ter algo surpreendente, se encontram, no episódio que nos propõe a liturgia de hoje. Narra-se um milagre de Jesus; um dos tantos, poderíamos dizer. No entanto, nele encontramos algo de diferente e de especial. Não podemos esquecer que Jesus sempre age no respeito de quem está diante dele; todo seu gesto, toda sua palavra assumem significados que ressoam sempre de modo pessoal.

Hoje, no centro encontra-se a figura do centurião, pagão e romano, que, porém, é bem quisto pelo povo; é ele que fez construir a sinagoga. O respeito pela religião do outro e sua bondade de coração são destacados por todos. Não surpreende, então, que ele mesmo se preocupe seriamente pela saúde de seu servo. Ainda um traço que faz ver como este centurião saiba viver no respeito do outro e no amor o lugar de responsabilidade que ocupa. Jesus sabe muito bem isto quando o encontra. As boas qualidades deste homem se manifestam, porém, totalmente na hora do encontro com o Mestre de Nazaré. Encontro de fé, como afirmará o próprio Jesus: fé verdadeira e vivida. Fé verdadeira porque o centurião confia completamente em Jesus; é uma fé que confia plenamente naquilo que Jesus teria podido fazer. Fé vivida realmente como demonstra a atitude do próprio centurião. Apresenta-se diante de Jesus com humildade, reconhecendo seu poder e seu ser limitado. Poderíamos questionar, quanto, na realidade, fosse consciente esta fé. O centurião tem outra mentalidade e outra religião, completamente diferente. A dúvida se o centurião seja plenamente consciente do messianismo divino de Jesus Cristo é legitima. O interesse dele pela construção da sinagoga foi só um gesto de cortesia ou o centurião, também nisto, demonstrou um interesse pla busca da religião verdadeira? Não conhecemos a resposta a esta pergunta; Jesus deve tê-la lida no coração e não estava interessado nisto. Ele viu plena sinceridade, humildade e disposição em acolher a verdadeira salvação e a partir desta fé realizou o milagre.

Para uma avaliação pessoal
• Diante de pessoas que acreditam ou tem uma fé diferente da minha, qual é minha atitude: de respeito ou de rejeição?
• A atitude de humildade se manifesta no amor e no respeito dos outros. Como estou normalmente agindo eu?
Reflexão 2: Um Cristão como o Centurião

O centurião é o terceiro nível da hierarquia militar romana. As legiões romanas tinham como unidade básica a Centúria. Esta é formada por um quadrado de 10 fileiras de 10 homens cada, dando o total de 100 soldados, de onde advém o nome centúria. O centurião era o soldado responsável por comandar a centúria, dando ordens que deveriam ser prontamente obedecidas pelos soldados, especialmente as formações militares.

A história que se passa nessa passagem do Evangelho de Lucas acontece na Cidade de Cafarnaum, que era uma das grandes cidades da Galiléia, muito próxima do Rio Jordão; e como ficava na estrada comercial que ia da cidade de Damasco ao Mar Mediterrâneo, o governo romano tinha lá uma milícia composta de cem soldados (centúria), sob a direção de um comandante (centurião).

Essa passagem que decorre durante os dez primeiros capítulos de Lucas, ficou marcada na história da humanidade porque o Centurião, que não pertencia ao povo de Deus, demonstrou a maior atitude de Fé do ministério terreno de Cristo.

O principal objetivo dessa mensagem é refletir sobre os pontos principais encontrados nessa demonstração de fé desse homem para refletirmos até que ponto nós nos assemelhamos a ele e o que precisamos fazer pra demonstrarmos tamanha fé.

I. AMOR PELO SERVO (v.2). A palavra grega significa “escravo”. O texto nos diz que ele muito estimava seu escravo. Este centurião era humanitário no que se referia aos seus escravos.

II. RESPEITO MÚTUO (v. 3). A Bíblia diz que o centurião “enviou uns anciãos dos judeus”. Que líderes entre os judeus tenham ido pleitear por ele mostra o respeito com que ele era tido.

III. INTERESSE PELO CULTO A DEUS (v. 5). O centurião estava interessado no culto judaico. Ele pode mesmo ter sido “temente a Deus”. Ele tanto ficou apaixonado pelo culto judeu que construiu a sinagoga.
IV. O RECONHECIMENTO DE SUA PEQUENEZ (vs. 6 e 7). Mesmo com toda importância que o cargo militar lhe conferia, ele reconheceu sua inferioridade diante do mestre. “Não sou digno”, expressa o sentimento de humildade demonstrado por esse militar romano. Essa atitude do centurião demonstrou para os judeus a seguinte afirmativa: o Império Romano está ABAIXO do Reino de Deus.

V. A MAIOR DEMONSTRAÇÃO DE FÉ (vs. 8 e 9). Os grandes reinos da antiguidade se valeram em determinar suas ações, leis e sentenças por meio de decretos e, na maioria das vezes, os reis não estavam presentes quando esses decretos eram lidos e impostos aos súditos. Porém, o não cumprimento dessas imposições, acarretava sérias conseqüências.
Posteriormente, os exércitos antigos também agiam dessa forma para passar as estratégias dos generais para seus comandantes e, estes, passarem para suas tropas. Mesmo não estando presente o general, as ordens eram cumpridas por seus súditos por causa autoridade a ele conferidos.
O centurião aqui exerceu a postura, não de comandante, mas, a de comandado. Ele foi educado no meio de uma rígida hierarquia. E ele fez menção disso. Mesmo estando sujeito à Roma, ele tinha CEM soldados sob o seu comando, pronto para atender às suas ordens.
Da mesma forma que esse oficial não precisaria estar presente para ter suas ordens executadas, não era necessário que Jesus fosse pessoalmente até o doente para curá-lo; bastava uma ordem de Jesus. A fé desse oficial foi especialmente surpreendente, porque ele era um gentio.

Essa demonstração de fé encantou a Jesus, que fez questão de dizer aos judeus que, nem mesmo entre eles (que deveria existir), encontrou tamanha demonstração.

Se analisarmos cada ponto desse texto que refletimos, veremos que não foi somente o que o centurião falou que demonstrou a grandeza de sua fé, mas todas as atitudes demonstradas nesta mensagem.

Precisamos agir como esse oficial, lembrando sempre que a demonstração dele chamou a atenção de Jesus, o Mestre.


AS CARACTERÍSTICAS DE UMA FÉ VITORIOSA!
1o) Uma fé que gera COMPAIXÃO:
(Vv.2-3: 2- E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. 3- Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.)
- Pedis e não recebeis por que pedis mal...
- Jesus foi compassivo, o centurião também o foi.
- O centurião não queria nada pra ele. Ele poderia pedir algo a Jesus, com certeza ele teria alguma coisa a pedir, mas preferiu priorizar o sofrimento do seu servo.
- Esse é o tipo de fé que não é usada em benefício próprio.
2o) Uma fé que gera HUMILDADE:
(Vv.4-6: 4- Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; 5- porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. 6- Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa.)
- O seus amigos diziam da sua dignidade e ele reconhecia a sua indignidade.
- O que se humilha, Deus exaltará.
- Humilhai-vos, portanto...
- Esse é o tipo de fé que reconhece a fragilidade humana.
3o) Uma fé que RECONHECE A AUTORIDADE DE JESUS:
(Vv.7-8: 7- Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. 8- Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.)

- Não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos.
- O centurião sabia da autoridade da palavra de Jesus. Não precisava nem de sua presença física.
- Essa é a fé que não precisa de fetiches, pois conhece o caráter do poder de Deus.
4o) Uma fé que TOCA O CORAÇÃO DE DEUS:
(V.9-10: 9- Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. 10- E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo.)
- A fé desse centurião pode ser comparada à fé que o Mestre pedia que os seus discípulos tivessem.
- É como se Jesus estivesse dizendo aos seus discípulos que esse homem estava praticando os conceitos ensinados no sermão do monte.
- Ele cria na autoridade de Jesus, mais até do que na pessoa, no corpo físico de Jesus.
- Esse é o tipo de fé que sabe quem é Deus.
O Senhor quer que creiamos mais em quem Ele é do que nas coisas que Ele faz. O Centurião tinha esse estilo de fé:
1.Uma fé que gera COMPAIXÃO;
2.Uma fé que gera HUMILDADE;
3.Uma fé que RECONHECE A AUTORIDADE DE JESUS;
4.Uma fé que TOCA O CORAÇÃO DE DEUS.

Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013/05/9-domingo-tempo-comum-ano-c.html

SANTO DO DIA - 02/06/2013

02/06
Santo Erasmo
A tradição cristã, descreveu a vida de Erasmo com passagens surpreendentes. Ele pertencia ao clero da Antioquia. Foi forçado durante a perseguição do imperador Diocleciano a se esconder numa caverna no Monte Líbano, durante sete anos. Capturado e longamente torturado foi levado para ser julgado pelo imperador que tentou de todas as formas fazer com que renegasse a fé em Cristo. Porém, Erasmo se manteve firme e por isso novamente voltou para a prisão. De lá foi milagrosamente libertado por um anjo que o levou para a Dalmácia onde fez milhares de conversões, durante mais sete anos.

Na época do imperador Maximiano, novamente foi preso e no tribunal além de destruir um ídolo falso, declarou sua incontestável religião cristã. Esta atitude de Erasmo fez milhares de pagãos se converterem, que depois foram mortas pela perseguição desse enfurecido imperador. Outra vez teria sido horrivelmente torturado e também libertado, agora pelo arcanjo Miguel que o conduziu para a costa do sul da Itália. Alí se tornou o Bispo de Fornia, mas por um breve período. Morreu pouco depois devido às feridas de seus dois suplícios, por este motivo recebeu o título de Mártir.

As muitas tradições descreveram algumas particularidades sobre as crueldades impostas nas suas torturas. Dizem que seu ventre fora cortado e aos poucos os seus intestinos eram retirados. Devido a este suplício Santo Erasmo se tornou para os fiéis o protetor das enfermidades do ventre, dos intestinos e das dores do parto.

Os marinheiros ainda hoje são muito devotos de Santo Erasmo, ou São Elmo, como também o chamam. Desde a Idade Média eles o tomaram como seu padroeiro, invocado-o especialmente durante as adversidades no mar.

As fontes históricas da Igreja também comprovam a existência de Erasmo como Mártir e Bispo de Fornia, Itália. Dentre elas estão o Martirológio Gerominiano que indicou o dia 02 de junho para sua veneração e a inscrição do seu nome entre os mártires no Calendário marmóreo de Nápoles.

O Papa São Gregório Magno, no fim do século VI, escrevendo ao bispo Bacauda, de Fornia, atestou que o corpo de Santo Erasmo estava sepultado na igreja daquela diocese. No ano de 842, depois de Fornia ser destruída pelos árabes muçulmanos, as suas relíquias foram transferidas para a cidade de Gaeta e escondidas num dos pilares da igreja, de onde foram retiradas em 917. A partir de então Santo Erasmo foi declarado padroeiro de Gaeta, e em sua homenagem foram cunhadas moedas com a sua esfinge.

Após a recente revisão do calendário litúrgico, a Igreja manteve a festa deste santo, no dia em que sempre foi tradicionalmente celebrado.
São Marcelino e São Pedro
São Marcelino era sacerdote e São Pedro cumpria o ministério de exorcista. Foi relatado por São Damasco que quando menino ouviu do próprio carrasco dos Santos o relato da morte deles. O algoz referiu que havia disposto a decapitação dos dois no centro de um bosque justamente para não ficar nenhuma lembrança: ambos tiveram de limpar com as próprias mãos a pequena superfície que ia banhar-se de sangue.

Os corpos desses mártires ficaram escondidos por algum tempo, numa límpida gruta, até que, impulsionada pela devoção, Lucila, piedosa matrona, deu-lhe digna sepultura. Desde 1751 a básilica dos santos Marcelino e Pedro, edificada sobre alicerces que parecem remonatr à segunda metade do século IV e onde se encontra talvez a morada de um dos dois santos titulares, esta localizada onde avia Labicana cruza com a via Merulana, nas proximidades de São João de Latrão e Santa Maria Maior. 

LITURGIA DIÁRIA - 02/06/2013


Dia: 02/06/2013
Primeira Leitura: 1º Reis 8, 41-43

IX DOMINGO DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - I semana do saltério)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis:
Naqueles dias, Salomão rezou no Templo, dizendo: 41“Senhor, pode acontecer que até um estrangeiro que não pertence a teu povo, Israel, 42escute falar de teu grande nome, de tua mão poderosa e do poder de teu braço. Se, por esse motivo, ele vier de uma terra distante, para rezar neste templo, 43Senhor, escuta então do céu onde moras e atende a todos os pedidos desse estrangeiro, pra que todos os povos da terra conheçam o teu nome e o respeitem, como faz o teu povo Israel, e para que saibam que o teu nome é invocado neste templo que eu construí”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 116)

— Ide, vós, por este mundo afora e proclamai o Evangelho a todos!
— Ide, vós, por este mundo afora e proclamai o Evangelho a todos!
— Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
— Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!


Segunda Leitura (Gl 1,1-2.6-10)

Início da Carta de São Paulo aos Gálatas:
1Eu, Paulo, apóstolo – não por iniciativa humana, nem por intermédio de nenhum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos – 2e todos os irmãos que estão comigo, às Igreja da Galácia.
6Admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho. 7Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o evangelho de Cristo.
8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado.
9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado.
10Será que estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Lc 7,1-10)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.
3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.
4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”. 6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado: ‘Faze isto’!, ele o faz”.
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.
10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 02/06/2013

Ano C - DIA 02/06

Jesus cura o empregado de um oficial romano - Lc 7,1-10

Quando terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: “Ele merece este favor, porque ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós”. Jesus foi com eles. Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande”. Aqueles que tinham sido enviados voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura, agradecendo por este momento muito especial de encontro com a Palavra na grande rede da web.
Agradeço-te, meu Deus,
porque me chamaste,
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia,
muitas vezes difíceis e pesadas,
para aqui me encontrar contigo.
Dispõe o meu coração na paz e na humildade
para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra.
Em nome do Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 7,1-10 - Jesus cura sem limites.
O oficial romano, por ser pagão, era para os judeus “ impuro”, isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava com um pagão e, muito menos, entrava na sua casa. Era o preconceito por ser considerado impuro. O oficial romano é também chamado “centurião”, derivado de “cento”, ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que vão crer em Jesus. Fica também entendido, neste fato do Evangelho, que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino.


2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim?
Jesus não se deixa vencer pelo preconceito. Deixou-se vencer pela humildade e pela fé do oficial romano. Questiono-me se a minha fé me permite abrir as portas da minha casa, do meu coração, da minha família, do meu trabalho para Cristo. Pergunto-me ainda se me deixo vencer por algum preconceito. Se ainda não tenho fé que rompe as fronteiras, vou repetir hoje muitas vezes:
Senhor! Eu não mereço que o Senhor entre na minha casa.
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "Neste momento, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: “Como vamos saber o caminho?” (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai., quem tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: “que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado” (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tuas palavras dão vida eterna” (Jo 6,68); “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)" (DAp 101).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com o centurião, a canção do Pe. Zezinho.
Eu não sou digno, ó meu Senhor
Eu não sou digno,
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa
porque és tão Santo e eu pecador
eu nem me atrevo a ti pedir este favor
Eu não sou digna, ó meu Senhor
Eu não sou digna,
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa
meu coração é tão pecador
eu nem me atrevo a ti pedir este favor

Mas se disseres uma palavra,
a minha casa se transformará
Uma palavra é suficiente
suavemente ela nos salvará (2x)
Álbum: CD Canções que a fé escreveu, Faixa: 14

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Lembrarei do centurião e me motivarei no dia de hoje, com as palavras do papa Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a João Paulo II: “Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada – absolutamente nada – do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida.”


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


sábado, 1 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl 116,2). De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão. (Da leitura das Sagradas Escrituras) 

Fonte: Imitação de Cristo

Sábado da 8ª Semana Tempo Comum



A AUTORIDADE DE JESUS
Marcos 11,27-33

Naquele tempo:27 Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém.Enquanto Jesus estava andando no Templo, os sumos sacerdotes,
os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram:28 'Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?'29 Jesus respondeu: 'Vou fazer-vos uma só pergunta.Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso.30 O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me.'31 Eles discutiam entre si: 'Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer:'Por que não acreditastes em João?'32 Devemos então dizer que vinha dos homens?'Mas eles tinham medo da multidão,porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta.33 Então eles responderam a Jesus: 'Não sabemos.'E Jesus disse: 'Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas.'


Reflexão

Quem chega para Jesus e faz a pergunta que da sequência ao texto, é gente que tem autoridade: “os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos”, diz Marcos. E o que dita a autoridade deles sobre os outros, ou seja, aquilo que os coloca acima e outros abaixo, aquilo que faz deles gente que manda e dos outros gente que a eles obedece é o seu poder, o seu dinheiro, a sua posição em relação aos outros, o que eles são e outros não, entre outras coisas. E, como em cima não cabe todo mundo, eles não querem aquele sujeito chamado Jesus lá, por isso a pergunta que quer derrubá-lo é feita: “com que autoridade?”, ou, também, para ser mais direto: “quem você pense que você é para fazer essas coisas?” Ele sabia que não poderia responder tal pergunta, pois, se respondesse provavelmente geraria uma situação negativa para seu ministério. Mas Jesus era dotado de uma sabedoria divina que fez com que Ele saísse desde combate vitorioso. Depois de ter lido este texto, despertou em mim o desejo de saber qual é a autoridade que Cristo possui.

A palavra “autoridade” vem da palavra Hebraica que traduzida para o grego é exousia (impondo) ou (pondo), termo usado para as mãos, na cerimônia de ordenação de um Juiz ou Rabino. Impor as mãos é na Bíblia, um ato simbólico que confere ou transfere um cargo, junto com seus deveres e privilégios, representando o derramar das bênçãos e dons de Deus necessário para a obra. Podemos citar a ordenação de Josué por Moisés (Dt 34,9).

Se seguirmos Marcos, o texto que lemos Jesus não responde, ele faz apenas uma pegadinha com a autoridade de João Batista, e eles ficam sem resposta, e ele, Jesus, também não dá nenhuma resposta. Não porque não pudesse dar uma resposta. Ele poderia ter dito que era um grande profeta, ou o Messias, o Cristo, ou o “Filho de Deus”. Poderia ter dito que fazia aquilo em nome de Deus, por mando d’Ele, com a autoridade vinda d’Ele. Pois essa autoridade ele tinha. Mas não o fez. Por quê? Porque Jesus não entendia a autoridade como um princípio de poder. Mas sim como um princípio de valores. Ele não queria uma autoridade dada por seus títulos, “Filho do Homem” (que não propriamente um título, mas sim uma forma de mostrar-se igual), Rabi, Messias, Cristo, Filho de Davi, Filho de Deus, etc. Nem queria uma autoridade dada por aquilo que ele era, nem por aquilo que ele poderia fazer a partir de seu poder. Jesus não queria estar acima, ser obedecido ou seguido por conta disso, mas sim por conta dos valores que ele estava deixando. Pois ele não veio para mostrar quem ele era: “olha para mim eu sou o Cristo”, mas para dizer este é o caminho, estes são os valores, essas são as palavras, este é o evangelho, este é o Reino de Deus. Se há alguma autoridade, a autoridade que há está nisso, em princípios de valores.

Esse é o fim da autoridade. E não é só o mundo de hoje, o nosso mundo da tela global, que é avesso a toda a forma de autoridade, Jesus também era. Pelo menos da autoridade baseada em princípios de poder. Quando Jesus curava, quando ele ajudava, quando ele fazia o que fazia ele não estava querendo acrescentar feitos poderosos ou ajuntar poder, mas era por uma questão de valores. Quando ele chega a Jerusalém, Marcos 11,01ss, e é aclamado com louvores: “Bendito é o que vem em nome do Senhor!, Hosana”, e purifica o templo, Marcos 11,12ss, tudo isso é feito por um princípio de valor, são os valores do evangelho, do Reino. O templo era para ser casa de oração para todos e não um covil de ladrões e salteadores. Esse era o real valor, isso o autorizava. Pois a sua autoridade estava nos seus valores.

Assim, conhecer a Jesus, dar autoridade a Jesus, colocá-lo acima, louvá-lo, obedecê-lo, segui-lo, caminhar nos seus caminhos, ser seu servo etc, significa não só reconhecer quem Ele é, o “com que autoridade”, mas sim conhecer e viver os princípios de valor que ele deixou que consistem no Serviço: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder, autoridade sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos”. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".
Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013_06_01_archive.html

SANTO DO DIA - 01/06/2013

01/06
Aníbal Maria di Francia (Beato)
Filho de nobres da aristocracia siciliana, Aníbal Maria di Francia, nasceu na cidade italiana de Messina, no dia 05 de julho de 1851.

Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna, lhe desenvolveu um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem.

Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e se ordenou sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres se deu poucos meses antes de sua consagração quando conheceu a Casa de Avinhon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local esse que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério. Nele realizou o que definiu como o "espírito da dupla caridade: evangelização e socorro aos pobres", iniciando a criação dos Orfanatos Antonianos, masculinos e femininos, colocados sob a guarda de Santo Antônio de Pádua. Para mantê-los, não teve dúvidas, se tornou mendicante, indo de porta em porta pedir subsídios. Depois desenvolveu a devoção do "pão de Santo Antônio", responsável por muito tempo pela sustentação de suas obras.

Os milhões e milhões de pessoas ainda não evangelizadas eram um pensamento constante que o consumia. Pregando ao Espírito Santo encontrou a luz para essa inquietação no próprio Senhor Jesus que disse: "Rogai ao Senhor da Messe, para que envie trabalhadores para Sua Messe". Assim inspirado fundou duas Congregações religiosas: as Filhas do Divino Zelo em 1887 e, dez anos depois, os Rogacionistas do Coração de Jesus.

Dizia freqüentemente que a Igreja, para realizar a sua missão, tem necessidade de sacerdotes, numerosos e santos, segundo o Coração de Jesus. Padre Aníbal viveu por esta grande causa, com fama de santidade, em meio aos mais necessitados e abandonados. Além disso, deu uma atenção concreta às necessidades espirituais e materiais dos sacerdotes.

Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o "Pai dos órfãos e pobres", até morrer, no dia 01 de junho de 1927. O seu corpo foi sepultado no Templo da Rogação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Antonio de Pádua, fundado por ele em 1926, em Messina.

O Papa João Paulo II proclamou Beato o Padre Aníbal Maria di Francia, marcou sua celebração litúrgica para o dia de seu trânsito e o definiu como o "apóstolo da moderna pastoral vocacional", em 1990.
João Batista Scalabrini (Beato)
João Batista Scalabrini, nasceu perto de Como, Itália, em 08 de julho de 1839. A sua família era humilde, honesta e cristã. Ele desejou se tornar padre e entrou no Seminário Diocesano, no qual se distinguiu pela inteligência e perseverança. Foi ordenado sacerdote em 1863. Iniciou o apostolado como professor do Seminário e colaborador em paróquias da região. Possuía alma de missionário, mas não conseguiu realizar sua vontade de ser um deles, na Índia.

Scalabrini foi designado pároco da paróquia urbana de São Bartolomeu, em 1871. Seu ministério foi marcante e priorizou a catequese da infância e da juventude. Atento aos inúmeros problemas sociais do seu tempo, escreveu vários livros e publicou inclusive um catecismo.

Ao ser nomeado Bispo de Piacenza, ficou surpreso.Tinha trinta e seis anos e lá permaneceu quase trinta como pastor sábio, prudente e zeloso. Reorganizou os seminários, cuidando da reforma dos estudos eclesiásticos. Foi incansável na pregação, administração dos sacramentos e na formação do povo.

Scalabrini como excelente observador da realidade de sua época, fundou um Instituto para surdos-mudos e uma Organização Assistencial para mulheres abandonadas das zonas rurais, pertencentes a sua diocese. Mas o trabalho que mais o instigou e para o qual não media esforços foi o que desenvolveu com os migrantes. Entre os anos de 1850 a 1900, eram milhões de europeus que deixaram seus lares e pátria em busca da sobrevivência. Para eles o bispo Scalabrini criou a Casa dos migrantes.

Um dia, ele estava na estação ferroviária e viu centenas de migrantes esperando, com suas trouxas, o trem que os levaria ao porto de embarque. A situação de pobreza e abandono destes irmãos infelizes marcaram para sempre seu coração. Em seguida, Scalabrini recebeu uma carta de um emigrante da América do Sul, suplicando que um padre fosse para aquele continente, porque, como dizia: "aqui se vive e se morre como os animais".

A partir daquele momento, Scalabrini foi o apóstolo dos italianos que abandonaram a própria pátria. Em 1887, fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeo, conhecidos atualmente como padres scalabrinianos, para a assistência religiosa, moral e social aos emigrantes em todo o mundo e criou a Sociedade São Rafael, um movimento leigo a serviço dos migrantes.

Ele próprio planejou e realizou viagens para visitar os missionários na América Latina, pois queria que estivessem estimulados e encorajados a dar a assistência religiosa e social aos emigrantes. Percebendo que sua obra não estava completa, em 1895, fundou a Congregação das Missionárias de São Carlos Borromeo, hoje das irmãs scalabrinianas, e concedeo reconhecimento diocesano às Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração, enviando-as para o trabalho com os emigrantes italianos do Brasil em 1900. Apesar de todo esse trabalho, jamais descuidou de sua diocese.

Scalabrini dizia que sua inspiração tinha origem na ilimitada fé em Jesus Cristo presente na Eucaristia e na oferta Dele na Cruz. Morreu no dia 01 de junho de 1905, na cidade de Piacenza, Itália, deixando esta mensagem aos seus filhos e filhas: "Levai onde quer que esteja um migrante o conforto da fé e o sorriso de sua pátria... Devemos sair do templo, se quisermos exercer uma ação salutar dentro do templo". O Papa João Paulo II, o beatificou com o título de "Pai dos Migrantes" em 1997.
S. Justino
São Justino nasceu em Flávia Neápolis, na Samaria no início do século II, ano 103. A caminhada de sua conversão a Cristo incursionou pelas escolas estóica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Aos 30 anos de idade teve um encontro com um velho sábio de Cesaréia que o convenceu que a verdade absoluta residia no cristianismo, tornando-se um propagador e proclamando ao mundo essa sua descoberta. Era definido como Filósofo cristão e cristão filósofo.

Escreveu três apologias, a mais célebre delas é o Diálogo com Trifão, em seus escritos porque abre caminhos à polêmica anti-judaica na literatura cristã. Seus escritos também nos oferecem importantes informações sobre ritos e administração dos sacramentos na Igreja primitiva.

Em sua viagem a Roma, foi denunciado como cristão por Crescêncio e Trifão com quem havia disputado por muito tempo. Foi condenado à morte igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos foram decapitados pela sua fá em Cristo, durante a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano.

Do martírio de São Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas. 

LITURGIA DIÁRIA - 01/06/2013


Dia: 01/06/2013
Primeira Leitura: Eclesiástico 51, 17-27

SÃO JUSTINO, MÁRTIR

(vermelhos, pref. comum ou dos mártires - ofício da memória)


Leitura do Livro do Eclesiástico. 
7Quero dar-te graças e louvar-te, e bendirei o nome do Senhor. 18Na minha juventude, antes de andar errante, procurei aberta­mente a sabedoria em minhas orações; 19diante do santuário eu suplicava por ela, e até o fim vou procurá-la; ela floresceu, como a uva temporã. 20Meu coração nela pôs sua alegria; ­meu pé andou por um caminho reto, e desde a juventude segui suas pegadas. 21lnclinei um pouco o ouvido e a acolhi, 22e en­contrei para mim abundante instrução, e por meio dela fiz gran­des progressos: 23 por isso glorifico a quem me dá a sabedoria. 24Porque resolvi pô-la em prática, procurei o bem e não serei confundido. 25Minha alma aprendeu com ela a ser valente e na prática da Lei procurei ser cuidadoso. 26Levantei minhas mãos para o alto e me arrependi por tê-la ignorado. 27Para ela orien­tei a minha alma e na minha purificação a encontrei.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (SI 18,8-11) 


 — Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
 — Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.

 — A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. 
— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. 
— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente. 
— Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.


Evangelho (Mc 11,27-33)
  

 — O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos
 — Glória a vós, Senhor.  

 Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusa­lém. Enquanto Jesus estava andando no Templo, os sumos sa­cerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fa­zer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se res­pondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles respon­deram a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 01/06/2013

Ano C - DIA 01/06

Autoridade do amor - Mc 11,27-33

Jesus e os discípulos foram outra vez a Jerusalém. Enquanto andava pelo templo, os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” Jesus disse: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Respondei-me, que eu vos direi com que autoridade faço isso. O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me!” Eles discutiam entre si: “Se respondermos: ‘Do céu’, ele dirá: ‘Por que não acreditastes em João?’ Vamos então responder: ‘Dos homens’?…” – Eles tinham medo do povo, já que todos diziam que João era realmente um profeta. Responderam então a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus retrucou-lhes: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas!”


Leitura Orante

Oração Inicial


Começo pedindo luzes para todos que nos encontramos neste espaço virtual,
para bem rezarmos a Palavra:
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Jesus Mestre, que dissestes:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles”, ficai conosco, aqui reunidos para melhor meditar e comungar com vossa Palavra.

Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.

Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e de apostolado.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mc 11,27-33, e observo as palavras de Jesus que fala sobre autoridade.

Neste encontro de Jesus com os doutores da lei, fica comprovado que é difícil convencer que se recusa a crer. Sobretudo, depois que viram e testemunharam claramente a autoridade de Jesus como Filho de Deus. Como a intenção dos líderes não era saber, mas confundir, Jesus lhes responde utilizando o estilo rabínico: com outra pergunta.

2- Meditação (Caminho)


2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo este amor anunciado por Jesus? Mais que isto: este preceito do amor? É meu distintivo? Os bispos, na Conferência de Aparecida, falaram da autoridade de Jesus que é amor. "A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Te seguirei por onde quer que vás" (Lc 9,57).(DAp 136).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Disponho-me a colaborar com Jesus Mestre na sua missão para todos e rezo:

Jesus Mestre, 
vós dissestes que a vida eterna consiste em conhecer a vós e ao Pai.
Derramai sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no vosso seguimento,
porque sois o caminho para o Pai.
Fazei-nos crescer no vosso amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do vosso Evangelho.
Com Maria, Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos a vossa Palavra, meditando-a em nosso coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, 
tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de acolhimento da autoridade de Jesus.
Sou seu/sua discípulo e missionário.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp