sábado, 24 de dezembro de 2011

No meu natal



No meu Natal, sempre teve amor, ternura
Saudades do que se passou e do que ainda não vivi. No meu Natal, nunca teve Papai Noel. Nem sapatinhos na janela, nem Árvore de Natal. No presépio tão pequeno, os pastores Maria, José e o Menino.

Luzes, muitas luzes...
Roupa simples, coração em festa
Sem panetones, nem Ceia, apenas o jantar
Depois, a família, todos juntos numa prece
Para que o mundo seja mais feliz
Acolhendo o Menino, que acaba de nascer.

O meu Natal não tem o frio da neve
Mas, às vezes, tem a frieza do egoísmo
Porque ainda não aprendi a lição
Que o Menino veio trazer.
Às vezes tem tristeza, porque mais uma vez é Natal. E eu pouco fiz por um mundo melhor.

O Natal sempre toca o nosso coração
Ficamos mais sensíveis, mais amáveis
Ou apenas permitimos que a nossa carência
De amor se manifeste
E é uma criança, uma frágil criança
Que vem ao nosso encontro e nos ensina o Amor.

Parece impossível, um belo filme, uma ficção
Um Menino nasce tão simples, tão humano
Enche-nos de esperança, de paz, de bonança
Muda a nossa história, une raças e línguas
Desconhecidos se dão as mãos numa canção.

No meu Natal, há muita teimosia
Este Menino insiste sempre em nascer
E nos dá muita alegria
Carregando em si a essência da VIDA
Fazendo o nosso coração renascer.

O maior Presente: Deus se faz criança
E nos dá seu amor, na ternura de um Menino
Por isso, quando toda vida for amada e respeitada
Quando toda vida tiver mais vida
Então o meu Natal, o nosso natal, será todo dia.
Feliz Natal!


Verônica Firmino

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