domingo, 14 de maio de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 14/05/2017


Domingo: 14/05/2017
Primeira Leitura: At 6,1-7


5º DOMINGO DA PÁSCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
1Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário.
2Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. 4Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”.
5A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um grego que seguia a religião dos judeus. 6Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.
7Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!
— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!/ Aos retos fica bem glorificá-lo./ Dai graças ao Senhor ao som da harpa,/ na lira de dez cordas celebrai-o!
— Pois reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/ transborda em toda a terra a sua graça.
— O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.


Segunda Leitura (1Pd 2,4-9)

Leitura da Primeira Carta de São Pedro:
Caríssimos: 4Aproximai-vos do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e honrosa aos olhos de Deus. 5Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.
6Com efeito, nas Escrituras se lê: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e magnífica; quem nela confiar, não será confundido”.
7A vós, portanto, que tendes fé, cabe a honra. Mas, para os que não creem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular, 8pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Nela tropeçam os que não acolhem a Palavra; esse é o destino deles. 9Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Jo 14,1-12)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós 3e, quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E, para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.
5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.
8Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sábado, 13 de maio de 2017

LITURGIA DIÁRIA - 13/05/2017


Sábado: 13/05/2017
Primeira Leitura: At 13,44-52


4º SEMANA DA PÁSCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.

46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.

48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificaram a Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. 50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. 51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 97)

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!


Evangelho (Jo 14,7-14)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”

9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.

11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Maria é a “Nova Arca da Aliança”

Maria é a “Nova Arca da Aliança”


A Bem-Aventurada Virgem Maria também “tipo” da Nova Arca da Aliança.
O que aconteceu com a Arca da Aliança original do Antigo Testamento?
Pensa-se que foi escondida por Jeremias em algum lugar perto do Monte Nebo durante o cativeiro dos Judeus e a destruição do templo de Jerusalém pelos Babilônios em cerca de 586 A.C.
A Arca não foi vista desde então. Veja Jeremias 3,16 e 2Macabeus 2,4-8.
Não há menção do paradeiro da Arca de madeira depois destes versículos na Escritura.
“No momento que que Jeremias chegou, descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada. Alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo. Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que “esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia”.”
2 Macabeus 2,5-7

No livro do Apocalipse, o versículo 12,1 está ligado ao 11,19 pela conjunção “e”.
No texto grego (o Apocalipse foi escrito em grego por São João), a primeira palavra do versículo 12,1 é “kai”, que significa “e”.
É importante mencionar o texto grego aqui porque algumas Bíblias não incluem a palavra “e”, e com essa omissão, quebram a conexão entre os dois versículos, prejudicando a continuidade do significado.
Deve-se notar que a Bíblia não foi sempre dividida em capítulos e versículos conforme a vemos hoje em dia. Não havia divisão de capítulos até o século XIII e nem divisão de versículos até o século XV para o Antigo Testamento e até o século XVI para o Novo Testamento.

Vamos examinar primeiro Apocalipse 11,19

As palavras de São João no versículo 11,19 indicam que ele viu o “templo” de DEUS sendo aberto, e dentro dele está a Arca da Aliança.
Primeiramente, existe um “templo” no céu, reminiscente do templo judeu?
Vamos ver como a escritura responde a esta pergunta.
“O Altíssimo, porém, não habita em casas construídas por mãos humanas…”
At 7,44

“Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu.”
2Coríntios 5,1

Mais adiante no Apocalipse, São João descreve o templo conforme o viu…
“Não vi nela, porém, templo algum, porque o Senhor DEUS Dominador é o seu templo, assim como o Cordeiro.”
Apocalipse 21,22

São João também descreveu este templo em seu Evangelho.
“Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias.” João 2,19

“Mas ele falava do templo do seu corpo.” João 2,21
DEUS e Jesus Cristo, o Cordeiro, são o templo visto no céu. O tempo judáico era meramente um “tipo” da realidade do Novo Testamento, e foi totalmente destruído pelos romanos em 70 D.C.
Como o templo judáico e os sacrifícios de animais, eram o ápice, a fonte e o centro do Judaísmo, assim também o Sacrifício do Cordeiro do novo templo, é o ápice, a fonte e o centro do Cristianismo.
Esta Arca, mencionada em Apocalipse 11,19, é a mesma Arca da Aliança do Antigo Testamento que foi escondida por Jeremias? Já que o templo visto por São João não é o templo de Jerusalém, então a Arca que ele viu também não é a Arca de madeira do Antigo Testamento, conforme o contexto.

Existe algo feito por mãos humanas no céu?

Sim, surpreendentemente, há as cinco chagas de Cristo, mas não existem objetos materiais feitos pelo homem.
Não poderia haver, pois o céu é um lugar perfeito, e nada material e feito por mãos humanas é perfeito.
Note os muitos versículos de “Não construídos por mãos humanas”, At 7,48;17,24, 2Cr 5,1, Hb 9,11, Hb 9,24.
A Arca vista no templo no céu não é a caixa de madeira tipo que continha a palavra de DEUS, os dez mandamentos escritos nas pedras e dados a Moisés.
É a antítipo, a Nova Arca da Aliança, a Bem-Aventurada Virgem Maria, que carregou A Palavra de DEUS em seu ventre.
“Senhor, lembrai-vos de Davi e de sua grande piedade, como ele fez ao Senhor este juramento, e este voto ao Poderoso de Jacó: “Não entrarei na tenda em que moro, não me deitarei no leito de meu repouso, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, até que encontre uma residência para o Senhor, uma morada ao Poderoso de Jacó.”. Ouvimos dizer que a arca estava em Efrata; nós a encontramos nas campinas de Jaar. Entremos em sua morada, prostremo-nos diante do escabelo de seus pés. Levantai-vos, Senhor, para vir ao vosso repouso, vós e a arca de vossa majestade. Vistam-se de justiça os vossos sacerdotes, e jubilosos cantem de alegria vossos fiéis. Pelo nome de Davi, vosso servo, não rejeiteis a face daquele que vos é consagrado. O Senhor fez a Davi um juramento, de que não há de se retratar: “Colocarei em teu trono um descentente de tua raça. Se teus filhos guardarem minha aliança e os preceitos que eu lhes hei de ensinar, também os descendentes deles, para sempre, sentar-se-ão em teu trono”.
Salmo 132,1-18
Onde é o lugar de repouso do Senhor?
Leia Apocalipse 11,19 novamente, pois é no céu, conforme São João narra.
Entretanto, em toda a Sagrada Escritura, muitos versículos têm mais de um significado: um significado literal que é fácil de ser percebido à primeira vista e um significado espiritual mais profundo.
Isto é especialmente verdade no livro do Apocalipse onde podem haver muitas camadas de significados. Obviamente, Seu lugar de repouso é também a Sua Igreja, a Nova Jerusalém (Is 65,18, Ap 3,12; 21,2-27), que desce do céu (Ap 21,2), e é mencionada como ela em quatro lugares no Salmo 132 acima.
Por que Ele se refere à Sua Igreja usando o pronome ela? Quem está com Ele em Ap 11,19? É Sua mãe, a Mãe da Igreja e a Nova Arca da Aliança.
A Igreja também é apresentada como a Esposa de Cristo (Ef 5,29, Ap 21,2,9).
Perceba como apontei anteriormente, no primeiro livro da Bíblia em Gênese 3,15, que o Messias e Sua Mãe estão juntos. Mostrei agora que também o estão no último livro da Bíblia no Apocalipse 11,19. Eles estão juntos também no meio, conforme será mostrado abaixo.
“Introduziu a arca no tabernáculo; e, tendo pendurado o véu de separação, cobriu com ele a arca da aliança.”
Êxodo 40,21

“Então a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. E era impossível a Moisés entrar na tenda de reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.”
Êxodo 40,34-35
“Então a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. E era impossível a Moisés entrar na tenda de reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.”
Êxodo 40,34-35

A nuvem que cobria a tenda de reunião era chamada a Glória Shekinah.
“O Senhor falou a Moisés, depois da morte dos dois filhos de Aarão, que foram mortos por se terem aproximado do Senhor. O Senhor disse-lhe: “Recomenda a teu irmão Aarão que nunca entre no santuário além do véu, diante do propiciatório que recobre a arca, para que não morra, porque apareço na nuvem por cima do propiciatório.”
Levítico 16,1-2

O propiciatório era a tampa da arca da aliança, e por cima dela repousava a glória de DEUS, a Glória Shekinah.
“…o Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de DEUS.”
Lucas 1,35
Explicação número 1:
1. A palavra “envolverá”, usada em Lucas, tem o mesmo significado de cobrir, conforme usado em Êxodo para descrever como o Senhor “envolvia” seu tabernáculo.
2. A Arca da Aliança continha maná (alimento vindo do céu), a vara de Aarão (autoridade do Sumo Sacerdote), e os Dez Mandamentos (a Palavra de DEUS) (Hebreus 9,4).
3. Maria carregou em seu ventre a Palavra de DEUS (João 1,1.14) , o Sumo Sacerdote de DEUS (Hebreus 5,1-10) , e o Pão que veio do céu (João 6,51), o antítipo do maná.
4. A Arca do Antigo Testamento não poderá ser vista até um tempo estipulado por DEUS. Entretando, a Nova Arca da Aliança foi vista por São João no Apocalipse 11,19. Isto mostra que as duas Arcas da Aliança da Escritura não estão no mesmo lugar.
“Naquele dia Davi teve medo do Senhor, e disse “Como entrará a arca do Senhor em minha casa?”
2Samuel 6,9


“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?”
Lucas 1,43
Explicação número 2:
1. Em 2Samuel 6,9, Davi fez a pergunta referindo-se à Arca que continha a Palavra de DEUS em tabletes de pedra.
2. Em Lucas 1,43, Isabel fez a pergunta referindo-se à Nova Arca que continha a Palavra de DEUS no ventre de Maria. Você percebeu que quando Isabel chamou Maria de “a mãe do meu Senhor”, ela estava realmente a chamando de Mãe de DEUS? Quem inspirou Isabel a disser isso? Veja Lucas 1,41.
3. É óbvio que o versículo: 2Samuel 6,9 é um tipo do versículo no Novo Testamento.
“…Foi então Davi e fê-la transportar… para a cidade de Davi, no meio de grandes regozijos…. Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor.”
2Samuel 6,12-14

“Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio
Lucas 1,41

Explicação número 3:
1. Davi dançou diante da Arca da Aliança que continha a Palavra de Deus escrita em tabletes de pedra.
2. São João Batista saltou no ventre de sua mãe Isabel, pois estava diante da Nova Arca da Aliança, Maria, que carregava a Palavra de DEUS em seu ventre.
3. Este é mais outro exemplo de tipos e antítipos.
Agora para fazer a conexão entre os versículos do Apocalipse 11,19 e 12,1:
“E apareceu em seguida um grande sinal* no céu: uma mulher revestida do Sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.”
A palavra grega usada para sinal aqui é shmeionh, que significa:
1. Um sinal, marca, símbolo, milagre ou maravilha.
2. Que por tal uma pessoa ou coisa se distingue das outras e é conhecida.
3. Um sinal, prodígio, portento, uma ocorrência fora do comum, trancendendo o curso comum da natureza.
4. De sinais trazendo eventos marcantes que acontecerão brevemente.
5. De milagres e maravilhas pelas quais Deus autentica os homens enviados por Ele, ou pelos quais os homens provam que estão lutando pela causa de DEUS.
6. Semeion é a mesma palavra grega que é usada três vezes em Lucas 11,29, onde Jesus disse que esta geração exigia um sinal, um milagre de alguma forma.
7. Compare com Isaías 7,14: “Por isso o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará “Emmanuel.” A virgem que concebe é certamente um milagre como o é também a mesma mulher vista no céu e vestida de sol.
8. Leia sobre muitos outros sinais milagrosos em Marcos 16,16-18
Em todo o capítulo 12 do Apocalipse, 4 pessoas são mencionadas. Há uma mulher, um dragão, uma criança do sexo masculino, e uma pessoa mencionada pelo nome: Miguel.
É óbvio que o dragão é satanás, a antiga serpente, Ap 12,9.
É óbvio que Miguel é um anjo, o arcanjo Miguel, Ap 12,7.
É óbvio que a criança do sexo masculino é Jesus Cristo, Ap 12,5.
Já que três das quatro pessoas do capítulo são identificadas, então o contexto demanda que a mulher também seja identificada como a que deu à luz a Jesus Cristo, Ap 12,4-5.
Ela é a Bem-Aventurada Virgem Maria.
O “Grande Sinal” é a Bem-Aventurada Virgem Maria.
Há muitas camadas de interpretação do livro do Apocalipse, então, secundariamente, a mulher do capítulo 12 pode também ser vista como uma figura da Igreja.
Uma coroa em sua cabeça é sinal de uma Rainha.
As rainhas no Antigo Testamento eram as mães dos reis, não as esposas, desta forma, a mãe do Rei dos Reis, Maria, é também a Rainha do Rei dos Reis.
As doze estrelas se relacionam com os doze Apóstolos, e em outra camada de significado, com as doze tribos de Judá.
Esta imagem da mulher vestida de sol e com a lua debaixo de seus pés, encaixa-se perfeitamente com a imagem da Virgem de Guadalupe conforme apareceu em 1531 onde é agora a Cidade do México.
A mulher mencionada em Apocalipse 12,1 é a mulher de Gênese 3,15, de João 2,4, e de João 19,26. Ela é a mulher no primeiro livro da Bíblia e a mulher no último livro da Bíblia, e a mulher no livros intermediários.
A Arca do Antigo Testamento era, entretanto, meramente um TIPO do antítipo da Arca da Nova Aliança.
Um “tipo” do Antigo Testamento nunca aponta para um símbolo do Novo Testamento, mas sempre para uma realidade que é muito superior a este.
A Arca da Aliança do Antigo Testamento foi feita com madeira incorruptível…
“E farás a arca da aliança de madeira incorruptível…”
Êxodo 25,10
A realidade do Novo Testamento é infinitamente maior do que a prefigura do Antigo Testamento.
Por isso, a Arca vista no céu, não é apenas incorruptível, mas também vastamente superior a seu tipo.
A Arca devia ser recoberta (revestida ou coberta) por dentro e por fora com ouro puro, um símbolo de realeza. (Êxodo 25,11, Hebreus 9,4, 1Crônicas 28,18).
Rainhas também usam coroas de ouro.
A Nova Arca da Aliança está vestida de sol.
A palavra grega para sol neste contexto é helios, que significa o sol, ou os raios do sol, ou a luz do dia.
O que significa “vestida de sol”?
Novamente, o que nos diz a Escritura?
“Porque o Senhor DEUS é nosso sol e nosso escudo, o Senhor dá a graça e a glória. Ele não recusa os seus bens àqueles que caminham na inocência.”
Salmo 84,11

“Mas sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o Sol de justiça que traz a salvação em seus raios.”
Malaquias 4,2

Listei duas passagens claras que igualam DEUS a um Sol.
Explicação número 4:
1. Referindo-se à Explicação número 1, a palavra envolver, usada em Lucas, é a mesma do verbo cobrir, usada no Êxodo para descrever como o Senhor “preencheu” o tabernáculo. Ambas as palavras são similares em significado a revestida conforme usada em Apocalipse 12,1.
2. O sol visto por São João é o mesmo sol que vemos da terra diariamente?
Novamente, vamos ler a Escritura para obter a resposta.
“Não terás mais necessidade do sol para te alumiar, nem de lua para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu DEUS por resplendor.”
Isaías 60,19

“Falou-lhes outra vez Jesus: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.” João 8,12

“Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas.” João 12,46
“Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona. Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. Jesus deu então um grande brado e disse “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. E, dizendo isso, expirou.”
Lucas 23,44-46

Percebeu a mensagem? A luz do sol se escureceu… O Filho, a luz do mundo, expirou.
“E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mas o sol havia despontado.”
Marcos 16,2

Neste versículo temos ainda outra conexão que muitos não percebem. O sol se ergueu, num domingo… O Filho ressuscitou, e num domingo.
“Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro. Tinha ele cabeça e cabelos brancos como lã cor de neve, Seus olhos eram como chamas de fogo. Seus pés se pareciam ao bronze fino incandescido na fornalha. Sua voz era como o ruído de muitas águas. Segurava na mão direita sete estrelas. De sua boca saía uma espada afiada, de dois gumes. O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força.”
Apocalipse 1,12-16

LITURGIA DIÁRIA - 12/05/2017


Sexta-feira: 12/05/2017
Primeira Leitura: At 13,26-33


4º SEMANA DA PÁSCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, tendo chegado a Antioquia da Pisídia, Paulo disse na sinagoga: 26“Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. 27Os habitantes de Jerusalém e seus chefes não reconheceram a Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se leem todos os sábados. 28Embora não encontrassem nenhum motivo para a sua condenação, pediram a Pilatos que fosse morto. 29Depois de realizarem tudo o que a Escritura diz a respeito de Jesus, eles o tiraram da cruz e o puseram num túmulo. 30Mas Deus o ressuscitou dos mortos 31e, durante muitos dias, ele foi visto por aqueles que o acompanharam desde a Galileia até Jerusalém. Agora eles são testemunhas de Jesus diante do povo.

32Por isso, nós vos anunciamos este Evangelho: a promessa que Deus fez aos antepassados, 33ele a cumpriu para nós, seus filhos, quando ressuscitou Jesus, como está escrito no salmo segundo: “Tu és o meu filho, eu hoje te gerei”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 2)

— Tu és meu Filho, eu hoje te gerei!
— Tu és meu Filho, eu hoje te gerei!

— “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei e em Sião, meu monte santo, o consagrei!” O decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus: “Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!”

— Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio. Com cetro férreo haverás de dominá-los, e quebrá-los como um vaso de argila!

— E agora, poderosos, entendei; soberanos, aprendei esta lição: Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória e prestai-lhe homenagem com respeito!


Evangelho (Jo 14,1-6)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.

5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Prefigurações de Maria no Antigo Testamento: A Arca de Noé



Sabe-se que toda a trajetória do povo judeu narrada no Antigo Testamento é uma preparação para o envio do Messias. Assim, ao longo de todos os livros a figura de Nosso Senhor é anunciada por meio de símbolos.

Do mesmo modo, a Santíssima Virgem é também apresentada no Antigo Testamento, ora através de símbolos, ora de pessoas. É o que se chama de prefigurações de Maria.

Um desses símbolos que faz referência à Boa Mãe é a Arca de Noé. Vejamos:

1. A Arca foi construída por Noé, a mando do próprio Deus, para que os homens fossem salvos do dilúvio que destruiu a vida na Terra;

2. Enquanto todas as coisas eram cobertas pelas águas, a Arca flutuava por sobre o mar;

3. Os homens que recorreram à Arca foram salvos da destruição, enquanto que aqueles que não embarcaram não sobreviveram;

4. Após o dilúvio, a Terra foi repovoada pelos filhos dos que estavam na Arca.

Estes quatro itens adequam-se perfeitamente à condição de Maria que, segundo São Bernardo, é a arca pela qual escapamos do naufrágio da condenação eterna:

1. A salvação da humanidade por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo se deu através de Maria;

2. A Virgem nunca foi submersa pelas águas do pecado;

3. Aqueles que recorrem a Maria são preservados da mancha do pecado e da corrupção, e serão salvos da condenação eterna;

4. O paraíso será povoado pelos filhos de Maria.

Pela Arca os justos foram preservados da morte, por Maria serão salvos da condenação.

Confiemos na intercessão da Mãe de Deus.

Salve Maria!

Fontes:

Maria Ensinada à Mocidade. Livraria Francisco Alves: SP, 1915.


Catecismo Médio Mariano.

LITURGIA DIÁRIA - 11/05/2017


Quinta-feira: 11/05/2017
Primeira Leitura: At 13,13-25


4º SEMANA DA PÁSCOA
(Branco - oficio do dia)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

13Paulo e seus companheiros embarcaram em Pafos e chegaram a Perge da Panfília. João deixou-os e voltou para Jerusalém. 14Eles, porém, partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se.

15Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Irmãos, se vós tendes alguma palavra para encorajar o povo, podeis falar”.

16Paulo levantou-se, fez um sinal com a mão e disse: “Israelitas e vós que temeis a Deus, escutai! 17O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos antepassados e fez deles um grande povo quando moravam como estrangeiros no Egito; e de lá os tirou com braço poderoso. 18E, durante mais ou menos quarenta anos, cercou-os de cuidados no deserto. 19Destruiu sete nações na terra de Canaã e passou para eles a posse do seu território, 20por quatrocentos e cinquenta anos aproximadamente.

Depois disso, concedeu-lhes juízes, até o profeta Samuel. 21Em seguida, eles pediram um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos. 22Em seguida, Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’.

23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 88)

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.
— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

— Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme quanto os céus.

— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força.

— Não será surpreendido pela força do inimigo, nem o filho da maldade poderá prejudicá-lo. Diante dele esmagarei seus inimigos e agressores, ferirei e abaterei todos aqueles que o odeiam.

— Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’


Evangelho (Jo 13,16-20)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16“Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.

18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou.

20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Como explicar Maria “Medianeira” aos protestantes


Maria Medianeira

Meu primeiro encontro pessoal com a Virgem Maria aconteceu quando eu era um estudante em um seminário anglicano protestante na Inglaterra.Eu tinha sido criado como um evangélico e encontrei meu caminho para a igreja Anglicana. Lá eu estava me preparando para a ordenação. Um amigo católico, que foi um oblato beneditino, sugeriu que eu gostaria de visitar um mosteiro beneditino católico.
Enquanto lá, eu disse a um dos monges que durante um tempo de oração contemplativa que eu havia sentido a presença de Deus de uma forma muito real, mas feminino. A feminilidade me havia perturbado porque eu sabia que Deus não é feminino. O monge sorriu e disse: “Não se preocupe. Isso não é Deus. É a Virgem Maria. Ela é a Medianeira. Ela quer ajudá-lo com suas orações e trazê-lo mais perto de Deus.”
Eu fiquei chocado. Na época, a Virgem Maria não desempenhou nenhum papel na minha vida devocional. Como um bom rapaz evangélico que eu era, tinha memorizado 1 Timóteo 2:5, que diz: “Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” Ao chamar a Maria de “Medianeira”, ele confirmou meu preconceito contra os católicos que acreditam em coisas que “contradizem a Bíblia”. Ele também confirmou a minha suspeita de que os católicos deram à Maria um status de igualdade com Jesus.
Eu coloquei essa noção firmemente para um lado e não considerei-a novamente até depois de eu ter entrado na Igreja Católica. Este adiamento foi possível porque o papel de Maria como Co-redentora e Medianeira da graça não é um dogma definido formalmente da Igreja Católica. Continua a ser uma opinião piedosa, um modo devocional útil e forma teológica de meditar sobre Maria. Minha atenção foi atraída de volta à questão, no entanto, quando eu estava escrevendo Maria: Um Debate católicos x evangélicos com um velho amigo que tinha frequentado a Bob Jones University comigo.


Uma vara para atiçar-nos


Eu entendo títulos como Maria Medianeira e Co-redentora continuam a ser um dos pontos mais doloridos nas discussões evangélica – Católicas. Um protestante que já ouviu falar desses títulos vai usá-los como uma grande clava com o qual vencer os católicos, e é importante saber a melhor forma de envolver a discussão.
Para o diálogo genuíno, é vital ouvir e entender o ponto de vista evangélico. Os objetores evangélicos das devoções e títulos à Mãe de Deus, exaltam-se porque acham que prejudicam a honra e a adoração devida a Jesus Cristo. O protestante não pretende intencionalmente desprezar Maria, porém, menosprezam-na para defender a devoção adequada ao seu Filho.
O modo para começar qualquer discussão à cerca de Maria como Medianeira e Co-redentora é afirmar que os católicos realmente acreditam que a morte de Jesus Cristo é toda-suficiente para a salvação dos nossos pecados. Se você puder citar um autor notoriamente devoto de Maria; “Veja, aqui está alguém que promove devoção mariana”, você diz: “Ele realmente quer que ela seja proclamada Co-Redentora, mas insiste que a morte de Cristo é toda suficiente.” Contudo, é importante salientar que nem todo autor católico reflete fielmente em seus escritos as Doutrinas Católicas. Ensino católico é ensinado pelo Magistério da Igreja. Autores católicos, porém, podem – mesmo que não intencionalmente – contradizer a Igreja. Nesse sentido, é imperativo que o autor usado em sua discussão seja fiel ao Magistério. Se isso não puder ser comprovado, é melhor restringir-se ao uso do Catecismo como fonte para demonstrar o que ensina a Igreja-
Considerados os pontos acima, um livreto chamado Vox Populi Mariae Mediatrici do Centro Petição que promove estes títulos para Maria começa com estas palavras: “A salvação da humanidade foi realizada por unigênito Filho de Deus, Jesus Cristo, A Paixão e Morte de Cristo. o nosso único Redentor, não foi apenas suficiente, mas satisfação “superabundante” por culpa humana e o consequente endividamento de punição “( Um novo Dogma Mariano? Corredentora, Medianeira de todas as graças e advogada ).
O livreto passa a explicar: “Mas Deus quis que esta obra de salvação fosse realizado através da colaboração de uma mulher, respeitando seu livre arbítrio (Gal. 4:4).” Este ponto apresenta um bom próximo passo em discutir essa crença católica com uma evangélica.



Você vai cooperar ou não?


Em vez de perder tempo em uma discussão sobre Maria ser Medianeira e Co-redentora, é útil discutir o princípio e a possibilidade dos seres humanos cooperarem com Deus na obra da redenção. Os protestantes têm uma resistência arraigada a ideia de que podemos cooperar com Deus para a nossa redenção em tudo. Em seu desejo de manter as doutrinas da sola gratia e sola fide , alguns deles vão para os extremos de acreditar que não podemos fazer absolutamente nada para cooperar com Deus na nossa redenção porque isso equivaleria a salvação pelas obras.
Como resultado, os sistemas de crenças mais evangélicos contem um elemento muito forte de quietismo. Quietismo é uma espécie de fatalismo: É que a heresia que diz que você pode fazer absolutamente nada para se engajar no trabalho de sua salvação. É a crença cada alma seja como uma folha na maré da onipotente Providência de Deus. Devido a esse entendimento, é difícil para muitos evangélicos compreenderem a ideia de que Deus usa a cooperação humana para cumprir a sua vontade no mundo. Que a cooperação humana é realmente crucial para a redenção do mundo não faz parte da sua perspectiva.
Portanto, antes de falar sobre a colaboração de Maria com Deus, vale a pena discutir o princípio básico de que os seres humanos podem cooperar com Deus. A maioria dos evangélicos vai admitir que nós, de fato, necessitamos de responder à graça de Deus para que ele seja eficaz em nossas vidas. Mesmo no nível mais básico, os evangélicos admitem que uma pessoa deve “aceitar Jesus” para ser Salva, e nesse sentido, automaticamente são obrigados a admitir que devem cooperar com a Graça de Deus. Assim como eles fazem, você pode apontar que esta é uma forma de cooperação com Deus. Neste ponto, a vontade humana e a vontade divina estão unidas para a obra da salvação.
Esta cooperação com Deus não é apenas para a salvação do indivíduo. O Novo Testamento deixa claro que há mais do que isso. Assim, por exemplo, afirmamos que Jesus é o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, mas o Novo Testamento chama-nos também a partilhar esse sacerdócio (Apocalipse 1:5-6;. 1 Pe 2:5,9). Fazemos isso através da partilha dos sofrimentos de Cristo (Mt 16:24; 1 Pe 4:13.). Paulo chama-se “co-trabalhador com Cristo” (1 Coríntios 03:09). E diz que parte disso é que ele foi crucificado com Cristo e ações nos sofrimentos de Cristo (2 Cor 1,5;. Phil 3,10) .
Se o evangélico acredita na Bíblia e quer viver uma vida cristã, ele não só deve admitir que ele precisa cooperar com Deus para a sua própria salvação, mas também que esta cooperação é parte de uma identificação maior com Cristo, e que esta identificação com Cristo é para a salvação do mundo. Ele também deve admitir que, de alguma maneira misteriosa, os sofrimentos que enfrentamos fazem parte da maneira como Deus trabalha para redimir o mundo.


Maria Evangelista


Uma vez que um evangélico admite que a cooperação com Deus não é apenas possível, mas necessária, abre-se a ideia de que há um propósito para a nossa co-labuta com Deus. Nós cooperamos com Deus para a salvação do mundo. Aqui é outro ponto em que a crítica evangélica pode se conectar. O evangélico acredita que cada um de nós tem uma nova missão na vida: Devemos proclamar Cristo crucificado. Temos que espalhar o evangelho e compartilhar da obra salvífica de Cristo com o mundo. Somos chamados à oração, santidade e evangelismo. De lá, é um pequeno passo para ver que esta é uma outra maneira de dizer que somos chamados a ser mediadores do amor e do perdão de Cristo. Todo cristão acredita que ele ou ela é chamada a rezar para o mundo, para interceder e mediar pelos outros, para ter um “ministério da reconciliação” (2 Coríntios. 5:18-19). Os evangélicos conhecem os exemplos do Antigo Testamento, onde Moisés e Abraão intercederam em nome de outras pessoas juntos a Deus, e todos os cristãos concordam sobre a necessidade de mediar em oração uns pelos outros. Esta é uma boa maneira de explicar o papel Medianeira da Bem-aventurada Virgem Maria. Maria é a primeira evangelista. Ela carregava a Palavra de Deus em seu corpo, manteve-O lá, e trouxe-O ao mundo. Este foi o seu papel prático na Encarnação, mas houve também o seu papel teológico. Ao fazer isso, ela nos mostra a nossa vocação menor a ser mediadores da Nova Aliança e ministros da reconciliação.
É verdade que o papel de Maria como Medianeira é mais cósmico do que o nosso, mas os princípios são os mesmos. Compreender nossa própria participação na obra salvífica de Deus através da oração e do sacrifício de mediação nos ajuda a entender como ela faz a mesma coisa, só que maior e melhor, porque ela é o mais sagrada dos seres humanos e aquela que está mais próxima do Filho de Deus.
Vale a pena discutir que os Padres da Igreja viram Maria como medianeira de toda a graça.
Cirilo de Alexandria, no século IV escreve:
Ave, Maria, Mãe de Deus, venerável tesouro do mundo inteiro. . . é você através pela qual a Santíssima Trindade é glorificada e adorada. . . através do qual o tentador, o diabo é lançado do céu, pelo qual a criatura caída é levantada até o céu, por meio de quem toda a criação, uma vez preso pela idolatria, chegou a conhecimento da verdade, pelo qual as nações são trazidos ao arrependimento. (Qtd. em Luigi Gambero, Maria e os Padres da Igreja: A Bem-Aventurada Virgem Maria no pensamento patrístico )
Efrém da Síria, diz, “com o medianeira, és a Medianeira de todo o mundo”, e Antípatro de Bostra, pai do Concílio de Éfeso, escreveu sobre a Virgem Maria, no século V, “Salve, tu que aceitavelmente intercede como mediadora pela humanidade “(qtd. em Gambero, Maria e os Padres ).
Estas citações podem ser multiplicadas a partir das liturgias e escritos teológicos da atualidade. A linguagem exaltada dos roteiristas mostra como eles aceitavam o papel de Maria como medianeira e co-redentora. Este ponto de vista sobre Maria como Medianeira não era uma invenção posterior, mas sim nos vem da Igreja primitiva.
O crítico evangélico pode até concordar com você até este momento, mas ele ainda achará o título de “Co-Redentora” um estiramento. Maria pode ter tido uma compreensão íntima da obra redentora de Cristo, e ela pode ter um papel como intercessora e guerreira de oração, mas isso não implica necessariamente que ela seja Co-Redentora. Neste ponto, vale a pena explicar que não sugerem que a cooperação de Maria com Deus seja igual a obra de Cristo. Trata-se de uma ordem diferente, mas no entanto, necessária. As palavras de Madre Teresa “Sem Maria, sem Jesus” expressam uma verdade profunda. Deus escolheu trazer seu Filho ao mundo, através da cooperação de Maria. Sem essa cooperação não teria havido nenhuma Encarnação e, portanto, não haveria Redenção.



Mãe das Dores


O evangélico pode aceitar isso em teoria, mas ainda pode ter dificuldade para aceitar como Maria pode ser chamada de “co-redentora”. Vale a pena voltar às palavras misteriosas de São Paulo. Em uma frase surpreendente, São Paulo diz que sua participação nos sofrimentos de Cristo é realmente eficaz. Ele afirma completar “o que falta aos sofrimentos de Cristo”, em nome da Igreja (Colossenses 1:24). Se ele tem que completar os sofrimentos de Cristo, estaria São Paulo a implicar que a morte de Cristo na cruz tivesse sido inadequada? Obviamente que não. Em vez disso, ele está ensinando que Seu sacrifício todo-suficiente é concluído quando aceito e abraçado por nossa cooperação e que o nosso sofrimento desempenha um papel misterioso nesta ação. Deste modo a redenção de Cristo é aplicada e trazida à vida no momento presente por nossa própria cooperação em que, todo, o sacrifício final. Ninguém diz que nós somos iguais a Cristo, ao contrário, pela graça, a nossa cooperação se torna uma parte de Cristo todo o sacrifício suficiente.
Se Paulo compartilhava de forma misteriosa nos sofrimentos de Cristo, e se ao fazê-lo ele compartilhou na obra redentora da Cruz, então não é muito difícil ver como todos nós somos chamados a fazer a mesma coisa. De fato, em Romanos 12, Paulo nos exorta a fazer exatamente isso, quando ele diz: “Apresentei os vossos corpos como um sacrifício vivo” (Rm 12:1). Jesus também nos diz que devemos “tomar a nossa cruz e segui-lo se quisermos ser seus discípulos” (Mt 16:24).
Se Maria era a pessoa que estava mais perto de Jesus, e se ela foi Seu primeiro discípulo, não se segue que essas verdades também se aplicariam a ela? Este é exatamente o que o Novo Testamento profetiza.Quando Jesus foi apresentado no templo, o profeta Simeão, sob a inspiração do Espírito Santo, disse a Maria que “uma espada traspassará o próprio coração também” (Lucas 2:35). Este verso é a base para a compreensão católica de que Maria compartilhou dos sofrimentos de Jesus de uma maneira misteriosa, e que seus sofrimentos eram uma parte do sofrimento pelo qual Ele passou.
Eu me lembro quando um membro da nossa igreja perdeu seu filho em um acidente de carro. A dor da mãe era uma coisa terrível de se ver, e era como se uma parte dela tivesse morrido naquele dia. Estes exemplos naturais podem ajudar os outros a entender porque acreditamos Maria teve um relacionamento íntimo com o sofrimento de Jesus.
Na Catedral de Westminster, em Londres, um belo crucifixo pintado paira sobre o altar central. Na frente é um retrato do Senhor crucificado, e na parte de trás é um retrato de Maria com uma expressão de dor, seus braços em orans, posição de oração. Este crucifixo ilustra a idéia de Maria como Co-Redentora. Através de seu sofrimento ela identificou totalmente com o filho, e por trazê-Lo ao mundo, permitiu a realização de Redenção.


Você não pode apenas jogar-me fora!


Os evangélicos podem aceitar Maria como vital para a Encarnação e, portanto, a Redenção, mas podem perguntar- nos por que insistimos em que ela tem um papel redentor e mediador. Acreditamos que isto seja porque o papel de Maria não foi um evento único e pronto. Maria não concebeu e apoiou a Jesus, e então simplesmente desapareceu. Se sua ação tinha significado, era como um relacionamento contínuo com o seu Filho.
No âmbito do Novo Testamento a cooperação de Maria com Deus está em curso. Quando ela concebeu Jesus, Maria começou a colaborar com a obra da Redenção (Lucas 1:38). Ela continuou a fazê-lo, ela lhe deu (Lucas 2:7), e passou a fazê-lo, como ela intercedeu junto a ele nas bodas de Caná na Galiléia (João 2:03). Seu trabalho continuou até que ela participou com Ele na cruz (João 19:25). Como a primeira cristã, ela continuou a cooperar com a graça estando presente na fundação da Igreja no dia de Pentecostes (Atos 1:14). Ela persiste neste papel como nossa Mãe do céu hoje (Rev. 12:17).
Acreditamos que o papel de Maria continua, por isso insistimos que ela não era simplesmente um canal neutro para que Deus viesse ao mundo. Ela estava envolvida com Deus, e isso importa. Maria não foi descartada por Deus, uma vez que seu objetivo foi concluído. Em vez disso, a cooperação instalou-a em um relacionamento eterno com Deus no Seu plano de salvação do mundo.
Há uma frase memorável em um filme onde um menino rompe com uma garota, e ela se sente usada. Ela grita: “Eu não sou um trapo! Você não pode simplesmente jogar-me fora!” Ter usado Maria para realizar a Encarnação e depois esquecê-la seria tratá-la como um trapo. Deus não opera assim. Quando os católicos reconhecem Maria como Medianeira e Co-Redentora, reconhecemos que a obra de Deus na vida de uma pessoa transforma-a eternamente. Maria foi dado um novo nome na Anunciação: Cheia de Graça. Tal e qual em todos os outros exemplo das Escrituras, quando uma pessoa recebe outro nome – Abraão, Sara, Pedro, Jacó, etc. O novo nome indica uma mudança ontológica. Ela se transformou em uma nova pessoa com um novo papel para sempre.
Os Padres do Concílio Vaticano II ensinaram:
[A] a maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento que ela fielmente deu na Anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos. Levada para o céu, ela não abandonou este cargo de salvar, mas com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Por sua caridade materna, cuida dos irmãos de seu Filho, que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam levados à pátria bem-aventurada. ( Constituição dogmática sobre a Igreja , 62)
Compreender o papel de Maria na redenção lança luz sobre seu filho, mas também lança luz sobre cada um dos discípulos de seu filho. Ele completou a ela o que ele quer completar em nossa transformação a sua imagem. Seu irmão ou irmã evangélica não pode concordar com você que a Mãe de Deus é a Medianeira e Co-redentora, mas a explicação adequada dos títulos deve pelo menos dar-lhe uma nova apreciação da Maria e uma nova apreciação das maravilhas que Deus tem reservado para cada um dos seus filhos e filhas.


A mediação de Maria origina-se com Cristo


A Igreja sabe e ensina que todas as influências salutares à Santíssima Virgem para a humanidade se originam do prazer divino. Elas fluem a partir da abundância dos méritos de Cristo, o descanso em sua mediação, dela depende absolutamente, ela tira todo o seu poder a partir Dele. De forma alguma isto impede a união imediata dos fiéis com Cristo. Em vez disso, eles promovem esta união. Essa economia da influência é sustentada pelo Espírito Santo, que, assim como ofuscou a Virgem Maria quando começou na sua divina maternidade, de forma semelhante continuamente sustenta a sua solicitude para com os irmãos e irmãs do seu Filho. Com efeito, a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade. Ele possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas que em vários e sempre subordinadas maneiras participam na única mediação de Cristo, apesar de sua própria mediação também ser uma mediação compartilhada. Na verdade, se é verdade que nenhuma criatura poderia ser classificada como o Verbo Encarnado e Redentor, ao mesmo tempo, a mediação única do Redentor não exclui, antes, suscita entre as criaturas a uma cooperação multiforme que é apenas uma participação nesta fonte original. E, assim, a bondade de Deus é, na realidade, de diferentes modos, para com suas criaturas. . . Com a morte redentora de seu Filho, a mediação materna da serva do Senhor tomou uma dimensão universal, para a obra da redenção e abraça toda a humanidade. Assim, não se manifesta de uma forma singular a eficácia na mediação única e universal de Cristo entre Deus e os homens. Ações de cooperação de Maria, em seu caráter subordinado, na universalidade da mediação do Redentor, único Mediador.
- Redemptoris Mater (Mãe do Redentor), 40


Nem tirar nem acrescentar nada


[A] Virgem é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. Isso, no entanto, é tão entendido que não tira nada de nem acrescenta nada à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador.
Nenhuma criatura poderia ser contada juntamente com o Verbo Encarnado e Redentor, mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e os fiéis, e como a bondade de Deus é irradiada de diferentes maneiras entre as suas criaturas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita uma cooperação multiforme que é apenas uma partilha dessa única fonte.




Adaptado do Texto originalmente publicado por Viva Com Amor