domingo, 21 de agosto de 2011

Mensagens do dia ( A lenda do amor)


Era uma vez o amor...
O amor morava numa casa assoalhada
de estrelas e toda enfeitada de sóis.
Mas não havia luz na casa do amor,
porque a luz era o próprio amor.

E então o amor queria uma casa
mais linda para si.
- Que estranha mania essa do amor!
E fez a terra, e na terra fez a carne,
e na carne soprou a vida, e na vida imprimiu
a imagem da sua semelhança.
E a chamou de ser humano.

E, dentro do peito do ser humano,
o amor construiu sua casa, pequenina,
mas palpitante, inquieta e insatisfeita
com o próprio amor.

E o amor foi morar no coração do ser humano
e coube todinho lá dentro, porque o coração
do ser humano foi feito para o infinito.

Uma vez, o ser humano ficou com inveja do amor.
Queria para si a casa do amor, só para si,
como se o amor pudesse viver só.
E o ser humano sentiu uma fome torturante e comeu!...

O amor foi-se embora do coração do ser humano.
O ser humano começou a encher seu coração:
encheu-o com as riquezas da terra e ainda ficou vazio. E o ser humano, triste,
derramou suor para ganhar a comida.

Ele sempre tinha fome e continuava com o coração vazio. E, uma vez, resolveu repartir seu coração inútil com as criaturas da terra.
O amor soube... Vestiu-se de carne e veio também
receber o coração do ser humano.

Mas o ser humano reconheceu o amor e o pregou numa cruz. E continuou a derramar o suor para ganhar a comida.
O amor então teve uma idéia: vestiu-se de comida, disfarcou-se de pão e ficou quietinho.

Quando o ser humano faminto ingeriu a comida,
o amor voltou à sua casa, no coração do ser humano. E o coração do ser humano se encheu de plenitude.


Cônego Ápio Pais Campos Costa

DOIS ANOS PROVOCANTES

  Pe Zezinho scj


Entre os católicos usa-se a expressão "tempo forte" para acentuar alguma celebração ou provocação mais exigente em termos de catequese, uma vez que somos uma Igreja rica de conteúdo doutrinário e marcada por imensos e cada dia novos desafios. Mas há termos recorrentes que recebem maior destaque. Foi o caso desses dois anos que estamos a viver. Ano da catequese, ano Paulino, ano da Palavra, ano sacerdotal; quatro fortes catequeses em 24 meses.

O que pretendeu a Igreja com estes enfoques? Lembrar a interligação fortíssima entre eles. Somos um povo sacerdotal constantemente desafiado, que deve não apenas orar pelos sacerdotes e respeitá-los, mas também ajudá-los e, se for preciso, corrigi-los. O povo de Deus tem o direito de exigir maior preparação dos seus presbíteros. Trata-se da sua liderança!

Gritamos contra os políticos, o governo, o senado, as câmaras e as assembléias pela falta de decoro, de preparo e de ética, mas, na hora de votar, apertamos displicentemente aquele botão. Não levamos a sério as nossas escolhas. Todos os dias e não apenas durante as eleições somos chamados a reagir com respeito, para termos melhores políticos e melhores políticas. Não nos respeitou, ceda o seu lugar!

A Igreja pede a mesma reação e o mesmo respeito pelos pregadores da fé. Sem políticos não se faz a "polis", sem sacerdotes não se solidifica a comunidade. Daí a responsabilidade do sacerdote de ser homem de estudos, de livros, de ciência, de justiça, de coragem e de fé. São Paulo diz que não nos é permitido calar a boca, nem nos gloriarmos de nossa missão. (1 Cor 9,16) Mais do que consolador, o sacerdote deve ser transformador e formador de opinião. Se alguém deve morrer pela justiça seja ele o primeiro, a começar pelo papa e pelos bispos. E não foram poucos os que deram a vida pelo povo; entre eles bispos, sacerdotes e catequistas.

O sacerdote, porém só o será bom evangelizador se for homem de estudos. Infelizmente isso tem faltado a muitos pregadores de hoje que visivelmente não gostam de livros e não lêem teologia nem as doutrinas necessárias para um bom pregador da fé. O padre não tem que ser doutor, mas certamente tem que ser leitor. Desinformado, certamente desinformará. O povo tem reclamado das pregações que ouve. Acusam tais pregadores de mesmice, alguns dos quais falam a milhões de pessoas. Este ano sacerdotal pode nos tirar da mesmice! Livros e documentos não faltam.

***

Paulo, Pedro e os demais apóstolos foram catequistas de primeira hora. Viram, ouviram, viveram e foram anunciar. Repercutiram Jesus com a sua própria vida. Com exceção de um, todos morreram por causa da Palavra, porque, no dizer de Antonio Vieira, eram mais do que pregadores de palavras, pregaram a Palavra e o fizeram com a própria vida, sem contemporizações, sem visar lucro e honrarias, sem buscar a fama e os primeiros lugares, sem nadar em luxo e conforto, expondo suas vidências sem querer a evidência. Revelados, revelaram muito a Jesus e bem pouco a si mesmos. É que não tinham um projeto pessoal. Seu viver era Cristo e este crucificado.(1Cor 2,2)

***

Por isso, Paulo podia dizer como disse, que lutou com valentia sem dizer se derrotou alguém, e que correu como quem quer o prêmio, mas não o primeiro lugar. O justo juiz lhe daria a coroa que ele, Paulo, merecia...(2Tm 4,7-8 ) E Paulo toma o cuidado de dizer que não apenas ele, mas todos os companheiros receberiam, com ele, a mesma recompensa por terem anunciado a Palavra.

São tempos fortes para leigos, sacerdotes, catequistas, repercutidores da Palavra. A todos, o mesmo convite: menos vedetismo, menos eu e mais nós! Num mundo pouco solidário e excessivamente individualista, ao menos dos sacerdotes e catequistas, homem ou mulher, jovem ou ancião espera-se que repensem a confissão de Pedro e de Paulo. Converteram-se, tinham-se como um entre muitos, valorizavam os outros, e pensaram mais no povo de Deus e no mundo em crise do que neles mesmos. E Paulo foi duro contra os que torciam mais por um do que por outro apóstolo. Não quis tietagem ao seu redor. (1Cor 1,12-13)

***

Um belo e exigente programa de vida. À pergunta de Jesus " quem vocês acham que eu sou?" (Mt 16,13-15) e à pergunta do mundo " Quem é esse homem?"(Mt 16,22; Jo 10,24 ) seria consolador se tivéssemos a coragem de Pedro que o proclamou messias, até mesmo sem entender as implicações de tal confissão; e a de Paulo que questionou os romanos sobre quem era o Jesus que deveriam buscar. O Jesus morto e crucificado ou o Jesus ressuscitado que voltou ao Pai e agora intercede por nós? (Rom 8, 34)

Dois anos fortes. Uma excelente ocasião para revermos nossa catequese, nosso jeito de crer e nossas atitudes. Ou somos o bebê chorão que ergue as mãozinhas, faz birra e espera que mãe venha e o tome no colo porque ele tem medo de estranhos e de fantasmas, ou o seu irmão gêmeo que chorando ou não, usa da sua capacidade, engatinha e vai buscar aquele colo!

***

Pedro e Paulo e os demais apóstolos aprenderam a ir ao Cristo e ao povo. É possível quer tenham aberto os braços em oração e adoração, mas é certo que abriram a boca e falaram, usaram dos pés e foram lá onde se sofre e onde é preciso mudar as pessoas e a situação.

***

Estamos nessa encruzilhada. Ou chamamos o povo ou vamos a ele! É a proposta desses dois anos fortes. O verbo é mais do que falar de Jesus: o verbo é ir ao povo para ajudá-lo a pensar como Jesus pensou e ir, não apenas pela mídia. O verbo ir supõe testemunhar e ajudar os que lá, já servem e ajudam os pobres e os sofredores. Igreja em paz é a que ora e que faz, nunca a que jaz, comendo pipoca no sofá, enquanto comenta o que vê na televisão. A morte talvez já esteja na próxima quadra, nas ruas e esquinas do nosso bairro! Apenas pediremos ajuda do céu ou abriremos também a boca, mentalizando e acordando a vizinhança?
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Espiritualidade de pregador


 Pe. Zezinho, scj


Espiritualidade tem a ver com a capacidade de conviver com o vento que sopra do alto, de lado, de baixo, de frente e à ré. Aviadores, marinheiros, baloeiros e navegadores sabem que os ventos não sopram somente neles e para eles, sopram em todos e para todos. Mas, como aqueles ventos sopram também sobre eles, como primeira regra, aprendem que precisam saber o que fazer com seus veículos quando o vento sopra e como flutuar ou navegar sem colidir com os outros, nem espatifar nas ondas, na rocha ou no solo.

Espiritualidade tem a ver com sopro do alto e da terra e com o que o indivíduo soprado faz com ele. Só pode dizer que tem espiritualidade o sujeito que, ao invés de ser soprado pelo vento e ir aonde o vento vai, aprende a ir aonde deve ir, sabendo valer-se do vento. Uma coisa é deixar-se levar dirigindo-se enquanto é levado e outra é ser empurrado e não saber como e para onde ir.

Os navegadores e pilotos que chegam ao porto e ao aeroporto que buscavam, chegam porque sabem a que altura ou profundidade vão, conhecem os canais e os ventos e sabem fugir ou utilizar a força das ondas e das correntes do mar e do céu. Quem sobe sem saber por que subiu, acaba levado pelo vento, como fez aquele, infeliz pregador da fé que subiu em balões, por entre câmeras, aplausos e incentivos de quem o viu subir e dias depois foi achado morto no mar sem saber por que subia, como desceria e como utilizaria seu frágil GPS.

Há igrejas e grupos de igreja que, de certa forma pregam esse tipo de espiritualidade... Sobem por entre glórias e aleluias e aplausos, mas de qualquer jeito e sem saber ler os sinais e os ventos. Preste atenção na espiritualidade festiva de alguns templos, pregadores e fiéis... Eles pensam que podem direcionar o vento.

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Fizeste a tua parte
 Pe. Zezinho, scj


Fizeste sempre a tua parte.
Fui eu que não fiz a minha!
Deste-me a luz e a graça para eu ser pessoa plena.
Fui eu que não abri a cortina!
Deste-me, o tempo todo, a chance de escolher.
Fui eu que não te escolhi e muitas vezes optei por mim mesmo, porque era mais fácil, mais agradável e parecia mais vantajoso!

Por isso, Senhor, admito que pequei.
Foi minha culpa, tão somente a minha culpa.
Não tenho como acusar os outros nem os que me levaram ao erro e a ciladas. Eu quis. Mas, se tive liberdade para querer pecar, quero ter a liberdade de querer me arrepender, não por medo, mas por amor.

Quero ser teu porque me amas e não porque poderias castigar-me. Quero ser teu porque me queres no céu e não por medo de passar a eternidade longe de ti.

Quero amar-te por amor e não por dever ou por medo. Quero amar-te encantado com o ser que és. Concede-me esta graça!  

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SANTO DO DIA

21/08
S. Pio X
Pio X, nasceu no dia 02 de junho do ano 1835, em Riese, no Treviso, norte da Itália. Foi batizado no dia seguinte com o nome de José Melquior. Sua mãe Margarida Sanson ficou viúva com dez filhos para criar. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos de idade, tendo sido capelão em Tombolo; por outros nove anos, pároco em Salzano; mais nove anos cônego e diretor espiritual em Treviso; nove anos Bispo de Mântua e outros nove anos cardeal-patriarca de Veneza; por último foi Papa durante onze anos (de 1903 a 1914). Seu pontificado foi excepcionalmente fecundo pela organização interna da Igreja. Pouco inclinado às finezas diplomáticas, não cuidou das relações da Igreja com o poder político.

Sua divisa "Restaurar tudo em Cristo" . Promoveu a renovação litúrgica, reformando a música sacra, propôs aos fieis a comunhão frequente, favoreceu a organização da Cúria e a fundação de um Instituto Bíblico em Roma. Elaborou o novo texto do Catecismo, derrubou as barreiras seculares que separavam a Cúria romana da prática pastoral, codificou o direito canônico, favoreceu a instrução religiosa das crianças com o catecismo permitindo-lhes fazer a comunhão em tenra idade. O Papa veneziano, sorridente e perspicaz, trocava uma palavra com todos sem observar as regras protocolares.

São Pio X, morreu no dia 20 de agosto de 1914, desgostoso pela guerra que já sacudia a Europa.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 21/08/2011
Primeira Leitura: Apocalipse 11, 19; 12, 1.3-6.10

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
(branco, glória, creio, pref. próprio - ofício da solenidade)

Leitura do livro do Apocalipse - Naqueles dias, 19Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva. 1Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. 3Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. 4Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. 5Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 6A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. 10Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(44)

REFRÃO: À vossa direita se encontra a rainha / com veste esplendente de ouro de Ofir.
1. Ao mestre de canto. Segundo a melodia: Os lírios. Hino dos filhos de Coré. Canto nupcial. - R.
2. Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai. - R.
3. De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens. - R.
4. Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real. - R.


Segunda Leitura: 1º Coríntios 12, 20-27


Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios - 20Há, pois, muitos membros, mas um só corpo. 21O olho não pode dizer à mão: Eu não preciso de ti; nem a cabeça aos pés: Não necessito de vós. 22Antes, pelo contrário, os membros do corpo que parecem os mais fracos, são os mais necessários. 23E os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho, 24ao passo que os membros decentes não reclamam tal cuidado. Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm, 25para que não haja dissensões no corpo e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros. 26Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele. 27Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Lucas 1, 39-56


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas -  39Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. 40Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 44Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. 45Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! 46E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, 47meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, 49porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. 50Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. 51Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. 52Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. 53Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. 54Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, 55conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. 56Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho



Lucas, no início de seu evangelho, aproxima e inter-relaciona João Batista e Jesus. Isto é feito com as narrativas dos anúncios a Zacarias e a Maria, respectivamente, dos anúncios das concepções de João Batista e Jesus, seguindo-se com a narrativa dos dois nascimentos em paralelo, e com esta narrativa da visitação de Maria a Isabel. Com estas narrativas procura-se afirmar uma supremacia de Jesus em relação a João Batista desde os seus nascimentos.
Maria, ao receber o anúncio de que conceberia a Jesus, teve como sinal dado pelo anjo Gabriel a própria concepção que acontecia com sua prima Isabel, já no sexto mês. Ela parte então para visitar e servir Isabel já nos últimos meses de sua gravidez. Lucas apresenta Maria, levando seu filho no ventre, seguindo o percurso da gentílica e periférica Galileia ? Judeia, na casa de Zacarias, sacerdote do Templo de Jerusalém, em um encontro do desabrochar da vida. Mais tarde Jesus fará este percurso, em direção a Jerusalém, para o momento da consumação final de seu ministério e de sua vida. Da mesma forma como o anjo entrou em casa de Maria e a saudou, comunicando-lhe o Espírito Santo, Maria, agora, entra e saída Isabel. Esta, ouvindo a saudação de Maria, fica cheia do Espírito Santo. Isabel passa então a profetizar. Confirma que Maria é mãe do seu Senhor, cuja presença comunica a alegria ao menino no seu próprio ventre. E Maria, em sua maternidade, é bem-aventurada por ter acreditado em tudo o que foi dito da parte do Senhor e que será realizado. Maria, então, pronuncia seu cântico de louvor a Deus pelo cumprimento de sua vontade nela. O cântico de Maria e sua bem-aventurança são a expressão da bem-aventurança dos pobres e do canto de liberdade de todos os oprimidos, explorados e excluídos, de todos os tempos. Maria apresenta como já concretizado, a partir de sua gestação, o projeto vivificante de Deus. Pela vida e presença de Jesus os pobres humildes são restaurados em sua dignidade, enquanto que os favorecidos pela sociedade são destituídos de seus privilégios. Está em ato a intervenção de Deus na história, trazendo a esperança de um mundo novo onde vigore a justiça e o amor.
Sob uma perspectiva escatológica, em uma apoteose de poder e glória, o livro do Apocalipse (primeira leitura) e a Primeira Carta aos Coríntios (segunda leitura) apresentam a vitória final de Deus sobre toda ameaça à sua Igreja.

Oração

Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo

José Raimundo Oliva


Jesus em relação a João Batista

O Evangelho do Dia ( Domingo )

Ano A - Dia: 21/08/2011


Assunção de Maria
Leitura Orante

Lc 1,39-56

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
- Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.
Então Maria disse:
- A minha alma anuncia a grandeza do Senhor.
O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador.
Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva!
De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso
fez grandes coisas por mim.
O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade
a todos os que o temem em todas as gerações.
Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles.
Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições.
Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias.
Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo.
Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.
Maria ficou mais ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.

Leitura Orante
Assunção de Maria
Lc 1,39-56

Naqueles dias, Maria partiu apressadamente dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!". Maria então disse: "A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias..." Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

Leitura Orante

Assunção de Nossa Senhora
Saudação
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,
paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu a? estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 1,39-56, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
No episódio da Visitação, Maria e Isabel viveram uma experiência inédita de si mesmas, quando uma se abriu para a experiência da outra, para a habita??o de Deus na outra.
No momento, elas conseguiram assumir em si a outra pessoa, ou outro projeto de Deus. O sentido último, o sentido teologal da solidariedade, é esta capacidade de hospedar dentro de si uma outra pessoa - qualquer que ela seja -, e no episódio da Visitação tivemos a dilatação máxima do significado da solidariedade, porque as duas mulheres que foram protagonistas da cena: estavam grávidas de filhos que, do ponto de vista das possibilidades humanas, eram filhos do impossível. Elas se visitaram enquanto mães. Elas se reconheceram enquanto pessoas amadas e chamadas por Deus. Elas vibraram de alegria e se abençoaram enquanto foram capazes de escutar uma outra voz, capazes de agradecer, e de rezar.
Os bispos do Brasil, nas Novas Diretrizes da Igreja (2011-2015) apontam para a gratuidade e missionariedade, sempre a "partir de Cristo". É o que vivem Maria e Isabel.
Solidariedade não significa apenas experimentar em si sentimentos positivos genéricos, ou um bem intencionado fazer algo por alguém. Não podemos reduzir o conceito a fatos exteriores, operativos, pois a solidariedade é algo que nasce da escuta interior, e cuja finalidade última é o descobrir-se em Deus, sentir-se na sua presença, sentir-se inserido no seu projeto. Não seria impossível nem impróprio dizer que o último degrau da solidariedade é a oração: não como um ato específico, mas como um estado habitual. A solidariedade é uma resposta ao chamado de Deus e, de qualquer maneira que ela seja vivida, constitui sempre uma forma ativa de compromisso, é um serviço recíproco. No episódio da Visitação é difícil dizer qual das duas mulheres precisava da outra, qual delas auxiliava e servia a outra. Nós estamos acostumados a dizer que Maria foi ao encontro de Isabel para servi-la: isso por força do hábito, e que empreendeu uma viagem para ver a outra. Mas as dinâmicas desse episódio não são assim tão simples. A obrigação que motivou a visita de Maria a Isabel, segundo nos informou Lucas, não era uma obrigação de caráter material, de serviços práticos, desses auxílios caseiros que Isabel poderia receber sem problema algum por outras vias. Era uma necessidade que elas tinham de se confrontar na fé.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Convida-me a ser uma pessoa solidária. Recordamos as palavras dos bispos na Conferência de Aparecida: "Agora, desde Aparecida, Maria convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo." (DAp 265).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração pessoal e rezo a Maria:
Odogitria Pan-Haghia
Pe. Zezinho, scj
Odogitria
Mostra-nos, Maria, os caminhos de Jesus
Odogitria
Mostra-nos, Maria, o caminho pra Jesus
Pan haghia, toda santa és Maria
Pan haghia, toda santa és Maria
Sabes conduzir
Sabes conduzir ao teu Jesus
Quem procura uma luz
CD Quando Deus se calou, Pe. Zezinho,scj - http://bit.ly/jfrWG0

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e o coração de Maria, reconhecendo as graças que Ele nos concede a cada instante.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Programação de hoje na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

-06h 30min Missa na capela de São Joaquim
-08h00min batizados na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima
-08h30min Missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima.

Hoje a noite não haverá Missa devido à celebração de investidura dos ministérios de leitor e acólito de Aerinylson Moreira da Nóbrega de nossa paróquia  e dentre outros.
Será presidida pelo Bispo Diocesano Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz na Catedral de Sant’Ana em Caicó.
A celebração eucarística terá início às 19 horas, e faz parte do processo de formação para o diaconato permanente que todos estão participando.
“Desde já queremos assumir o compromisso de assim como Jesus Cristo, servo de todos, de cada vez mais nos comprometer com os nossos trabalhos pastorais na comunidade e especialmente na nossa família”, disse Valdir Soares.
O QUE SÃO OS MINISTÉRIOS DE LEITOR E ACÓLITO?
São ministérios instituídos – não ordenados – e que remontam a uma antiga tradição da Igreja e mantidos pelo espírito do Concílio Vaticano II. São necessários para aqueles que receberão as ordens sagradas, ou seja, o diaconato e presbiterado.
O leitor é instituído para fazer a leitura da Palavra de Deus na assembléia litúrgica tanto na missa como nos outros atos sagrados. Incutida no ministério de leitor está à missão de instruir na fé crianças e adultos para receberem dignamente os sacramentos. Por ocasião da recepção desse ministério o instituído acolhe das mãos do Bispo a Bíblia Sagrada.
O acólito é instituído para ajudar o diácono e o sacerdote. Cuida do altar e auxilia os ministros ordenados nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da missa. Pela instituição, torna-se ministro extraordinário da Sagrada Comunhão e, dessa forma, pode distribuir a hóstia sagrada durante a missa ou levá-la aos enfermos. No rito de instituição do ministério de acólito, o candidato recebe das mãos do Bispo, a patena com a hóstia a ser consagrada ou o cálice com vinho, gesto esse que significa o serviço prestado junto do altar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Encerramento da Semana Nacional da Família na Matriz de Nossa Senhora de Fátima,

Hoje às 19h, acontecerá a grande Celebração de Encerramento, da Semana da Família, na Matriz de Nossa Senhora de Fátima, com a participação de todas as comunidades da Zona Norte.

 A Semana Nacional da Família faz parte do calendário das paróquias do Brasil. Que teve início em 1992 como respostas à inquietação, ao descontentamento e desejo de se fazer alguma coisa em defesa e promoção da família, a semana seguinte ao dia dos pais, no mês de agosto, por ser o mês vocacional, é celebrada a Semana Nacional da Família.
O Papa Bento XVI, em sua oração no Discurso Inaugural da V Conferência em Aparecida (2007), rezou pedindo para que as nossas famílias “continuem a ser berços onde nasce a vida humana abundante e generosamente, onde se acolhe, se ama, se respeite a vida desde a sua concepção até ao seu fim natural”.
O Documento de Aparecida, (n.302), quando fala de alguns lugares de formação de discípulos missionários, menciona “a família como primeira escola da fé, o lugar e a escola de comunhão, fonte de valores humanos e cívicos, lar onde a vida humana nasce e se acolhe generosa e responsavelmente”.
Por esta razão, tenho a alegria em apresentar o nosso subsídio “Horal da Família” 2011, cujo tema central este ano é: “Família, Pessoa e Sociedade”. O próprio Papa Bento XVI, na audiência geral do dia 31 de agosto de 2008, na praça de São Pedro, destacou a importância da família para a edificação da sociedade e seu bem-estar e exortou a todos os cristãos a confiar em Deus como aquele que concede todos os bens e sustenta as famílias no seu cotidiano.
Uma sociedade sólida nasce, certamente, do compromisso de todos seus membros, mas tem necessidade da bênção e do suporte de Deus que, infelizmente, é frequentemente excluído e ignorado. Sem Deus, busca-se inutilmente construir uma casa estável, edificar uma cidade segura, porém com Deus teremos uma família rica de filhos e serena, uma cidade bem segura e defendida, livre de pesadelos e inseguranças.
Agradeço a equipe que elaborou a 15ª edição do subsídio “Hora da Família” 2011. Desejo que os encontros a serem realizados por ocasião da Semana Nacional da família e, em outras ocasiões do ano, ajudem os pais na sua missão de educadores.
Rezemos a Deus para que a família brasileira seja reflexo da Sagrada Família de Nazaré
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Papa aos jovens: não ignorar o sofrimento humano

Ao rezar a Via-Sacra, pontífice defende compromisso com os menos favorecidos


MADRI, sexta-feira, 19 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI pediu que os jovens não ignorem o sofrimento humano, mas que exercitem “o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes”.
O Papa dirigiu algumas palavras à multidão de jovens que rezou com ele a Via-Sacra, na Praça de Cibeles, no fim de tarde desta sexta-feira, em Madri, no maior ato deste segundo dia da presença do pontífice na Jornada Mundial da Juventude.
“A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre os nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes; pelo contrário, fez-Se um de nós para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue.”
“A partir de lá entrou em todo o sofrimento humano alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de lá propaga-se em todo o sofrimento a con-solatio, a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança”, disse o Papa.
Bento XVI desejou aos jovens “que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos”.
“Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes.”
As diversas formas de sofrimento – prosseguiu o Papa –, “são apelos do Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação”.
“Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem”, enfatizou Bento XVI.
“Oxalá saibamos acolher estas lições e pô-las em prática. Com tal finalidade, olhemos para Cristo, suspenso no duro madeiro, e peçamos-Lhe que nos ensine esta misteriosa sabedoria da cruz, graças à qual vive o homem.”
A cruz – afirmou Bento XVI – “não foi o desfecho de um fracasso, mas o modo de exprimir a entrega amorosa que vai até à doação máxima da própria vida. O Pai quis amar os homens no abraço do seu Filho crucificado por amor”.
“Na sua forma e significado, a cruz representa esse amor do Pai e de Cristo pelos homens. Nela reconhecemos o ícone do amor supremo, onde aprendemos a amar o que Deus ama e como Ele o faz: esta é a Boa Nova que devolve a esperança ao mundo”, disse.

Mensagens do dia ( Catemos ao Deus da novidade)


Todos aqueles e aquelas que tentam viver uma vida coerente e nova, como a aurora de cada dia, alegrem-se com o que de novo tem feito e ainda sempre fará o Deus da novidade.

Ele nos garante um novo Céu e uma Terra nova: A Terra Prometida sob a palavra de sua aliança e registrada nas Bem-Aventuranças de seu filho Jesus, nosso irmão.

Cantemos a esse Deus vivo a canção invencível da esperança, mesmo na noite neoliberal. É de noite que Abraão pode enxergar as estrelas da promessa.

Bailemos a dança da igualdade e da partilha contra os altos muros do lucro e da exclusão. As muralhas da Jericó do Capital cairão sob as trombetas dos pobres organizados.

Sentemo-nos, em roda ecumênica, na relva humilde da liberdade, orvalhada pelo suor camponês, operário e biscateiro e batizada pelo sangue de tantas testemunhas.

No campo na mata, no cerado e na caatinga, nos lagos e nos rios, violados pelo arame fapado do latifúndio, pelos agrotóxicos assassinos, pelo maquinário das madeireiras e mineradoras e pleos projetos faraônicos das monoculturas, das barragens, das hidrovias, das hidrelétricas, sejamos "o novo": o antigo jeito novo de zelar da Terra como de uma esposa-mãe.

Salvemos dos transgênicos e de toda manipulação suicidas a biodiversidade. Agasalhemos a vida e o cosmo como se agasalham, nos ninhos, as asas do futuro. Na cidade que amontoa as pessoas no anonimato, nas pressas e na violência, sejamos o shalom da nova Jerusalém, o resplendor, sem luzes falsas, da cidade do Cordeiro, a festa das bodas do Deus Amor com a humanidade noiva.

Contamos com Aquele que é eterno e justo. A terra está cheia do seu amor! Ele, no seu Dia, na hora que vem vindo do seu Reino, desbarata, pelas mãos dos pobres, os projetos dos grandes, os devoradores fundos monetários, as alcas prepotentes da dominação, os planos militares e geopolíticos, enroupados com desculpas antinarco, o verdadeiro terror estrutural dos estados, do império, do sistema.

Os grandes são diante dEle erva que murcha num dia. Não há grandes para Ele, que é Pai goel dos homens humildes e das mulheres humilhadas. Ele convoca toda a humanidade numa só família: de todas as raças, de todas as culturas, de todas as religiões. Porque Ele Deus único, de todos os nomes, seio de saída e seio de retorno para toda a sua filha, a humanidade una.

Contemos também com todos os irmãos e irmãs, que sentem a mesma dor e assumem a mesma luta e cultivam o mesmo sonho. Os povos indígenas e negros, raízes do nosso Povo, as massas revoltadas da cidade, os sem-comida, os sem-teto, os sem-terra, os sem-água, os sem-trabalho e sem-direitos, os sem-saúde e sem-segurança.

Todos os excluídos e excluídas pelo império do capital, que são os incluídos e incluídas no Reino. As tribos jovens de Seattle, de Gênova, de Porto Aelgre. Os patriarcas e matriarcas da profecia teimosa, que ainda têm visões de amanhecida nas sábias testas queimadas pela fidelidade. Todos os solidários e solidárias do Norte e do Sul, que têm apagado de seus olhos as fronteiras da segregação e as leis de estrangeiria.

Romeiros e romeiras da Utopia maior, vamos para um outro mundo, possível e necessário, para a Terra sem males, da economia da reciprocidade, para a Shekiná do acampamento de Deus, para a Casa solarenga da Vida plena.


Pedro Casaldáliga
do livro: Orações da caminhada - Verus

DEVOÇÕES EXPLOSIVAS

 Pe Zezinho scj

É lícito dizer que adoramos uma parte do Cristo? Se for explicada, sim, se não for pode ser devoção explosiva. Muitos fiéis já falam de adorar as mãos, os pés, os dedos, os ombros, as chagas, o sangue, os olhos do Cristo sem explicar o que entendem por isso. Podemos chegar a um impasse na catequese se não explicarmos melhor tais devoções. Será um Cristo aos pedaços ou dicotomizado. Não se adora um pedaço do corpo de Cristo.

***
Aqui vale a reflexão-pergunta de Paulo quando soube das divisões na comunidade, em função de pessoas e nomes. Paulo inquiria: Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo? (1Cor 1, 13) Os coríntios não deveriam dividir o Cristo, separando os apóstolos em melhor ou maior. Devoções que salientam ombros, mãos ensangüentadas, mãos ungidas, cabeça coroada de espinhos podem ser excelente meios de catequese, desde que o fiel mais simples entenda que não estamos adorando aquela parte e, sim, o Cristo por inteiro simbolizado naquela dor ou naquele membro.

Da forma como tenho ouvido e visto parece-me que tem faltado a explicação do catequista, Ora-se, falando com o sangue e a água, com as mãos e com o coração de Jesus, sem falar a Jesus. O ideal seria dizer:

Ó Cristo que, com tuas mãos ensangüentadas na cruz, apontavas para um amor maior, tende piedade de nós.

Ó Cristo que, com os teus pés feridos de missionário buscavas o povo para levá-lo à fraternidade e ao Reino de Deus, tende piedade de nós.

Ó Jesus, cujo coração sagrado bateu por nós e deu o sangue até á última gota por nós, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Ó Cristo que na coroa de espinhos que sangrou tua cabeça mostraste até que ponto se ama a humanidade, tornou nosso pensamento cada dia mais solidário.

***
Uma coisa é orar à pessoa do Cristo, simbolizada por algum órgão, ou pelo seu sangue e outra é falar com o sangue, o coração e as mãos do Cristo, sem explicar isso aos mais simples. Nem todo mundo entende tais expressões.

Falo como professor de Comunicação Católica; mas ninguém, precisa me ouvir. Nem mesmo quem foi ou é meu aluno. Cumpro o meu dever de alertar. Cada fiel deve saber como quer evangelizar. Mas que precisamos tomar cuidado com o que dizemos, precisamos! Prefiro dizer que adoro o Jesus que morreu na cruz do que a cruz na qual Jesus morreu. Isso não diminui em nada o valor da sua dor nem o sentido da cruz. Mas ajuda os fiéis e entenderem que a cruz só tem sentido por causa do crucificado. Cremos que ele era Deus. A cruz na qual ele morreu não era nem é.
***
Optei por não cantar: Ó Cruz, nós te adoramos, ou ó Cruz, tu nos salvarás. Se me pedem para cantar, eu mudo para: Jesus, nós te adoramos ou: Na cruz, Tu nos salvarás. Discordo de muitos colegas que jamais explicam. Dou a eles o direito de discordarem de mim. Mas, que o debate deve ser feito, deve!

Dias atrás uma senhora me trouxe uma mão de cera pedindo que a benzesse, porque era a mão de Jesus. Perguntei se não queria um crucifixo, que seria bem mais bíblico, porque mostrava Jesus no seu ato supremo de amor por nós. Ela se negou. Queria aquela mão manchada de sangue, porque era a mão que abençoava sua família. De nada adiantou minha catequese. Ela veio vacinada e foi embora vacinada contra explicações que não confirmassem o seu jeito de crer.

***
Querem saber se benzi aquela mão? Não. Percebi, pela maneira como ela se expressou, que aquele objeto tinha virado fetiche. Ela atribuía poder à aquele objeto. Não tinha sentido catequético. Um outro padre o fez e ele agora é o mais novo herói daquela católica que não aceita nenhuma catequese oficial. Tem que ser do jeito dela.

Ela me lembra uma outra senhora que me pediu para depositar no cofre de moedas de São Judas, em São Paulo, uma nota de um cruzeiro, quando já era o tempo do real. Expliquei-lhe que aquilo não ajudaria obra nenhuma. E ela retrucou com aspereza: - Ponha lá e cale a boca! Quando eu quiser ouvir aulas de catecismo, eu vou procurar uma escola. Sua função é atender a fé dos fiéis...
Quem ouviu balançou a cabeça. Olhei para o teto, respirei fundo, pequei a nota e a pus no cofre, porque ela não podia esperar na fila. Imagino que São Judas no céu tenha dado um sorriso. Orei por ela e por católicos que acham que não têm mais nada que aprender. Afinal 30 ou 40 anos de estudos pelo visto não valem nada diante de uma fé sem livros, mas absolutamente certa...
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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

Não sei louvar direito
Pe. Zezinho, scj


Seria bom louvar-te, exaltar-te e glorificar-te do jeito que mereces, mas sei que nunca poderei fazer isso, por causa dos meus limites, que são inúmeros. Então, permita-me, Senhor, louvar-te, exaltar-te do jeito que eu sei e do jeito que posso, que é sempre um jeito pequeno. Mas quero cantar, pregar e escrever sobre as tuas maravilhas sem exagerar, sem falar demais de mim, lembrando-me do quanto és maravilhoso nos teus verdadeiros santos.

Como eu ainda não sou um teu santo verdadeiro e dificilmente creio que a Igreja um dia me declarará modelo de santidade, eu fico com os santos que de fato são e foram verdadeiros e que servem como modelo de vida para os outros cristãos. Louvo-te por eles.

Louvo-te por Helder, por Tereza, por Dulce, Por Zilda, por Luciano, por Luiz, Vicente, Camilo, João Paulo, João, Antônio, Aloísio, Paulo, Francisco e Clara e milhares de outros que viveram com e para os outros e o tempo todo voltados para a tua luz e para o teu colo.


Sinto não ter chegado na minha idade ao grau de santidade que eles chegaram, muitos deles bem antes de mim. Mas sou encantado com os teus santos e com os que souberam dizer sim à tua graça.

Espero que eles me acolham no céu, apesar de todos os meus limites e da minha incapacidade de ser como eles foram, mas quero ser teu e quero encontrá-los lá e, para isso, conto com a tua graça e, certamente, com a intercessão deles.

Não serei nunca um santo modelo, mas gostaria de ser um santo ou alguém que se esforçou para ajudar os outros e, quando errou, pediu perdão curvou-se, pediu perdão, humilhou-se e tentou se corrigir. Isso, Tu sabes! Não importa se o mundo não sabe: tu viste, tu sabes, tu conheces a minha vontade de acertar e tu sabes do esforço que fiz para reparar meu erros, todas as vezes que errei! E é por isso que confio na tua misericórdia!  

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SANTO DO DIA

20/08
S. Bernardo de Claraval
Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.

Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante trinta e oito anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com freqüência e impunha-se severa penitência.

Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.

São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 20/08/2011
Primeira Leitura: Rute 2, 1-3.8-11; 4, 13-17

SÃO BERNARDO ABADE E DOUTOR
(branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)

Leitura do livro de Rute - Naqueles dias, 2Rute, a moabita, disse a Noêmi: Peço-te que me deixes ir respigar nos campos de quem me quiser acolher favoravelmente. Vai, minha filha, respondeu-lhe ela. 3Rute partiu, pois, e entrou num campo, atrás dos segadores. Ora, aconteceu que aquele era justamente o campo de Booz, parente de Elimelec. 8Booz disse a Rute: Ouve, minha filha: não vás respigar em outro campo; não te afastes daqui, mas junta-te com minhas servas. 9Olha em que campo vão ceifar, e segue-as. Proibi aos meus servos que te molestassem. Se tiveres sede, vai à bilha e bebe da água que eles tiverem buscado. 10Rute, caindo aos seus pés, prostrou-se por terra: De onde me vem a dita, disse ela, de que te interesses por mim, uma estrangeira? 11Contaram-me, replicou Booz, tudo o que fizeste por tua sogra depois que morreu o teu marido, como deixaste teu pai, tua mãe e a tua pátria, e vieste para um povo que antes não conhecias. 13Booz tomou, pois, Rute, que se tornou sua mulher. Aproximou-se dela, e o Senhor concedeu-lhe a graça de conceber e dar à luz um filho. 14As mulheres diziam a Noêmi: Bendito seja Deus, que não te recusou um libertador neste dia. Que o teu nome seja um dia célebre em Israel! 15Ele te dará a vida e será o sustentáculo de tua velhice, porque tua nora, aquela que o gerou é que te ama e é para ti mais preciosa que sete filhos! 16Noêmi, tomando o menino, pô-lo no seu regaço, e fazia-lhe as vezes de ama. 17Suas vizinhas deram-lhe nome, dizendo: Nasceu um filho a Noêmi. E chamaram ao menino Obed. Este foi pai de Isaí e avô de Davi. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(127)

REFRÃO: Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor.
1. Cântico das peregrinações. Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. - R.
2. Tua mulher será em teu lar como uma vinha fecunda. Teus filhos em torno à tua mesa serão como brotos de oliveira. - R.
3. Assim será abençoado aquele que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor para que em todos os dias de tua vida gozes da prosperidade de Jerusalém, - R.



Evangelho: Mateus 23, 1-12


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos,disse: 2Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. 3Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 4Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. 5Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos. 6Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. 7Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. 8Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos. 9E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11O maior dentre vós será vosso servo. 12Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado. - Palavra da salvação.


Comentário do Evangelho

Não se disputam méritos na comunidade de Jesus

Nas comunidades, muitos dos judeus convertidos mantinham-se, ainda, apegados à sua antiga ideologia. Tanto à doutrina como à prática de querer sobressair e ter poder sobre os demais. Mateus, no seu evangelho, adverte estas comunidades. Que ninguém pretenda ser "rabi", "pai", "guia" (títulos de autoridade). Só há um Mestre, um Pai e um Guia. O texto de advertência termina com o tema da humilhação e da exaltação, que é um dos fundamentos do Reino de Jesus. Nas comunidades dos discípulos não se disputa méritos, mas vive-se a alegria do serviço e da partilha, na humildade.

José Raimundo Oliva

Oração

Pai, reveste-me de humildade e simplicidade, para que eu seja disponível para servir o meu próximo, na mais pura gratuidade.

O Evangelho do Dia ( Sabado )

Ano A - Dia: 20/08/2011


Um só Mestre
Leitura Orante

Mt 23,1-12

Depois, Jesus falou às multidões e aos discípulos: "Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de 'rabi'. Quanto a vós, não vos façais chamar de 'rabi', pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos. Não chameis a ninguém na terra de 'pai', pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de 'guia', pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, cumprimentando,
com todos os internautas,
a Jesus, como Mestre:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.
Bem aventurado Tiago Alberione

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio com atenção, na Bíblia, o texto de hoje em Mt 23,1-12.
Jesus se apresenta como um Mestre diferente. A maior preocupação do bem-aventurado Tiago Alberione sempre foi levar todos a Cristo: "A Família Paulina tem uma só espiritualidade: viver integralmente o Evangelho, seguir o Divino Mestre Caminho, Verdade e Vida. Esta espiritualidade ele assim definiu: " viver 'em Cristo', santificando: a mente, porque ele é a Verdade; a vontade, porque ele é o Caminho; o coração, porque ele é a Vida".

2. Meditação (Caminho)

- O que a Palvra diz para mim?
Considero, como refletem os bispos na Conferência de Aparecida, Jesus como único Mestre que tem palavras de vida eterna: "O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para "que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar" (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de "ser d'Ele" e fazer parte "dos seus" e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas." (DAp 131).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Senhor Deus, nosso Pai e Criador.
A beleza do universo revela a vossa grandeza,
A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,
E o eterno amor que tender por todos nós.
Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,
E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.
A beleza está sendo mudada em devastação,
E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.
Que nesta quaresma nos convertamos
E vejamos que a criação geme em dores de parto,
Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,
Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.
E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,
Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,
Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,
O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.
Amém. (CF 2011)

.4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou vivenciar o meu ser discípulo de Jesus Mestre vivendo a fraternidade. E colocarei no cume de todas as minhas «referências» Jesus Mestre.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O seguimento de Jesus: o caminho da cruz

A narrativa de Mt 16, 21-27  começa com as mesmas palavras que Jesus utilizou para provocar em Pedro uma mudança de atitude: “Se alguém quer vir comigo ...” Desta vez, porém, dirige-se a todos os discípulos para explicar-lhes as exigências do seguimento.
A exortação a “tomar a cruz e a negar-se a si mesmo” aparece em outro lugar no Evangelho, mas aqui aparece como condição de seguimento.
Seguir Jesus significa, antes de tudo, negar-se a si mesmo e tomar a Cruz, o que é o mesmo que perder a própria vida para encontrá-la em plenitude.
Os primeiros cristãos utilizaram muito a expressão “tomar a cruz”, para expressar a sua união com Jesus em sua Morte e Ressurreição. É muito provável que Jesus, ao se referir à Cruz, a veja como símbolo de sofrimento e os primeiros cristãos deram a essa expressão um sentido mais pleno, relacionando-a com o mistério da Páscoa de Jesus.
O seguimento de Jesus significa renunciar aos projetos pessoais de realização, aos olhos da sociedade estruturada pelos poderosos, e tomar a Cruz. A cruz era o instrumento de suplício e morte imposto pelos romanos àqueles que ameaçavam a ordem institucional do império. Eram os subversivos. Durante a revolta judaica do ano 6 d.C., os romanos crucificaram 500 revoltosos, em volta de Jerusalém. Tomar a sua cruz, neste contexto, o que é diferente de “tomar o poder”, não tem nada de messiânico. Tomar a Cruz e perder a sua vida é deixar-se seduzir pelo chamado de Jesus e renovar as estruturas desta sociedade, conformando-a a tudo o que é bom e agradável a Deus.
Aqueles que são seduzidos pelo mundo dos ricos ambiciosos, pensando, assim, salvar suas vidas, são aprisionados pelas malhas do poder. Seguir Jesus e tomar sua Cruz significa rejeitar os critérios de sucesso deste mundo e comprometer-se com a construção do mundo novo de fraternidade, justiça e paz, sem temer as adversidades que surgirão.

Fonte: Padre Wagner Augusto Portugal
Local:Campanha

Trilogia da espera


Silêncio
De estupor tomados
diante do dom de existir,
simplesmente dessedentando-nos
na água da vida,
percorreremos
os caminhos do Silêncio,
a quem a Palavra entreabre
e donde vem,
Beleza que arrebata
e em nós repousa...

Regaço
Luminosa é a noite
do saber-nos amados
entre invisíveis liames
tecidos na vida,
adorável Regaço
do qual se nutre existir,
e líquida presença
na qual se move,
Proximidade escondida
e Afastamento vizinho
onde a Cruz é porta...

Custódia
Nem se fecha o cerco
do eterno retorno:
aberta é a linha da vida.
Além do escuro silêncio
no qual submerge o extremo horizonte
do grande dia que passa,
lá a Tua noite é Custódia de aurora:
Tu és!


Bruno Forte

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

A graça de perseverar
Pe. Zezinho, scj

Volúvel é o ser humano. Não se fixa em muitas coisas. Muitas vezes se fixa é no pecado, no qual não deveria perseverar enquanto abandona e trai a virtude, esta sim, motivo para perseverar. Não poucas vezes, o casal começa com juras de amor e de carinho eterno. Vem a dificuldade e um deles desiste. Pai ou mãe chora de emoção com o nascimento do filho no hospital. Vem a dificuldade e, ele ou ela, acaba fugindo de casa, sem o filho por quem chorou no dia do nascimento.

O religioso se compromete, faz os votos. Vem a dificuldade e ele opta por outro caminho. Não agüentava mais aquele sacrifício. Descobriu que não estava pronto para tamanho peso. Assim, os que trocam de empresa, de profissão, de amor, de família! Todos eles seguiram outro caminho, ou porque o achavam melhor ou porque o outro estava difícil demais.

Ninguém pode condenar alguém porque mudou. Sem conhecer todos os porquês, não há como emitir um julgamento. Na verdade, jamais conheceremos todos os porquês de uma pessoa.

Fato é fato. A nossa é uma sociedade em que pouco se favorece o dom da perseverança. Pelo contrário, muitíssimas mensagens sugerem que se busque o novo. Embutido na proposta, o conselho de que quando as coisas ficam difíceis não faz sentido continuar ... É graça que se deve pedir.  

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SANTO DO DIA

19/08
Santo Ezequiel Moreno y Diaz
Ezequiel Moreno y Diaz nasceu no dia 09 de abril de 1848, em Alfaro Terazona, Espanha. Seus pais, honrados e piedosos, deram aos cinco filhos uma educação cristã. Ezequiel percebeu desde criança a chamada de Deus à vida religiosa e missionária. Seguindo o exemplo do seu irmão mais velho Eustáquio, em 1864 vestiu o hábito religioso no Convento dos agostinianos recoletos de Monteagudo, em Navarra. Tomou o nome de frei Ezequiel de Nossa Senhora do Rosário quando emitiu os votos solenes em 1866. Três anos depois ele foi enviado para as Ilhas Filipinas, onde permaneceu por quinze anos, ganhando notoriedade pela integridade do seu apostolado missionário.

Em 1885, Ezequiel Moreno foi nomeado superior do Convento de Monteagudo, retornando para a Espanha. Após três anos, quando terminou o seu mandato, os irmãos da Colômbia pediram ajuda à Espanha e ele se ofereceu como voluntário. Nomeado superior da expedição de sete missionários, em 1888, partiu da Espanha em direção à Colômbia.

Antes de tudo restabeleceu a observância das regras religiosa nas comunidades da ordem. Depois, trabalhou para a reativação das missões de Los Llanos de Casanare, exercida anteriormente pelos agostinianos recoletos. Com cartas exaltando a necessidade e o valor das missões despertava o entusiasmo do governo e das autoridades eclesiásticas, além de estimular o ânimo dos religiosos.

Ezequiel Moreno foi consagrado Bispo de Pinara e vigário apostólico de Casanare, em 1894. Pretendia acabar ali os seus dias, porém Deus o tinha destinado para uma tarefa mais árdua e delicada. Um ano depois foi nomeado Bispo de Pasto. Este novo ministério foi seu verdadeiro calvário, sendo submetido à humilhações, menosprezo, calúnias, perseguições. Chegou, em algumas circunstancias, a experimentar momentos de abandono por parte dos seus irmãos do clero. Assim, para por um fim às polêmicas existentes, em 1898 foi para Roma apresentar sua renuncia ao Papa Leão XIII, que este não aceitou. Teve então de retornar à sua sede episcopal, onde além dos novos ataques pessoais, o esperavam as aflições da sangrenta guerra civil que se desencadeara.

Adoeceu em 1905, passando por um rápido e sofrido final. Acometido por um câncer agressivo no nariz, depois de duas operações sem êxito, feitas na Espanha. Morreu no dia 19 de agosto de 1906, na sua cela do Convento de Monteagudo, sendo sepultado na igreja de Nossa Senhora do Caminho, deste convento.

A fama de sua santidade se difundiu entre os cristãos, sobretudo nos da Colômbia. Muitas curas, especialmente de câncer, foram atribuídas à sua intercessão, sendo beatificado em 1975. O anúncio de sua canonização foi feito pelo Papa João Paulo II em 1992, na cidade de São Domingos, quando apresentou Santo Ezequiel Moreno y Diaz ao mundo como exemplo de missionário e pastor, na festa do V Centenário da Evangelização da América.
São João Eudes
João Eudes nasceu, em 14 de novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso.

Inicialmente, estudou no Colégio Real de "Dumont", em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas, costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção a Maria, secretamente consagrou-se a ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se sacerdote.

Em 1623, com o consentimento dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua especial devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia.

Nessa última, quando, em 1627, ocorreu a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o contágio. Costumava dizer, em tom de brincadeira, que de sua pele até a peste tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que, ao seu contato, poderiam ser contagiados.

Por isso não entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol. Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, no qual as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé, João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou, em 1643, a Congregação de Jesus e Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida nas necessidades espirituais e materiais do povo. Além de difundir, por meio dessas missões, a devoção aos sagrados corações de Jesus e Maria.

Seguindo esse pensamento, também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender às jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e às crianças abandonadas. A Ordem deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor.

Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa.

Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos sagrados corações de Jesus e de Maria. Para isso, ele próprio compôs missas e ofícios, festejando, pela primeira vez, com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672. Hoje, essas venerações fazem parte do calendário da Igreja.

Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado pelo papa Pio XII em 1925. A festa de são João Eudes comemora-se no dia de sua morte.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 19/08/2011
Primeira Leitura: Rute 1, 1.3-6.14-16.22

XX SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura do livro de Rute - Naqueles dias, 3Elimelec, marido de Noêmi, morreu, deixando-a com seus dois filhos. 4Estes casaram com mulheres moabitas, chamadas uma Orfa e outra Rute. Viveram lá aproximadamente dez anos. 5Maalon e Quelion morreram ficando Noêmi só, sem seus dois filhos e sem seu marido. 6Então, levantou-se Noêmi e partiu da região de Moab com suas duas noras, porque ouviu dizer que o Senhor tinha visitado o seu povo e lhe tinha dado pão. 14Então elas desataram de novo a chorar. Orfa beijou a sua sogra, porém Rute não quis separar-se dela. 15Eis que tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses, disse-lhe Noêmi; vai com ela. 16Não insistas comigo, respondeu Rute, para que eu te deixe e me vá longe de ti. Aonde fores, eu irei; aonde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu povo, e o teu Deus, meu Deus. 22Foi assim que voltaram dos campos de Moab, Noêmi e sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém quando se começava a segar a cevada. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(145)

REFRÃO: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
1. Feliz aquele que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus. É esse o Deus que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; que é eternamente fiel à sua palavra, - R.
2. que faz justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O Senhor livra os cativos; - R.
3. o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor ergue os abatidos; o Senhor ama os justos. O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva; mas entrava os desígnios dos pecadores. - R.
4. O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva; mas entrava os desígnios dos pecadores. O Senhor reinará eternamente; ó Sião, teu Deus é rei por toda a eternidade. - R.



Evangelho: Mateus 22, 34-40


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 34Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se 35e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: 36Mestre, qual é o maior mandamento da lei? 37Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). 38Este é o maior e o primeiro mandamento. 39E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). 40Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho



Este episódio é relatado pelos três evangelistas sinóticos. Em Marcos o diálogo ocorre entre um escriba e Jesus, de maneira pacífica. Em Mateus e também em Lucas, um fariseu se dirige a Jesus com malícia, para tentá-lo. Entre os escribas e os fariseus discutia-se esta questão sobre qual seria o maior mandamento. Na Lei encontravam-se mais de seiscentos mandamentos a serem observados pelo povo. A opinião majoritária inclinava-se para a observância do sábado, como sendo o maior mandamento. Jesus já demonstrara liberdade em relação a ele, infringindo esta observância sabática. Agora, Jesus responde apresentando os mandamentos do amor a Deus e o amor ao próximo como sendo os maiores. O amor a Deus identifica-se e concretiza-se com o amor ao próximo. E a Lei e os Profetas se resumem neste mandamento do amor. No Sermão da Montanha Jesus também afirma que a Lei e os Profetas equivalem ao preceito de fazer aos outros tudo aquilo que queremos que seja feito a nós. Jesus nos leva à compreensão de que o amor a si mesmo só se realiza no amor ao próximo, e neste amor de comunhão fraterna comunga-se com o próprio Deus.

José Raimundo Oliva

Oração

Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a ti e a meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.
O amor a Deus e ao próximo

O Evangelho do Dia ( Sexta-Feira )

Ano A - Dia: 19/08/2011


Dois mandamentos que se resumem no amor
Leitura Orante

Mt 22,34-40

Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: "Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?" Ele respondeu: "'Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!' Esse é o maior e o primeiro mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante: 'Amarás teu próximo como a ti mesmo'. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos".

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que navegam pela internet:
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 22,34-40 e observo a síntese que Jesus faz dos mandamentos.
O mestre da Lei quer por Jesus à prova.
Pergunta-lhe qual é o mandamento mais importante. Jesus diz que os dois são igualmente importantes e inseparáveis: quem ama a Deus deve amar o filho de Deus, ou seja, o próximo. Tudo o mais é consequência. E diz mais: o amor ao próximo deve ser igual ao amor a si mesmo.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo estes dois mandamentos? Começo ao contrário, pelo segundo mandamento. Amo as outras pessoas como a mim mesmo? O papa Bento XVI publicou em 2006 a sua primeira encíclica intitulada "Deus caritas est", Deus é amor. No parágrafo 16, diz que há um "nexo indivisível entre o amor a Deus e o amor ao próximo: um exige tão estreitamente o outro que a afirmação do amor a Deus se torna uma mentira, se o homem se fechar ao próximo ou, inclusive, o odiar." O papa diz mais: "Só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor é que me torna sensível também diante de Deus. Só o serviço ao próximo é que abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. Os Santos - pensemos, por exemplo, na Beata Teresa de Calcutá - hauriram a sua capacidade de amar o próximo, de modo sempre renovado, do seu encontro com o Senhor eucarístico e, vice-versa, este encontro ganhou o seu realismo e profundidade precisamente no serviço deles aos outros. Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento" (Deus caritas est, 18).É assim que amo meu irmão? É assim que amo a Deus?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de renovada relação de amor com Deus e o próximo.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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