segunda-feira, 1 de abril de 2019

POR QUE ME TIRARAM O DESERTO NA QUARESMA



Mestre a tua igreja não prega mais o sentido da quaresma, deixaram as coisas do Céu e se apegaram as coisas do mundo, hoje, elas só vivem de campanha, ano, após anos, por isso vim para o deserto, para tentar entender porque a Igreja não convida mais os seus fiéis a fazerem deste tempo como que um retiro espiritual em que o esforço de meditação e de oração deveria ser sustentado por um esforço de mortificação pessoal cuja medida deveria ser deixada à livre generosidade de cada um.
Se bem vivida, a Quaresma conduziria a uma conversão pessoal autêntica e profunda, a fim de participar na festa maior do ano: o Domingo da Ressurreição do Senhor.

Porque “todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja deveria une-se ao mistério de Jesus no deserto"(Catecismo da Igreja Católica, 540). Ao propor aos seus fiéis o exemplo de Cristo que se retira para o deserto, prepara-se para a celebração das solenidades pascais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.

Completo o meu raciocínio com essa passagem do Universo Católico, pois essas campanhas poderia esperá, ser em outro tempo, mas durante a QUARESMA, NÃO!!!

Jesus no deserto
Jesus no deserto! Poderia fazer lembrar o tempo de hoje quando, em todo o mundo, vive-se ainda ou no desconhecimento do Filho de Deus que se fez Homem, salvador e redentor de todo homem, ou mesmo, tendo-o conhecido, voltou-lhe as costas por não querer se comprometer com a verdade, a justiça e o amor autêntico.
         Justamente o tempo da quaresma é um convite para estar com Jesus no deserto.

         O evangelho de Marcos 1, 12-15, lido no primeiro domingo da quaresma, assim diz: “Naquele tempo, O Espírito levou Jesus para o deserto, onde ficou  durante quarenta dias, e  foi tentado por satanás.”

         Jesus tinha apenas acabado de ser batizado no rio Jordão por João Batista, recebeu a investidura messiânica quando se ouviu a voz do Pai: “Este é o meu Filho muito amado, escutai-o”. Foi enviado para anunciar a boa nova aos pobres, curar os corações feridos, pregar o Reino. Antes porém Jesus jejuou, rezou, meditou, lutou, em profunda solidão e silêncio.

         Muitos homens e mulheres, desde a antiguidade cristã, escolheram imitar Jesus, nos desertos do Egito, da Palestina, em lugares solitários, montes e vales remotos. Assim surgiram mosteiros, ordens contemplativas e tantas casas de retiros em toda a parte até na atualidade.

         O deserto que a quaresma recorda é um convite para todos os que crêem, para todos os que buscam a verdade absoluta, Deus.

Há uma exortação feita por Santo Anselmo de Aosta a nós dirigida para celebrar com proveito a quaresma: “Pobre mortal, foge  por breve tempo de tuas ocupações, deixa um pouco os teus pensamentos tumultuados. Deixa para traz,  nesse momento, graves preocupações e põe de lado tuas fadigosas atividades. Sê,  um pouco, atento a Deus e nele repousa. Entra no íntimo de tua alma. Exclui tudo, menos Deus e aquele que te ajuda a procurá-lo. Fecha a porta e diz a Deus: Procuro o teu rosto. O teu rosto eu procuro, Senhor.”

         Deserto tornou-se o modo de viver a quaresma: fazer um pouco de vazio e de silêncio em torno de nós, reencontrar o caminho do nosso coração, subtrair-nos ao barulho  e às solicitudes externas, para entrar em contato com as profundezas do nosso ser. Estamos intoxicados por excesso de rumores e luzes de vídeos, gravações e cartazes. Tornamo-nos insensíveis e sem capacidade de reflexão. Vivemos de ficções, do irreal.

         O deserto próprio da Quaresma não é lugar árido, sem vida e sem comunicação. Vale lembrar a palavra de Deus dirigida a seu povo, segundo o profeta Oséias 2, 16: “Eu o conduzirei ao deserto e falarei ao seu coração”.

         A palavra de Deus é abundante para nos propor o caminho para fazer o bem e evitar o mal, para nos levar à revisão de vida, à conversão, ao encontro com Ele através de seu Filho que nos revela todo o amor do Pai para conosco. O evangelho nos diz que o Espírito, do qual está repleto, o impele para o deserto; o Filho de Deus se deixa levar pelo Espírito. Vale lembrar a carta de Paulo aos Romanos: “Todos os que se deixam levar pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.”

         O deserto é lugar de encontro com Deus, como para os israelitas (Êxodo 19 e Deuteronômio 8), quarenta dias passaram no deserto Moisés e Elias e são tomados como base de nossa quaresma litúrgica. Satanás é o rival, que procura frustrar ou desvirtuar o projeto de Deus. Jesus supera a prova. Antes de começar sua atividade messiânica, tem de ser provado e comprovado. Convive, pacificamente, com animais selvagens, os anjos estão a seu serviço: como se dissesse que os anjos de Deus estão a serviço do filho de Deus (Hebreus 1, 4.14). Do deserto Jesus volta à Galiléia para começar aí o seu ministério de proclamar a boa notícia. Está próximo o reinado efetivo de Deus, o exercício do seu poder real na história. Em Jesus já está atuando e por ele se oferece. Só pede a ruptura do arrependimento e a fé, elementos que perduram na pregação posterior do evangelho.

         O evangelho de Marcos dá início à descrição da atividade de Cristo, com esta página, onde é colocado em realce como nele teve início uma nova criação. No caos primordial, a criação foi plasmada pela força criadora do Espírito, como agora mesma força leva Jesus ao deserto, para dar início, no reino do mal e da morte, à obra da salvação. O Espírito é o amor criador de Jesus o único capaz de restaurar a obra da criação e a regeneração do ser humano. Só o amor pode criar, só o amor pode refazer o coração do homem.

         Durante toda a quaresma a liturgia nos recordará: “Hoje, não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor.”

Dom Geraldo M. Agnelo - Cardeal Arcebispo de Salvador

http://www.universocatolico.com.br/index.php?/jesus-no-deserto.html

terça-feira, 26 de março de 2019

Quaresma, tempo de voltar para Deus!


Desde os primórdios do Cristianismo a “Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, afim de obter a conversão”. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).
Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.
A Quaresma é um tempo em que Jesus nos convida a ir para o “deserto” com Ele, não o deserto de areia, mas o deserto do nosso coração, onde Deus habita desde o nosso batismo, mas que tantas vezes esquecemos. Esses quarenta dias tem um grande significado na Bíblia; significa “um tempo de prova” antes de uma grande “vitória”.
Assim, vemos Noé que passa 40 dias na barca com toda a criação para depois sair dali para uma vida nova, salvando a humanidade (Gn 8,6). Moisés permaneceu quarenta dias no monte Sinai (Ex 24,18) antes de dar ao povo as Tábuas da Lei e a Aliança com Deus. O povo de Deus caminhou quarenta anos no deserto antes de chegar com Josué à Terra Prometida (Js 5,6); por quarenta anos Golias desafiou Israel até que Davi o vencesse (1Sm 17,16); Elias, fugindo da morte, caminhou durante quarenta dias até chegar ao Horeb, na montanha onde Deus se mostrou a ele numa brisa suave (1Rs 19,8-12); quarenta dias foi o prazo que Jonas marcou para Nínive ser destruída, mas se converteu (Jn 3,4). Jesus passa quarenta dias no deserto antes de vencer Satanás e começar a Sua missão evangelizadora.
Depois de quarenta dias de luta vem uma grande vitória. Assim deve ser hoje a nossa Quaresma, quarenta dias de luta para conquistar a grande vitória de “voltar para Deus”. Não há felicidade maior do que estar com Deus, amar a Deus e servir a Deus. Santo Agostinho disse: “Um homem sem Deus, é um peregrino sem meta, um questionado sem resposta, um lutador sem vitória, um moribundo sem nova vida”. “Quem ama a Deus nunca envelhece. Leva em si Aquele que é mais jovem que todos os outros”. “Eu não seria nada, meu Deus, absolutamente nada, se não estivesses em mim”. “O maior castigo do homem é não amar a Deus”.
Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.
A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo.

sábado, 23 de março de 2019

O Sim de Maria, a torna uma Nova Eva


São Paulo diz que “por meio de um só homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte” (Rm 5,12). E que: “pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos” (v.19). Mas a desobediência de Adão foi precedida pela de Eva; por isso Deus precisou de uma Nova Eva que lhe fosse obediente, e como disse Santo Irineu, pela sua obediência “desatasse o nó da desobediência de Eva”. Essa nova Eva é Maria.
Jesus, pela sua obediência ao Pai, desatou o nó da desobediência de Adão. “Foi obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2,6-8). Esse “aniquilamento” de Jesus desatou o nó da soberba e da desobediência de Adão.
Eva disse Não a Deus, Maria lhe disse um Sim incondicional. Quando o Arcanjo Gabriel lhe anunciou que ela era a “eleita de Deus”, sua resposta foi imediata: “Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra!” (Lc 1, 38). Essas palavras de Maria mostram uma obediência radical a Deus, independente do que Deus pudesse querer para ela. Obediência perfeita. Foi como se entregasse um cheque em branco nas mãos de Deus. Estava destruído o Não de Eva; o Verbo de Deus poderia então se encarnar para salvar a humanidade. Maria era obediente porque era humilde, a mais humilde mulher que Deus encontrou em Israel. E durante toda a sua vida ela foi fiel ao Sim que Deus a Deus. Não viveu para si, mas apenas para Deus. De imediato foi servir a Isabel que esperava o grande profeta João Batista, o Precursor do Senhor, foi submissa a José, ofereceu seu Filho no Templo como mandava a Lei de Moisés, e logo ouviu a terrível profecia de Simeão que uma espada de dor transpassaria a sua alma. Maria viveu obediente sob o anúncio dessa espada; sabia que sua vida não seria fácil. Logo teve de fugir com José para o Egito para livrar o Menino das garras de Herodes; deixou sua casa, seu país e foi para o exterior até que o malvado tivesse morrido.
Preparou o seu Filho, segundo a Lei de Deus para ser o Salvador da humanidade. Acompanhou-o sempre em suas missões; a seu pedido Ele fez o primeiro milagre; ouviu as ofensas e promessas de morte lançadas contra Ele por parte dos fariseus e doutores da lei; e quando chegou a hora amarga da Paixão acompanhou o seu Filho até o Gólgota. Viu-o flagelado, coroado de espinhos, condenado como um facínora carregando uma cruz; e viu-o morrer pendurado no madeiro. Não se desesperou, não desanimou, ficou com Ele até o fim; manteve o seu Sim. Viu seu Filho ressuscitado, vencer a morte, e o pecado e nos dar a vida. O Sim de Maria venceu o Não de Eva. Façamos o mesmo.
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 13 de março de 2019

A interrupção do caminho de aceso ao Céu


Oh! que tristeza em saber que para muitos que já se foram o caminho do céu não foi acessível, pois elas mesmas destruíram o acesso ao Céus, abalando os seus caminhos, e morreram sem reconciliar e estarem na graça de Deus. E para os que ainda vivem na obscuridades do pecado não sabem como são as ondas bravias do mar, espumando suas próprias indecências; estrelas errantes, para as quais estão preparadas as mais densas trevas por toda a eternidade. (Judas 1:13)

lembremos que eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação permanente da presença do Senhor e da majestade do seu poder. (2 Tessalonicenses 1:9) E esta pena também está a nossa espera, se não mudarmos o nosso caminho, "Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que a encontram". (Mt 7.14.) Mas para nós que estamos no caminho errado Jesus tem uma palavra: “Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento”. (Lucas 5.32).
Que bela notícia!, o poderoso evangelho de Cristo é suficiente para
tirar as pessoas do caminho largo.

Jesus é o caminho estreito que nós encontramos, pode estar difícil, complicado ou até querendo desistir, mas, Cristo é esse caminho ao qual no final quando o encontrarmos vai revelar-se a nós igual fez com Estêvão, estando de pé a destra de Deus (Atos 7.56) com braços abertos cumprindo o que esta escrito em Mateus 25.31-34:

“E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Reis aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.

Ele tem uma fiel recompensa para as nossa vidas!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Missionário Moisés Rocha recebe convite para ser pastor protestante. Veja a resposta


Você sabe que no dia da Anunciação do Arcanjo Gabriel, o Espirito Santo entrou em Nossa Senhora, e Ela se casou com o Espirito Santo. O senhor tem como negar isso!!!
O senhor não é burro!
Você sabe que a partir daquele dia Nossa Senhora começou a andar com o Espirito Santo. E você sabe muito bem, que 33 anos e meio depois acontece o Pentecoste. E o quê que Nossa Senhora tava fazendo naquele senáculo!!!
Porque se Ela já foi desposada no Espirito, se o filho de Deus foi gerado no seio d'Ela pelo Espirito, se Ela já tava toda tomada do Espirito Santo, você acha que ela tava no cenáculo atrás de língua de fogo!!!
Ela só tava lá, porque biblicamente falando marido e mulher andam juntos, o senhor concorda!!!
E onde o espirito está, a esposa está lá. E Ela só estava la, porque o esposo iria descer sobre a igreja, o senhor concorda!!!
O senhor acha que Maria se divorciou do Espirito Santo!!!
Porque, como é que o Espirito Santo entra em sua igreja e poe fogo, e a esposa d'Ele não pode entrar?
Deixe eu lhe contar, onde a minha esposa não entra, eu também não entro. O senhor acha que o Espirito Santo tá la, mas a mulher dele não pode tá la!!!
Os dois tão brigados!
Os dois se divorciaram!
É família moderna!
Deixe eu te falar, a unica igreja pentecostal é a igreja onde o espirito tá, a esposa está. Então, só há uma igreja que pode falar, e tem autoridade e cura, é a Igreja Católica Apostólica Romana.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Por que os católicos rezam o rosário?


O terço é uma “arma espiritual” e Maria é “vencedora das heresias”: saiba por quê

Durante séculos, a Igreja intensificou a oração do terço, ou rosário, nos momentos de luta. São Domingos o considerava uma arma espiritual e os Papas chamavam Maria de “vencedora das heresias”, invocando a sua ajuda para combater questões que vão do catarismo ao comunismo.
A devoção ao rosário foi se desenvolvendo lentamente ao longo de cerca de 500 anos.
Trata-se de uma oração constituída pela recitação de ave-marias, em grupos de dez, sendo cada grupo precedido por um pai-nosso e concluído com um glória. Durante o rosário, meditam-se os mistérios da vida de Cristo e de Maria.
A tradição popular atribui a origem do terço a São Domingos (1170-1221), mas as pesquisas históricas mostram que esta devoção foi se desenvolvendo lentamente ao longo do tempo. O próprio São João Paulo II parece afirmar isto em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), que começa recordando que o terço “foi gradualmente tomando forma no segundo milênio, sob a guia do Espírito de Deus”.
Ainda que não se saiba exatamente qual é a história do início do terço, o pe. Etienne Richer explica, em “Mariology“, que, no final do século XI, ou seja, quase um século antes de São Domingos, “já se conhecia e praticava uma devoção mariana caracterizada por numerosas ave-marias, com prostrações rítmicas em honra de Nossa Senhora, primeiro em comemoração das suas alegrias e, depois, em recordação dos seus sofrimentos”. O nome “rosário” surgiu associado a esta prática.
Na mesma época, irmãos e monges cistercienses que não conseguiam memorizar os 150 salmos que a sua ordem rezava toda semana, teriam recitado 150 pai-nossos. Os leigos teriam logo copiado essa forma de rezar, mas substituindo o pai-nosso pela ave-maria. O nome dado a essa devoção foi “Saltério de Maria”.
Por volta do ano 1200, conta-se que Nossa Senhora apareceu a São Domingos e lhe disse: “Reza o meu saltério e ensina-o às pessoas. Esta oração nunca falhará”. São Domingos difundiu a devoção ao Saltério de Maria e, como afirma o pe. Richter, esta devoção foi “incorporada de forma divina à vocação pessoal de São Domingos”.
Nas décadas posteriores, o terço e o saltério de Maria convergiram e a devoção assumiu a forma específica popularizada ao longo dos séculos seguintes: as 150 ave-marias, divididas originalmente em três conjuntos de mistérios (os gozosos, os dolorosos e os gloriosos; daí o nome “terço”, que remete a cada uma das três partes do rosário completo), sendo cada terço subdividido em 5 dezenas de ave-marias (cada dezena equivalendo à contemplação de um mistério da fé), com o pai-nosso inserido entre as dezenas. Em 2002, São João Paulo II acrescentou mais cinco mistérios ao rosário, os chamados “mistérios luminosos”. Ele propôs tais mistérios para “mostrar plenamente a profundidade cristológica do terço”, incluindo “os mistérios do ministério público de Cristo entre o seu Batismo e a sua Paixão”. Apesar da mudança que agora subdivide o rosário em quatro partes e não mais em três, a devoção continua sendo chamada popularmente de “terço”.
O rosário é a arma espiritual da Igreja que “afugenta os demônios”
Desde o século XII, a Igreja intensificou a oração do terço nos momentos de dificuldade e tribulação. Em 1569, São Pio V consagrou oficialmente o terço, atribuindo à sua recitação a destruição da heresia e a conversão de muitos pecadores. Ele pediu aos fiéis que rezassem o terço naquela época “de tantas heresias, gravemente perturbada e aflita por tantas guerras e pela depravação moral dos homens” – nem tão diferente da nossa própria época…
O prolífico papa Leão XIII (1878-1903), conhecido sobretudo pelas suas encíclicas sobre questões sociais, especialmente a Rerum Novarum (1891), sobre as condições do trabalho humano, escreveu pelo menos 16 documentos sobre o terço, incluindo 12 encíclicas. O “Papa do Terço” escreveu a sua primeira encíclica sobre esta oração em 1883, no 25º aniversário das aparições de Lourdes. Ele recorda o papel de São Domingos e como a oração do terço ajudou a derrotar os hereges albigenses no sul da França, nos séculos XII e XIII. São Domingos, dizia o Papa, “atacou intrepidamente os inimigos da Igreja católica não pela força das armas, mas confiando totalmente na devoção que ele foi o primeiro em instituir com o nome de Santo TerçoGuiado pela inspiração e pela graça divinas, previu que esta devoção, como a mais poderosa arma de guerra, seria o meio para colocar o inimigo em fuga e para confundir a sua audácia e louca impiedade”.
Também falou sobre a eficácia e poder do terço na histórica batalha de Lepanto, entre as forças cristãs e muçulmanas, em 1521. As forças islâmicas haviam avançado rumo à Espanha e, quando estavam a ponto de superar as cristãs, o Papa Pio V fez um apelo aos fiéis para que rezassem o terço. Os cristãos venceram, e, como homenagem por esta vitória, o Papa declarou Maria a “Senhora da Vitória”, estabelecendo sua festa no dia 7 de outubro, dia do Santo Terço.
Voltando à necessidade do terço em sua época, o Papa escreveu: “É muito doloroso e lamentável ver tantas almas resgatadas por Jesus Cristo arrancadas da salvação pelo furacão de um século extraviado e lançadas ao abismo e à morte eterna. Em nossa época, temos tanta necessidade do auxílio divino quanto na época em que o grande Domingos levantou o estandarte do Terço de Maria, a fim de curar os males do seu tempo”.
Pio XI (1922-1939) dedicou sua última encíclica, “Ingravescentibus malis“, também ao terço. Foi em 1937, o mesmo ano em que escreveu a famosa “Mit brennender Sorge“, na qual criticava os nazistas, e a “Divini Redemptoris“, na qual denunciava que o comunismo ateu “pretende derrubar radicalmente a ordem social e socavar os próprios fundamentos da civilização cristã”.
Criticando o espírito da época e o “seu orgulho depreciativo”, o Papa disse que o terço é uma oração que tem “o perfume da simplicidade evangélica”, que requer humildade de espírito. Ele escreveu:
Uma inumerável multidão, de homens santos de toda idade e condição, sempre o estimou. Rezaram-no com grande devoção e em todo momento o usaram como arma poderosíssima para afugentar os demônios, para conservar a vida íntegra, para adquirir mais facilmente a virtude; enfim, para a consecução da verdadeira paz entre os homens”.
Em 1951, Pio XII (1939-1958) escreveu a “Ingruentium malorum“, sobre a oração do terço: “Categoricamente, não hesitamos em afirmar em público que depositamos grande esperança no Rosário de nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo. Porque não é pela força, nem pelas armas, nem pelo poder humano, mas sim pelo auxílio alcançado por meio dessa devoção, que a Igreja, munida desta espécie de funda de Davi, consegue impávida afrontar o inimigo infernal”.
Para conhecer Jesus é preciso voltar-se a Maria
Em 1985, o então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e posteriormente eleito Papa Bento XVI, admitiu no livro-entrevista “Informe sobre a Fé”, com Vittorio Messori, achar que a declaração de que Maria é “a vencedora de todas as heresias” era um pouco “exagerada”.
Ele explicou que, “quando eu ainda era um jovem teólogo, antes das sessões do Concílio (e também durante elas), como aconteceu e acontece hoje com muitos, tinha algumas reservas sobre certas fórmulas antigas, como, por exemplo, aquela famosa ‘De Maria nunquam satis’ [de Maria nunca se dirá o bastante]“.
É oportuno observar que Joseph Ratzinger cresceu num ambiente muito mariano. No livro “Meu irmão, o Papa”, o pe. George Ratzinger, irmão mais velho de Joseph, comenta que seus avós se casaram no Santuário de Nossa Senhora de Absam e que seus pais se conheceram por meio de um anúncio que o pai tinha colocado (duas vezes) no jornal do santuário mariano de Altotting. Os Ratzinger rezavam o terço juntos muitas vezes e, no mês de maio, participavam de numerosas celebrações ligadas a Maria e ao terço.
No entanto, apesar da familiaridade com Maria e da sincera devoção mariana, ele não parecia convencido. Como ele mesmo explica no livro-entrevista, o então cardeal prefeito desse importantíssimo dicastério vaticano passou por uma pequena conversão. “Hoje, neste confuso período, em que todo tipo de desvio herético parece se amontoar às portas da fé católica, compreendo que não se trata de exageros de almas devotas, mas de uma verdade hoje mais forte do que nunca”.
É necessário voltar a Maria se quisermos voltar à verdade sobre Jesus Cristo, à verdade sobre a Igreja e à verdade sobre o homem.
A oração do terço nos permite fixar o olhar e o coração em Jesus, como sua Mãe, modelo insuperável da contemplação do Filho“, disse Bento XVI em 12 de maio de 2010, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima. “Ao meditarmos os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos ao longo das ave-marias, contemplamos todo o mistério de Jesus, desde a Encarnação até a Cruz e a glória da Ressurreição; contemplamos a participação íntima de Maria neste mistério e a nossa vida em Cristo hoje, também ela tecida de momentos de alegria e de dor, de sombras e de luz, de trepidação e de esperança”.
A graça invade o nosso coração no desejo de uma incisiva e evangélica mudança de vida, de modo a poder proclamar com São Paulo: ‘Para mim viver é Cristo’ (Flp 1, 21), numa comunhão de vida e de destino com Cristo”, finaliza.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

NÃO REZAR O TERÇO TODOS OS DIAS, SERIA UM PECADO DO 4º MANDAMENTO, OU NÃO



4º mandamento da Lei de Deus: Honrarás a teu Pai e a tua Mãe

Será que nós cristão não estamos cometendo um pecado de desonra, quando desobedecemos, ou fazemos pouco caso aos pedidos de Nossa Senhora! Quando Ela nos perde para rezássemos o Terço todos os dias! Pecado este, que poderia nos privar de comungamos, por estarmos em pecado de transgredir um dos 10 mandamentos na perspectiva da fé! Pois se Maria é a Mãe da Igreja por ser a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo Místico, Maria não é só Mãe da Igreja. Mas também, é Mãe de todo o povo cristão, então, esta 4ª Lei poderia ser implicada em cada um de nós que não reza o Terço diariamente! “Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu a sua missão maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos.”

Eis aí o papel indispensável de Maria. Como diziam os Santos Padres: Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e com inteira obediência (LG, 56). Quis, porém, o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada, a fim de que, assim como uma mulher tinha contribuído para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida (Idem).


A Virgem Santíssima, preocupada com a situação da humanidade, faz um apelo incisivo, mostrando-nos que, por meio da oração, alcançamos a misericórdia de Deus, ferida pela indiferença do homem. Diante da urgência dos tempos, precisamos corresponder aos pedidos da Virgem Santíssima, oferecendo a Deus súplicas pela salvação da humanidade e em reparação dos nossos pecados. A oração do Terço é uma arma eficaz oferecida por nossa Mãezinha do Céu para vencermos todos os tipos de guerras, pelas quais somos constantemente assolados. Em suas aparições em Fátima - Portugal, Nossa Senhora alertou: “Muitas almas vão para o inferno por não haver quem se sacrifique e reze por elas”.

"Eis aí a tua Mãe": a maternidade espiritual


Muitos católicos ainda não entenderam o que significa a maternidade espiritual de Maria na vida de cada um dos batizados. Foi um desejo explícito de Jesus que Maria fosse a nossa Mãe; e nós, seus filhos. Ele o quis! Na cruz, agonizando, com lábios de sangue, antes de entregar o espírito ao Pai , Ele nos fez filhos de Sua Mãe. Olhou para o discípulo que tanto amava e disse: Eis aí a tua Mãe. E João a levou para a sua casa (Jo 19,27).

Maria foi a última dádiva que Jesus nos deixou. Rejeitá-la como Mãe seria pois terrível, seria o mesmo que dizer a Jesus: Eu não quero receber a Tua Mãe para minha Mãe. Sem dúvida esta recusa seria para Jesus pior do que aquela última estocada da ponta da lança no Seu divino coração; pior do que aquelas afrontas, tapas no rosto, açoites e espinhos que Ele recebeu… Seria uma insana ousadia recusar a Sua Mãe, para nossa Mãe. Eis aí a tua Mãe.

Leve-a para a tua casa e Ela conquistará todas as graças. Se Jesus, meu irmão, deixou-nos a Sua Mãe para nossa Mãe, é porque isto é indispensável para a salvação de cada um de nós. Grandes santos e doutores da Igreja, como S. Bernardo, Santo Afonso de Ligório, e outros, afirmam que: Maria é necessária para a nossa salvação.

S.Luiz de Montfort, nos pergunta: Se Deus, que é onipotente, e portanto não precisava dela para salvar o mundo, e no entanto, quis precisar dela, será que você é tão orgulhoso que acha que pode se salvar sem o seu auxílio? Só Jesus é o Salvador (At 4,12). Sabemos que só Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm2,5), mas Maria é a grande Auxiliadora dos Cristãos; Aquela que nos leva à fonte da salvação, a Jesus. Se foi por Ela que Jesus veio a nós, então, dizem os santos, *é também por Ela que devemos ir a Jesus*.

Jesus continua a nos dizer hoje: Eis aí a tua Mãe! Leve-a para casa! Jesus é carne de Maria, Jesus é sangue de Maria, Jesus foi gerado em Maria. E se Ela, dizem os doutores santos, gerou a Cabeça da Igreja, haverá de gerar também os Seus membros.

A Igreja é o Corpo de Cristo; Ele é a Cabeça, e nós os membros. Ela gerou a Cabeça, e deve gerar também os membros. E aí está a grande missão de Maria na vida de cada um de nós: *ser nossa Mãe espiritual*. Assim como a nossa mãe terrena nos gerou e educou segundo a natureza, Jesus quiz e *quer que a Sua Mãe nos gere e eduque segundo a graça. A missão da mãe é gerar e educar*.

A maior glória que se pode dar a Deus Pai, dizem os santos, é que Jesus seja formado em nós. Deus nos predestinou para sermos conformes a imagem de seu Filho (Rom 8, 29). E quem faz essa obra em nós é o Espírito Santo e Maria, afirma S. Luiz de Montfort. Jesus fêz-se nosso Irmão pelo mistério da Encarnação – somos filhos no Filho – então Maria é também nossa Mãe, e a sua missão é formar-nos para Deus. Esta a missão da maternidade espiritual de Maria.

Santo Agostinho chamou Maria de *a forma Dei*; isto é, a fôrma de Deus, *o molde que Deus usa para fazer santos em série*, como se faz imagens em série. Sem Maria, diz S. Luiz de Montfort, *é árduo, difícil, perigoso e demorado o caminho até a santidade*; mas com Maria esse caminho se *torna suave, seguro, rápido*, e não desistiremos dele.

Enfim, Maria é o grande Auxílio que Jesus nos deixou para vencermos toda fraqueza e miséria que enfrentamos na luta contra nós mesmos, contra o mundo e contra o demônio. Seremos tão insensatos e orgulhosos, a ponto de dizer: *Jesus, eu não preciso de Tua Mãe?* Não sejamos insensatos! Não podemos dar essa alegria ao demônio.

Nossa Senhora do Rosário, intercedei em favor de todos os filhos de Deus, para que, pela oração do Santo Rosário, meditando os santos mistérios do nascimento, da vida, morte e ressurreição de Jesus, com a recitação das Ave-Marias, possamos, como discípulos de teu Filho, proclamar a Boa Nova do Reino do Pai; vencer todos os males e todos os pecados, e chegar, um dia, pela Paixão e cruz de Cristo, à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Nossa Senhora e a Eucaristia


Jesus se torna acessível às pessoas na comunhão
O Papa João Paulo II escreveu o documento Ecclesia de Eucharistia falando da extrema ligação de Nossa Senhora com a Eucaristia. Há um nexo profundo entre Maria Santíssima e a Eucaristia; o próprio Papa João Paulo II afirma que Ela foi o primeiro sacrário do mundo, por essa razão, Ela em tudo tem a ver com Jesus Eucarístico. A primeira coisa que o saudoso Pontífice nos recorda é que Maria não estava presente no momento da instituição da Eucaristia, na Santa Ceia, pois não era o papel dela estar lá, mas através de sua intercessão, realizou-se o milagre da transubstanciação pelo poder do Espírito Santo.
O que faz um homem ser homem? É a beleza física? A cor dos seus cabelos? O formato de sua orelha? Nada disso. O que o faz ser homem é algo que não se vê, é a alma! É a essência de alguém que o faz ser quem é. Assim, quando vemos a hóstia branca, redonda, de diversos tamanhos, não fazemos conta da essência, da substância e é isso que acontece no momento da transubstanciação, ou seja, a transformação da substância vinho e pão para Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Leia também: Os frutos da Eucaristia
Jesus se torna acessível às pessoas na comunhão. Todos podem receber a Eucaristia, independentemente de sua condição física ou psicológica. Deus quis que você recebesse o Corpo, a Alma e a Divindade de Cristo. É Jesus, que se esconde e se aniquila através da Eucaristia.
Só há um caso em que o Senhor não está na hóstia: é quando o trigo ou o vinho se estragam, deixando de ser pão e vinho, não tem como ser Jesus. Jesus não “está” no pão, Jesus é o Pão Consagrado. Quantas vezes, Ele entra na boca de um bêbado e até de alguém que não está preparado para recebê-Lo na comunhão.
Quando compreendermos o amor de Jesus por nós, nosso desejo pela Eucaristia será maior. Hóstia significa “vítima oferecida em sacrifício”. Cristo deu o poder aos sacerdotes para consagrarem a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue d’Ele por inteiro, é a palavra de Cristo pelo sacerdote. O sacramental é aquilo que depende de nossa fé; mas, o sacramento é diferente, pois, por exemplo, no sacramento do batismo a criança não precisa ter fé para acontecer a graça, pois é Deus quem opera.
Todos nós conhecemos a passagem bíblica que narra as Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Naquele momento, o Senhor mudou tanto a aparência como a substância do líquido, diferentemente do que acontece durante a consagração, na celebração da Santa Missa. A essência do trigo é o próprio Corpo de Cristo; a essência do vinho é Seu próprio Sangue.
Assim como Jesus se fez presente no seio da Santíssima Virgem Maria durante a gestação, quando O recebemos na Hóstia Consagrada, Ele está presente dentro em nós. Então, como Maria, podemos cantar o “Magnificat”.
Nosso Senhor Jesus Cristo se encarna no corpo de cada um de nós, também com o desígnio de nos salvar. Ele tem uma paixão enorme pela nossa essência, a nossa alma, por isso, tenta de todas as maneiras salvá-la. Diante disso, cabe a nós olharmos para Cristo, na Eucaristia, com a mesma adoração que Isabel recebeu Maria, quando grávida, ao visitá-la (cf. Lc 1,39-56).
Assim como a Igreja e a Eucaristia não se separam, a Virgem Maria e a Eucaristia também não se separam. Quem entra na comunhão com Cristo, entra na escola de Maria, pois Ela tem muito a nos ensinar!
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O Cristo sem Cruz, o Cristo voador, o Cristo sem Cruz nas Igrejas “nova moda”.


Pe. Juvan Celestino da Silva
Devemos de antemão nos lembrar que o Mistério de Cristo é inseparável do mistério da Cruz. Após Pedro responder que Jesus é o Messias (Mc 8,29); e para este título não se limitar a um triunfalismo imediato e próprio, Jesus acrescenta:
“O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morte e depois de três dias ressuscitar” (Mc 8,320)
Um mundo sem Cruz sem o sinal da Cruz Salvadora de Jesus cairá facilmente numa idéia distorcida do cristianismo. Tornar –se – á em um cristianismo hedonista, e o Cristo tornar-se-á em um Cristo do prazer, um Cristo fashion.
Quanto a este perigo o Apóstolo Paulo dá uma dura nos cristãos da comunidade de gálatas:
“Ó Gálatas insensatos, quem vos fascinou, a vós ante olhos foi desenhada a imagem de Jesus Cristo crucificado?… sois tão insensatos que, tendo começado pelo espírito, agora acabais na carne?” (Gl 3,1-3)
Substituindo em nossas Igrejas a imagem do Crucificado por um Cristo triunfante, glorioso e sem a Cruz, corremos o risco de cairmos em uma heresia disfarçada que se nega a humanidade do Verbo Encarnado. Uma Igreja sem Cruz é uma Igreja herética, uma Igreja “protestantizada”. Devemos reconhecer com pesar que vivemos uma verdadeira crise na teologia da Cruz.
Já imaginaram celebrarmos uma Semana Santa sem Cruz? O que faremos na sexta-feira santa? O que apresentaremos ao povo do Cordeiro Imolado?
Pois na sexta-feira santa temos a adoração da Cruz, sim, por mais que nos soe estranho a Igreja diz: “A Adoração da santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Cf.: Missal Romano)
Portanto, a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo “é a única Cruz digna de adoração…” 
Na verdade esta imagem, até deve ser apresentada no Domingo da Ressurreição, mas não serve para está no lugar do Cordeiro Imolado. São duas as experiência pelas quais Jesus passa: morte de Cruz e a ressurreição. Uma não existe sem a outra. 
“Cristo voador” é um Cristo suspenso no ar, sem cruz sem razão de ser. Na verdade por mais que queiram representar o Cristo ressuscitado, a imagem foge totalmente da verdadeira experiência do cristão. Pois sem a Cruz na há salvação e como diz a carta aos hebreus:
“Segundo a Lei, quase todas as coisas se purificam com sangue; e sem efusão de sangue não há remissão” (Hb 9,22) 
“Cristo voador” que estão pendurando no presbitério em algumas Igrejas é um Cristo lavado e sem sangue, um Cristo enxuto, uma imagem sem graça, sem gosto, ou melhor, de mau gosto, porque está no lugar errado e na hora errada. Pois sabemos que a Igreja militante, é a Igreja da Cruz, do combate… da luta. A Igreja gloriosa nos espera para além deste mundo.
Além do mais, a Cruz não é o lugar do Cristo glorioso, a experiência gloriosa da ressurreição se deu no sepulcro, e o Cristo glorioso é o Cristo da ascensão, a Cruz é o lugar do martírio, e por sinal um lugar desconfortante, é um “caminho contra a corrente” do mundo.
Embora saibamos pela fé, que a ressurreição aconteceu, ninguém a testemunhou, só o santo sudário guardou o momento exato da ressurreição do Senhor, a experiência cristã é a da aparição do ressuscitado, que fora crucificado. Então pintar um Cristo voador e querer compará-lo ao Cristo ressuscitado é no mínino fantasioso, para não dizer folclórico. Embora alguns querem associá-lo à ascensão.
Este Cristo voador que estão colocando em algumas Igrejas é algo ridículo, um passo a mais para se eliminar o símbolo da Cruz das Nossas Igrejas e das nossas vidas, pois das escolas e ambiente públicos aos poucos já estão tirando. O modismo do Cristo voador é um perigo para a fé.
A Igreja não deve esconder o crucificado, sem incorrer na acusação de sentir vergonha da Cruz do Senhor, e quem tem vergonha da Cruz de Cristo se torna seu inimigo.
“Pois há muitos dos quais muitas vezes vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3,18) 
São Paulo afirma que sem ressurreição “a nossa fé seria vã”, porém, sem a Cruz ela nem existiria. Pois sem a Cruz não haveria nem salvação nem a aurora da ressurreição. O anúncio de uma ressurreição que não passasse pela Cruz seria vazio. O túmulo está vazio, porque antes alguém esteve lá dentro. Sem a Cruz o Senhor não teria vencido a morte, o inferno, o mundo, o pecado e o medo. Portanto, “o Gólgota é a passagem obrigatória rumo à Ressurreição”.

A mais bela explicação do casamento segundo Deus


Portanto deixará ( Transição ) o homem  (  Maturidade ) a seu pai e a sua mãe ( Modelo de uma Família completa )
e se unirá ( Nova família ) à sua muher, ( Complemento ) e serão  ( É um processo de aprendizagem , amizade e confiança ) uma só carne ( Intimidade profunda entre duas pessoas )

Gênesis 2:24 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Dom José Luiz emite nota sobre Irmã Adélia e o Santuário de Vila de Cimbres

Neste domingo (2), primeiro do Advento, Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR, Bispo de Pesqueira-PE, leu, ao final da Santa Missa presidida por ele na Catedral de Santa Águeda, em Pesqueira, uma nota na qual o Bispo esclarece e se pronuncia a respeito da realidade da Irmã Adélia e do funcionamento do Santuário Nossa Senhora das Graças, na Vila de Cimbres. Na nota, o bispo esclarece a posição da Diocese sobre os trâmites em vista do “processo diocesano de investigação acerca das virtudes da Irmã Adélia” , constituindo uma comissão para tal fim. Determina ainda normas para o uso do Santuário das Graças por sacerdotes oriundos de outras dioceses em vista da celebração da Santa Missa naquele local.
Confira a nota na íntegra:


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O diário do silêncio - O alerta da Virgem Maria contra o comunismo no Brasil

Ana Lígia Lira

250
Português
9788584911042
14 x 21 cm
Ecclesiae

SinopseO diário do silêncio - O alerta da Virgem Maria contra o comunismo no Brasil

Neste livro que discorre sobre as aparições de Nossa Senhora das Graças em Cimbres, Pernambuco, a autora Ana Lígia Lira, após ter entrevistado fontes primárias e consultado arquivos pessoais dos envolvidos nas aparições, traz ao público a transcrição completa do diário pessoal do Frei Estevão Rottger, um dos religiosos mais envolvidos no processo de verificação e aprovação das aparições.
Nossa Senhora das Graças começou a aparecer em Cimbres em agosto de 1936 e fez quase quarenta vezes. Sua mensagem era clara: “aproximavam-se tempos sérios” e, se o povo brasileiro não rezasse e fizesse penitência, “o comunismo chegará ao Brasil”.
Esta quarta edição do livro conta com uma apresentação do Pe. Gabriel Vila Verde e um prefácio do Pe. Paul Ricardo de Azevedo Júnior.

Sobre o Autor:
Ana Lígia Lira, natural de Santo André, São Paulo, cresceu no interior do estado de Pernambuco, na cidade de Pesqueira. Vive hoje em Recife onde cursa mestrado em História da Religião. Além de autora de livros lançados no Brasil e na Europa, Ana Lígia é também colaboradora do blogue de formação da Canção Nova e de diversas outras páginas católicas. É considerada referência em Mariologia em relação às aparições de Nossa Senhora em Cimbres. Seus livros já publicados são: O Capitão dos Índios (Editora Oficina do Livro, Portugal), Um Brasileiro na SWAT (Editora Saraiva) e A Noite Escura da Alma (Editora Nova Terra).


Ficha Técnica:

Número de Páginas: 250
Editora: Ecclesiae
Idioma: Português
ISBN: 9788584911042
Dimensões do Livro: 14 x 21 cm.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar


“Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele” – Provérbios 22:6 – Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar

Ensina ao teu filho o caminho que deve andar - Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
Ensina ao teu filho o caminho que Deve Andar
A criança é uma benção na vida dos pais, mas infelizmente existem alguns que não dão o devido valor a essa criaturazinha tão dependente. Mas Deus deixa claro em Sua Palavra, e nós como pais temos que ensinar e cuidar com muito amor e carinho nossos filhos.   Quando bebê iniciasse todo o aprendizado dos 6 até 1 ano, as primeiras palavras, os primeiros passos, a partir de 1 ano tudo que a criança vê acaba absorvendo para si, é importante que os pais tenham cuidado com as brigas, com as palavras para que a criança não aprenda e aplique em sua vida.  

VEJA ESSE TESTEMUNHO

  Acho incrível a minha vizinha que mora de frente a minha casa. Essa família é muito simples e o palavrão rola solto. Então a filha mais nova dela que tem 3 anos já fala todo o tipo de palavrão é inacreditável a capacidade que essa criança tem. Mas não é porque é pobre que tem que ser mal educado, por isso tenham cuidado pais.      
adolecencia - Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
Da infância para a adolescência, fase em que há o descobrimento maior do que é o mundo e tudo que ele aprendeu, como educação, saber como se comportar… Se o adolescente não teve uma boa educação provavelmente ele irá se tornar mais rebelde. Amizades que vão leva-lo a quem sabe drogas, prostituição, preguiça para trabalhar… Então essa é a fase mais difícil para os pais controlarem seus filhos. Por isso fica a dica, ensina com muito amor, mostra a palavra de Deus ao seu filho, ensina a orar, a louvar. Deus tem que fazer parte da educação de seu filho também.  
adulto - Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
E é nessa fase onde será mostrado tudo que você pai e mãe ensinou, o futuro de seu filho será feito em sua fase de adulto, independência, tomas suas próprias decisões, claro que também boa parte do aprendizado virá das amizades, convivências, experiências. Mas os pais não estão fora dessa fase não! Chamar a atenção, conversar são indispensáveis, pois a voz da sua experiência será muito importante nessa fase. Mostrar que Jesus em sua fase de adulto aqui na terra fez a diferença.
O livro de Provérbios é considerado o livro da sabedoria e nele são encontradas várias dicas sobre como viver a vida de acordo com os desígnios de Deus. Quando Salomão trata sobre a criação dos filhos, suas palavras são claras ao dizer: Ensina ao teu filho o caminho em que deve andar.
Às vezes parece difícil a tarefa de conduzir os filhos ao caminho certo, mas a bíblia está presente para ajudar nesta tarefa. O ensino dos pais fará com que os filhos tenham uma vida adulta dentro dos princípios cristãos, não se desviando do caminho de Deus, como diz o versículo de Provérbios 22.6.

Foco na educação e no exemplo

ensina ao teu filho o caminho que deve antes 20180918160151.jpg - Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
Ensina ao Teu Filho o Caminho que Deve Andar
A responsabilidade de educar os filhos é dos pais, dada por Deus desde o início. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos (…)” (Dt 6:6-7). Ou seja, é papel dos pais passar para os filhos o conhecimento da Bíblia e de como se deve viver em sociedade.
O caminho que deve ser ensinado é o de Deus. A raiz do pecado já nasce com o ser humano, por isso, se faz necessário o ensinamento para conduzir os filhos ao caminho correto, evitando o curso natural, que seria seguir o pecado.
Somente com o ensino uma criança terá o conhecimento e discernimento, que, consequentemente, fará dela uma criança educada, com temor e honra. E é no lar que este aprendizado deve ser feito, não só com palavras, mas também com exemplos.
Este trabalho vai além de levar a criança à igreja. É preciso que o filho veja em seus pais o exemplo de Cristo. Tudo, seja em casa ou nas atividades em sociedade, deve ser feito pensando em como Jesus o faria. O agir, o trato com as demais pessoas, as palavras que saem da boca e a maneira que é feita a disciplina dos filhos devem ser o reflexo dos ensinamentos de Jesus.

O ensino feito na infância dura até a velhice

Ao ler as palavras de sabedoria que diz “ensina ao teu filho o caminho que deve andar”, é importante lembrar que a sã doutrina deve ser ensinada já nos primeiros anos de vida, para que mesmo quando chegar a velhice não haja o desvio do caminho.
Não existe uma idade para aprender o caminho de Deus. Desde a primeira infância as Palavras do Criador devem ser compartilhadas com a criança, incentivando o louvor, a oração diária e a comunhão com Deus a todo o tempo. Esta é uma herança que faz com que os filhos cresçam com esperança e estejam preparados para enfrentar todo tipo de situação, pois as experiências dos anos iniciais determinam qual o caminho que alguém seguirá na vida.
Ensina ao teu filho o caminho e saiba que ele fará boas escolhas na vida adulta, sendo mulheres e homens honrados, bons para seus filhos, esposos (as) e sempre tementes a Deus. Sempre é bom pensar nos ensinamentos da Bíblia para cuidar dos ensinamentos no dia a dia aos filhos, para que quando chegarem a maturidade permaneçam na fé. Este é o ensinamento que aprendemos com a segunda parte do versículo de Provérbios.

CONCLUSÃO

Amigos e amigas leitores, você que é pai ponha Deus no ensinamento de seus filhos. Pois Deus irá ajudar no bom crescimento de seu filho com certeza. Lembre-se você será sempre um exemplo.