sábado, 3 de setembro de 2011

Imagens não me confundem
 Pe. Zezinho, scj


Vejo a celeuma que o culto às imagens provoca em algumas igrejas e movimentos. Lembram os quatro meninos que discutiam sobre uma estatueta do superman. Um dizia que aquela imagem era poderosa e fazia coisas incríveis, o outro ria dele dizendo que imagens do superman não voam nem podem nada porque o superman não existe, o outro dizia que o superman existe, mas as imagens deles não eram ele. O quarto deu a sentença final:- É só um boneco de plástico. Se querem brincar brinquem, mas não briguem por causa dele. Meu pai já explicou todos os bonecos e brinquedos que eu tenho e como eu posso usar e imaginar cada um deles. Não são de verdade. De verdade é que quem cuida de nós é Deus, nossos pais e quem ajuda as crianças...

A mãe, que da cozinha ouviu a conversa, contava-me que depois disso ficou fácil ensinar aos dois filhos o que é ter imagens em casa.

Desde pequeno me explicaram que as imagens são imaginação de gesso, barro ou madeira. Elas apenas representam a idéia que temos de Deus, de Maria, dos anjos e dos santos. Se for idéia errada estará lá naquelas imagens. Se for idéia correta também estará lá.

Cabe aos fiéis aceitar a imagens que ajudam e rejeitar ou corrigir as que atrapalham sua fé. Uma imagem de Maria com espada ou um fuzil nas mãos não seria boa. Uma imagem de Maria sendo levada por anjos para o céu, se bem explicada pode ajudar. Não explicada deixará o fiel confuso.

Chamar os fiéis de fuzileiros e bacamarteiros do Cristo, mosqueteiros de Jesus, guerreiros da luz, pilotos da guerra nuclear contra o pecado, ninjas da fé, cruzados da eucaristia pode até ser linguagem diferente, mas terá que se explicado, porque revela perigosos retornos, crassas idiossincrasias e atrasos catequéticos imensos. Linguagens de guerra de ontem ou de hoje nem sempre ajudam.

Imagens do demônio em forma de dragão sendo esmagado pro espadas luminosas tinham sentido na Idade Média. Hoje ninguém mais tem medo de dragões, nem de demônios do ar, da terra, do mar, da unha encravada e da diarréia. Se tem preciso urgentemente de ajuda cultural, mais do que de exorcismo.

Recentemente entrei numa casa que na parede da sala estampava um quadro de Deus Pai velhinho de barbas brancas, do Filho também ele cabeludo e barbudo, uma pomba no seu peito, Maria ao lado.

Fui abençoar a vovó que não passava bem. Enquanto tomava o cafezinho a dona da casa perguntou se eu já tinha um quadro daqueles. Disse-lhe que não. Mas pedi a ela que me explicasse como o entendia. O que era aquele quadro para ela.

Não se fez de rogada. Disse que Deus Pai que era eterno e muito antigo, mandou o Filho dele que era mais novo ao mundo. Jesus trouxe com ele o Espírito Santo que toca no coração das pessoas. Maria, segundo ela fora gerada pelo Espírito Santo e estava ao lado do Filho para nos dar os recados do Pai e nos ajudar a dar o Espírito Santo quando precisamos dele.

Sentei-me na cadeira, pedi um tempo e entre perguntas e respostas levei quase duas horas para desfazer aquela concepção errada de Deus, de Maria e da ação de Deus em nós. A imagem não fora entendida porque nunca ninguém a explicara. Uma dona de barraca a vendeu, ela comprou, ninguém explicou e a catequese cambaleou.

Imagens não devem nos confundir. Foi difícil explicar aquele quadro antropomórfico que fazia do pai um velhinho de oitenta anos, vigoroso e dominador e punha Maria na mesma altura que Jesus com o Espírito Santo em forma de pomba saindo do seu coração. Coisa de pintor que não foi questionado e além de não ser questionado foi divulgado somos e sua pintura fosse uma catequese católica. Ora, a catequese católica é o oposto daquele quadro.

Mas o quadro é vendido, está lá e ninguém o contesta. Não admira que Dona Zefa tivesse inventado sua própria doutrina sobre a Trindade. Naquela casa entrara uma imagem sem antes ter entrado um catecismo.

Podemos ter imagens, mas não se Bíblia e sem catecismo, devidamente lidos. Evangélicos aguerridos ignoram as passagens que as permitem, católicos sem leitura nem estudo as usam sem aprender o que significam e para que servem.

Duas leituras erradas de algo que poderia ser bom! A Bíblia as permite e as condena. O cristão deve saber a diferença.
 

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SANTO DO DIA

03/09
S. Gregório Magno
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
Santo Marino
Nas últimas décadas do século III, dois cristãos chamados: Marino e Leão, procedentes da ilha de Arbe na Dalmacia, viajaram para Rimini, Itália, atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde evangelizaram a região e ali morreram. Os dados que temos alem destes fazem parte de uma vigorosa tradição cristã.

Ela nos conta que, assim que Marino chegou, procurando pedras para o seu trabalho, descobriu a região do Monte Titano ficando maravilhado pela imponência do Monte e beleza do local, tanto assim que sempre que podia voltava para lá. Além trabalhar no seu ofício, ele desenvolvia a missão de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a esta atividade, certa vez, uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo impedí-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa o acusou às autoridades de professar o Cristianismo.

Como era época de perseguição aos cristãos imposta pelo imperador Diocleciano, ele foi obrigado a se refugiar na floresta do Monte Titano, a qual conhecia muito bem. Todavia a citada senhora foi atrás dele tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou outra maneira de se defender dela, a não ser com suas orações e jejum, aguardando por um milagre da Providência Divina. E ele chegou. A senhora vendo sua total entrega à vontade de Deus, se converteu e se redimiu. Voltou à Rimini, onde se explicou às autoridades e à população.

A tradição narra também que Marino e Leão, para evitar outras experiências daquele tipo, se retiram para junto de uma pequena comunidade que vivia no alto do Monte Titano, estabelecendo a região como seu definitivo refúgio. Depois, Leão se transferiu sozinho no vizinho Monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou Marino era de propriedade de Dona Felicíssima, uma das mais influentes matronas da comunidade, cujo filho Veríssimo amante da caça, decidiu fazer de Marino sua presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da violência somente com a força das orações ao Senhor; foi escutado imediatamente, pois quando o jovem tentou atingí-lo, ficou paralisado como uma estátua.

Sabendo do fato prodigioso, a mãe, Dona Felicíssima, foi em seu socorro, suplicando à Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo que, graças ao desespero da mãe e a intercessão das orações de Marino, voltou à normalidade. Depois, ele converteu todos da família de Dona Felicíssima que doou à Marino as terras daquela região do Monte Titano. Além disto, pelo seu trabalho de pregação e a conversão de cristãos, o Bispo de Rimini, Gaudêncio, também venerado com Santo, conferiu à Marino a ordem do diaconato.

Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na igreja que ele mesmo havia erguido e dedicado à São Pedro, atualmente dedicada à São Marino. O local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu culto foi reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no dia 03 de setembro. O mais interessante é que da sua atuação evangelizadora frutificou em um país. Assim na História de Igreja, São Marino é o único Santo fundador de um país e padroeiro da República que leva o seu nome, a pequenina e bela República de São Marino.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 03/09/2011
Primeira Leitura: Colossenses 1, 21-23

SÃO GREGÓRIO MAGNO PAPA E DOUTOR
(branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses - Irmãos, 21Há bem pouco tempo, sendo vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, 22eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. 23Para isto, é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(53)

REFRÃO: Quem me protege e me ampara é meu Deus.
1. Pela honra de vosso nome, salvai-me, meu Deus! Por vosso poder, fazei-me justiça. Ó meu Deus, escutai minha oração, atendei às minhas palavras, - R.
2. Mas eis que Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida. - R.
3. De bom grado oferecer-vos-ei um sacrifício, cantarei a glória de vosso nome, Senhor, porque é bom, - R.



Evangelho: Lucas 6, 1-5


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - 1Em dia de sábado, Jesus atravessava umas plantações; seus discípulos iam colhendo espigas (de trigo), as debulhavam na mão e comiam. 2Alguns dos fariseus lhes diziam: Por que fazeis o que não é permitido no sábado? 3Jesus respondeu: Acaso não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os seus companheiros; 4como entrou na casa de Deus e tomou os pães da proposição e deles comeu e deu de comer aos seus companheiros, se bem que só aos sacerdotes era permitido comê-los? 5E ajuntou: O Filho do Homem é senhor também do sábado. - Palavra da salvação.


Comentário do Evangelho

A questão do sábado

Os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e demais líderes religiosos de Israel refletem o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa do judaísmo. A rigidez da observância do sábado se apoiava em um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2). É a expressão do sagrado considerado como acima e contra a vida. O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor e fortalece os laços de fraternidade e gera a paz. Os discípulos de Jesus eram censurados por estarem arrancando as espigas e debulhando-as em um dia de sábado, o que os fariseus consideravam como realização de um trabalho, o que era proibido neste dia. Jesus desconsidera esta proibição, alegando que o mais importante era a necessidade dos discípulos se alimentarem. E, autodenominando-se como o Filho do Homem, o Filho de Deus encarnado, afirma sua autoridade para suprimir as exigências legais opressoras.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.

O Evangelho do Dia ( Sabado )

Ano A - Dia: 03/09/2011


"O Filho do Homem é Senhor do sábado"


Lc 6,1-5

Num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos começaram a colher e a debulhar espigas, e a comer os grãos de trigo. Então alguns fariseus perguntaram:
- Por que é que vocês estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado?
Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães oferecidos a Deus, comeu e deu também aos seus companheiros. No entanto é contra a nossa Lei alguém comer desses pães; somente os sacerdotes têm o direito de fazer isso.
E Jesus terminou, dizendo:
- O Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado.

Leitura Orante

Saudação
- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles", ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet), para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente, n Bíblia, o texto: Lc 6,1-5, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Ao censurar os discípulos por colherem, debulharem os grãos de trigo, ou seja, por trabalharem em dia de sábado, os fariseus, na verdade, queriam questionar Jesus. E ele lhes responde, da mesma forma citando a Palavra. Lembra o que fizeram Davi e seus companheiros na "casa de Deus", quando estavam com fome e comeram dos pães de oferta. Lembra-lhes ainda que o Filho do Homem é Senhor do sábado. Não só a interpretação dos fariseus fica em segundo plano, mas a própria lei, pois Ele é o Senhor. O sábado, na Igreja, passa a ser o "dia do Senhor".

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Este texto me recorda ainda um outro em que Jesus diz: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou" (Jo 4,34). Poderia eu dizer a mesma coisa? Ou seja: Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Os bispos, em Aparecida, apresentaram Jesus Cristo como modelo e dizem, até, que temos que aprender dele: "Os cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da contemplação de quem nos revelou em seu mistério a plenitude do cumprimento da vocação humana e de seu sentido. Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprende d'Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar. Em Cristo Palavra, Sabedoria de Deus (cf. 1 Cor 1,30), a cultura pode voltar a encontrar seu centro e sua profundidade, a partir de onde é possível olhar a realidade no conjunto de todos seus fatores, discernindo-os à luz do Evangelho e dando a cada um seu lugar e sua dimensão adequada." (DAp 41).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai. Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade.

Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Liturgia da Palavra: Correção fraterna no Senhor

Por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração


SÃO PAULO, quinta-feira, 1° de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o comentário à Liturgia da Palavra do 23° domingo do Tempo Comum – Ez 33, 7-9; Rm 13, 8-10; Mt 18, 15-20 –, redigido por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo). Doutor em liturgia pelo Pontificio Ateneo Santo Anselmo (Roma), Dom Emanuele é monge beneditino camaldolense.
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23° DOMINGO DO TEMPO COMUM – A
Correção fraterna no Senhor
Leituras: Ez 33, 7-9; Rm 13, 8-10; Mt 18, 15-20
“Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se faz realidade nova. Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo por meio de Cristo” (2 Cor 5, 17).
Talvez poucas outras afirmações de Paulo nos apresentem, em síntese tão clara, a novidade radical operada por Deus na pessoa que encontrou Cristo pela fé e pelo batismo. No centro da “nova criação”, inaugurada em Cristo, está o “homem novo”, criado no Espírito para uma vida nova de justiça e santidade. Este dinamismo novo marca desde já suas relações com Deus, com os irmãos e até com a própria criação, com a qual ele partilha o mesmo anseio à plena liberdade dos filhos e filhas de Deus.
Com a páscoa de Jesus, teve início uma comunidade tão rica em humanidade que, pela novidade divina que a anima, pode-se chamar comunidade do Senhor. Ela recuperou o projeto original de Deus sobre a família humana, enquanto antecipa, como profecia, a plenitude do reino de Deus na regeneração escatológica
Por enquanto, porém, ela caminha na história segundo a dinâmica divina da pequena semente, guardando em si mesma a energia de uma vitalidade que não se pode conter, revestida de fragilidade e exposta a toda sorte de adversidade: como o Verbo de Deus que escolheu ficar entre nós na fragilidade da carne.
O Apóstolo, com a mesma clareza, acrescenta: “Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus... Eis agora o tempo favorável, por excelência. Eis agora o dia da salvação” (2 Cor 5, 20. 6,2). O dom de Deus se torna chamado a assumir uma colaboração responsável com a graça do Senhor, junto com a sua renovada oferta de perdão e reconciliação.
Fragilidade e graça, ofensa e reconciliação, pecado e perdão: ações humanas e dons recebidos de Deus, que partilhados entre irmãos e irmãs constituem a “veste cotidiana” do discípulo e da comunidade, enquanto eles se empenham em realizar a vocação de despojar-se do homem velho e revestir-se plenamente do homem novo em Cristo (cf Ef 4,24).
Como lidar com estas potencialidades de renovação pascal tão radical, e, por outro lado, com estas contradições, evidenciadas pela experiência cotidiana, além de toda tentativa de mascará-las? Mateus oferece à comunidade do seu tempo, assim como à nossa, um conjunto de exortações de Jesus sobre a vida da comunidade, que tem como ponto de referência os anúncios da sua paixão e ressurreição e o evento da sua transfiguração. Isso é, indica a própria pessoa de Jesus e seu mistério pascal. O batismo mergulhou o discípulo no dinamismo pascal de Jesus. Desta participação lhe derivam a energia e os critérios capazes de inspirar sua conduta.
Os critérios para uma correta relação com o Pai e com os irmãos, a construir cada dia em maneira sempre nova, são os do próprio Jesus: total dedicação ao Pai e aos irmãos no amor, e no perdão sem limite. Estes critérios, no evangelho de hoje assumem a forma da correção fraterna, atenta e generosa, e no trecho que será proclamado domingo próximo (Mt 20, 21-35), se exprimirão no perdão recebido por Deus e partilhado entre os irmãos.
A comunidade se torna o lugar onde se pode experimentar e testemunhar a energia criadora da páscoa, comunidade frágil, mas animada e partícipe da mesma santidade de Deus. Com humildade e renovada confiança, em cada eucaristia, celebração memorial da páscoa, a Igreja com verdade reza: “E a nós, que somos povo santo e pecador, dai força para construirmos juntos o vosso reino que também é nosso” (Oração Eucarística V).
A pedagogia sugerida por Jesus para os irmãos sustentarem-se uns aos outros e corrigirem-se entre si, quando um venha a falhar contra o outro, é a mesma que ele usa com os pequenos, os marginalizados, os pecadores. Jesus vai à procura deles. Como o bom pastor que deixa nos montes as noventa e nove ovelhas para procurar aquela desgarrada (Mt 18, 12-14): assim nos lembra a pequena parábola que precede imediatamente o texto do evangelho sobre a correção fraterna. Jesus não espera que sejam aqueles que se desviaram a fazer o primeiro passo, depois de terem-se “convertido”. Ao invés os atrai a si com sua iniciativa e os transforma.
No centro da pedagogia de Jesus não se encontra a legítima preocupação de restabelecer a justiça da lei violada, nem a necessária salvaguarda da mesma comunidade, que também merecem atenção (cf 1 Cor 5, 2-13; 2 Ts 3, 6). Quem escandaliza um dos pequeninos, amados pelo Pai, merece a mais dura condenação (cf Mt 18,6). Todavia no centro da atenção e da ação de Jesus está sempre a pessoa, o cuidado para ajudá-la a tomar consciência do seu desvio do caminho da vida, e a voltar para o caminho certo.
Os gestos a serem assumidos por parte da pessoa ofendida, ou pela própria comunidade no seu conjunto, são gestos despojados de toda aparência de poder e de vingança, cheios, pelo contrário, de ternura persistente e apaixonada pelo irmão que falha. Os passos indicados para a correção, feitos por graus, que vão desde o dialogo a sós com o irmão, ao encontro com ele estendido à participação de algumas testemunhas, e enfim à comunidade, não descrevem somente um correto procedimento jurídico.
Eles dizem respeito à progressiva aproximação a ser feita ao coração desnorteado do irmão, para carregar sobre si o peso dele, como o bom pastor põe sobre seus ombros a ovelha reencontrada e faz festa (cf Lc 15, 8-10), a fim de fazer perceber ao irmão o amor do Pai, que não desiste nem diante das resistências do filho perdido (cf Lc 15, 11-32). A correção fraterna, exercitada no estilo de Deus e de Jesus, é a maneira de atuar do próprio Deus na comunidade, e a maneira em que a comunidade vive e testemunha o reino de Deus entre os homens.
Por isso, quem, consciente dos próprios limites, pretende ajudar o irmão que está errando, deve procurar a ajuda da comunidade inteira. Diante da resistência a qualquer solicitação fraterna, a ele não resta que assumir a mesma atitude de Jesus, em relação aos pecadores: redobrar a dedicação e entregar o irmão ao amor de Deus, que só conhece os mistérios do coração do homem e pode renová-lo. É verdadeiramente extraordinária a perspectiva indicada por Jesus que coloca em oração a comunidade, como seu esforço extremo e mais eficaz para ajudar o irmão!
A estas condições, a sofrida tomada de distância do irmão (Mt 20, 17) assume seu verdadeiro caráter de último remédio. Assume a forma do gesto da mão estendida, que procura a solidariedade de todos os irmãos, enquanto o entregam ao Pai. A oração da comunidade se torna divinamente eficaz, enquanto nasce da caridade. O que exprime caridade realiza plenamente o projeto de Deus, em sintonia entre céu e terra (Mt 18, 18 -20). O estilo de Jesus é tremendamente desafiador!
Hoje em dia, diante das fraquezas cotidianas presentes nas comunidades cristãs, não falta quem faça apelo para uma mais rigorosa e estreita aplicação da disciplina canônica, como primeiro instrumento a ser usado para corrigir os que falham, dissuadir outras faltas, e como critério para marcar mais claramente quem pertence e que não pertence à Igreja. Razões para despertar, e até revoltar, a consciência comum e de cada um de nós diante dos enfraquecimentos da fé e da falta de coerência nos comportamentos com certeza não faltam. Seria suficiente pensar aos graves abusos contra as crianças, também por parte do clero, denunciados nos últimos anos.
O apelo, porém, à mais rígida aplicação da disciplina canônica para enfrentar os problemas existentes na comunidade cristã seria uma tentação e uma fuga da realidade, se a situação não nos interpelasse, antes de tudo, para uma renovada tomada de consciência da exigência de fundamentar melhor no evangelho e na experiência da iniciação cristã o caminho espiritual das pessoas e a praxe pastoral das comunidades.
A comunidade não é a soma de um certo número de habitantes da paróquia, a gerenciar como um todo, mas o conjunto de pessoas individuais, cada uma em busca do cuidado do Pai e da atenção à sua situação peculiar por parte dos pastores e de cada um de nós. O descuido recíproco entre as ovelhas é condenado pelo profeta com palavras fortes, assim como o descuido dos pastores em relação às ovelhas (Ez. 34, 17-22).
Para enxergar razoavelmente no olho do irmão o cisco, é preciso antes cuidar que não se encontre uma trave no próprio! (Mt 7,3-5).
O apóstolo destaca que os critérios apropriados para construir relações certas dentro da comunidade, assim como na sociedade civil, são os indicados por Jesus ao mestre da Lei (cf. Mt 22, 34-40). “Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a lei... Os mandamentos... se resumem neste: ‘Amarás ao teu próximo, como a ti mesmo’. Portanto, o amor é cumprimento perfeito da lei” (2ª leitura - Rm 13, 8. 10).
Os pastores receberam do Senhor a tarefa de vigiar em favor dos irmãos como sentinela, que vigia sobre a segurança da cidade e antecipa o alvorecer do novo dia, dando esperança aos que ficam sob o peso da noite. A missão do profeta, assim como de todos os chamados a colaborar com o Senhor, é antes de tudo ficar atentos à Palavra do próprio Senhor, para tornar-se seu fiel porta-voz “Logo que ouvires alguma palavra de minha boca, tu os deves advertir em meu nome” (Ez 33,7). A vida ou a morte do irmão podem depender da atenção ao Senhor e da coragem para transmitir sua palavra. Por isso a grave responsabilidade do profeta/pastor (1ª leitura - Ez 33, 8-9).
É preciso sublinhar que a missão do pastor não é simplesmente guardar a boa ordem na comunidade, mas servir à palavra do Senhor. Por isso é a ele que será chamado a responder antes de tudo. Na comunidade dos discípulos, a autoridade é sempre reconduzida à sua verdadeira origem e finalidade: servir ao Senhor e aos irmãos, para que estes possam realizar sua verdadeira relação com o Senhor, na obediência da fé e na liberdade do amor.
São Bento, na Regra para os monges, atribui muita relevância à autoridade do abade, guia e animador da comunidade, que ele convida a reconhecer em espírito de fé como aquele que no Mosteiro desempenha o papel de Cristo (Regra dos monges, indicada com a sigla RB,  c. 2, 1-2).  Ao longo da Regra, enquanto evidencia sua responsabilidade e autoridade, sublinha constantemente o fato que de toda sua decisão, o abade, assim como qualquer outro irmão em autoridade, há de dar conta a Deus. Pela correção dos irmãos que erram, São Bento prescreve (RB, c. 23-25) exatamente os passos de cuidado fraternal e paterno, indicados por Jesus no evangelho de hoje.
Encontramos também um último toque, que bem evidencia o caráter evangélico da comunidade monástica e da autoridade. Se, depois de ter exercitado com diligência e amor, as artes do sábio médico e os cuidados do bom pastor (RB c. 27), o abade não conseguir algum resultado, “e ver que nada obtém com sua indústria, aplique então o que é maior: a sua oração e a de todos os irmãos por ele, para que o Senhor, que tudo pode, opere a salvação do irmão enfermo” (RB c. 28, 5).
Quando a atenção ao irmão se faz plena, a correção cuidadosa se torna antecipação ao doar-se um ao outro a honra do amor fraternal, e a obediência recíproca que precede até os desejos (RB 73).
A comunidade cristã: é uma comunidade não de perfeitos, mas de irmãos e irmãs que se ajudam reciprocamente a seguir o Senhor, com o mesmo coração do Pai e o mesmo estilo solidário de Jesus.
Domingo próximo, iremos contemplar que esta comunidade não é somente o lugar onde a solidariedade se faz cuidado e correção fraterna, mas também lugar do perdão, recebido de Deus e generosamente partilhado uns com os outros.

Mensagens do dia ( Deus Trino, teu mar )


Vem, eu sou o teu mar!

O teu mar!
Todo teu!
Vem, eu sou o teu mar!
Nada peço, nada exijo, nada rejeito!
Eu sou o teu mar!
Podes nele navegar feliz e sobranceira,
entregar-te a mim, toda inteira
e sempre navegar!

Serei para ti a calmaria, a doçura, a bonança perene!
Em mim teu coração já não treme!
Nos braços de minhas ondas, de carinho por ti imenso, sentirás o quanto é intenso
o meu eterno amar!

Recebo-te na medida incomensurável
No mar do meu coração
Uno e Trino,
Refúgio estável,
Onde o Admirável
Encherá teu coração!
Vem, eu sou o teu mar!
Aberto e acolhedor, no momento bom
e no incerto, quando a dor
Encontra-se longe ou perto.
Em meu mar
Podes sempre navegar,
Esconder-te e admirar!

Vê!
Eu não me canso de te convidar,
para as redes e os remos deixar,
para outras pessoas pescar
e trazer par o meu mar!

Vem!
Outros portos conhecerás
E tuas pobres amarras deixará!

Vem!
Na angústia, na indecisão,
No medo, na rejeição,
No sucesso, na frustração, vem!

Vem!
Eu tenho um mundo de belezas e ternura, disponível a toda criatura
que dele quiser gozar!
Meu MAR maior te ofereço,
tuas fraquezas eu esqueço,
elas se perdem no meu amar!

Vem, para o meu MAR,
sem dimensão, sem limite, tridimensional, nele não há coração que não acredite e não aprenda a amar!

Gertrude Marques

Do livro: Diálogo com a Trindade - Paulinas

Muito marketing e catequese ... (3) - Pe Zezinho scj

 Pe Zezinho scj

Alguns grupos se afastaram da Igreja e se constituíram em nova igreja cristã com outro enfoque, por sentirem que haviam ido mais longe do que sua Igreja e sua hierarquia. Tinham dado um passo além. Não era mais possível ser católicos. Voltar atrás, não era possível. Remar seu bote de volta à barca de Pedro, nunca! A barca de Pedro é que tinha sido desviada pelos papas e por uma hierarquia infiel à Palavra de Deus. Que a barca desse meia volta e os seguisse, não eles! Deus falara com eles e lhes dissera que o caminho certo era o deles, não o da maioria. Afinal, estavam crescendo vertiginosamente e, um dia, eles seriam maioria! A Igreja continua e a maioria deles praticamente acabou.

Quem lê a Historia do Cristianismo, verá de tempos em tempos, movimentos semelhantes. Voltaram atrás, morreram ou tornaram-se igrejas dissidentes. Tudo por conta de uma catequese na qual os pregadores escolhiam cuidadosamente alguns temas essenciais para eles e não para toda a Igreja. Pregavam aqueles temas e não as outras doutrinas.

O leitor procure conhecer os donatistas, os montanistas, os eutiquianos, os arianos, o apolinarismo, os jansenistas,os nestorianos, os luteranos, os anglicanos. Não se julgue nem os católicos de hoje, nem os anglicanos nem os luteranos de agora. Muitos, pessoas sensatas e cristãos sinceros, discordam da maneiras como se conduziram aqueles embates, porque em muitos casos houve motivação política. Em outros houve convicção espiritual. Mas, em todos eles ficou difícil caminhar juntos, porque as ênfases não eram as mesmas.

Naqueles dias nem todos eram arroz de festa e nem todos o são hoje. Há gente sincera que busca mais profundidade espiritual. Mas muitos eram e são exatamente o que sugere o título deste tema: vítimas de marketing errado da fé, fiéis arroz de festa. Naquele tempo crer era uma festa só. O Reino de Deus finalmente havia chegado! Assim foi, até que doeu a encruzilhada, o questionamento dos irmãos, o impasse interno e externo, a necessidade de voltar atrás e retratar-se, ou prosseguir até as últimas conseqüências.

Já nos referimos a Jim Jones, que matou em nome da sua nova igreja. E ele não foi nem o único nem será, talvez, o último. Outros também usaram de violência em nome da pureza da sua fé. Um dia, os templos se esvaziam e os adeptos rareiam. Naquele dia se saberá se aquele irresistível auê foi obra de Deus ou de marketing bem feito! A resposta está com Jesus que disse aos que achavam ter achado a verdade mais pura e mais verdadeira:

Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade ( Mt 7,20-23)

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Referência: Coragem de sonhar

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

A graça de perseverar
 Pe. Zezinho, scj


Volúvel é o ser humano. Não se fixa em muitas coisas. Muitas vezes se fixa é no pecado, no qual não deveria perseverar enquanto abandona e trai a virtude, esta sim, motivo para perseverar. Não poucas vezes, o casal começa com juras de amor e de carinho eterno. Vem a dificuldade e um deles desiste. Pai ou mãe chora de emoção com o nascimento do filho no hospital. Vem a dificuldade e, ele ou ela, acaba fugindo de casa, sem o filho por quem chorou no dia do nascimento.

O religioso se compromete, faz os votos. Vem a dificuldade e ele opta por outro caminho. Não agüentava mais aquele sacrifício. Descobriu que não estava pronto para tamanho peso. Assim, os que trocam de empresa, de profissão, de amor, de família! Todos eles seguiram outro caminho, ou porque o achavam melhor ou porque o outro estava difícil demais.

Ninguém pode condenar alguém porque mudou. Sem conhecer todos os porquês, não há como emitir um julgamento. Na verdade, jamais conheceremos todos os porquês de uma pessoa.

Fato é fato. A nossa é uma sociedade em que pouco se favorece o dom da perseverança. Pelo contrário, muitíssimas mensagens sugerem que se busque o novo. Embutido na proposta, o conselho de que quando as coisas ficam difíceis não faz sentido continuar ... É graça que se deve pedir.
 

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SANTO DO DIA

02/09
Santa Dorotéia
Santa Dorotéia nasceu em Cesaréia da Capadócia. Seus pais foram martirizados. De educação esperada, aliava à riqueza invejáveis dotes e sumamente bela. A jovem vivia em jejum e oração.

O governador Fabrício havia recebido ordens do imperador para exterminar todos os cristãos religiosos. Denunciada ela foi uma das primeiras vítimas, apesar de não aparecer muito em público, era considerada uma verdadeira apóstola de Cristo, pelas atividades que desenvolvia junto aos cristãos. Foi intimada, perante o governador, a oferecer sacrifício aos deuses. Movida pela ousadia, ela confessou sua fé destemidamente. Fabrício irritado ordenou que fosse estendida no cavalete, esbofeteando-a. Vendo que ela continuava a manifestar a sua alegria, formulou a sentença: "Ordenamos que Dorotéia, jovem repleta de orgulho, que recusou sacrificar aos deuses imortais e conservar assim a sua vida, desejosa de morrer por um homem chamado Jesus Cristo, morra a espada."

Ao sair do pretório, um advogado, chamado Teófilo, à sua passagem lhe disse: "Dorotéia, esposa de Cristo, envia-me do jardim de teu Esposo frutos ou rosas." Ela respondeu: Crê de todo o coração no Deus por cujo nome sofro tudo isto, e te enviarei o que pedes." e chegando ao lugar do martírio, pediu ao carrasco instantes para rezar, e percebendo na multidão um menino, chamou-o e lhe entregou em suas mãos o lenço com que enxugava o rosto, dizendo: "Toma este lenço, e entrega-o ao Teófilo, o advogado, e lhe entrega da minha parte este lenço, dizendo: Dorotéia, a serva do Senhor, te envia frutos do jardim do Cristo, seu Esposo e Filho de Deus, conforme teu pedido." O menino entregou justo na hora em que Dorotéia foi decapitada, Teófilo, pegando entre as mãos o lenço, começou a dar graças a Deus. Tendo confessado Jesus Cristo, foi também condenado à decapitação, foi alegre para o suplício.

 
Santa Ingrid
Ingrid nasceu perto da metade do século XIII, na nobre família Elovsdotter, na Suécia. Cristãos fervorosos, os pais deram a ela e aos outros filhos, uma educação digna dos fidalgos e no rigoroso seguimento de Cristo. A menina desde os primeiros anos de vida se mostrou muito virtuosa, amável, caridosa e pia, surpreendendo a todos com seu cândido ideal religioso.

No início da adolescência, como era costume da época, teve de contrair um riquíssimo casamento. Mesmo contrariando sua vocação, ela aceitou tudo com humilde resignação, mas não deixou que o mundo de luxo, futilidades e poder contaminassem sua alma, apesar de ter de conviver nele. Continuou serenamente a cuidar das obras de caridade que fundara para os pobres e doentes abandonados, os quais atendia pessoalmente. Possuindo dons especiais de profecia e cura, gozava entre a população da fama de santidade.

Ingrid enviuvou pouco tempo depois. Assim, decidiu fazer uma longa peregrinação para a Terra Santa, acompanhada por sua irmã mais velha e algumas damas da corte. Ali seu amor ao Senhor Jesus aumentou ainda mais, alimentando o seu desejo de se consagrar à vida religiosa. Da Palestina viajou para Roma onde visitou os túmulos dos apóstolos e dos primeiros mártires e de lá foi para Santiago de Compostela, na Espanha, rezar junto às relíquias do apóstolo Tiago.

Só então Ingrid retornou para a Suécia. Logo depois, em 1281, seguindo seu confessor e orientador espiritual, padre dominicano Pedro de Dacia e com a autorização do Bispo e do rei, ela fez seus votos perpétuos e fundou um Mosteiro sob as regras de São Domingos, em Skanninge. Nele, junto com um grande número de jovens da corte, se dedicou totalmente às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 02/09/2011
Primeira Leitura: Colossenses 1, 15-20

XXII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses - 15Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação. 16Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele. 18Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas. 19Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude 20e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(99)

REFRÃO: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
1. Servi o Senhor com alegria. Vinde, entrai exultantes em sua presença. - R.
2. Sabei que o Senhor é Deus: ele nos fez, e a ele pertencemos. Somos o seu povo e as ovelhas de seu rebanho. - R.
3. Entrai cantando sob seus pórticos, vinde aos seus átrios com cânticos; glorificai-o e bendizei o seu nome, - R.
4. porque o Senhor é bom, sua misericórdia é eterna e sua fidelidade se estende de geração em geração. - R.



Evangelho: Lucas 5, 33-39


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 33Eles então lhe disseram: Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem longas orações, mas os teus comem e bebem... 34Jesus respondeu-lhes: Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? 35Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão. 36Propôs-lhes também esta comparação: Ninguém rasga um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha, porque assim estragaria uma roupa nova. Além disso, o remendo novo não assentaria bem na roupa velha. 37Também ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo arrebentará os odres e entornar-se-á, e perder-se-ão os odres; 38mas o vinho novo deve-se pôr em odres novos, e assim ambos se conservam. 39Demais, ninguém que bebeu do vinho velho quer já do novo, porque diz: O vinho velho é melhor. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

Não fragmentar a nova realidade

Os discípulos de João Batista originários do judaísmo retomaram as observâncias dos fariseus. Assim Jesus é questionado sobre a inobservância do jejum. Jesus afirma que sua presença, como que um noivo, significa um novo tempo, o tempo das bodas. É tempo de alegria, é a festa da vida que estava esmagada e sofrida e que é resgatada por Jesus. A parábolas que segue é bastante sugestiva: ninguém corta uma roupa nova para tirar um remendo para colocar em uma roupa velha! Perde-se a roupa nova e a velha fica desajustada. A parábola é bem clara. Não se deve fragmentar a nova realidade revelada por Jesus para adaptá-la às expectativas da velha tradição. Também, a velha tradição, desgastada e de uma cultura ultrapassada, não suporta a novidade de Jesus. Com sentido semelhante segue a parábola dos odres. A frase final é irônica: os fariseus apegados à letra do velho testamento rejeitam a novidade de Jesus.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.

O Evangelho do Dia ( Sexta-Feira )

Ano A - Dia: 02/09/2011


Vinho novo em odres novos
Leitura Orante

Lc 5,33-39

Algumas pessoas disseram a Jesus:
- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam.
Jesus respondeu:
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
Jesus fez também esta comparação:
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor."

Leitura Orante

Vinho novo deve ser posto em odres novos ?
Saudação ?
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 5,33-39, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Neste texto, a abordagem dos fariseus a Jesus é sobre a questão do jejum praticado por eles e pelos seguidores de João. Jesus responde com três imagens: a da festa de casamento, a do remendo e do vinho novo. Falando do noivo, ele se refere ao Messias. O casamento é tempo de festa, de alegria e amor partilhados. Não se jejua durante uma festa de casamento. A roupa e o vinho também se relacionam com a festa. E não combinam com jejum. O Messias não vem para pôr remendos em roupa velha, nem vinho novo em odres velhos. O jejum agradável a Deus é um coração novo. É o jejum de tudo que contra o amor: o ódio, a violência, o não perdão, o revide, a vingança, a prepotência e arrogância. O vinho novo alimenta uma vida nova de relacionamentos fraternos de justiça e de paz.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
O que o texto me diz no momento?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
Pratico o jejum da conversão, ou seja, tenho um coração novo?
A Conferência de Aparecida nos recorda: "No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação." (DAp 351).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou demonstrar pela vida que pratico o jejum recomendado por Jesus.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
************************************
Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade.
/
Deus abençoe esta sua "travessia" no mês da Bíblia.
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mensagens do dia ( O parto do universo)


No princípio,
o amor tomou conta do coração
e das entranhas da Mãe Divina.
Ela ficou grávida e foi gerando,
em seu seio, este universo.

Quando chegou a hora,
a Mãe Divina deu à luz o firmamento,
os astros e as estrelas, os planetas e os cometas.

Ao nascer a Terra, suas entranhas comoveram-se:"É muito bonita!"
disse ela.
E então chamou o Sol para iluminar e aquecer este planeta escolhido e amado.
Chamou a Lua e as estrelas para lhe dar mais vida e beleza.

A Mãe Divina gerou a água e tornou a Terra fecunda.
E foram nascendo plantas pequenas e grandes, com flores e frutos.
Surgiram peixes na água e pássaros no céu, animais de toda espécie nas planícies e montanhas, nos campos e florestas.

E a mãe Divina olhou para o fruto de suas entranhas e viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom!

E quis dar à Terra o maior de todos os presentes: a capacidade de amar.
Por isso, gerou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança.
Olhou para eles e disse: "Como se parecem comigo!
Crescem e cuidem da Terra, façam dela uma habitação agradável".

A Mãe Divina viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom!
E fez uma grande festa para celebrar o nascimento do mundo.


Delir Brunelli

Muito marketing e catequese pouca (2) - Muito marketing e catequese pouca (2)

 Pe. Zezinho scj

Os termos poderiam ser depreciativos não fossem expressões semelhantes encontradas em documentos da igreja. A catequese já foi chamada de catequese de badulaques, lentejoulas miçangas e paetês, catequese light, festiva, arroz de festa, individualista, personalista, seletiva, superficial, parcial, sem lastro, fora de foco. Nada disso, porém, tocou os que a praticam. Não acham que é com eles. Prosseguem impávidos na sua catequese poderosamente pessoal e sem abrangência, porque não acham que qualquer irmão na fé tenha o direito de lhes dizer a eles que não estão evangelizando corretamente nem dando aos seus ouvintes, telespectadores e leitores a doutrina abrangente da fé. Seu enfoque parcial e pessoal é de tal monta que falta sempre uma parte essencial da Bíblia, do catecismo e dos documentos oficiais da Igreja. Não a aceitam ou não sintonizam com ela, então omitem. A maioria gosta imenso de falar de si e de dar testemunho de própria conversão e do próprio encontro com Deus. Isso entre nós e entre todas as igrejas. Falam mais dos santos vivos do que dos santos já salvos e na glória. Desejam com isso mostrar que o céu já começou aqui, entre eles. Afunilam a doutrina dos salvos e dos santos, que sempre acaba apontando para o seu grupo o para a sua nova igreja. Exemplo disso são as preces por rádio e televisão de agora. O pregador sugere que os fiéis mandem pedidos de oração para a intercessão dos irmãos. Mas consciente ou inconscientemente diz o pregador " Eu vou orar por você". Não é mais a Igreja que intercede, é ele o mais novo intercessor e seu nome brilha nos céus da mais uma nova igreja. É maior o marketing da pessoa do pregador-intercessor do que da Igreja. Ele então distribui ou vende CDs, medalhas " comigo ninguém pode", ou "moedas consagradas", óleo de Jerusalém, vidros com água do Rio Jordão.

Dá-se o mesmo com os autores de textos ou canções. Não é incomum perceber que autores musiquem a parte de louvor de um salmo e omitam a parte sócio-política do mesmo. Um exemplo seria o salmo 35. Dos seus 28 versículos, selecionam os número 10 e o 28. Ignoram os outros 26 que não são de louvor e que clamam por justiça. Do salmo 31 que tem 25 versículos, escolhem do 1 ao 4 e do 20 ao 25, Os outros 16, por serem contundentes demais, são omitidos. Fazem o mesmo com as encíclicas, profecias e documentos da Igreja. Divulgam o que lhes agrada e omitem os textos de conotação que lhes desagrada. Se o papa quer falar do social e do político, na Solicitudo Rei Socialis, que fale. Eles não o divulgam. Mas, uma encíclica sobre a Eucaristia, sim, esta eles comentam!

Isso, do lado dos que não aceitam a pregação de justiça e direitos humanos como faziam os profetas. Preferem não entrar em controvérsias sociais ou políticas. A isso se chama de igreja light.

Mas há o lado pesado, revolucionário, transformador, heavy, provocador e nitidamente político, que prefere a denúncia política. Deste lado há os compositores ou pregadores que omitem o louvor e ficam com as passagens fortes de Isaias, Amós, Oseias, Jeremias e dos evangelhos. Também são parciais e também omitem a abrangência. Focalizam no político. Parecem profundos, mas por omitir a oração pessoal e o diálogo com Deus, também são de superfície. Flutuam na política partidária que não escondem de ninguém.
E há os que passeiam na poesia, no suave, no jogo bonito de palavras encantadoras, próprias de livros de auto-ajuda, hoje tão comuns nas estantes de aeroporto e rodoviárias, com super-valorização do indivíduo e mil conselhos de que não se deixem cercear por nada, nem ninguém. Deus os criou livres de cadeias, amarras ou barreiras. Busquem sua felicidade pessoal e personalista custe o que custar. Vale o "eu" da pessoa e, se ela quiser vai cooperar, mas primeiro vem ela e sua realização pessoal. Oferecem a chave do sucesso pessoal. A proposta de salvar individualidade esmagada por um mundo massificador naufraga num crasso individualismo narcisista de quem se ama acima de tudo e de todos.

Tudo isso é catequese festiva e arroz de festa. Joga-se flores, arroz, confetes na pessoa e não se exige dela nenhuma renúncia em favor do seu povo ou da sua igreja. Se algo a incomodar ela deve buscar outro grupo, outro movimento outro espaço. Negam-se a pregar a abrangência. Fixam-se no que lhes agrada. Renunciar a riquezas sucesso e dinheiro, para quê? Deus nos quer felizes, com sucesso e se possível com conforto e dinheiro! É o que ensinam. O número de seguidores deles aumenta de maneira impressionante. Também nos tempos de sucesso do nazismo e do comunismo as adesões às idéias de vitória do coletivo eram esmagadoras. Depois que o coletivismo começou a esmagar indivíduos e liberdades a reação veio lenta, mas veio. Os pregadores da felicidade coletiva perderam o discurso e o poder.
(Continua).

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Mensagens do dia, com Pe. Zezinho

A era do santo famoso
 Pe. Zezinho, scj


O mundo sempre buscou o sucesso. Notáveis e notórios sempre os houve, Famosos também. Mas há os que aconteceram, sem querer acontecer. E há os que fizeram de tudo para acontecer e ser chamados de nobres ou santos. Traçaram cuidadosamente sua trajetória. Seriam notados pelo mundo! Há os que a fama adota e há os que a perseguem, até que ela se renda a eles. É que fama e notoriedade podem trazer riqueza, aplausos ou reconhecimento! Há um tipo de crente que quer ser santo para ter imagens nos templos e peregrinos no seu túmulo. De santos têm muito pouco!

Noto que, na era fortemente voltada para o sucesso pessoal há igrejas construindo teologias em cima disso. O testemunho de vitória pessoal tornou-se uma assinatura de santidade. "Deus me deu sucesso pessoal porque eu me converti" Há muito "eu" nos depoimentos e testemunhos desses crentes e muito pouco nós, eles, os outros santos, aqueles a quem Deus favoreceu antes de nós.

É por essa razão que questiono a catequese do testemunho, da forma como tem sido vivida na mídia. A meu ver, é exagerada. Gostaria de ver esses piedosos cristãos falando mais da vida dos verdadeiros santos, provados por anos e anos de virtude. Não me impressiono com o testemunho de vida de quem se converteu há seis meses. É pouco tempo demais para se colocar uma vida na vitrine!

Andam esquecidas as histórias de Francisco de Assis, Vicente de Paula, Tereza de Ávila, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Dom Elder, Irmã Doroti. Os novos arautos de Cristo falam muito mais do que Deus fez por eles mesmos. Não são testemunhas dos outros, são testemunhas de si mesmos. "Eu era assim e agora sou assado!" A meu ver é uma perigosa mesmice, e, se existisse o termo, eu diria "euísse", egocentrismo demais disfarçado de testemunho.

Torno a dizer que não sou contra o testemunho pessoal. Sou contra o exagero dos testemunhos de vida na mídia atual. O mundo, a fé, o cristianismo não começaram com esses indivíduos. Deus fez muitos santos antes deles e fará muitos depois. Que os novos santos redimensionem os seus chamados e suas santidades. Não são assim tão importantes quanto pensam ser! Diminuam-se, e é possível que, então, o Cristo cresça através do seu humilde testemunho. Falem menos de si mesmos e, quem sabe, um dia o mundo falará mais deles, exatamente porque falaram pouco de si.

O modelo é a mãe do Cristo, a primeira cristã. E alguém podia apontar para si mesma e contar episódios da sua vida era ela. Não o fez. Há evangelhos apócrifos que pretendem resgatar seu testemunho, mas pecam pela vaidade. Não podem ter sido palavras dela. Maria viu muito, viveu muito e falou pouco de si mesma! E quando falou, deixou claro que seria elogiada por causa do Filho que teria. Alteridade! Disso, Maria entendeu!
 

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SANTO DO DIA

01/09
Santa Beatriz da Silva Menezes
Beatriz nasceu em 1424 em Ceuta, uma cidade que pertencia ao reino de Portugal, situada no norte da África, Marrocos. Sua família era da nobreza portuguesa, seu pai Rui Gomes da Silva era um ilustre comandante do exercito, sua mãe chamava-se Isabel de Menezes e freqüentava várias cortes. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, Infanta de Portugal, que se casara com o rei de Castela, convidou a sobrinha para ser sua primeira dama de honra. Muito virtuosa e piedosa, achava que a vida do palácio não era muito compatível com seu jeito de ser e pensar, mas aceitou a nova função. E foi aí que sua provação iniciou.

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha sua tia, que passou a maltrata-la e, até castiga-la sem razão alguma. Beatriz a tudo suportou sem falar nada para ninguém. Certa ocasião, a soberana tentou asfixia-la, mantendo-a presa durante três dias numa arca sem ventilação, água e comida. Mas obrigada pelas circunstâncias, teve que soltar a sobrinha. Naquele período Beatriz recebeu a graça de uma aparição de Nossa Senhora e a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro de São Domingos, em Toledo, onde as religiosas viviam sob a Regra cisterciense. Uma vez aceita, cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Acalentou durante muito tempo o anseio para fundar a nova ordem religiosa. Depois de trinta anos conseguiu realizar a missão que a Virgem Maria lhe confiara, com a ajuda da nova rainha da Espanha.

Em 1479, com a união dos reinos de Aragão e Castela, rainha Isabel, "a católica", filha da soberana que atentara contra sua vida, portanto prima de Beatriz, foi visitá-la. Ao saber dos seus planos de uma nova congregação, doou à ela o palácio de Galiana em Toledo e a anexa igreja de Santa Fé. Beatriz se transferiu para a nova residência em 1484, junto com doze companheiras, dando início ao primeiro mosteiro da Ordem das clarissas da Imaculada Conceição, conhecidas como as monjas concepcionistas. Em seguida enviou o regulamento que escrevera fundamentado sob as regras das clarissas, para ser aprovado pelo Papa Inocêncio VIII, que o confirmou em 1489.

Porém, dez dias antes da cerimônia em que todas professariam a nova Ordem, Beatriz teve uma nova aparição da Virgem Maria, que lhe comunicou que ela morreria na data da festa. Por isto, professou os votos na véspera deste primeiro grupo e morreu feliz, no dia 01 de setembro de 1490. A fundadora sabia que tinha deixado na terra uma semente, recebida das mãos da Virgem Maria e que germinaria pelos séculos afora, no mundo todo.
Santo Egídio
O nosso Santo de hoje, é muito popular na França. A época em que viveu o abade Egídio não sabemos com certeza, mas alguns historiadores acham que ele viveu no século VI, outros porém situam-no no século VIII. Alguns datam sua morte entre 620 e 740. Entre os vários episódios da vida deste Santo, encontramos também o que é ilustrado por dois vitrais e por uma escultura no portal da Catedral de Chartres, na qual aparece Santo Egídio enquanto celebrava a missa e obtém o perdão de um pecado que o imperador Carlos Magno não tinha ousado confessar a nenhum sacerdote.
O Santo vivia num bosque longe de toda convivência humana e o que mais contribuiu para a sua popularidade foi o fato de que era alimentado por uma corça, que Deus lhe enviara para levar leite ao piedoso eremita diariamente. Um dia a benéfica corça foi perseguida pelo rei que caçava na região, perseguindo-a, mas no instante de atirar a flecha não percebeu que o sinal amedrontado estava já aos pés do eremita, assim a flechada acabou ferindo o Santo no lugar do pobre animal perseguido.

Depois do acidente, o rei tornou-se amigo de Egídio, obteve o perdão e deu-lhe de presente aquele terreno, no qual mais tarde surgiu uma grande abadia que prosperou uma ativa comunidade de monges, dos quais Santo Egídio tornou-se abade. Numerosos são os testemunhos do seu culto na França, Bélgica e Holanda, onde é invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.

Oremos: Pai, Deus nosso Pai, Jesus, vosso Filho, é o Caminho, a Verdade e a Vida. Mostrai-nos a vossa face amiga, tornai-nos verdadeiros e abri os nossos corações à vossa mensagem, Ó Deus de ternura e de bondade protegei-nos. Amém.

LITURGIA DIÁRIA

Dia: 01/09/2011
Primeira Leitura: Colossenses 1, 9-14

XXII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia da II semana)

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses - Irmãos, 9Por isso, também nós, desde o dia em que o soubemos, não cessamos de orar por vós e pedir a Deus para que vos conceda pleno conhecimento da sua vontade, perfeita sabedoria e penetração espiritual, 10para que vos comporteis de maneira digna do Senhor, procurando agradar-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus. 11Para que, confortados em tudo pelo seu glorioso poder, tenhais a paciência de tudo suportar com longanimidade. 12Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. 13Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado, 14no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(97)

REFRÃO: O Senhor fez conhecer seu poder salvador / perante as nações.
1. O Senhor fez conhecer a sua salvação. Manifestou sua justiça à face dos povos. Lembrou-se de sua bondade e de sua fidelidade em favor da casa de Israel. Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus. - R.
2. Lembrou-se de sua bondade e de sua fidelidade em favor da casa de Israel. Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus. Aclamai o Senhor, povos todos da terra; regozijai-vos, alegrai-vos e cantai. - R.
3. Salmodiai ao Senhor com a cítara, ao som do saltério e com a lira. Com a tuba e a trombeta elevai aclamações na presença do Senhor rei. - R.



Evangelho: Lucas 5, 1-11


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - 1Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus. 2Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago, - pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes -, 3subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo. 4Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. 5Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede. 6Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia. 7Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo. 8Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. 9É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito. 10O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então Jesus disse a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. 11E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram. - Palavra da salvação.

Comentário do Evangelho

O sucesso da missão implica em docilidade à Palavra

O chamado de Jesus a seus primeiros discípulos é descrito de maneira diversa por cada evangelista. Em Marcos e Mateus, o chamado se dá quando Jesus caminhava à beira-mar e vê dois irmãos, Simão e André, que do barco lançavam a rede ao mar, e em seguida Tiago e João que consertavam as redes em seu barco. No evangelho de João, Jesus chama os seus discípulos dentre os discípulos de João Batista, na ocasião de seu batizado. Em Lucas o chamado acontece após uma prédica de Jesus às multidões, a beira mar, e uma pesca milagrosa. Esta pesca milagrosa se assemelha à pesca milagrosa com Jesus ressuscitado, no fim do evangelho de João (cf. 29 abr.).
Jesus chama os discípulos como cooperadores na sua missão, os quais, com desprendimento, põem-se a seguir Jesus. O sucesso da missão implica no abandono e na docilidade à palavra de Jesus.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, confirma minha vocação de pescador de pessoas humanas, e conduze-me para águas mais profundas onde se encontram os que mais carecem de meu amor.

O Evangelho do Dia ( Quinta-Feira )

Ano A - Dia: 01/09/2011


"Pela tua Palavra, Senhor, lançarei as redes!"
Leitura Orante

Lc 5,1-11

Certo dia Jesus estava na praia do lago da Galiléia, e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus. Ele viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, o de Simão, e pediu que ele o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e começou a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão:
- Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar.
Simão respondeu:
- Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer.
Quando eles jogaram as redes na água, pescaram tanto peixe, que as redes estavam se rebentando. Então fizeram um sinal para os companheiros que estavam no outro barco a fim de que viessem ajudá-los. Eles foram e encheram os dois barcos com tanto peixe, que os barcos quase afundaram. Quando Simão Pedro viu o que havia acontecido, ajoelhou-se diante de Jesus e disse:
- Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!
Simão e os outros que estavam com ele ficaram admirados com a quantidade de peixes que haviam apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, também ficaram muito admirados. Então Jesus disse a Simão:
- Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente.
Eles arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus.

Leitura Orante

Saudação
- A nós todos que nos encontramos na web, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de mim,
para indicar-me o caminho que leva ao Pai.
Iluminai minha mente, movei meu coração,
para que esta Leitura Orante produza em mim frutos de vida.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 5,1-11, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. A partir de Lucas 5, o Mestre alarga seu campo de ação e para isto forma um grupo de colaboradores. Neste texto de hoje, temos a narração do primeiro chamado, diante da multidão que "se apertava em volta dele" para ouvir a Palavra de Deus. Jesus subiu no barco de Simão e dali, sentado, ensinava à multidão. No final, manda que Simão leve o barco para águas mais profundas e lá, ele e os companheiros joguem as redes. Simão explica que eles trabalharam a noite toda e nada pescaram. Mas, farão isto porque Jesus lhes pede. E assim fizeram. Como resultado, encheram dois barcos com tanto peixe que quase afundaram. A abundância da pesca pode simbolizar a expansão da Igreja. Simão Pedro experimenta, de um lado, seu fracasso, e de outro, o grande êxito por acreditar na Palavra de Jesus. Pescar é símbolo da missão. A presença e atuação de Jesus despertou em Simão o sentimento de pecador. Caiu aos pés dele e disse: "Sou um homem pecador!" Por isso, sente que Jesus, o Santo, deve se afastar dele. O Mestre faz-lhe, então, o chamado para ser "pescador de gente". O Evangelho termina com os apóstolos deixando tudo e seguindo Jesus.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Quais outros textos este me recorda? Qual palavra mais me toca o coração? Jesus entra na barca de Pedro. Entra também na minha "barca". Qual é ela?
O Mestre vai ampliando o seu círculo de colaboradores. Em Lc 6,12-16, lemos a convocação dos doze apóstolos. No capítulo 10, escolhe 72 discípulos para, de cidade em cidade, anunciarem o Reino de Deus. A Igreja continua convidando, convocando, enviando discípulos e missionários, "lançando as redes em águas mais profundas". Disseram os bispos, em Aparecida:
"Nestes últimos tempos, Ele nos tem falado por meio de Jesus seu Filho (Hb 1,1ss), com quem chega a plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4). Deus, que é Santo e nos ama, nos chama por meio de Jesus a ser santos (cf. Ef 1,4-5)." (DAp 130).
Como me encontro nesta missão? Tenho a missão de ser santo ou santa, qualquer que seja minha vocação: leiga, religiosa ou para o ministério sacerdotal. Como vivo este chamado?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre,
agradeço-vos pelas luzes que me destes nesta Leitura Orante.
Perdoai-me, pelos limites
que me impediram de fazê-la melhor.
Ofereço-vos a resolução que tomei
e que espero viver, com a vossa graça. Amém

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus, sentindo a presença de Deus na minha "barca".
Vou demonstrar pela vida que estou buscando o caminho da santidade.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
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Mês da Bíblia - setembro 2011.
Inspirado no livro do Êxodo.
Tema: "Travessia: passo a passo, o caminho se faz".
Lema: "Aproximai-vos do Senhor" (Ex 16,9).
Divulgue na sua comunidade.


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