quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Palavras de JESUS a Santa Ângela de Foligno



Biografia

Santa Ângela de Foligno, Virgem

Nascida em Foligno, na Itália, Ângela era filha de pais nobres, e deles recebeu aprimorada educação. De beleza não comum, de maneiras afáveis, Ângela, bem nova ainda, contraiu núpcias com um cavalheiro distintíssimo de sua terra. Abençoada de prole numerosa, não lhe faltaram os cuidados múltiplos de mãe de família; mas tempo bastante lhe sobrava para dedicar-se a caprichos de vaidade, a festas e divertimentos de toda a sorte. Esta mudança no pensar e proceder da filha era objeto de sérias apreensões da parte dos pais, que não perderam ocasião de mostrar a Ângela a inconveniência de sua conduta. Debalde foram esses esforços e as admoestações dos pais. Ângela contrapunha as exigências de sua posição, a que entendia dever sacrificar as aspirações religiosas.
Não obstante, os conselhos paternais não perderam de todo o valor. Ângela, que a princípio tanto amor manifestava às coisas frívolas desse mundo, mais tarde confessou: “Descontente de mim mesma, comecei a pensar seriamente em minha vida. Deus fez-me conhecer os meus pecados, e minha alma encheu-se de pavor, prevendo a possibilidade de minha condenação; tamanha era minha vergonha, que não achei coragem de confessar todos os pecados, do que resultou que diversas vezes recebi os santos Sacramentos sacrilegamente. Vi  minha consciência atormentada dia e noite. Pedi a Nossa Senhora, que me conduzisse a um sacerdote esclarecido, ao qual pudesse fazer minha confissão geral. Esta oração foi ouvida; não senti, porém, nenhum amor a Deus, mas tanto mais arrependimento, dor e vergonha dos meus pecados”. Feita a conversão, Ângela ficou firme nas resoluções e fiel no cumprimento dos deveres.
Esta constância mereceu-lhe ainda graças preciosíssimas; a dum grande e perseverante arrependimento dos pecados e uma devoção terníssima à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Embora se lhe tornasse difícil, ajudada pelo auxílio da graça divina, Ângela modificou radicalmente a vida. Antes tão ávida de diversões, procurou em seguida os doces e suaves prazeres do lar; antes vaidosa e opulenta, dispôs das jóias, transformando-as em ricas esmolas; antes dissipada, tornou-se amante do recolhimento e da meditação. “Tudo isto – ela mesma confessou – me era extremamente difícil; faltava-me ainda o doce consolo do amor de Deus, que suaviza as coisas mais difíceis; era obrigação minha agradar a meu esposo e tomar em consideração os deveres do meu estado, por maior que fosse minha vontade de abandonar tudo e morrer a mim mesma”.
Estava determinado nos planos de Deus que, com prazo de poucos intervalos, Ângela perdesse o marido e todos os filhos.
Indizível lhe era o sofrimento. A graça de Deus, porém, preparando assim para Ângela o caminho da perfeição, fez cicatrizar também estas feridas.
Ângela, livre de todos os laços que a prendiam à terra, santificou sua viuvez  ao pé do crucifixo, fazendo o voto de castidade e pobreza e pediu admissão na Ordem Terceira de São Francisco. A vaidade, a sensibilidade, a febre do desejo de agradar aos homens, deram lugar à humildade, à mortificação e ao amor de Jesus Crucificado. A devoção à  Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor tomou-lhe posse da alma e de todas as aspirações. Na meditação dos sofrimentos do Homem Deus achou paz e consolo.
Jesus distinguiu-a com aparições e fê-la participar da cruz. Grandes eram os seus sofrimentos corporais e espirituais; de todos o maior era uma contínua perseguição diabólica. O demônio, apresentando-lhe continuamente ao espírito a vida pecaminosa de outrora, queria arrancar-lhe a fé na misericórdia divina, no valor de suas obras de penitência e importunava-a com tentações as mais terríveis contra a santa pureza, tanto que Ângela mesma confessa: “Seria mais tolerável para mim sofrer todas as dores, suportar as torturas mais horrorosas dos mártires, que me ver exposta às tentações diabólicas contra a pureza”.
A oração e as obras de caridade foram as armas com que venceu nesta luta tremenda. Quotidiana era sua visita aos pobres doentes no hospital, aos quais, além da esmola espiritual, levava também o socorro material, ganhando assim as almas para Jesus Cristo.
Assim correu a vida de Santa Ângela, até o dia em que Deus a chamou para a eterna recompensa. No dia que lhe precedeu a morte, sentiu-se livre de todas as dores e tentações e uma felicidade celestial inundou-lhe a alma. Nesta disposição recebeu os santos Sacramentos, e entrou no reino da glória, no dia da oitava da Festa dos Inocentes, conforme tinha profetizado. O Papa Inocêncio XII inseriu-lhe o nome no catálogo dos Santos da Igreja.



ASSIM eu lhe suplico: Leia as palavras de JESUS a Santa Ângela de Foligno que seguem. MEDITE! 

        “Oh! Mulher, repara em Mim, flagelado e coroado de espinhos! Contempla as Minhas Chagas e as Minhas Feridas! Depois... escuta e reflete: 

Durante a Minha vida terrena, vivi como manso cordeiro; fui ao Calvário, sem abrir a boca; tratei com doçura a samaritana e ela se converteu; comovi o coração de Maria Madalena, a pecadora e a fiz predileta e uma santa; ao cruzar as ruas da Palestina, pronunciava palavras de Luz, de Paz e de Amor; os Meus ensinamentos eram doces como mel. Mas um dia, ao lançar um olhar divino por todos os séculos, vendo como o mal inundava, impetuoso e ultrajava os Meus Templos, pronunciei palavras de fogo: “Ai do mundo por causa dos seus escândalos!... Ai de quem escandalizar! Seria melhor que lhe atassem uma pedra de moinho ao pescoço e o arrojassem no mar!”.

       Quem pronuncia este “AI”, é um DEUS abandonado por muitos sacerdotes, religiosos e leigos que não vivem, realmente, o que lhes preguei. Sou Eu, JESUS, que sofri tanto para salvar as almas; sou Eu o Juiz Supremo da Humanidade, dessa humanidade que entre outros pecados, Me crucifica novamente com as sua modas indecentes! Eu pronunciarei a sentença eterna para cada alma: Paraíso.... ou inferno!

       Reflete, mulher, que segues a moda licenciosa e pensa com serenidade, um momento, sobre os graves escândalos que provocas aos que te olham, te desejam e te ferem com frases grosseiras, por causa de tuas roupas ajustadas, transparentes, decotadas e curtas.

       Oh mulher, porque ultrajas os Meus templos, fazendo exibição do teu corpo? Porque só te ocupas em agradar e tentar os homens?! Porque transformas a Minha Casa de Oração num lugar de anatomia, onde abundam cabeças, troncos, extremidades e até a marca de tua roupa interior? Os Meus templos são profanados por causa das tuas roupas sensuais e provocadoras.

       Diz-Me, mulher, as tuas virtudes onde estão? O teu pudor, a tua modéstia, a tua humildade, onde estão? As tuas modas, que tanto tentam, são diferentes das de uma atéia? Absolutamente nada! Podes até iludir-te, a ti própria dizendo: “Que mal há em seguir esta moda?” ou “As outras mulheres também o fazem!” e... “Há sacerdotes que não proíbem e até aceitam!”...  Esta ilusão é para ti, mas a realidade é bem outra diferente. A conduta incorreta de tantas mulheres, mesmo cristãs, não justifica a má conduta própria. Se as outras mulheres se quiserem condenar, seguindo o que o mundo lhes apregoa, porque hás tu de te condenar?

       Todos os pecados que provocam nos outros, as tuas calças “coladas”, shorts, mini-saias, blusas e vestidos transparentes e decotados, fora ou dentro da Igreja, são imputáveis aos que te olham, mas mais que a ninguém, são imputáveis a ti, que és a sua causa voluntária.

       Eu, o Legislador Divino, disse: Se alguém olhar para uma mulher com malícia, já pecou em seu coração.A moral que Eu ensinei é una, inviolável e eterna, enquanto que as modas são muitas. A Minha Igreja, não tem modas! O mundo tem-nas todas. Se, realmente, Me amas... deves seguir a Minha Vida, cheia de abnegação e sacrifício... Por isso deves abandonar as modas que atentam contra a Moral e a Fé!

       Estreita é a porta que conduz ao Céu e larga a que leva ao inferno; a maioria elege a última. Estar contra as modas indecentes e não as usar é muito difícil; é necessário muito amor para Comigo, para não se deixar arrastar por elas.

       Eu fui enviado ao mundo, não para fazer a Minha Vontade, mas a d’Aquele que Me enviou. Tu foste enviada ao mundo, não para viver, fazer e usar o que te apetece, mas para realizar a Minha Santa Vontade. Ou tu estas Comigo, ou estás contra Mim! Ou estás Comigo, ou estás com as modas sem pudor... o que escolheres dar-te-á a eternidade da Minha Glória ou a eternidade das penas.

      Quando a morte te arrancar deste mundo, cheio de vaidades e luxos sem razão e chegardes a Minha Presença para ser julgada... vendo os pecados que os homens cometeram ao olhar para o teu corpo escassamente coberto, tu própria ficarás envergonhada.

      Que pretexto poderás então apresentar-Me? Ai de ti mulher pelos teus escândalos! Ai de ti que perdeste o pudor e a vergonha! Porque procedes assim? Porque me crucificas novamente com os cravos da tua imodéstia?

      Quando, de forma irrespeitosa, Me recebes na Comunhão, quanta amargura sinto ao entrar no teu corpo, que é motivo de tantos pecados nos homens e de mau exemplo para as poucas mulheres que tu, com desdém e desprezo, chamas “antiquadas”,! Asseguro-te, que muitas destas antiquadas estão Comigo, enquanto muitas “modernas” sem pudor, como tu, estão “gozando” no inferno”.

       Os casamentos que se celebram, também esbofeteiam ao Meu Rosto, quando as noivas e madrinhas se aproximam do Altar meio despidas, assim como muitas de suas convidadas... Tem a hipocrisia tal, que mesmo semi-nuas, levam no pescoço uma formosa cruz metálica, sinal de sua “grande catolicidade”. A verdade é que são sepulcros branqueados, cheios de luxo por fora e... vazias de humanidade e caridade por dentro.

        Ai, ai, ai! De todos aqueles sacerdotes que temem, ou não querem proibir que se espezinhem e profanem os Meus templos, com a nudez das modas. Muitos deles, deixaram-se seduzir pela sua presença e não querem ser rigorosos no cumprimento dos seus deveres. Eu fui atraiçoado por um falso apóstolo. E hoje, há falsos sacerdotes, religiosos e leigos, que, de forma clandestina, estão trabalhando para destruir a Minha Igreja. Falseiam a Minha Doutrina, permitindo tudo e criando um cristianismo fácil...

       Nos Meus Templos vêem-se coisas mais profanas. Por exemplo: Maquilagens, penteados exóticos, jóias, amuletos, óculos de sol, finos e raros tecidos... Outros, por sua vez, dedicam-se a comer, fumar, mastigar pastilhas elásticas, conversar, dormir, estudar, namoriscar, cruzar as pernas, aplaudir, bailar, cantar canções profanas e os “parabéns a você”, bisbilhotar, passear admirando obras de arte, tirar fotos durante a Santa Missa, etc. etc, como se estivessem num pic-nic. Pobres deles! Estão convertendo a Minha casa de Oração em lugar de pecados e...ninguém sai em Minha defesa...Todos calam e fogem.. Ninguém se arrisca e todos lavam as mãos como Pilatos... Onde estão os que deram a sua vida por Mim?

       Se um político, um desportista ou um artista lhes dizem: “Façam isso! Usem aquilo!”, todos o imitam... Eu, em troca, prometo-lhes o Prêmio Eterno se cumprirem os Meus Mandamentos e quase ninguém faz caso dos meus convites.
         
       Ai, ai, ai! Das minhas religiosas que, nas suas instituições e Colégios, não aconselham as suas alunas sobre a sã e correta maneira de se vestirem!...

       Ai, ai, ai! Das freiras que adaptam sua vestimenta às das mulheres mundanas; os vossos pecados estão a esgotar a Minha Paciência!...

      Ai, ai, ai! Dos pais e mães que, seguindo o ritmo imoral das modas, pervertem os filhos com o uso das mesmas e os tornam motivo de  escândalo!...

      Ai, ai, ai! De todos aqueles seculares que não resolvem aconselhar com energia tantos irmãos equivocados, sobre a necessidade e a obrigação de abandonarem as modas e ações que desvirtuam o Meu Evangelho!....

      Ai, ai, ai! De todas aquelas pessoas que, de uma ou outra maneira, fomentam, comercializam e permitem toda espécie de despudor! Sei muito bem que quereis corromper a mulher para assim, com mais facilidade, destruirdes a Minha Igreja, a Família e a Pátria!...

      A todas as pessoas digo: É responsável do pecado quem o comete e quem, tendo o dever de impedi-lo, covardemente o não impede! “Tomam-se severas medidas para lutar contra a fome, as pestes a pobreza e as impurezas da atmosfera, mas contempla-se com complacência, a contaminação dos espíritos” ( S.S.Paulo VI)

       A Minha Justiça destruiu as cidades imorais de Sodoma e Gomorra. Pior será o castigo que terá lugar dentro de pouco tempo, como vem anunciando a Minha Santíssima Mãe em La Salette, Lurdes, Fátima e outros lugares.

       Oh! Almas que viveis no lodo imoral, na vida cristã fácil, cômoda e libertina, semeando por toda a parte a morte espiritual, olhai-Me crucificado..! Meditai sobre o inferno, onde caem as tantas almas que, no seu tempo, viveram dando-se a todos os gostos, prazeres, modas, diversões, etc. etc. Que será de vós?

       As mulheres que quando viviam eram louvadas, aplaudidas, admiradas, imitadas e perseguidas por tanto exibicionismo dos seus corpos, agora, quem se recorda delas? Onde estão as suas conquistas? Onde estão o seu dinheiro, jóias, fama? Onde estão os corpos que tanto mostravam? Fogo eterno os consome, fogo que devora e não mata... Ao contrário, as que aqui viviam modestamente, suportando azedas críticas e zombarias que ferem, por causa de seu pudor e respeito para Comigo, gozam para sempre a eternidade na Minha companhia e na de Maria, Minha Mãe Santíssima.

        Se a tua mão, o teu pé, o teu olho ou... as tuas modas são motivo de escândalo, corta-os e atira-os para longe de ti, pois mais te vale entrar SEM eles no Reino dos Céus, que caíres COM os  mesmos no Fogo Eterno. Quem teme e respeita os homens e as modas não é digno de Mim!

        A todos os homens e mulheres digo: Apartai-vos das modas ofensivas e pecaminosas... ainda que percais a família, amigos, dinheiro, fama e a própria vida.
        Aos meus fiéis bispos, sacerdotes, religiosas e seculares, convido-os a quem com Prudente Valentia, defendam a Minha Causa e os Meus templos do aviltamento das modas obcenas e vergonhosas; caso contrário, o Braço da Minha Divina Justiça cairá rigoroso sobre todos aqueles que tem obrigação de dar testemunho da Minha Vida.

        Bem aventurado quem escuta as Minhas Palavras e as pratica!

        Posteriormente, JESUS foi consultado se esta mensagem não seria forte demais e ferir a certas pessoas, Ele respondeu:

        Ainda que faleis palavras de verdade que possam ferir... essas feridas serão a salvação. Falai a verdade, porque a verdade só pode ferir àquele que não pertence a verdade... E essas Palavras procedem do Meu Espírito. Ainda vos digo mais: Não gosto da covardia! Eu não Me ocultei para falar as Palavras do PAI”.

       Reconhecendo, humildemente a sua culpa, Santa Angela, começou a fazer uma pormenorizada e perfeita confissão de todas as suas culpas, nos mínimos detalhes. Então, para cada detalhe, por mínimo que fosse, JESUS expôs a ela a imensidão de seu sofrimento, dizendo-lhe:

       “Minha filha, mesmo que estivesses contaminada por mil doenças, mesmo que estivesses morta por mil mortes, Eu poderia curar-te com o remédio do Meu Sangue, sendo apenas necessário que tu quisesses lavar Nele a tua alma”.

         Esses pecados do teu corpo, que acabastes de Me confessar, uma a um, mostrando uma verdadeira dor, por teres desagradado a DEUS com eles e os quais incorrestes com o lavar, pentear, ungir, pintar, decorar, encaracolar teus cabelos, com o dar vistas, com o envaidecer-te, com a procura da vanglória e com os quais aparecestes ao olhos do mundo como uma inimiga de DEUS e merecestes, aos olhos do PAI, o mais profundo lago do inferno, o desprezo eterno e a eterna abjeção, todos estes pecados, Minha filha, EU Mesmo os redimi com o Meu vivo sangue e com a penitência e mortal da Minha Paixão.

         De fato, para descontar a vaidade dos penteados, das pomadas, dos perfumes com que tornaste bem luzidias, encaracoladas e triunfantes as tuas cabeleiras, os Meus cabelos foram arrancados, a Minha fronte foi trespassada, a Minha cabeça foi ferida, chagada, ensopada em sangue e exposta à chacota sob uma vil coroa de espinhos.

        Também pelos pecados do teu rosto, em que tu própria incorreste, perfumando-o, maquilando-o, expondo-o aos olhares impuros dos homens e sentindo prazer com seus cobiçosos louvores, Eu mesmo te dei o remédio da Minha dor, uma vez que,  em desconto destes pecados, todo o Meu rosto foi manchado e desfigurado com sórdidos escarros e as Minhas faces deformadas e inchadas pelas atrozes bofetadas, tiveram que passar pelo contato de um pano sujo e humilhante.

        Pelos pecados dos teus olhos, com que tu olhaste para coisas vãs e nocivas, sentindo tantas vezes deleite, a vista do mal alardeado ou exibido contra DEUS, senti os Meus olhos queimarem-Me, pelo amargor das lágrimas e pelo acre do sangue que, escorrendo da Minha cabeça, me punha diante de um obscuro e mudo véu.

      Pelos pecados dos teus ouvidos, com que ofendeste a Deus, ouvindo coisas vãs e malignas e comprazendo-te nelas, Eu fiz a maior penitência que se pode imaginar: ouvi as palavras mais atrozes e abjetas, as falsas acusações, as repulsas, os insultos, as maldições, as chacotas, as blasfêmias, a iníqua sentença de morte, pronunciada por todo um povo e, o que mais Me encheu de angustia, o pranto chorado por Mim na terra, pela Minha mãe, por toda a Minha abandonada dor.

      Pelos pecados da tua boca e da tua garganta, com que satisfizeste, com alimentos saborosos e bebidas excelentes, tive Eu a boca definhada pela fome, pelo enjôo e pelo ardor e enfastiada pelo vinagre, pela mirra e pelo fel.

      Pelos pecados da tua língua, sempre disposta para as rejeições, para as calúnias, para as chacotas, para as maldições, para as blasfêmias, para os perjúrios e para as palavras pecaminosas, tive Eu a Minha língua, que não poderia falar senão em verdade, muda e imóvel perante os falsos juízes e falsos acusadores e pelos Meus próprios carrascos, pelos que Me crucificaram.

      Pelos pecados do teu olfato, que sempre se deleitou com flores bem cheirosas e com frescos perfumes, senti Eu o fedor abominável dos escarros e suportei-os na Minha própria face, nos olhos e nas narinas.

      Pelos pecados que fizeste com o teu pescoço, agitando-o na ira, na soberba, na sensualidade e empertigando-o orgulhosamente contra DEUS, tive Eu o Meu pescoço inteiriçado e curvado para a terra, pelas punhadas e pelas cotoveladas.

     Pelos pecados dos teus ombros e das tuas costas, que tu tens, com falsa docilidade, tantas vezes curvados sob agradáveis pesos da vaidade, da conveniência, da indiferença, arrastei Eu fatigosamente a pesada Cruz, de todo o Meu corpo, que se sentia já antecipadamente suspenso.

     Pelos pecados das tuas mãos e dos teus braços, com os quais tu cometeste tantas ações más, com os quais tocastes tantas coisas impuras e abraçastes tanta carne, as Minhas mãos, trespassadas por cavilhas duras e aguçadas, foram pregadas a Cruz e esmagadas e apertadas pelas grossas cabeças dos cravos, tiveram que suster o peso desamparado de todo o Meu corpo.

     Pelos pecados do teu coração, tantas vezes agitado pela ira, pela inveja, pela maldade, pelo amor impuro, pelas abjetas concupiscências, pelas sôfregas ambições, o Meu Coração e o Meu Peito, trespassados por uma agudíssima lança, derramaram abundantemente o remédio para curar todas as paixões do coração humano, ou seja, a água para extinguir o ardor das abjetas concupiscências e amores doentios e o Sangue, para acalmar as iras, as maldades e os rancores.

      Pelos pecados dos teus pés, com os quais dançaste perdida e sensualmente te balançaste, neste teu andar peneirento e impensadamente vagueaste, afastando-te do reto caminho e da meta, Eu tive os Meus pés, não ligados por tortuosa corda, mas trespassados e cravados no madeiro da Cruz, com um único, rígido e quadrado cravo; e, em vez dos teus sapatinhos de bico e perfurados, os Meus pés foram cobertos pela vermelha rede que sobre eles fazia o sangue, descendo a riachos das Minhas feridas abertas.

     Pelos pecados de todo o teu corpo, com que tão voluntariamente te entregaste a luxos molengões, ao sono, ao ócio, Eu fui horrivelmente flagelado, estendido e retesado na Cruz, como uma pele, cravado no madeiro e tão apertadamente, que senti em todo o Meu corpo a sua áspera dureza, enquanto um verdadeiro banho de sangue vertia dos meus membros até a terra. E assim, estive entregue a um atrocíssimo tormento, até que, morto por cruéis carnífices, exalei o Meu Poderoso Espírito.

    Pelos pecados que tu cometeste, enfeitando-te com vestidos, modas e adornos supérfluos, vãos, estranhos e mesmo ridículos, Eu fui colocado na Cruz nu, tal como nasci da Virgem, estive ao vento, ao frio, ao ar que me rodeava de todas as partes, estirado e exposto aos olhares dos homens e das mulheres, lá bem no alto, a fim de que melhor me vissem e mais fosse escarnecido e mais sofresse as lancetadas da vergonha.

    Pelos pecados que cometeste, adquirindo mal as tuas riquezas, estimando-as e retendo-as mal e esbanjando-as ainda pior, Eu fui tão pobre, que não só não tive, nem palácio, nem casa, nem simples tegúrio, onde poder nascer ou viver, mas nem sequer quando morto, tive um túmulo onde Me pudessem colocar. E se a piedade não tivesse movido um homem da terra a compadecer-se da Minha miséria e a depositar os Meus despojos no seu sepulcro, os ossos do Meu Corpo teriam sido abandonados aos cães e aves de rapina. Mas Minha pobreza foi ainda para além de tudo isso: dei o Meu Sangue e a Minha Vida, até a última gota, até ao último suspiro, aos desprotegidos e aos pecadores, e, tanto em vida como na morte, tão pobre quis ser e permanecer, que não conservei para Mim, parte alguma de Mim mesmo.

      ESTAS PALAVRAS, diz Santa Angela, desciam ao mais íntimo de minha alma, uma a uma e uma a uma, a enchiam de amargura, de vergonha, de dor e de espanto. Via como pelos meus vergonhosos gozos sentidos, a Alma de JEUS havia sentido, dentro de si mesma, todas dores, todas as angustias, todas as atrocidades e todos os martírios. Que a soma de todas estas angustias era feita num verdadeiro grito.
 

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Quando o homem chega ao ponto de não buscar sua consolação em nenhuma criatura, só então começa a gostar perfeitamente de Deus, e anda contente, aconteça o que acontecer. Então não se alegra pela abundância, nem se entristece pela penúria, mas confia inteira e fielmente em Deus, que lhe é tudo em todas as coisas, para quem nada perece nem morre, mas por quem vivem todas as coisas e a cujo aceno, com prontidão, obedecem. (Da diligente emenda de toda a nossa vida)
 
Fonte: Imitação de Cristo

João Evangelista: viu e acreditou (Jo 20,2-8)

João Evangelista: "Viu e acreditou!"
        Eu costumo dizer que quando alguém fala ou escreve sobre outra pessoa, acaba revelando mais sobre si mesmo do que sobre a pessoa de quem fala ou escreve. Assim é com São João Zebedeu (o Evangelista). Hoje é o dia dele, e a Liturgia escolhida para refletirmos é a que narra o momento em que ele e Pedro descobrem que Jesus não estava mais no túmulo.
        É interessante observar que João não costuma citar seu próprio nome nas suas narrações, mas o seu título de "discípulo amado". O que podemos concluir disso? Que João se sentia,de fato, mais amado por Jesus que os outros. Mas será que os outros também não se achavam mais amados que os demais? Ou ao menos, amados compativelmente a abertura que eles davam ao amor de Jesus?
        O que eu quero dizer nessa primeira parte da reflexão é que nós sentimos o amor de Jesus de acordo com a abertura que nós damos ao amor dEle por nós. João era o discípulo mais aberto ao amor, talvez fosse o mais carente, já que era o mais jovem... E Jesus não o deixou desamparado: "Mulher, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua mãe."
        O outro ponto que gostaria de frisar na reflexão de hoje é a última frase: "Ele viu e acreditou." Acreditou em quê? Afinal, Maria Madalena havia dito que não sabia para onde haviam levado o corpo do Senhor. O estilo de narrar de São João não deixava tudo bem explicado, como São Lucas, por exemplo. Quando São João diz que "viu e acreditou" naquele momento, nós deduzimos que ele viu o túmulo vazio e acreditou na Ressurreição de Jesus. E isso nos leva a uma conclusão óbvia: ele e os outros apóstolos, mais do que não acreditar, não entendiam o que Jesus havia falado e repetido várias vezes sobre a Ressurreição. Provavelmente, este foi o momento em que João teve aquele "estalo"! O momento em que "apareceu aquela lâmpada acesa em cima de sua cabeça", e ele percebeu como tinha sido burro e incrédulo, de não ter entendido e acreditado antes naquilo que Jesus já vinha falando há tanto tempo de forma tão clara!
        Mas ele entendeu e acreditou! E você? Acredita mesmo que Jesus ressuscitou, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai, onde há de julgar os vivos e os mortos? Ou só repete isso, sem pensar no que está dizendo? O nosso cristianismo só existe até hoje porque pessoas sérias acreditaram nisso a tal ponto que preferiram morrer a negar essa crença. E nós só conseguiremos trazer mais pessoas se acreditarmos que Jesus ressuscitou e nós também iremos ressuscitar um dia...

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com


Fonte: http://reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com.br

SANTO DO DIA - 27/12/2012

27/12
São João
São João era filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, de profissão pescador, originário de Betsaida, como São Pedro e Santo André e pertenceu ao grupo dos Doze Apóstolos de Jesus. Foi o Mestre quem impôs o apelido humorista a ele e a seu irmão Tiago chamando-os Boanerges, ou seja, "filhos do trovão", para nos indicar um temperamento vivaz e impulsivo, alheio a compromissos e hesitações, até parecendo intolerante e cáustico.

Foi também testemunha da transfiguração, da cura da sogra de Pedro, da agonia no Getsêmani (Mateus 26,37). Ele e Pedro prepararam a Páscoa. Juntamente com Tiago, pediu a Jesus que fizesse descer o fogo do céu sobre os samaritanos... São Paulo o chama de uma das colunas da Igreja de Jerusalém. O autor do quarto Evangelho e do Apocalipse, será classificado pelo Sinédrio como indouto e inculto. No entanto, o leitor mesmo que leia superficialmente os seus escritos percebe não só o arrojo do pensamento, mas também a capacidade de revestir com criativas imagens literárias os sublimes pensamentos de Deus. A voz do juiz divino é como o mugido de muitas águas.

João é sempre o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. É a águia que desde o primeiro bater das asas se eleva às vertiginosas alturas do mistério trinitário: No principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus". João está entre os mais íntimos de Jesus e nas horas mais solenes de sua vida ele está perto. Está a seu lado na hora da ceia, durante o processo, e único entre os apóstolos, assiste à sua morte junto com Nossa Senhora.

Conforme tradição unânime ele viveu em Éfeso em companhia de Nossa Senhora e sob o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, daí saindo ileso e, todavia com a glória de ter dado testemunho. Depois do exílio de Patmos tornou definitivamente a Éfeso, onde exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, como também o Apocalipse e o Evangelho. O Evangelho de João mostra que Deus ama os homens e em Jesus dá-lhes a vida. Em Jesus vemos e compreendemos o que devemos ser, como devemos agir: sermos irmãos, colocando-nos aos serviços uns dos outros. Em sua carta, ele mostra o dinamismo do amor: Não é possível amar a Deus sem amar o próximo, formando comunidade.

São João morreu em Éfeso durante o império de Trajano (98-117) e aí foi sepultado.

LITURGIA DIÁRIA - 27/12/2012



Dia: 27/12/2012
Primeira Leitura: 1º João 1, 1-4

SÃO JOÃO
APÓSTOLO E EVANGELISTA
(branco, glória, prefácio do Natal - ofício da festa)
 
 
Leitura da Primeira Carta de São João.

1Caríssimos, o que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida – 2de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós –; 3isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 4Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique completa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 96)

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
— As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
— Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu Santo nome!



Evangelho (João 20,2-8)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 

O Evangelho do Dia - 27/12/2012

Ano C - Dia: 27/12/2012



O discípulo amado
Leitura Orante


Jo 20,2-8


Domingo bem cedo, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
- Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado. Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto do Evangelho, na Bíblia: Jo 20,2-8
Maria Madalena vai bem cedo, quando ainda era escuro, ao túmulo. Isto simboliza a crença de que as trevas apagaram a luz. Sua caminhada em direção ao túmulo significa as buscas das comunidades que anseiam a vida, mas que a procuram em lugar errado.
Já o "outro discípulo", João, o discípulo amado, viu o túmulo vazio e creu. Quem ama acredita, o amor dá créditos, gera a fé.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me: para onde caminho? Para o túmulo vazio, no escuro? Ou sob o impulso do amor que me leva a descobrir a vida nova, Jesus Cristo vivo na minha comunidade? Creio como o discípulo amado, João?
Leio em voz alta para mim e para mais alguém que estiver comigo, a mensagem dos bispos, inspirada, no convite dos discípulos de Emaús:
""Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina" (Lc 24,29).

Fica conosco, Senhor, acompanha-nos ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.

Fica conosco, porque ao redor de nós as mais densas sombras vão se fazendo, e Tu és a Luz; em nossos corações se insinua a falta de esperança, e tu os faz arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu tens ressuscitado e que nos tem dado a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.

Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.

Fica em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as em suas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza. Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.

Fica, Senhor, com aqueles que em nossas sociedade são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade. Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças. Oh bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos! Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!" (DAp 554).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis
e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade,
tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito
como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou cultivar um olhar que descobre na comunidade a Vida, os sinais de Vida, a presença do Ressuscitado.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


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Irmã Patrícia Silva, fsp

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Peleja como bom soldado e, se alguma vez caíres por fraqueza, torna a cobrar maiores forças que as anteriores, tendo certeza que receberás mais copiosa graça; acautela-te, porém, muito contra a vã complacência e a soberba. Por falta desta vigilância andam muitos enganados e caem, às vezes, em cegueira incurável. A ruína destes soberbos, que loucamente presumem de si próprios, sirva-te de cautela e te conserve na virtude da humildade. ( Da prova do verdadeiro amor)
 
Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 26/12/2012

26/12
Santo Estevão
Estevão, como se lê nos Atos dos Apóstolos (cap.7), cheio de graça e de força. Era judeu da diáspora e morava em Jerusalem. Fazia parte dos sete diáconos que haviam sido encarregados pelos Apóstolos de assistirem os necessitados da comunidade (Atos 6,1-6).

A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, pôs tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos. Entre eles sobressaía o jovem Estevão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto zelo e com tamanho sucesso que os judeus "chegando de improviso, arrebataram-no e o levaram à presença do Sinédrio. Lá apresentaram falsas testemunhas que depuseram: "Este homem não cessa de falar contra o Lugar Santo e contra a Lei. Ouvimo-lo dizer que Jesus Nazareno destruiria este Lugar e modificaria as tradições que Moisés nos legou".

Como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiramente resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter blasfemado nem contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o Templo. Demonstrou de fato que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manisfestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, porque "dando altos gritos, taparam os ouvidos, precipitaram-se sobre ele, levaram-no para fora da cidade e o apedrejaram."

Com os joelhos dobrados debaixo de uma chuva de pedras, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a cruz: "Senhor, não lhes imputes este pecado."

A descoberta de suas relíquias no ano 415, suscitou grande emoção na cristandade.

SER CRISTÃO É ESSENCIALMENTE SER MÁRTIR


 


 

Que tua conduta e tua palavra possam significar um chamamento de Deus à mente e ao coração dos que d’Ele estão longe (Pio XII, Papa). 

 
Depois de celebrar o nascimento do Filho de Deus como nosso irmão, e nosso Salvador, nós nos encontramos com o martírio do jovem Estevão. O martírio de Estevão quer nos revelar que o Menino Jesus recém-nascido em Belém é o mesmo que mais tarde, por fidelidade à sua missão, entregará sua vida na Cruz para salvar a humanidade. Os anjos do Natal anunciaram o nascimento do Salvador: “Hoje nasceu para vós um Salvador”. É pela cruz que Jesus nos salva.  Jesus será o primeiro mártir, testemunha do amor de Deus vivido até o fim, até as ultimas conseqüências (Jo 13,1; 3,16). Estevão será logo o primeiro entre os seguidores que imitam Jesus no martírio. Em outras palavras, Estevão é chamado de “proto-mártir” porque teve a honra de ser o primeiro mártir que derramou seu sangue por proclamar sua em Jesus Cristo. Mas o próprio Jesus será o primeiro mártir, por excelência.

 
Estevão é o verdadeiro reflexo do próprio Jesus porque ele acreditava e vivia totalmente a mensagem de Jesus. Ele, como Jesus, fez aquilo que é tão difícil para a vida normal: amar e rezar pelos inimigos. “Senhor, não lhes leves em conta este pecado”, assim ele rezou pelos inimigos que o apedrejaram até a morte (At 7,60; cf. Lc 23,34; Mt 5,44-48). Esta é a novidade do Evangelho, capaz de suscitar uma pergunta, pois aquele que vive profundamente o Evangelho de Jesus Cristo é capaz de orar e amar aquele que o destrói. Por isso, viver de acordo com o Evangelho não é tão fácil como se imagina.

 
Mas a celebração do martírio de santo Estevão é uma festa gozosa porque sua morte é um novo nascimento, é a participação da Páscoa de Jesus. O longo discurso de Estevão em At 7, de puro conteúdo pascal, expressa claramente a conflitividade da pregação da ressurreição de Jesus que levou Estevão ao martírio.  Como Jesus Cristo e o seu proto-mártir, Estevão, todos os cristãos são chamados a serem testemunhas/mártires da boa Noticia com a totalidade de sua vida.

 
Na parte central dos grandes discursos que dão ritmo a Atos, Pedro repete: “Nós somos testemunhas” (cf. At 2,32;3,15;10,41). Ser testemunha era a identidade dos discípulos de Jesus. O anúncio da palavra de Deus e o testemunho de vida são palavras-chaves e inseparáveis na obra de Lucas, de modo especial na segunda obra (Atos). Testemunhar significa provar com a própria vida aquilo que se fala, se professa e no que se acredita, assumindo todas as conseqüências.

          
Mas não se trata de testemunhar uma idéia, um conjunto de verdades; mas trata-se de testemunhar o próprio Jesus Cristo Ressuscitado. Por isso, o anúncio pode ser feito por todos e para todos, porque não pressupõe nem culturas nem diplomas. Sendo o próprio Jesus Cristo, é suficiente tê-Lo encontrado como aquele quesentido a toda a vida. Para anunciar Jesus Cristo Ressuscitado não se requerem qualidades específicas, mas uma fidelidade. Testemunhar Jesus é provar com a própria vida que é ele o sentido profundo de nossa vida e da vida do mundo e a garantia nossa tanto no presente como no futuro (cf. Jo 14,6). Não se trata de testemunhar Jesus Ressuscitado temporariamente. Temos que ser perseverantes no nosso testemunho em qualquer circunstância. Na escolha de um caminho de vida, não basta o entusiasmo do primeiro momento nem as afirmações exaltadas de amor a Jesus. A salvação para cada um de nós e para melhorar o mundo, depende da nossa perseverança na vivência dos ensinamentos de Cristo.

 
No evangelho lido neste dia, Jesus não esconde a verdade aos cristãos: o evangelho provoca, muitas vezes, a oposição e perseguição. Isto não espanta Jesus. Ele pede aos cristãos para se manterem valentes como Ele até o fim (cf. Jo 16,33). Jesus salvou a humanidade comportando-se como ovelha ou na linguagem do evangelista João como cordeiro: simples e manso (Mt 11,28-30).

 
A oposição e a perseguição vêem, muitas vezes, da própria família: “O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão”. O ódio pode nascer em qualquer pessoa e em qualquer lugar. Jesus nos sugere uma solução: “Permanecei fieis!”. É conservar a firmeza e o valor, contra toda decepção, contra toda oposição e contra todo fracasso. O que conta é a salvação eterna. Precisamos saber que Jesus está conosco (Mt 28,20). Na obscuridade do fracasso estamos seguros de que Jesus, com toda certeza, virá e salvará os seus. Mas Jesus nos alerta e nos afirma: “Aquele que perseverar até o fim, será salvo”. Será que sou perseverante em tudo como cristão? 

LITURGIA DIÁRIA - 26/12/2012



Dia: 26/12/2012
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 6, 8-10; 7, 54-59

SANTO ESTÊVÃO
DIÁCONO E PROTOMÁRTIR
(vermelho, glória, prefácio do Natal - ofício da desta)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

8Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. 10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
7,54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 30)

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve. Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me.
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel. Vosso amor me faz saltar de alegria, pois olhastes para as minhas aflições.
— Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão!



Evangelho (Mateus 10,17-22)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.