segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SANTO DO DIA

12/09
São Guido de Anderlecht
São Guido nasceu na região belga de Brabante. Manso e generoso, Guido mostrou desde muito jovem o seu desapego dos bens terrenos, dando tudo o que possuía aos pobres. Desejoso de vida ascética, deixou também a casa paterna e em Laken, perto de Bruxelas, escolheu o encargo de sacristão do vigário, para se tornar útil ao próximo e ao mesmo tempo se dedicar à oração e às piedosas praticas de ascese cristã. A certa altura da sua vida, não por desejo de lucro, mas para constituir um fundo a favor dos pobres, pôs-se a fazer comércio.

São Guido vestiu o hábito e peregrino e percorreu por sete anos as longas e inseguras estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Foi a Roma e depois prosseguiu para a Terra Santa. Quando retornava desta longa peregrinação doente e fraco, ficou na casa de um sacerdore de Anderlecht, cidadezinha perto de Bruxelas, da qual tomou o nome e morreu pouco tempo depois.

A São Guido, no decorrer dos séculos a devoção se difundiu. Assim sob a proteção do humilde sacristão, filho de camponeses, acolheram-se os trabalhadores da lavoura, camponeses, sacristãos, cocheiros. São Guido protege os estábulos, as escuderias e em particular os cavalos, que durante a festa anual de Anderlecht são benzidos ao término de uma procissão folclórica. Como parece ter morrido de disenteria seu nome é invocado pelos que sofrem desse mal.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 12/09/2011
Primeira Leitura: 1º Timóteo 2, 1-8

XXIV SEMANA COMUM
(verde - ifício do dia)

Leitura da primeira carta a Timótio - 1Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, 2pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e honestidade. 3Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, 4o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. 5Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem 6que se entregou como resgate por todos. Tal é o fato, atestado em seu tempo; 7e deste fato - digo a verdade, não minto - fui constituído pregador, apóstolo e doutor dos gentios, na fé e na verdade. 8Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando as mãos puras, superando todo ódio e ressentimento. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(102)

REFRÃO: Bendito seja o Senhor, porque ouviu / o clamor da minha súplica.
1. Ouvi a voz de minha súplica quando clamo, quando levanto as mãos para o vosso templo santo. - R.
2. O Senhor é a minha força e o meu escudo! Por isso meu coração exulta e o louvo com meu cântico. - R.
3. O Senhor é a força do seu povo, uma fortaleza de salvação para o que lhe é consagrado. Salvai, Senhor, vosso povo e abençoai a vossa herança; sede seu pastor, levai-o nos braços eternamente. - R.



Evangelho: Lucas 7, 1-10


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 1Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte. 3Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar. 4Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: Ele bem merece que lhe faças este favor, 5pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga. 6Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa; 7por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado. 8Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: Vai ali! E ele vai; e a outro: Vem cá! E ele vem; e ao meu servo: Faze isto! E ele o faz. 9Ouvindo estas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. 10Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

O amor vivificante faz germinar a fé

Os evangelistas sempre associam as cenas em que Jesus ensina a cenas em que ele exerce sua prática libertadora. Isto significa que o ensino é orientado para a prática amorosa e vivificante, sendo esta prática uma forma de ensino. Depois da proclamação das bem-aventuranças Lucas narra o episódio do testemunho de fé do centurião e da cura de seu servo por Jesus. O impacto principal da narrativa é a novidade da humildade e fé dos gentios que supera a fé de Israel. A narrativa é um paradigma para as missões, inspirando a sua universalidade. Todos os povos podem crer em Jesus, por sua ação vivificadora. A presença do amor vivificante faz germinar a fé, em qualquer povo ou nação, em qualquer época.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.

O Evangelho do Dia (Segunda-feira)

Ano A - Dia: 12/09/2011


"Eu não sou digno"
 Leitura Orante

Lc 7,1-10

Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência:
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós.
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia:
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura, agradecendo por este momento muito especial de encontro com sua Palavra na grande rede da web.
Agradeço-te, meu Deus,
porque me chamaste,
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia,
muitas vezes difíceis e pesadas,
para aqui me encontrar contigo.
Dispõe o meu coração na paz e na humildade
para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 7,1-10 - Jesus cura sem limites.
O oficial romano, por ser pagão, era para os judeus " impuro", isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava com um pagão e, muito menos, entrava na sua casa. Era o preconceito por ser considerado impuro. O oficial romano é também chamado "centurião", derivado de "cento", ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que vão crer em Jesus. Fica também entendido, neste fato do Evangelho, que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim?
Jesus não se deixa vencer pelo preconceito. Deixou-se vencer pela humildade e pela fé do oficial romano. Questiono-me se a minha fé me permite abrir as portas da minha casa, do meu coração, da minha família, do meu trabalho para Cristo. Pergunto-me ainda se me deixo vencer por algum preconceito. Se ainda não tenho fé que rompe as fronteiras, vou repetir hoje muitas vezes:
Senhor! Eu não mereço que o Senhor entre na minha casa.
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "Neste momento, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: "Como vamos saber o caminho?" (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai., quem tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: "que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado" (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: "Tuas palavras dão vida eterna" (Jo 6,68); "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16)" (DAp 101).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com o centurião, a canção do Pe. Zezinho.
Eu não sou digno, ó meu Senhor
Eu não sou digno,
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa
porque és tão Santo e eu pecador
eu nem me atrevo a ti pedir este favor
Eu não sou digna, ó meu Senhor
Eu não sou digna,
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa
meu coração é tão pecador
eu nem me atrevo a ti pedir este favor
Mas se disseres uma palavra,
a minha casa se transformará
Uma palavra é suficiente
suavemente ela nos salvará (2x)
Álbum: CD Canções que a fé escreveu, Faixa: 14

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Lembrarei do centurião e me motivarei no dia de hoje, com as palavras do papa Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a João Paulo II: "Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada - absolutamente nada - do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida."

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade. Lá você encontra também uma Maratona Bíblica.

Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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domingo, 11 de setembro de 2011

Mensagens do dia ( Casa ao sol )


Certa vez ouvi alguém dizer que o ser humano poderia ser comparado a uma casa. Então me vi a imaginar essa "morada" que é cada um de nós...

Pensei em uma casa com alicerce, vários cômodos - alguns mais abertos para as pessoas, outros mais íntimos e reservados - e até mesmo com um porão. Casa com janelas que podem abrir-se ou fechar-se,
revelando ou escondendo o que há dentro.
Casa com portas que permitem ou impedem a passagem.

Casa construída sobre terreno que não é comprado nem escolhido, mas herdado.
Às vezes é terreno plano, amplo, com boa água e bonita vista.Às vezes é íngreme, cheio de pedras, isolado, pequeno. Mas é o nosso terreno, é ali que precisamos fazer morada.

Vamos construindo aos poucos, durante a vida inteira: um tijolo aqui, um remendo ali, uma parede a mais, uma varanda a menos,
um terraço que dá para o céu...

Queremos sempre os mais belos materiais.
Pode ocorrer, porém, só termos papelão e zinco, não as "pedrinhas de brilhante"
que tínhamos desejado...

Vamos cimentando certezas, mas às vezes precisamos equilibrar-nos sobre escadas ainda inseguras. Cultivamos com cuidado, anos a fio, um jardim de sonhos e alegrias.
De repente vem a tempestade, que, de nossas flores, deixa só pétalas no chão...

De dentro da nossa morada, observamos os que passam. Alguns nem olham e seguem em frente, outros entram e mexem em tudo. Uns, ainda, fazem dali verdadeiro lar... Todas essas visitas, as passageiras e as definitivas, vão deixando suas marcas na casa: um risco na parede, um lindo enfeite, um cigarro apagado, uma grande reforma...

E assim vamos nos fazendo: belas ou bizarras, amplas ou acanhadas,
arejadas ou cheias de mofo, abertas ou fechadas, acolhedoras ou inóspitas:
misteriosas casas humanas...

Sim, misteriosas: porque a morada humana pode abrigar muitos segredos!
Tesouros secretos... Quinquilharias inúteis... Coisas estragadas, perdidas, que precisam ser jogadas fora: até mesmo rosas vermelhas, que antes enfeitavam a sala, e agora, já murchas, apodrecem nos vasos...

Pode haver riquezas inesperadas, álbuns de recordação, troféus e medalhas das competições de infância...
Venenos podem estar se espalhando e contaminando todo o ambiente.
Talvez haja antigas coleções de figurinhas, cartas do primeiro amor...

Lembranças... esperanças... frustações... sonhos...


Tânia Resende
Referência: Casas ao sol

O futuro da pregação cristã ( II ) - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Pregadores que não lêem

É visível o desconforto. Um giro pelos canais com programação religiosa mostra a maioria dos pregadores falando de si ou de sua igreja, muita simpatia, muita animação, muita alegria, muito entusiasmo, curas, milagres, exorcismos, promessas de solução, garantias de sucesso, mas pouca historiam, pouca exegese, pouca teologia. Paulo desejou aos Efésios 3,18 que crescessem aprendendo mais sobre a profundidade, a largura, a altura e o comprimento do mistério do Cristo. Estava propondo o que Aristóteles chamava de mathein. Os e-mails que recebo e o que ouço do povo dizem que falta o mathein: muita vivência e muito testemunho e pouca profundidade. Muita simpatia e pouca teologia. O que me impressiona é ouvir isso de pessoas simples. Acham que o pregador é simples demais. Esperam mais cultura dos seus padres e pastores, muitos dos quais raramente citam documentos de suas igrejas e outros pensadores. Nosso padre lê pouco, Nosso pastor lê pouco.. São frases duras de se ouvir. Mas é isso o que muitos dizem. Pregador não tem que ser doutor, mas tem que ser leitor.

Por esta e outras razões preocupa-me o futuro da pregação cristã na mídia. Chegará o dia em que a multidão não ligará mais aqueles canais nem quererá mais ouvir e ver aqueles programas porque já sabe tudo o que vai ouvir e ver. A mesmice é perigosa para a pregação cristã., Uma coisa é repetir e outra é agir como papel carbono.

E será um dia muito triste para a fé cristã, por culpa, não do povo, mas dos pregadores que enfrentaram aqueles microfones e aquelas câmeras sem nenhuma preparação. Acreditaram demais no seu charme. Foram para lá de cesta e de pacote vazio. Na hora de puxar pelo conteúdo não havia. Então deram um pouco mais de simpatia e outro pouco mais do mesmo de ontem. E pensar que bastaria terem anotado umas dez frases de algum livro profundo e de algum documento da Igreja. Não o fizeram.

Repetiram as frases de sempre. Teriam duzentas maneiras de dizê-lo mas disseram exatamente a mesma coisa., dia após dia, semana após semana. Sabiam que estavam se repetindo mas abusaram da paciência do povo. Não perceberam que a pedagogia da repetição não é mesmice de gestos e palavras. O povo se cansou! .Aconteceu com outros apresentadores. Porque não aconteceria com os pregadores? Os templos vazios de hoje ou de amanhã contam histórias de pregação que deu certo por um tempo, mas caducou porque os novos pregadores não tinham nem o mesmo conteúdo nem a mesma unção! Pois é para isso que a Igreja escreve documentos e os teólogos escrevem livros. Para motivar a unção e melhorar o conteúdo. As estantes dos pregadores traem seu preparo e sua cultura. Algumas delas têm mais CD´s e vídeos do que livros de teologia! Infelizmente!

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Amigos por algum tempo
 Pe. Zezinho, scj


Lembra-se daqueles amigos e amigas de bares, restaurantes, rodinhas de samba e de conversas que não conseguiam viver sem você, nem você sem eles? Que fim levaram aqueles sentimentos?

Por culpa sua talvez, ou deles; por culpa de interesses outros, eles foram fazendo novas amizades e enturmando-se com outros e outras. Esqueceram você. Mas a verdade é que você também os esqueceu.

Pararam de mandar e-mails, de telefonar, se querer se ver e alguma coisa foi esfriando. Restou o carinho. Você é grato por aqueles encontros, mas já não se vê procurando-os nem eles ou elas a você.

Ponha esta experiência na conta das circunstâncias. Família nova, trabalhos, outros interesses, pessoas novas entraram nas suas vidas e o que durou alguns anos ainda existe, mas não com a mesma intensidade. Quando se encontrarem será maravilhoso, anotarão telefones e endereços, prometerão novos encontros, mas ficará tudo por isso mesmo, porque distância, tempo e afazeres às vezes separam amigos até então inseparáveis.

Filosofemos um pouco... O efêmero faz parte da vida. Poucas amizades se mantêm as mesmas pela vida afora. A maioria sofrerá distanciamentos e reajustes. Se você tem algum amigo, uma amiga ou alguém especial que há mais de quinze anos o procura e gosta de ser procurado para mais uma rodada de conversas, risos e correção de dados, agradeça a Deus por este alguém. Ele atravessou os tempos com você. E isso é coisa rara e dom do céu! Amigos são como anjos daqui: estão por perto mesmo que não os notemos, trazem sempre uma nova mensagem, ou atualizam a de sempre cada vez que os encontramos... Mas são humanos e, por isso, são anjos que vão e que vêm... Adote os dois tipos: os que ficaram e o que foram sem de fato ter ido!

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SANTO DO DIA

11/09
Santo João Gabriel Perboyre
João Gabriel Perboyre nasceu em 05 de janeiro de 1802, em Mongesty, na diocese de Cahors, França, numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai.

Mas o menino era muito piedoso demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim aos catorze anos, junto com dois de seus irmãos: Luiz e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da Missão fundada por São Vicente de Paulo, para se tornar um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. Depois, também, duas de suas irmãs ingressam na Congregação das Filhas da Caridade. Uma outra irmã, logo após entrar para as Carmelitas, adoeceu e morreu.

João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos Seminários Vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e recentemente o Padre Clet fôra martirizado.

Em 1832, seu irmão, Padre Luiz foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim, que João Gabriel pediu para substitui-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, ele chegou na cidade de Macau, deixando assim registrado: " Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe". Na Missão, aprendeu a se disfarçar de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé. Entretanto foi denunciado e preso, na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado à uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado Santo, pelo Papa João Paulo II, em 1996. Festejado no dia de sua morte, ele se tornou o primeiro missionário da China a ser declarado Santo pela Igreja.
Santos Proto e Jacinto
O martirológio romano assim se refere aos santos recordados hoje: "Em Roma, na antiga via Salária, no cemitério de Basila, o natalício dos irmãos mártires Proto e Jacinto, eunucos da bem-aventurada Eugênia. Descobertos como cristão sob o imperador Galieno, receberam ordem de sacrificar. Como recusassem fazê-lo, foram duramente açoitados, e logo em seguida degolados".

Em 1845, os arqueólogos tiveram a sorte inesperada de reencontrar intacto o túmulo de um santo mártir que trazia esta inscrição latina: "Deposição em 11 de setembro de Jacinto mártir". Com essa descoberta, era possível conhecer aquilo que tinha acontecido na realidade com as relíquias dos dois santos.

Há muitos séculos julgava-se que suas relíquias estivessem em Roma na Igreja de S. João dos Florentinos, e eis que se descobria ainda impacto, com nome de S. Jacinto, na catacumba de Brasilia, a oeste da via Salária, tal como estava registrado no martirológio desde tempos imemoriais. Pouco distante foi encontrado um fragmento de pedra que trazia a inscrição "Sepulto de Proto M.", confirmando assim que o túmulo de S. Proto deveria ter sido nas sido nas proximidades. E logo os estudiosos puderam inteirar-se de como seus predecessores tinham levado para a cidade, para a sobredita igreja, só as relíquias de S. Proto. Ao tentarem entrar no túmulo, este ruiu miseramente, constatando que estava vazio. Havia apenas alguns fios de ouro, único resto do tecido no qual teriam sido envoltos os ossos.

Galieno, o imperador em cujo reinado se deu o martírio dos dois irmãos, era filho do perseguidor Valerano (253-260) e reinou de 260-268. Foi muito tolerante para com os cristão, tendo proclamado o primeiro edito de tolerância para com o cristianismo. Mas mesmo assim houve atos de hostilidade isolados sob seu governo. Sanata Eugênia a quem serviam, também é comemorada como mártir no dia 25 de dezembro, sob o mesmo imperador.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 11/09/2011
Primeira Leitura: Eclesiástico 27, 33; 28, 9

XXIV DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - IV semana do saltério)

Leitura do livro do Eclesiático - 33Cólera e furor são ambos execráveis; o homem pecador os alimenta em si mesmo. 9Lembra-te da aliança com o Altíssimo, e passa por cima do erro que o teu próximo cometeu inadvertidamente. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(102)

REFRÃO: O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.
1. Salmo de Davi. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios. - R.
2. É ele que perdoa as tuas faltas, e sara as tuas enfermidades. É ele que salva tua vida da morte, e te coroa de bondade e de misericórdia. - R.
3. Ele não está sempre a repreender, nem eterno é o seu ressentimento. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas, - R.
4. porque tanto os céus distam da terra quanto sua misericórdia é grande para os que o temem; tanto o oriente dista do ocidente quanto ele afasta de nós nossos pecados. - R.


Segunda Leitura: Romanos 14, 7-9


Leitura da carta de são Paulo aos Romanos - Irmãos, 7Nenhum de nós vive para si, e ninguém morre para si. 8Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9Para isso é que morreu Cristo e retomou a vida, para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Mateus 18, 21-35


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 21Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? 22Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. 24Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo! 27Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28Mas êste servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiors, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando-lhe a mão, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. 29O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei! 30Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda sua dívida, porque me suplicaste; 33Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti? 34E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 35Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

O amor e a misericórdia de Deus

Jesus havia orientado os discípulos para a prática do perdão e reconciliação em caso de ofensa entre irmãos (Mt 18,15 - cf. 4set.). Encontramos esta orientação também no evangelho de Lucas (Lc 17,3-4 - cf. 7 nov.) de maneira simples, provavelmente mais fiel à fala de Jesus. Aí Jesus fala em perdoar sete vezes, o número sete significando a plenitude, sem limites. No texto de hoje, Mateus elabora o diálogo entre Pedro e Jesus, jogando com os números sete e setenta, reforçando o caráter ilimitado do perdão. Mateus prima por associar os acontecimentos às escrituras. Pode-se ver aí uma alusão a Gen 4,24: "se Caim é vingado sete vezes, Lamec o será setenta e sete vezes" (ou "setenta vezes sete", conforme a tradução). Fica assim acentuada a contraposição entre a vingança e o perdão. Mateus articula a incitação à prática do perdão com uma parábola narrativa que lhe é exclusiva. As parábolas em geral são ditos breves relacionados com acontecimentos comuns da vida. As parábolas narrativas, por outro lado, caracterizam-se por uma complexidade maior, em um texto mais longo e bem detalhado. Elas são mais encontradas em Mateus e Lucas. Têm a particularidade de, quase sempre, envolverem os personagens em uma relação de poder e submissão, característicos da sociedade opressora vigente. Pelas imagens de violência que frequentemente usam, chegam até a chocar pelo contraste destas imagens com as propostas de mansidão e paz características do Reino. Podemos até ver nelas, uma certa ironia implícita da sociedade na qual vigoram as relações de poder e opressão. Porém, deste terreno impróprio procura-se extrair uma mensagem positiva. Nesta parábola de hoje, o rei resolveu ajustar contas com os servos. O ajuste seria cruel. Porém um servo que lhe devia uma quantia enorme lhe implora e ele se comove e perdoa. O servo perdoado vai e sufoca sem compaixão alguém que lhe devia uma quantia irrisória. O rei sabendo disto entrega o servo aos carrascos. A conclusão é escatológica: o castigo para quem não perdoar o irmão. Mais positiva é a visão de que pertencemos a Deus (segunda leitura) e assim devemos viver e morrer para ele, unidos a Jesus. Na primeira leitura, no livro do Eclesiástico, escrito sob a influência da cultura grega cerca de um a dois séculos antes de Jesus, temos um texto bem inspirado sobre o perdão, que se aproxima das palavras de Jesus e cuja síntese encontramos na oração do Pai Nosso: "Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido". O amor e a misericórdia de Deus seduzem e atraem os corações movendo-os à conversão.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.

O Evangelho do Dia ( Domingo )

Ano A - Dia: 11/09/2011


Perdoar sempre
Leitura Orante

Mt 18,21-35

Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! - respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo."
- Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você."
- O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.
E Jesus terminou, dizendo:
- É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos que circulam pela rede, o Salmo 24
Mostrai-me, Senhor, vossos caminhos,
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação.
Recordai, Senhor Deus,
vossa ternura e vossa compaixão que são eternas.
De mim lembrai-vos, porque
sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio com calma e atentamente, na Biblia, Mt 18,21-35.
À pergunta de Pedro: "Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? " Jesus disse que não só sete vezes, mas setenta vezes sete. Ou seja, na comunidade dos seguidores de Jesus não existe limite para o perdão. "Setenta vezes sete" quer dizer, sempre! A história que Jesus conta em seguida é para lembrar que também nós precisamos de perdão, também nós somos perdoados, por isso, devemos perdoar sempre.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
O Evangelho de hoje me questiona profundamente, sobretudo se tenho dificuldade de perdoar. Devo me lembrar de que o perdão mede a minha capacidade de amar. Disseram os bispos, em Aparecida: "A Igreja, sacramento de reconciliação e de paz, deseja que os discípulos e missionários de Cristo sejam também, ali mesmo onde se encontrem, "construtores de paz" entre os povos e nações de nosso Continente. A Igreja é chamada a ser uma escola permanente de verdade e de justiça, de perdão e de reconciliação para construir uma paz autêntica" (DAp 542).

3. Oração (Vida)

Rezo
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

4. Contemplação (Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero hoje ter um olhar de amor que tudo perdoa, tudo desculpa, tudo crê!

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Ir. Patrícia Silva, fsp
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade. Lá você encontra também uma Maratona Bíblica.

Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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sábado, 10 de setembro de 2011

Mensagens do dia ( As estações da vida )


Temos em nós
as estações do ano,
as estações da vida,
as estações do tempo.

No calor do verão
nos aquecemos de esperança,
molhamos nossa roupa
com trabalho,
enchemos nossa taça de alegria.

O outono esfria
o calor da vida,
recolhe os sonhos,
tira o verde da esperança
e nos prepara para o sofrimento.

O inverno nos arrefece por fora,
para nos atingir por dentro.
A vida se recolhe,
se agasalha e se protege.
Os sonhos caem com as folhas,
a gente perde, se esconde e chora.

Chega a primavera,
e a vida retoma a pulsação.
Sai de si mesma,
renasce em brotação.
Vestidos de esperança,
os sonhos reflorescem.
Nascem os frutos
e os ninhos são refeitos.

Temos em nós
as estações do ano,
as estações da vida,
as estações do tempo.


José Acácio Santana

Comunicação é vida!


Comunicação é vida, vida é comunicação.

Senhor da vida,
"O céu manifesta a tua glória
E o dia passa a mensagem do teu amor
A outro dia,
E a noite a sussurra a outra noite.

Sem fala, sem palavras,
Sem que a sua voz seja ouvida,
A toda a terra
Chega o eco da tua mensagem,
Aos confins do mundo,
A sua linguagem".

Assim cantou o salmista
E assim ouvi,
Na voz silenciosa da natureza
A vibração da vida
Que, em cada ser, se comunica.
Não há vida sem comunicação
E não há comunicação sem vida.

Um ser passa a outro ser
A mensagem que gera
E conserva a vida.
Todos necessitam comunicar-se para a viver.
E, mais do que todos nós, seres humanos,
Precisamos criar laços
Geradores de energia,
Para acender e alimentar
A chama da vida.

Trazemos escondida,
No fundo do coração,
Uma saudade enorme,
Que nos faz caminhar, sem descanso,
Em busca da terra prometida:
Lá, onde à tua semelhança,
Seremos, ao redor da tua mesa,
Livres e fraternos,
Na festa sem fim da alegre comunhão.

Enquanto caminhamos,
Dá-nos, ó Deus vivente,
O Dom de gerar a vida,
Gerando comunicação.
Que saibamos partilhar
O que somos e o temos,
No silêncio de cada gesto
De amizade e solidariedade.
Que saibamos ser humildes,
Mas criativos e corajosos anunciadores
Da tua mensagem,
Nesta nova civilização audiovisual.

Senhor, faze de nós
Instrumentos de tua comunicação,
Para que - em cada encontro com nossos irmãos -
Se acenda mais uma centelha
Da alegria de tua vida em comunhão.


Maria Luiza Ricciardi

O futuro da pregação cristã - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Não sou profeta e nunca disse que era. Quem me chama de profeta arrisca-se a errar. Mas sou de fazer constatações e prever o futuro em base ao presente e ao passado. Se estou numa colina e vejo uma cachoeira à frente, a menos que os barcos tenham bons pilotos e motores fortes temo por aqueles barcos que vejo singrando por aquelas águas. Nas águas da comunicação religiosa há muitos barcos sem remos, sem motores e muitos pilotos despreparados que acham que seus frágeis remos darão conta da correnteza. A mídia é um tipo de enchente que se avoluma quando menos se espera. Não são águas mansas.

Fiz minha própria pesquisa, os e-mails que recebo em resposta aos meus artigos sobre comunicação - até agora 120 -a reação dos meus leitores, alunos e ouvintes e telespectadores muniram-me de dados suficientes para afirmar o que tenho afirmado: -"Não vejo um futuro suave para as igrejas e os pregadores da fé na mídia".

Quem me conhece sabe que sou otimista e procuro ver um lado bom em tudo, mas, quando a realidade é gritante, não há como fugir dela. E a realidade da pregação cristã está cada dia mais gritante. Estudo-a há mais de 30 anos e acho que sei do que estou falando. Há uma rejeição cada dia mais crescente contra os pregadores católicos, evangélicos e pentecostais na mídia. São diversos os motivos:

1-Espiritualidade desencarnada e exagerado pietismo, beirando à pieguice.
2-Despreparo visível de grande parte dos pregadores.
3-Com raras e admiráveis exceções, amadorismo gritante dos apresentadores,
cantores e artistas.
4-Mesmice generalizada e repetição abusiva dos mesmos temas, mesmas
pessoas, mesmas sentenças, mesmos comandos.
5- Abuso de vidências, revelações, linguagens e milagres.
6- Visível manipulação da boa fé dos fiéis.
7- Arrecadação abusiva, preços abusivos e exigências absurdas.

Nos documentos da Igreja Católica podem ser encontradas as observações que, desde o Vaticano II nos anos 60 se fazem aos pregadores da fé e que, não observadas, afetariam o processo de evangelização. A Declaração de Puebla e o Documento de Aparecida alertam para o mesmo tema. Os números 480, 486 e 497 falam de mudanças culturais e de "modelos antropológicos incompatíveis com a natureza e a dignidade do homem". Propõem que se neutralize a cultua de morte com a cultura cristã da solidariedade. E sugerem que a Igreja prepare os sacerdotes para serem formadores de opinião. Mas não qualquer opinião. Devem eles dar uma visão cristã e cultural através da mídia, que a grande influenciadora de comportamentos.

As pregações precisam, pois, ser também de cunho social e não apenas de conversão ou somente espirituais. Há que haver o transversal da fé. O documento é claro quanto à situação sócio-política da America latina, sobre a globalização, sobre a ecologia, sobre as novas situações de morte e de marginalização, sobe o empobrecimento gradativo e gritante das massas. Tudo isso tem que ser dito no rádioe na televisão. Temos mídia também para isso. Mas não tem sido usada para isso. A predominância da mensagem de louvor e exaltação abafou os gritos de justiça e paz desses documentos. A pregação foi na direção do altar e da Bíblia, o que é bonito e recomendável, mas ficou lá. Não escorreu para os viadutos e para os lugares tristes do país para levar a libertação e a mensagem de resgate. Ainda se ouve pouco pregar sobre os problemas sociais e as dores da América Latina. Não se repercute o Compêndio de Doutrina Social da Igreja, melhor dizendo, das igrejas. E aí começa a minha profecia: preocupa-me o futuro da pregação cristã que olha demais para cima e pouco para os lados, que canta apenas a parte espiritual dos salmos e ignora a parte política e social. Dos 150 salmos cerca de 130 falam da dor de um povo e dos amores deste povo. Isso não é cantado nem nos templos, nem nas emissoras, nem nos palcos. .Perdeu-se a dimensão da compaixão. Canta-se e prega-se muito pouco sobre o " Tenho pena deste povo que já faz três dias que não come".....( ) Dai-lhes vós mesmos de comer... ( ) Há mais braços abertos diante do sacrário do que estendidos para os que precisam de ajuda.

Com raras exceções aquelas passagens não foram levadas a sério no rádio e na televisão. A impressão que se tem é a de que os responsáveis por aqueles programas de rádio e de televisão não leram os textos dos bispos a esse respeito ou, se leram, não lhes deram importância. O que se ouve e se vê são pregadores amadores, despreparados, a maioria dos quais não tem familiaridade com livros essenciais para a pregação cristã. Percebe-se que não leram sobre a doutrina social da Igreja e que conhecem pouca teologia. Basta ouvir e constatar. O mesmo acontece nas esferas do pentecostalismo de raiz protestante. (continua)

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Gritar em nome de Jesus
Pe. Zezinho, scj


E exclamou em alta voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. (Lc 1, 42)

E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, sai para fora. (Jo 11, 43)

Passo pelas ruas do meu bairro, caminho por estreitas ruas de favelas. Passeio por algumas ruas do centro, no sábado e no domingo, e vejo pessoas orando silenciosas e calmas dentro de seus templos. É bonito! Orar junto é, também, um ato de cidadania.

Passo pelos mesmos lugares e não poucas vezes ouço vozes gritando o nome de Jesus. Alguns fazem com alarido, de maneira a incomodar dez ou vinte prédios vizinhos. Ouço alto-falantes ligados ao máximo e pessoas a gritarem o santo nome de Jesus na cidade que nem sempre o acolhe. Não foram para um campo ou um lugar isolado: estão ali, no meio dos outros, de certa forma obrigando-os a ouvirem os seus cultos. A cidade vai ter que ouvi-los na marra!

Aqueles que oram serenos em nome de Jesus fazem bem; também os que pregam serenos, a invocar o mesmo nome. Já, os que gritam em nome de Jesus, não fazem o bem que pensam fazer. Na realidade, estão mais perto do fanatismo do que do cristianismo, posto que o estão impondo, como foi o caso do moço que, no avião, obrigou todos os vizinhos a ouvir seu testemunho. Enfiou Jesus à força nos nossos ouvidos. Os que gritam Jesus em alta voz pela cidade que descansa ou dorme, agridem o direito alheio. Jesus, que em Marcos 9,38-39 mandou os discípulos respeitarem alguém que não era do seu grupo, certamente pediria a esses pregadores que respeitem os seus vizinhos ou as pessoas que não são da sua Igreja. Ninguém é obrigado a ouvi-los. Se querem anunciar Jesus, comecem anunciando com respeito, diminuindo o som da sua Igreja, para que ele funcione apenas lá dentro.

Os aparelhos de som amplificado trouxeram enormes possibilidades para a comunicação humana, mas causaram também enormes problemas de cidadania e desrespeito aos enfermos, aos vizinhos, aos de outra religião que, às vezes, são obrigados a nos ouvirem. Nem os enfermos eles respeitam! Para isso há leis e há estádios.

Ao nosso direito de pregar e anunciar Jesus corresponde o dever de fazê-lo com o devido respeito aos outros crentes de outros caminhos. Ninguém é obrigado a ouvir a nossa pregação e a engolir a nossa fé. Não temos o direito de empurrar a nossa religião pelos ouvidos alheios. Mas é o que tem acontecido no Brasil e no mundo de hoje, exceto nos países onde este abuso foi corrigido, porque chegou ás raias do absurdo.

Dirão que Jesus gritou no templo. Isso mesmo: no templo e sem microfones. E quando gritou nas ruas, em geral foi para gente que foi lá ouvi-lo. Sou capaz de apostar que Jesus não sairia hoje, de carro de som no mais alto volume, a obrigar o povo a escutar a sua mensagem. Ele nunca forçou ninguém a ouvi-lo. Os fariseus vinham porque queriam e, em geral, com segundas intenções.

Há lugares onde é preciso pedir autorização e, mesmo concedida ao pregador, ele deve incomodar o menos possível os que não são da sua igreja. Sou daqueles que afirmam e, disso estou plenamente convencido: - o quanto mais as Igrejas gritarem mais aumentará o número de ateus. Evangelização supõe um mínimo de boa educação. Quem impõe a sua fé nos outros não é missionário. Jesus nunca propôs esse tipo de comportamento anti-ético! Deixava que os ouvintes escolhessem. Confira João 6, 67.

Há duas maneiras de interpretar a Bíblia. Uma, ao sabor de nossa própria ignorância, pregando o que sentimos e achamos que ela quis dizer e arrotando certezas absolutas. A outra, orientados pelos estudos e pesquisas de gente séria e preparada.
 

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SANTO DO DIA

10/09
S. Nicolau de Tolentino
São Nicolau de Tolentino nasceu em Castelo de Santo Ângelo, atual Santo Ângelo in Portano, no ano de 1245. Era muito rigoroso consigo mesmo, mas delicados com os outros. Ingressou entre os agostinianos no ano de 1256 e foi ordenado sacerdote em 1269 em Cíngoli; após seis anos de peregrinações por várias cidades, teve morada definitiva em Tolentino, onde desenvolveu o seu apostolado principalmente no confessionário. Amadureceu na sombra a sua santificação pessoal fazendo produzir fruto as reservas espirituais que lhe garantia a vida religiosa: a obediência incondicional, o desapego absoluto dos bens terrenos e a modéstia profunda. Sob seu modesto burel o exemplar religioso teceu na humanidade a preciosa trama da santidade, a ponto de fazê-lo exclamar na hora da morte: "Vejo meu Senhor Jesus Cristo, sua Mãe e Santo Agostinho, que me dizem: "Bravo, servo bons e fiel".
Ainda que não parecesse das severas penitências a que se submetia, sabemos pelos testemunhos de seus confrades que quatro dias da semana seu alimento consistia em pão e água e nos três dias restantes nunca tocava em alimentos substanciosos, como carne, ovos, etc... Reduzia o sono a três ou quatro horas para dedicar-se a oração.

Sempre após as longas horas que ficava em confissão, fazia visitas diárias às casas dos pobres, para os quais, com a licença dos superiores, constituira modesto fundo, de onde tirava o necessário nos casos mais urgentes.

São Nicolau de Tolentino morrei em Tolentino no dia 10 de Setembro de 1305. Quarenta anos após sua morte, foi seu corpo encontrado incorrupto. Tendo sido nesta ocasião cortado seus braços e das feridas jorrou copioso sangue. Conservados em custódias de prata, desde o século XV, os braços tiveram periódicas efusões de sangue. Este foi um ponto muito importante para a difusão do culto deste Santo na Europa e nas Américas.

O processo de canonização iniciou-se vinte anos após sua morte e teve conclusão em 1446, tendo sido declarados autênticos trezentos e um milagres. São Nicolau de Tolentino é invocado pelos que sofrem injustiças ou são oprimidos na vida e na liberdade, e como protetor da maternidade e da infância, das almas do purgatório, da boa morte e também contra os incêndios e epidemias.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 10/09/2011
Primeira Leitura: 1º Timóteo 1, 15-17

XXIII SEMANA COMUM
(verde - ofício do sia)

Leitura da  primeira carta de são Paulo a Tmótio - 15Eis uma verdade absolutamente certa e merecedora de fé: Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. 16Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primeiro Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, a seguir, nele crerem, para a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, Deus único, invisível e imortal, honra e glória pelos séculos dos séculos! Amém. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(112)

REFRÃO: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!
1. Aleluia. Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. - R.
2. Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus. - R.
3. Quem se compara ao Senhor, nosso Deus, que tem seu trono nas alturas, - R.
4. e do alto olha o céu e a terra? Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre do monturo, - R.



Evangelho: Lucas 6, 43-49


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 43Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto. 44Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio. 46Por que me chamais: Senhor, Senhor... e não fazeis o que digo? 47Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. 48É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. As águas transbordaram, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa e não a puderam abalar, porque ela estava bem construída. 49Mas aquele que as ouve e não as observa é semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça, sem alicerces. A torrente investiu contra ela, e ela logo ruiu; e grande foi a ruína daquela casa. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Para que os frutos sejam bons

O "Sermão da Planície", no evangelho de Lucas, que corresponde ao "Sermão da Montanha", em Mateus, é encerrado com estas três parábolas sobre árvores e frutos e sobre o tesouro do coração. Elas apontam para a conversão, para a renovação da vida pessoal. Pela conversão a pessoa abandona falsos valores oferecidos pelo mundo dos poderosos e adere ao projeto de vida de Jesus. É a casa construída sobre a rocha. Uma vida colocada a serviço do próximo, com seus frutos de amor e de misericórdia permanece para toda a eternidade. A comparação com as árvores e seus frutos é facilmente compreendida e muito sugestiva. Contudo não se trata de chegar à conclusão dualista de que as pessoas separam-se em boas e más, mas, sim, concluir que cada um deve encher seu coração de coisas boas para que seus frutos sejam bons.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, desejo viver com coerência minha fé. Seja o meu agir uma expressão transparente de minha adesão ao Senhor, e meu amor, uma prova de que sou teu filho.

O Evangelho do Dia ( Sabado )

Ano A - Dia: 10/09/2011


Árvore boa dá bons frutos
Leitura Orante

Lc 6,43-49

- A árvore boa não dá frutas ruins, assim como a árvore que não presta não dá frutas boas. Pois cada árvore é conhecida pelas frutas que ela produz. Não é possível colher figos de espinheiros, nem colher uvas de pés de urtiga. A pessoa boa tira o bem do depósito de coisas boas que tem no seu coração. E a pessoa má tira o mal do seu depósito de coisas más. Pois a boca fala do que o coração está cheio.
- Por que vocês me chamam "Senhor, Senhor" e não fazem o que eu digo? Eu vou mostrar a vocês com quem se parece a pessoa que vem e ouve a minha mensagem e é obediente a ela. Essa pessoa é como um homem que, quando construiu uma casa, cavou bem fundo e pôs o alicerce na rocha. O rio ficou cheio, e as suas águas bateram contra aquela casa; porém ela não se abalou porque havia sido bem construída. Mas quem ouve a minha mensagem e não é obediente a ela é como o homem que construiu uma casa na terra, sem alicerce. Quando a água bateu contra aquela casa, ela caiu logo e ficou totalmente destruída.

Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes
de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,43-49, e observo o ensinamento de Jesus
Jesus utiliza neste texto duas comparações: a da árvore que produz bons frutos e da que não dá bons frutos, a casa com bom alicerce e a sem alicerce. Em ambos os casos o Mestre quer dizer que não basta ouvir a Palavra. É preciso praticá-la. Não basta orar, é preciso viver. Com estas duas comparações ele diz como é importante a interioridade e a necessidade de traduzir o que se ouve e medita em atitudes ou conduta de vida.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração? Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento? Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Ajuda-nos o que disseram os bispos em Aparecida: "De nossa fé em Cristo nasce também a solidariedade como atitude permanente de encontro, irmandade e serviço. Ela há de se manifestar em opções e gestos visíveis, principalmente na defesa da vida e dos direitos dos mais vulneráveis e excluídos, e no permanente acompanhamento em seus esforços por serem sujeitos de mudança e de transformação de sua situação" (DAp 394)

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai. Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo,
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. O que vai ser diferente?
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Por exemplo: "a pessoa boa retira coisas boas do seu coração".

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade. Lá você encontra também uma Maratona Bíblica.
Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mensagens do dia ( Mãos que falam de Deus )


Mãos que tecem a vida
Mãos escondidas, mãos cheias de amor
Mãos calejadas, sagradas
Mãos crucificadas, para aliviar a dor
Mãos empunhadas na luta
Mãos na labuta e na luta do irmão
Mãos que acenam e consolam
que agradam e tocam no meu coração. Toma Senhor, tudo é teu.

Estas mãos me falam de Deus.
Mãos que acalentam crianças
Cheias de esperança, se juntam em preces
Mãos que esperam, alcançam
que tocam e sentem e muito agradecem
Mãos que estão sempre abertas
que rasgam a terra e matam a fome do irmão.

Mãos que escrevem, acolhem
Mãos santificadas, amassam o pão
Mãos que muito abençoam
Mãos que perdoam e colhem a flor
Mãos que acariciam e curam
que buscam socorro e alívio na dor
Mãos que levantam caídos
Acolhem feridos, dizem: Deus é amor
Mãos cheias de ternura
Regaço seguro, ninho acolhedor

Jurandir, ofm
Referência: Tempo de Deus

CRISTO AOS PEDAÇOS - Pe Zezinho scj

 Pe Zezinho scj

Não querem Jesus, querem a parte suave de Jesus.
Não querem o Cristo, querem a parte agradável do Cristo.
Não querem a cruz, querem a parte menos dolorosa da cruz.
Não querem o manto, querem a parte mais bonita daquele manto.
Não querem a Bíblia, querem parte dela: a que prova que estão certos.
Assim agem muitos cristãos. Assim talvez nós ajamos.

Alguns cristãos continuam querendo o melhor lado do trono,
o primeiro lugar, lugar de vencedor,
o melhor lugar à mesa do Senhor,
o lugar mais visível do púlpito e do altar,
o melhor som e os melhores holofotes,
a melhor divulgação mesmo que o seu produto não seja lá tão eclesial
alguma badalada a mais do sino que toca para a sua chegada
uns segundos a mais de aplausos,
ou algum balanço a mais do turíbulo.
O perigo ronda a todos nós que lidamos com a mídia e com a multidão.

E há quem, como Simão o Mago, ( At 8,9-24 )
faz qualquer coisa para ser chamado de apóstolo ou de profeta.
Paga o seu caminho pela mídia, sabendo que, se não o fizer, ninguém o chamará.
Então ele se chama e se projeta.

Se não tomarmos cuidado, aparecer em nome da religião poderá tornar-se,
sem que nos demos conta, obsessão e doença:
acabamos comendo, bebendo e dormindo publicidade em nome da fé.
E pensamos que é virtude. Pode parecer zelo, mas não é.

Há um ponto em que o anúncio da fé,
que até então era coisa de missionário desapegado,
se transforma em coisa de fanático ou em alta fonte de lucro.
Depende do conteúdo, da obsessão e da ênfase que dá ao que anuncia.
É tentação corrente em todas as igrejas.
Ate que ponto se pode cobrar pela Palavra?
Pode o empresário cobrar duas vezes mais do que o pregador?
Até que ponto se pode arrecadar e quanto a arrecadação é demais?

Quando o pregador começa a falar sempre na primeira pessoa
e deixa claro que não ouvirá a ninguém mais senão a Deus,
estamos diante não de um santo, mas de um obcecado.
Não consegue mais anunciar o Cristo sem, primeiro, se anunciar longamente.
Quando gosta muito de falar de si mesmo, de contar suas histórias pessoais
e de dizer que Jesus lhe disse ou está lhe dizendo alguma coisa
convém que os amigos o alertem, se é que ele ainda ouve algum amigo.

Serve para mim, para os outros, serve para nós que subimos ao púlpito.
Se insistimos em ficar apenas com a parte que nos interessa,
nossa Bíblia encolherá, porque o cérebro já de há muito que encolheu!.

Enquanto não entendermos que aquele livro também fala contra nós
não o teremos entendido.
Jesus deixa claro que cobrará mais de quem diz que sabe mais sobre Ele!
(Mc 12,40) ( Mt 24,24-26) Não merecem confiança.
Disse que não reconhecerá quem na terra contou vantagem e fingiu ser seu confidente e quem serviu-se do seu nome ao invés de servir o seu nome. (MT 24,5) ( Mt 7,15-23)

Procura-se urgentemente uma ascese e uma sólida teologia da comunicação! Deveria ser matéria obrigatória em todos os seminários e cursos de catequese!
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Deus tem um projeto - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Nunca vi os engenheiros que fizeram a Torre Eiffel e a Represa de Itaipu, mas sei que quem fez aquilo tinha um projeto.
Não foram fazendo sem saber aonde queriam chegar. Não entendo aqueles projetos, mas vejo o seu resultado.
Então, concluo que eles eram homens e mulheres muito inteligentes.
Nunca vi Deus, mas pelo que vejo e sei do Universo e da vida, sei que Ele tinha e tem um projeto.
Eu não entendo como e porque, mas pelo que vejo a cada nova descoberta, sei que se trata de um ser extremamente inteligente.
Isso aqui não está acontecendo por acaso.
O projeto de Deus é resultado de um ser inteligente. Todas as pessoas inteligentes fazem projetos. E o fazem por serem inteligentes. Não ter projeto pode ser falta de inteligência. É como querer erguer uma ponte na correnteza sem antes pensar na força do rio e em como contorná-la. O castor, ao construir seus diques, não tem um projeto. Ele o faz por instinto. O João de Barro não tem um projeto: ele o faz por instinto. Por isso, todos os João de Barro de todos os lugares do mundo fazem a mesma casa e quase que do mesmo jeito. Mas o ser humano modifica os seus projetos, faz projetos diferentes e tem visões diferentes, porque é inteligente!
Deus também. Por ser um Ser totalmente, infinitamente inteligente, tem um projeto gigantesco, infinito, que é o seu projeto de amor, mas aplica esse projeto de maneira especial para cada ser humano e para cada vida. Ele tem um projeto para mim, que é diferente do projeto que tem para você. Tem um projeto para Maria, que é diferente do projeto que tem para o João. Um para a Maria Lúcia, que é diferente do projeto que tem para o Sebastião. Maria e Sebastião formam um casal, mas cada um deles recebeu um projeto de Deus, primeiro como indivíduo, depois como casal.
Além disso, Deus, ao ter o Seu projeto infinito, coloca cada pessoa dentro do Seu projeto, respeitando a liberdade desta pessoa. Eu não sou obrigado a amar a Deus. Jesus mesmo disse aos fariseus: "Morrereis no vosso pecado" (Jo 8,21). Jesus não tinha como mudá-los e avisou a eles: "Eu não posso forçá-los a amar". Não forçou o jovem rico (Mt 19,22-23). E chorou sobre Jerusalém porque Jerusalém não o quis (Mt 23,37): "Cuidado, vocês vão morrer na pior. Eu não tenho como forçar o amor e a justiça em vocês". Ele pergunta a Judas: "É com um beijo que trais o filho do homem?" (Lc 22,48). Jesus não podia forçar Judas a ser bom. Criou condições, mas Judas não aceitou. Se há uma coisa que Deus não pode fazer é deixar de amar. Mas também há uma coisa que Deus não pode fazer: obrigar-nos a amá-Lo, porque isto não seria amor.
O amor, ou é gratuito ou não é amor. Ninguém ama à força. O Deus que nos criou tem um projeto. O Seu projeto é de amor, mas depende do nosso sim. Se eu não quiser, não vai se realizar em mim. É preciso entender essas coisas. Nem sempre o projeto de Deus se realiza porque nós não deixamos. Lembram-se da história do jovem rico? Ele se retirou triste porque tinha muitos bens e Jesus disse que é difícil um rico entrar no reino dos céus. Teve que deixá-lo seguir outro projeto. Deus não força. Ele tem um projeto, mas não nos obriga.
Da próxima vez que alguém lhe pedir que entre para a Igreja dele pense nisso. É projeto de Deus ou daquele pregador pastor que você mude para o rebanho dele? Deus forçaria daquele jeito e jogaria com aquelas armas? Releia sua Bíblia e veja o agir de Deus e o de alguns de "seus" porta-vozes! Quem tem um projeto sabe o que fazer com o fruto que amadurece mais tarde. Quem não tem, força o amadurecimento, a colheita e ainda por cima diz que é ordem do dono do pomar! Já viu a urgência dos pregadores da mídia? É muito mais sôfrega e maior do que a de Jesus e a dos apóstolos. O que você acha que está em jogo: o Reino dos Céus ou o avanço do grupo deles?

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Ouvir a voz de Deus
 Pe. Zezinho, scj


A Bíblia diz que Deus nos falou .
Nossa religião nos diz que Deus ainda nos fala.
Falou diretamente a Moisés e outros patriarcas.
Falou por intermédio de mensageiros e anjos.
Falou por meio de profetas.Falou por meio de Jesus de Nazaré. Fala pela sua Igreja.
Se não acreditamos nisso então não ha porque seguir uma religião.
Praticamos religião também para ouvir e sentir o que Deus faz nos outros
Se para crermos nele exigirmos que nos fale pessoalmente estamos dizendo a Deus que se tem algo a nos dizer, diga pessoalmente
Deus não aceita condições, nem temos o direito de impo-las.
Se Ele falou e fala e porque quer e nos ama.
E impensável um Deus que não ame nem se comunique.
Mas e impensável alguém crer em Deus e exigir que se comunique\
do jeito que queremos ouvi-lo.
Ninguém manda em Deus.
Podemos crer ou não crer que ele de fato falou a Abraão e Moisés.
Podemos dizer que e tudo lenda, ficcao, pedagogia .
Acharam que o ouviram,mas ele não falou...
Nossa Igreja diz que Deus fala e que a fé consiste em procurar ouvi-lo.
Se você manda recados por razoes suas, Deus também o faz.
Os Israelitas, assustados com os sinais de Deus disseram a Moisés
Da próxima vez , fala-nos tu.
Tiveram medo. O desconhecido os assustava.
Então alguém que não se assustava falou do desconhecido.
Nunca ouviremos a voz de Deus ou soprando nos nossos ouvidos.
E com os ouvidos do coração que se ouve a Deus.
E é preciso ler sua mensagem com os olhos do coração.
Se você acha que uma mensagem como a do filho pródigo não vem de Deus
então, de quem ela viria?
Jesus falou em nome de Deus a quem ele conhecia profundamente.
E quem ouve Jesus tem mais chance do que quem o ignora.Jesus e paz.
Nos católicos achamos que nossa Igreja fala em nome de Jesus.
Vale a pena ouvir a voz de Deus nos acontecimentos.
A Igreja ensina a ler e ouvir esta voz. só ela é mãe e mestra.
Eu nunca ouvi Deus me falando.mas tenho certeza de que Ele me fala.
Um dos mensageiros mais fortes e a minha Igreja.
 

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SANTO DO DIA

09/09
São Pedro Claver
Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.

Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.

Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.

Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.

Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As conseqüências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.

Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 09/09/2011
Primeira Leitura: 1º Timóteo 1, 1-2.12-14

XXIII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Início da primeira carta de São Paulo a Timótio - 1Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por ordem de Deus,nosso Salvador, e de Jesus Cristo, nossa esperança, 2a Timóteo,meu verdadeiro filho na fé: graça,misericórdia, paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo,nosso Senhor! 12Dou graças àquele que me deu forças, Jesus Cristo, nosso Senhor, porque me julgou digno de confiança e me chamou ao ministério, 13a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e injuriador. Mas alcancei misericórdia, porque ainda não tinha recebido a fé e o fazia por ignorância. 14E a graça de nosso Senhor foi imensa, juntamente com a fé e a caridade que está em Jesus Cristo. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(15)

REFRÃO: O Senhor é a porção da minha herança!
1. Poema de Davi. Guardai-me, ó Deus, porque é em vós que procuro refúgio. Digo a Deus: Sois o meu Senhor, fora de vós não há felicidade para mim. - R.
2. Senhor, vós sois a minha parte de herança e meu cálice; vós tendes nas mãos o meu destino. - R.
3. Bendigo o Senhor porque me deu conselho, porque mesmo de noite o coração me exorta. Ponho sempre o Senhor diante dos olhos, pois ele está à minha direita; não vacilarei. - R.
4. Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria junto de vós, e delícias eternas à vossa direita. - R.



Evangelho: Lucas 6, 39-42


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 39Propôs-lhes também esta comparação: Pode acaso um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? 40O discípulo não é superior ao mestre; mas todo discípulo perfeito será como o seu mestre. 41Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho? 42Ou como podes dizer a teu irmão: Deixa-me, irmão, tirar de teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do olho de teu irmão. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

O cisco ou a trave no olho

Lucas reúne, na segunda metade do capítulo 6 de seu evangelho, após a proclamação das bem-aventuranças, várias sentenças de Jesus veiculadas na tradição das comunidades. Compõe, assim, um discurso, à semelhança do Sermão da Montanha, de Mateus. No texto de hoje temos duas sentenças correlacionadas entre si. A referência a "parábola", na introdução do texto parece vincular-se à parábola das duas casas, narrada mais adiante (vv. 43-49).
Na primeira sentença temos as duas interrogações sobre o cego que guia outro cego. É possível que, originalmente, fosse dirigida aos fariseus tidos como guias de uma doutrina que desorientava o povo. Lucas, aqui, a estaria aplicando também aos discípulos, os quais deveriam entender melhor a missão de Jesus. Ao estarem bem formados não deverão pretender ser maior do que Jesus. A segunda interrogação é feita com uma comparação usando o exagero: o cisco ou a trave no olho. Em vez de ficar procurando defeitos nos irmãos, é importante que faça a sua própria autocrítica. Assim, com humildade, se está preparado para, com lucidez e amor, se fazer a correção fraterna do irmão.


José Raimundo Oliva

 OraçãoPai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.