domingo, 23 de setembro de 2012

Fotos da Missa de Encerramento da Festa de São Joaquim

Confira as fotos da Missa Solene do encerramento da Festa de São Joaquim do Bairro de Boa Passagem, que teve inicio com a celebração nas Residências no dia 14 deste mês, e as Novenas do Tríduo na ultima quinta-feira dia 20/09 com Passeata, hasteamento da Bandeira e abertura oficial da Festa e ontem foi a ultima Novena da Festa que encerrou-se com um jantar de Confraternização. Hoje o Encerramento Oficial da Festa com a Celebração da Santa Missa presidida pelo nosso Pároco Pe. Alexandre, com procissão seguida do arreamento da Bandeira e Benção Final.





















































 

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Sabem os cidadãos do céu quão ditoso é aquele dia; sentem os desterrados filhos de Eva quão triste e amargo é este da vida presente. Os dias deste tempo são curtos e maus, cheios de dores e angústias. Neles se vê o homem manchado de muitos pecados, enredado de muitas paixões, angustiado de muitos temores, inquietado com muitos cuidados, distraído com muitas curiosidades, emaranhado em muitas vaidades, cercado de muitos erros, oprimido de muitos trabalhos, acossado por tentações, enervado pelas delícias, atormentado pela penúria. ( Do dia da eternidade e das angústias desta vida)
 
Fonte: Imitação de Cristo

Qual de nós é o maior? (Mc 9,30-37)


Prezadas irmãs, e prezados irmãos.   A primeira leitura nos coloca dentro da mente de um injusto.  Nos leva a entender como ele pensa a respeito do justo.
"Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação."
O justo é aquele que incomoda o injusto, porque vai denunciar o seu agir contrário a legalidade. O justo ao denunciar os atos errados do injusto, acaba por ocasionar a sua ira, pois ele não se considera errado, mais sim esperto.
        Dizem  que os ladrões, se consideram muito espertos, e chamam os trabalhadores de otários. Isto é um exemplo de inversão da escala dos valores. E outro exemplo disso, está na sala de aula. Os alunos problemas,  ou bagunceiros, não se consideram errados. Tanto é que eles ficam indignados quando são punidos pela sua indisciplina, e quando chegam em casa  contam o ocorrido na escola do seu jeito, e  obriga o pai ou a mãe a ir na escola dar "uma dura" na professora ou professor, dizendo que ele  o está perseguindo.
Na carta de Tiago, refletimos sobre o pensamento: O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz.  Ou seja, a paz é fruto da justiça, por que sem justiça não há paz. Para haver paz, não pode haver ciúmes, pois este vai gerar contendas, desentendimentos, os quais são decorrentes das nossas paixões. 
A rivalidade acontece quando cobiçamos e invejamos as qualidades do outro ou da outra. Porque sentimos ciúmes, procuramos inventar alguns defeitos no irmão, ou melhor, transformando suas qualidades em defeitos. E somos rivais, exatamente  porque somos iguais. Exemplo: Se sou extrovertido, eu enxergo com facilidade essa qualidade em outra pessoa e a trans formo em defeito, dizendo que aquela pessoa gosta de aparecer.
        E, em nossas orações, poderemos até ter a "cara de pau" de pedir a Deus que nos ajude a passar a perna nos nossos concorrentes ou rivais. Mais é o tipo de oração que não passa de uma blasfêmia, na qual não vamos conseguir absolutamente nada, porque.
        Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.   
No evangelho, nota-se que a competição e a inveja pode acontecer nas melhores famílias, até mesmo nas famílias ou nas comunidades cristãs.  O padre Marcelo Rossi com aquela voz tão linda, teve de se expor menos, para não incomodar...  Pelo menos é o que se percebe.
        Os apóstolos vinham pelo caminho discutindo quem seria o maior. E Jesus, como vê os pensamentos, já sabia o que eles vinham conversando, mais para pô-los em seus devidos lugares, perguntou.  "De que faláveis pelo caminho?"   e em seguida dá-lhes uma verdadeira lição de moral. Mostra para eles, que para ser o maior, tem de primeiro ser o melhor. Para ser o maior, primeiro tem de ser o menor, o humilde, ser aquele que serve ao contrário daquele que tem pretensões de ser servido, como Ele nos deu o exemplo lavando os pés dos discípulos. Pois para Jesus, "Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos."   Último não no sentido negativo, mais no sentido de humildade. Aquele que primeiro se humilha, sentando no último banco em vez de se sentar lá na frente como se fosse importante. E esse ato de se colocar em último lugar deveria resultar de um ato livre, ou seja, uma decisão tomada com sinceridade e não com hipocrisia e  sem nenhum complexo de inferioridade.    
Prezados irmãos. É isto que está faltando no meio de nós. Em vez de ciúmes, reconhecer que as qualidades do nosso irmão ou irmã, foi um presente de Deus, para melhor servi-lo, e não devemos desejar que esta habilidade  devesse estar em nós, ou pertencer a nós.
É uma coisa muito feia, saber que aqueles que pregam contra a inveja, estão sentindo inveja uns dos outros. Aqueles que pregam contra a exclusão, estão excluindo, ignorando, discriminando, e enquadrando outros irmãos, só porque às vezes não concordam com eles, ou simplesmente não pensam como eles pensam.

Sal 


SANTO DO DIA - 23/09/2012

23/09
Padre Pio
Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.
Santa Tecla
Não se sabe exatamente se foi em Isaúria ou na Licaônia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos.

Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exato momento, resolveu não mais casar-se. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris.

Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da idéia. Tecla, porém, manteve-se firme na convicção de converter-se. Isso despertou a ira de seu noivo, que conseguiu a prisão e a tortura de são Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo.

Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi, algumas vezes, procurar Paulo no cárcere, para dar-lhe apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como conseqüência, ele a denunciou para o procônsul, que a sentenciou à morte na fogueira. Mas a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram.

Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que, agora, seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez o prodígio se realizou e as feras deixaram-se acariciar por ela, cujas mãos lambiam mansamente. Pareciam mais com gatinhos do que com ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo, nada lhe aconteceu.

Conta uma da mais antigas tradições cristãs que Tecla morreu aos noventa anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie, na Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde, depois, os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória.

Santa Tecla é invocada pelos fiéis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente sua festa é realizada.
Santo Lino
Lino foi o primeiro sucessor de Pedro na sede de Roma, o segundo Papa da Igreja e o primeiro Papa italiano. Ele era filho de Herculano, originário da Toscana. Os dados anteriores de sua vida são ignorados. Lino ainda não era cristão quando foi para Roma, que então era o cento da administração do Império e também dos estudos. Foi quando conheceu os apóstolos Pedro e Paulo, que o converteram ao cristianismo, tornando-se então um dos primeiros discípulos.

O próprio Paulo o citou na segunda carta que enviou de Roma a Timóteo: "Te saúdam Eubulo, Prudente, Lino, Claudia e todos os irmãos...". Lino, sem dúvida, desfrutava de grande confiança e respeitabilidade tanto por parte de Pedro como de Paulo. Os tempos em que Lino viveu, juntamente com os apóstolos, foram terríveis para toda a comunidade cristã. O imperador era Nero, que incendiou Roma no ano 64 e declarou que todos os cristãos eram inimigos do Império. As perseguições tiveram início e duraram séculos, com sangrentas matanças e martírios. A mando do imperador, o apóstolo Pedro foi preso, maritizado e morto.

Lino foi Papa da Igreja em Roma por nove anos, governou entre 67 a 76. E fez parte do clero romano, porque o próprio apóstolo Pedro o indicou para a sua sucessão, devido a sua santidade de vida e pela capacidade de administrador. A História da Igreja diz que o Papa Lino sagrou quinze bispos e os enviou como pregadores do Evangelho para diversas cidades da Itália. Ordenou dezoito sacerdotes para os serviços de novas comunidades de cristãos que surgiam em Roma. E governou a Igreja num período de sucessivos sobressaltos e tragédias políticas que marcaram os imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.

O Papa Lino também sentiu a dolorosa repercussão da destruição completa de Jerusalém no ano 70, durante a chamada "guerra judaica". Ele, durante os anos de governo, foi muito requisitado a reanimar e a orientar os cristãos na verdadeira fé para manter a Igreja unida. Foi o Papa que elaborou as primeiras normas de disciplina eclesiástica e litúrgica, e planejou a divisão de Roma em setores, ou paróquias.

O Papa Lino, também foi martirizado em Roma, no ano 77 e sepultado ao lado do túmulo de São Pedro, no Vaticano. Sua memória é comemorada no dia 23 de setembro.

LITURGIA DIÁRIA - 23/09/2012



Dia: 23/09/2012
Primeira Leitura: Sabedoria 2, 12.17-20

XXV DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - I semana do saltério)
Leitura do Livro da Sabedoria:

Os ímpios dizem: 12“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina.
17Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos.
19Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 53)

— É o Senhor quem sustenta minha vida.
— É o Senhor quem sustenta minha vida.

— Por vosso nome, salvai-me, Senhor;/ e dai-me a vossa justiça!/ Ó meu Deus, atendei minha prece/ e escutai as palavras que eu digo!
— Pois contra mim orgulhosos se insurgem,/ e violentos perseguem-me a vida;/ não há lugar para Deus aos seus olhos./ Quem me protege e me ampara é meu Deus;/ é o Senhor quem sustenta minha vida!
— Quero ofertar-vos o meu sacrifício,/ de coração e com muita alegria;/ quero louvar, ó Senhor, vosso nome,/ quero cantar vosso nome que é bom!


Segunda leitura (Tiago 3,16—4,3)

Leitura da Carta de São Tiago:

Caríssimos: 3,16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más.
17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento.
18O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz.
4,1De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?
2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Marcos 9,30-37)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho

Jesus se identifica com os pequenos

Jesus, com seus discípulos, havia ampliado sua missão aos territórios gentílicos vizinhos da Galileia, tendo chegado bem ao norte, próximo a Cesareia de Filipe. A partir daí, decide dirigir-se a Jerusalém, ao sul, para proclamar a sua Boa-Nova aos peregrinos que ali chegavam em vista de participar da festa judaica da Páscoa, que se aproximava. Com este propósito Jesus e os discípulos atravessam novamente a Galileia.
Neste contexto, as narrativas de Marcos marcarão o contraste entre a mentalidade dos discípulos e a novidade de Jesus. Os discípulos esperavam de Jesus ações de poder e glória terrena, o que chocava com a proposta do próprio Jesus de humildade e serviço, com a doação da própria vida.
Jesus pressente a repressão e o fim que o esperam em Jerusalém, onde será posto à prova pelos chefes religiosos do Templo. No caminho para a cidade, prepara os discípulos para suportarem o possível desfecho trágico. Assim, fala a eles sobre o Filho do Homem, referindo-se a si mesmo, que será entregue e o matarão. Jesus já havia advertido os discípulos sobre tal expectativa quando tentava desfazer a compreensão de Pedro de que ele seria um messias poderoso e glorioso (primeiro "anúncio da Paixão", cf. 16 set.). E, ainda, repetirá, novamente, sua advertência quando já se aproximavam de Jerusalém (terceiro "anúncio da Paixão", cf. 21 out.).
Com isto Jesus expressa sua fragilidade diante dos poderosos deste mundo, descartando qualquer competição pelo poder. Completa com a menção da ressurreição, aludindo ao dom da vida de amor que não se extingue, porém os discípulos não compreendem e têm medo de perguntar.
Os discípulos estão fixados na ideologia do messias poderoso, um novo Davi que restauraria o reino de Israel, e, esperando de Jesus a ascensão ao poder, disputam qual seria, então, o maior, isto é, quem ocuparia os cargos mais importantes. São os anseios antagônicos à proposta de Jesus que provocam conflitos na comunidade e, de maneira mais ampla, no mundo, onde os ímpios ambiciosos da riqueza e do poder fazem a guerra e semeiam a morte (cf. segunda leitura), tornando-se loucos e frustrados. A vida do ímpio, o qual reprime e mata o justo, pelo qual se sente ameaçado, é bem retratada no capítulo 2 do livro da Sabedoria, de onde foi extraída a primeira leitura da liturgia de hoje.
Jesus chama os Doze e, invertendo os critérios de competição, reafirma a característica essencial do Reino: a humildade e o serviço como concretização do amor. É neste amor que está a realização e a grandeza de cada um. Ao tomar uma criança e abraçá-la, com carinho, Jesus está se identificando com ela. A criança, do ponto de vista de uma sociedade de eficiência e produção, é considerada inútil e marginalizada. Jesus convida a todos a se tornarem crianças, na humildade, na simplicidade, na fraternidade e na abertura para o novo, com esperança e alegria, e, com esta opção, estão acolhendo Jesus e entrando em comunhão com Deus.
José Raimundo Oliva


Oração
Pai, tira do meu coração os ideais mundanos de glória, e coloca-me no verdadeiro caminho para ser glorificado por ti, fazendo-me servidor de todos.

O Evangelho do dia 23/09/2012 ( Domingo)

Ano B - Dia: 23/09/2012



Para ser o primeiro, deve-se ficar em último lugar
Leitura Orante


Mc 9,30-37

Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:
- O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará.
Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos:
- O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
- Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.

Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 9, 30-37, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Os discípulos e seguidores de Jesus Cristo encontram alguns desafios nas relações.
O primeiro é a competição. Está na afirmação de Jesus: "Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos". E a resposta é dada por Jesus através de uma parábola viva: segura uma criança e a põe no meio de todos. Abraça-a e diz aos discípulos que ao acolher uma criança estarão acolhendo a Ele. Parece coisa sem muita importância, sem expressão, mas quem receber a criança receberá o Cristo e, por conseqüência, recebe o Pai. Não é um gesto sem importância! Duas atitudes de suma importância para o discípulo de Jesus: colocar-se no último lugar e fazer-se servidor.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? O que mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo a Palavra na minha vida, recordando os bispos da América Latina e Caribe que disseram: "Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)." (DAp 138).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Por isso, vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus,
toda pretensão de ser o maior e o melhor, de ser servido, mas procurando servir e ajudar.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar e repeti-la durante o dia.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
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Mês da Bíblia
Setembro 2012
O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!
Saiba mais acessando: http://comunicacatequese.blogspot.com.br/

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Irmã Patrícia Silva, fsp