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sexta-feira, 20 de março de 2015

A Santa Missa

Ritos Iniciais

Os Ritos Iniciais tem a finalidade de preparar a Assembleia Cristã a uma comunhão para ouvir e meditar a Palavra de Deus e celebrar e louvar o Memorial da nossa Salvação. Divide-se em:

1. Monição

2. Procissão e Canto de Entrada

3. Saudação e Acolhida

4. Ato Penitencial

5. Senhor tende piedade (Kyrie Eleison)

6. Hino de Louvor (somente aos domingos, festas e solenidades, exceto na Quaresma e no Advento)

7. Oração do dia (oração coleta)

Monição de Abertura

É o comentário inicial. Tem o caráter de motivar a assembleia a celebrar os mistérios de Cristo inserindo no tempo litúrgico ou festa a ser celebrado. É o momento de acolher a comunidade, de situar a celebração, de colocar as intenções. Não se deve dizer que vamos acolher o celebrante fulano e nem que vamos acolher a procissão de entrada.

Em primeiro lugar, não acolhemos o padre, pois é ele que nos acolhe na celebração em nome de Cristo, por outro lado somos todos celebrantes, a Igreja celebra a Missa. A procissão de entrada não tem o sentido de acolhimento. No final da monição deve-se convidar a comunidade ficar de pé para o canto de entrada ou para iniciarmos a celebração. Quando for radiada, podemos dizer que a Missa será presidida pelo padre fulano, apenas no sentido de orientar os ouvintes.

Procissão e Canto de Abertura

A procissão de entrada não tem caráter de receber o presidente da celebração, como dissemos, mas é sinal da Assembléia Cristã, da Igreja Peregrina, que se dirige ao altar do Senhor para louvá-lo e suplicá-lo. O Canto de Entrada deve promover a união da assembleia e inseri-la no mistério litúrgico a ser celebrado. Não se escolhe qualquer canto, devem-se respeitar os cantos do Hinário Litúrgico da CNBB ou cantos devidamente selecionados que refletem a ação litúrgica do dia

Saudação e Acolhida

O padre e os ministros ao chegar ao altar o saúdam em sinal de reverência a Deus que se encontra nesse lugar sagrado. O padre beija o altar no mesmo sentido. O altar é sinal do túmulo de Cristo, no qual Jesus é oferecido para a expiação dos nossos pecados, por isso o crucifixo o acompanha. Logo após, é motivado o Sinal-da-cruz, sinal de nossa fé, por esse sinal fomos batizados e nos colocamos a serviço de Deus e dos irmãos. Pela Saudação o sacerdote acolhe os fiéis com as palavras dos apóstolos, que estão no Novo Testamento, isso congrega a Cristo desejando-os a paz

Ato Penitencial

Não tem caráter de sacramento de penitência e reconciliação, ou seja, não absolve os pecados. É um convite diante da misericórdia de Deus ao arrependimento, que perdoa pecados de caráter venial. Pecado é toda ofensa a Deus, uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência, uma falta ao amor verdadeiro para com Deus, a si e ao próximo, são desejos contrários a leis eternas. Fere a natureza humana e ofende a solidariedade.

Distinguimos dois graus de pecado: venial e mortal. Pecado mortal é todo pecado que destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da Lei de Deus, desviando o homem de Deus ao preferir um bem inferior. Pecado venial é todo pecado que deixa subsistir (perdurar) a caridade, embora a ofenda ou fira, quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou quando se desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou consentimento desses.

O pecado venial acarreta em vícios e possa se transformar em pecados mortais, por isso a importância do Sacramento da Confissão. O Ato penitencial pode ser substituído nos domingos e festas pelo rito de Aspersão, de preferência no tempo quaresmal e pascal para recordação do Batismo, ou em festas do padroeiro e domingos de ramos por uma procissão.

Hino de Louvor (Glória)

Não é um hino trinitário, é cristológico e muito menos se refere ao ato penitencial. É um louvor antiquíssimo da Igreja, que tem origem na Igreja do Oriente, cantado ou rezado nas solenidades, festas e domingos. No começo era reservado ao bispo, depois como um hino de Natal por causa de suas primeiras palavras. Aos poucos se inseriu na festa da páscoa.

Hoje é cantado em todos os domingos, com exceção no tempo da Quaresma e no Advento. Devem-se evitar glórias abreviados, seguindo o texto integral. “O texto (deste) hino não pode ser substituído por outro” (IGMR, n. 53).

Oração do dia

Reúne numa só oração todas as orações e intenções dos fiéis e insere no mistério da celebração do dia. A pausa colocada depois que o sacerdote diz ‘oremos’ convida a assembleia a colocar suas orações: louvores e súplicas. Em seguida, de braços erguidos, o sacerdote eleva a Deus as nossas orações. O ‘Amém’ é nosso sim, assim seja feito.


Liturgia da Palavra

A liturgia da palavra divide-se em:
1. Entronização da Bíblia (facultativa)
2. Primeira Leitura (Na vigília pascal são sete e na vigília de pentecostes são até quatro com seus respectivos salmos)
3. Salmo responsorial.
4. Segunda Leitura
5. Sequência (facultativa no decorrer do ano, exceto Páscoa, Pentecostes e Corpus Christi)
6. Aclamação do Evangelho
7. Evangelho
8. Homilia
9. Profissão da fé (Símbolo – somente aos domingos, festas e solenidades)
10. Oração dos fiéis (ou da comunidade ou universal)

Primeira Leitura

Deve ser proclamada do ambão, a mesa da palavra, no Lecionário, livro próprio da missa. É geralmente uma leitura do Antigo Testamento ou dos Atos dos Apóstolos, no tempo pascal.

Salmo Responsorial

É uma resposta de louvor a primeira leitura, como o nome sugere. Não é preenchimento de espaço, nem lhe é permitido substituí-lo por canto de meditação ou outro canto compatível. O salmo responsorial é aquele do dia que está no Lecionário. De preferência seja cantado em domingos, festas e solenidades.
De preferência, cantar o refrão ou repetir se for rezado, junto com o salmista.

Segunda Leitura

Geralmente são cartas de são Paulo, cartas apostólicas ou o livro do Apocalipse, no tempo pascal. Durante a semana é omitida. A Segunda Leitura nos domingos e solenidades mostra a experiência da Igreja Primitiva, a doutrina cristã e orientações práticas da vida de comunidade, favorecendo a viver na fé.

Sequência

Facultativa na maior parte do ano litúrgico, é um hino cristão cantado antes da Aleluia. Os mais conhecidos e próprios são a Sequência Pascal, a Sequencia de Pentecostes, a Sequência de Corpus Christi e a Sequência de Nossa Senhora das dores.

Aclamação ao Evangelho

É um momento de louvor a Jesus que vai falar. Tal aclamação constitui um rito próprio, geralmente com estrofes da Palavra de Deus encontrados no próprio Lecionário com o refrão de aleluias, exceto na Quaresma. No Advento se canta aleluia. No tempo quaresmal ao invés de cantar aleluia é proposto um versículo no Lecionário com um refrão de louvor a Jesus.

Proclamação do Evangelho

É o momento de ouvirmos o próprio Cristo falar. Em sinal de acolhida fazemos três sinais da cruz: uma na fronte, pois ouviremos a Palavra e guardaremos na mente; outra na boca, para proclamar a mensagem ouvida; e outra no coração, sinal de amor a Palavra que vamos vivê-la. Não se faz o sinal-da-cruz depois disso. Na Missa, ele é proclamado primeiramente pelo diácono e na falta deste o sacerdote. A mensagem de Jesus Salvador é uma só, porém foi escrita por quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Homilia

É um momento de reflexão, interpretação e atualização da Palavra de Deus. Quem o faz é o sacerdote. É a ocasião de meditarmos e refletirmos a Palavra hoje e ver na pessoa do sacerdote o próprio Cristo que nos ensina. Os leigos e leigas também podem fazer pregação fora da Missa, desde que sejam capacitadas em estudos bíblicos e teológicos, o que é recomendado para os que presidem a Celebração da Palavra. Logo após a homilia é recomendado um momento de silêncio.

Profissão de Fé

Também chamado de Símbolo Apostólico, pois o recebemos dos Apóstolos, é a ocasião mais bela da Liturgia da Palavra. É quando a assembleia cristã levanta e reza ou canta a sua fé. Essa atitude quer expressar a fé na Palavra proclamada e meditada, estando prontificados a pô-la em prática. Existem duas fórmulas: o Símbolo Apostólico, no qual mais usamos e é resumido, e o Niceno-constantinopolitano, mais bem elaborado. O Símbolo é rezado somente em domingos, festas e solenidades, podendo ser cantado ou rezado em dois coros alternando entre um refrão e outro.

Oração da Comunidade

Encerra a Liturgia da Palavra, sendo um momento em que a Assembléia Cristã suplica a Deus pelas suas necessidades de maneira universal.

Geralmente as intenções seguem essa ordem:

a. Pelas necessidades da Igreja Universal;

b. Pelos poderes públicos da nação e pela salvação de todo o mundo;

c. Pelos que sofrem quaisquer dificuldades;

d. Pela comunidade local;

e. Em celebrações rituais tais como: matrimônio, confirmação (crisma), exéquias, as intenções podem referir-se a essas circunstâncias.

Observação: As orações devem estar em sintonia com a liturgia celebrada e com a vida da comunidade.


Liturgia Eucarística

A oração da eucarística ou anáfora é uma oração rezada apenas pelo sacerdote, com três aclamações que são rezadas conjuntamente com a assembleia: o santo, a anamnese ou memorial e o amém. As outras aclamações eucarísticas são próprias do Brasil. Atualmente existem 13 anáforas no rito latino, numeradas em algarismo romano da seguinte forma: I ou cânon romano, II, III, IV, V, VI-A, VI-B, VI-C, VI-D, VII, VIII, IX, X, XI.

A oração eucarística mais antiga é a II da Tradição de São Hipólito (séc. III), restaurada e adaptada pelo Concílio Vaticano II por Paulo VI, fora essa o cânon romano (I) data do século IX.

A Liturgia Eucarística se divide em:

1. Preparação das Oferendas;

2. Oração Eucarística;

3. Rito da Comunhão.

Preparação das Oferendas

a. Procissão dos dons ou oferendas; (pão, vinho, água, símbolos, etc.)

b. Apresentação das oferendas; (quando o padre oferta o pão e o vinho)

c. Purificação; (lava as mãos)

d. Convite a oração; (orai irmãos e irmãs…) o povo aclama: Receba (o) Senhor por tuas mãos…

e. Oração sobre as oferendas; (segunda)

Oração Eucarística

a. Prefácio (geralmente está ligado com a festa que está sendo celebrada)

b. Santo, rezado ou cantado;

c. Epíclese (Invocação do Espírito Santo);

d. Consagração – Narrativa do memorial; sentado, ajoelhado ou em pé, olhando pro mistério), não é momento de dispersão.

e. Anamnese – memorial; (ainda parte da consagração)

f. Oblação; (agradecimentos)

g. Intercessões; (pedidos pela igreja, celebrantes, falecidos, sociedade)

h. Doxologia; ( por Cristo… Só o padre) sem estender as mãos.

Rito da Comunhão

a. Oração do Senhor; ( Pai nosso que estais nos céus; perdoai-nos; sem o amém)

b. Embolismo; (continuação do pai nosso)

c. Doxologia; (conclusão do embolismo)

d. Rito da Paz; (cantado ou não) pode ser omitido também;

e. Fração do Pão; (quando o padre faz a fração)

f. Cordeiro de Deus; (cantado ou rezado) não precisa estender as mãos)

g. Convite ao Banquete; (felizes os convidados…)

h. Comunhão e canto; (interiorização, oração) sentado ou ajoelhado

i. Silêncio; (pós comunhão)

j. Oração pós comunhão; (terceiro oremos)


Ritos Finais

Avisos: são recados paroquiais e da comunidade de forma breve e de importância geral. Pode ser lida nesse momento uma reflexão de maneira geral.

Bênção final: a fórmula dessa bênção pode ser simples ou solene de acordo com a festa celebrada. Ressalta a bênção de Deus pela ação celebrada, que por si só é uma bênção a celebração.

Envio ou despedida: “ITE MISSA EST” (vós estais dispensados) , antiga despedida na missa em latim, que significa “Vos sois enviados” ou “É o envio”. O “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe” remete o envio a missão, porque tudo aquilo que ouvimos, meditamos e celebramos devem ser agora vividos. A Missa termina e começa a Missão. Relembramos que desse modo não podemos sair da Igreja antes de sermos enviados.

Dispersão com o canto, sair da igreja depois que a equipe celebrativa se retirou do presbitério.

domingo, 4 de agosto de 2013

Santa Missa - Passo-Passo


A Estrutura da Liturgia Eucarística
A estrutura fundamental que se conservou ao longo dos séculos até aos nossos dias, desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade básica:

1.       A Liturgia da Palavra

2.       A Liturgia Eucarística

     Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas “um só e mesmo ato de culto”, com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor. (CIC 1347)
Estrutura da Liturgia Eucarística - Completa
Ritos Iniciais
Canto de Entrada
Saudação
Ato Penitencial
(Kyrie, eleison - Senhor Tende piedade)
Glória
Oração (Coleta)

Liturgia da Palavra
1ª Leitura
Salmo
2ª Leitura
Evangelho
Homilia
Oração Universal (Profissão de Fé)

Liturgia Eucarística
Preparação das Oferendas
Lavabo
Oração sobre as Oferendas
Oração Eucarística
Prefácio
Epiclese
Narrativa da Ceia
Anamnese
Oblação
Intercessões
Doxologia Final
Comunhão
Pai Nosso
Rito da Paz
Fração do Pão
Procissão para a Comunhão
Oração depois da Comunhão

 Ritos Finais
Avisos
Benção
Despedida
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Participando da Missa Passo a Passo

Participando da Missa (Passo a Passo)
     A Missa é simultaneamente sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação. Nela se encontra tanto o ápice da ação pela qual Deus santificou o mundo em Cristo, como o do culto que os homens oferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus.
A celebração da Eucaristia é uma ação de toda a Igreja, onde cada um deve fazer tudo e só aquilo o que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povo de Deus.
Comentário Introdutório: É feito pelo comentarista da celebração e marca de certa maneira, o inicio da Santa Missa (A celebração, de fato, só tem inicio com o Sinal da Cruz, logo após a procissão e o beijo no Altar). Em algumas comunidades é precedido pelo som do sininho, que indica aos fieis presentes para que interrompam suas orações particulares e se unam na Oração Oficial e Comum da Igreja.
O comentário inicial convida a participação coletiva dos fieis e visa criar um ambiente propício para oração e a fé. Em geral, o comentário situa os presentes num determinado “tema” que será abordado mais profundamente nas leituras da Bíblia, durante o Rito da Palavra.
A assembléia pode ouvir o comentário sentada,
Canto de Entrada: Toda assembleia de pé. Tem a função de abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir os fieis no Mistério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão do Bispo, do(s)sacerdote(s), do(s) diácono(s) e dos ministros.
Se houver uso de incenso, prossegue até que o altar seja incensado.O Canto de Entrada deve ser um canto que trate do mesmo assunto e motivo da celebração. Os instrumentos musicais terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto não devendo cobrir as vozes. Todo este canto como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar.
O ideal é que não falte, porém não havendo canto de entrada, a antífona proposta pelo Missal é recitada pelos fieis, leitor ou pelo Sacerdote.
Antífona de Entrada: São breves palavras que o sacerdote ou diácono fazem para introduzir os fieis na Missa do dia. Em regra, costuma a ser um versículo bíblico que tenha total ligação com o “tema” da missa, com as leituras que serão feitas durante o Rito da Palavra.
Saudação: Toda a assembléia de pé. É um gesto de boas vindas feito pelo presidente da celebração recebendo a todos com alegria. Após a saudação a assembléia responde: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”.
Ato Penitencial: Toda a assembléia de pé. Todos são convidados pelo sacerdote a reverem suas faltas, permanecendo-se em silêncio por um tempo. Neste Ato Penitencial, os pecados Veniais (leves) são perdoados de acordo com a vontade. Pode ser recitado ou cantado, conforme convite do presidente. Se cantado sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto e os instrumentos devem o acompanhar de modo suave, quase imperceptível.
No domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é substituído pela imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão da água.
Este Ato é introduzido pelo sacerdote e concluído com a absolvição, também pelo sacerdote que se inclui para deixar claro que não se trata do sacramento da Penitência.
Kyrie, eleison - Senhor Tende piedade: Toda a assembléia de pé. Depois do Ato Penitencial inicia-se o Kyrie, eleison, a não ser que já tenha sido rezado ou cantado no próprio ato penitencial. Nele os fieis aclamam o Senhor, imploram a sua misericórdia e também louvam ao Senhor Jesus pelo perdão, (por olhar por nós com Sua misericórdia). Por via de regra, dada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo nem incluído mais repetições. Se não for cantado, seja recitado.
Glória: Toda a assembléia de pé. É o hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. É um louvor as três pessoas da Santíssima Trindade, cantado ou recitado nas Missas dominicais, solenidades ou nas festas dos santos. No tempo do Advento e Quaresma não se reza nem se canta o Glória. Também não se diz nos dias de semana porque perderia o sentido solene. As vezes são cantados uns hinos um pouco diferentes.
- Há uma proibição explícita de se substituir o texto do hino do Glória por outro texto qualquer (cf. n.53 da IGMR) o mesmo acontece com o Santo e o Cordeiro de Deus.
- Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos (cf. n. 366 da IGMR).
Oração (Coleta): Toda a assembléia de pé. Esta oração encerra o rito inicial da Missa. O sacerdote convida o povo a rezar (quando ele diz, Oremos); todos se conservam em silêncio com o sacerdote por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar “coleta”, pela qual se exprime a índole da celebração. A assembléia conclui a oração com o Amem. Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.
     A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis. Pelo silêncio e pelos cantos o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profissão de fé; alimentado por essa palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro (cf. n. 55 da IGMR).
1a Leitura: Toda a assembléia sentada. É normalmente tirada dos livros históricos e proféticos da Bíblia; anuncia a salvação que se realizara plenamente em Jesus Cristo. Esta leitura é proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou religioso(a). No final da leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos juntos respondem a aclamação "Graças a Deus".
Salmo: Toda a assembléia sentada. Está leitura é proclamada ou cantada da mesa da Palavra (Ambão) ou outro lugar adequado por um fiel ou religioso(a). É parte integrante da liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da palavra de Deus.
     O Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário. O salmista profere os versículos do Salmo perante toda a assembléia que responde dizendo ou cantando o refrão.
2a Leitura: Toda a assembléia sentada. Em geral é tirada das cartas dos apóstolos, que apresentam à comunidade o mistério de Cristo e exortam a vivê-lo. Esta leitura é proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou religioso(a). No final da leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos juntos respondem a aclamação "Graças a Deus".
Canto de Aclamação ao Evangelho: Toda a assembléia de pé. Esta aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através da qual a assembléia dos fieis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. O Aleluia é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma, sendo iniciado por todos ou pelo grupo de cantores ou cantor, podendo ser repetido. No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual. (cf. n.62 da IGMR).
O Sinal da Cruz: Toda a assembléia de pé. O sacerdote ou diácono faz o sinal da cruz sobre o Lecionário ou Evangeliário e também, sobre a testa, sobre a boca e sobre o peito (neste caso, rezando em silêncio: "Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos"); e cada fiel se persigna com três sinais da cruz, um sobre a testa, um sobre a boca e um sobre o peito, pedindo a Deus que purifique os nossos pensamentos, as palavras que brotarão das nossas bocas, e o nosso coração. Não é necessário fazer o quarto sinal da cruz no final.
Evangelho: Toda a assembléia escuta de pé. O Evangelho é proclamado pelo Padre ou Diácono. É o ponto culminante da Liturgia da Palavra. A Palavra de Deus é sinal de presença de Cristo e deve ser proclamada em toda celebração. Para se dar mais destaque ao anuncio da Palavra de Jesus, é bom que dois ministros ou acólitos segurem uma vela em cada lado do Ambão onde o diácono (ou o sacerdote) se faz a proclamação do Evangelho.
Homilia: Toda a assembléia sentada. A Homilia (que significa conversa familiar) é feita pelo Bispo, Padre ou pelo Diácono. Diferente do sermão ou de outra forma de pregação, ela tem o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fieis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fieis para praticar o que ela propõe.
Oração Universal (Profissão de Fé): O símbolo ou profissão de fé tem por objetivo levar todo o povo reunido a responder à palavra de Deus anunciada da sagrada Escritura e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de fórmula aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração na Eucaristia. Não pode faltar nas Missas dominicais, nas solenidades, na celebração do Batismo, da Crisma e Primeira Comunhão. É um absurdo substituir o Creio por formulações que não expressam a fé como é professada nos símbolos mencionados.
Oração dos fieis: Toda a assembléia de pé. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho, com as necessidades da Igreja, com os poderes públicos, com os que sofrem qualquer dificuldade, com a comunidade local. Pode ser cantada, em ladainha, fórmulas, espontâneas. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado. Esta oração vem logo após a homilia ou a oração de Creio. Cabe ao sacerdote introduzir esta oração por meio de uma breve exortação e concluindo com uma suplica.


     Com a Oração Universal dos Fiéis concluímos o primeiro momento da celebração, a Liturgia da Palavra. Todas as atenções da comunidade reunida estavam voltadas para o anúncio da Palavra: o lecionário, o Ambão, os leitores, a homilia... próprios do momento da Palavra. O Altar, embora ocupando a centralidade do presbitério, ainda não é o centro da ação litúrgica. Por isso, tanto os leitores como o presidente da celebração fazem uma inclinação profunda para o altar, antes de subir até o Ambão para as leituras e a proclamação do Evangelho.
     Concluída a Oração Universal dos Fiéis, todas as atenções se voltam para o Altar, para onde, agora todos convergem: o presidente, os ministros, a assembléia.

     A Liturgia Eucarística consiste essencialmente na ceia sacrifical que, sob os sinais do pão e do vinho, representa e perpetua no altar o sacrifício pascal do Cristo Senhor.
Sacrifício e ceia estão unidos de modo tão íntimo que, no momento mesmo em que se realiza e oferece o sacrifício, ele é realizado e oferecido sob o sinal da ceia.
Por conseguinte, são dois os momentos principais da Liturgia Eucarística: a grande oração eucarística, dentro da qual se realiza e se oferece o sacrifício, e a santa comunhão, com a qual se participa plenamente, na fé e no amor, do próprio sacrifício.

O altar é o centro visível da liturgia eucarística.

Estrutura da Liturgia Eucarística
Preparação das Oferendas
   Lavabo
Oração sobre as Oferendas
Oração Eucarística
Prefácio
Epiclese
Narrativa da Ceia
Anamnese
Oblação
Intercessões
Doxologia Final
Comunhão
Pai Nosso
Rito da Paz
Fração do Pão
Procissão para a Comunhão
Oração depois da Comunhão
Ritos Finais
Avisos
Benção
Despedida

Preparação das Oferendas: Toda a assembléia sentada. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas (pão e vinho) que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo.
     Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência.
     A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual.
     Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
     O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada (cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons.
Sentido das gotas de água no vinho: Toda a assembléia sentada. O vinho, segundo a Sagrada Escritura, lembra a Redenção pelo sangue e de modo particular a Paixão de Cristo, ao passo que a água traz a mente o povo de Deus salvo das águas e o novo povo de Deus nascido das águas do Batismo.
Assim como as gotas de água colocadas no vinho somem totalmente, são assumidas pelo vinho, transformadas, por assim dizer, em vinho, no Sacrifício da Missa nós devemos entrar em Cristo, Identificar-nos com Ele, fazer-nos um com Ele.
Lavabo: Toda assembléia sentada. O sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.
Oração sobre as Oferendas: Toda assembléia de pé. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e com a oração sobre as oferendas.

Toda a assembléia de pé. A Oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. Forma um todo, que comporta diversos elementos:
Prefácio: Toda a assembléia de pé. Expressa a ação de graças, em que o sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda obra de salvação.
Santo: Toda a assembléia de pé. É parte própria da Oração Eucarística, e é proferida ou cantada por toda assembléia com o sacerdote. Cantado ou recitado deve ter três repetições da palavra Santo (Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo, o céu e a terra...). Esta repetição, é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse “Deus é santíssimo”. O Santo é tirado do livro do profeta Isaias 6,3.
Existem ao menos três elementos fundamentais:
1 – A santidade de Deus – Santo, Santo, Santo, Senhor Deus...
2 – A majestade de Deus – O céu e a terra proclamam a vossa glória
3 – A imanência de Deus – Bendito o que vem em nome do Senhor...
O Santo deve ser integral. Portanto, não se trata de um “canto de Santo”. Todo ele é bíblico. Outro motivo para que o texto não seja substituído por outro canto qualquer “de Santo” é que a maioria das Orações Eucarísticas retoma o tema do Deus santo para continuar a narração das maravilhas de Deus e fazer a transição para a epiclese ou invocação do Espírito Santo, como na II Oração eucarística.
- A IGMR diz...Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos” (cf. n. 366 da IGMR)..
Epiclese: Toda a assembléia de pé. É a invocação na qual a Igreja implora por meio de invocações o poder divino sobre as oferendas, isto é, se tornem o Corpo e Sangue de Cristo e que a hóstia se torne a salvação daqueles que vão recebê-la em comunhão.

Narrativa da Ceia e Consagração: Toda a assembléia ajoelhada. Quando pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última Ceia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério. Ajoelhar é sinal de adoração, humildade e penitência, e se por motivos sérios não se puder ajoelhar, fica-se de pé e faz-se uma profunda inclinação (reverência) nas duas vezes que o presidente fizer a genuflexão – Neste momento não se deve permanecer de cabeça baixa.
Enquanto o Sacerdote celebrante pronuncia a Oração Eucarística, «não se realizarão outras orações ou cantos e estarão em silêncio o órgão e os outros instrumentos musicais»,[132] salvo as aclamações do povo, como rito aprovado, de que se falará mais adiante (cf. RS 53). É um momento intimo de profunda adoração (nesse momento o mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos corações). Após este momento o padre diz Eis o mistério da Fé, aqui a indicação é que todos permaneçam de pé.
Anamnese (recordação, comemoração): Toda a assembléia de pé. Memorial (ação que torna atual o momento da Ceia) na qual cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor, a Igreja faz a memória do próprio Cristo relembrando principalmente a sua bem aventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a Ascensão aos céus. Esta oração leva a oblação.
Oblação: Toda a assembléia de pé. A Igreja reunida realizando esta memória oferece a Deus Pai no Espírito Santo, a hóstia imaculada, e deseja que os fieis, se ofereçam a Cristo buscando aperfeiçoar-se cada vez mais, na união com Deus e com o próximo.
Intercessões: Toda a assembléia de pé. Expressa que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação; é feita por ela e por todos membros vivos ou falecidos, que foram chamados a participar da redenção e da salvação obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo.
Doxologia Final: Toda a assembléia de pé - Fórmula de louvor a Glória de Deus. Parte própria dos Sacerdotes. Exige a Oração Eucarística que todos escutem com reverência e em silêncio, dela participando pelas aclamações previstas no próprio rito. A participação da assembléia na doxologia acontece pelo “Amem”. Alias este é o “Amem” por excelência da ação litúrgica; e, por isso, se possível, poderá ser sempre cantado.
É o assentimento total da assembléia litúrgica a tudo o que foi pronunciado ministerialmente pelo presidente da celebração durante a Oração Eucarística.

Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis devidamente preparados. Esta é a finalidade da fração do pão e os outros ritos preparatórios, pelos quais os fiéis são imediatamente encaminhados à Comunhão.
Pai Nosso: Toda a assembléia de pé. Na Oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fieis recitam a oração com o celebrante, e ele acrescenta sozinho o embolismo (livrai-nos de todos os males ó Pai... ), que o povo encerra com a doxologia (vosso é o reino e a glória para sempre). Pode ser cantado, porém como se reza (as mesmas palavras, sem acrescentar ou tirar nada).
Não se diz o Amem no final da oração, pois a oração seguinte é continuação.
Rito da Paz: Toda a assembléia de pé. A Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis exprimem entre si a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento. A oração pela paz (Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos, Eu vos deixo a paz... ) é uma oração presidencial, que só o celebrantes faz, pois ele age in Persona Christi – na Pessoa de Cristo.
Ao final o presidente da celebração convida os fieis a saudarem-se uns aos outros. Convém, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe estão mais próximos.
- A Instrução Redemptionis Sacramentum, publicação brasileira, diz: Não se execute qualquer canto para dar a paz, mas sem demora se recite o “Cordeiro de Deus”. (cf RS. 72)
Fração do Pão: Toda a assembléia de pé. O gesto da fração realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística, significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo ( 1Cor 10, 17).
O sacerdote parte a hóstia grande e coloca uma parte da mesma dentro do cálice, que significa a união do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus.
Durante a fração do pão: Esta invocação (Angus Dei), de origem Bíblica (Jo 1,29), é o canto da assembléia e deve ser iniciada pela assembléia e faz alusão ao Cordeiro Pascal, que se imola e tira o pecado do mundo. Pode ser recitada ou cantada, mas a assembléia deve participar da última petição: dai-nos a paz.
O sacerdote se prepara, rezando em voz baixa, para receber frutuosamente o Corpo e o Sangue de Cristo. Os fieis fazem o mesmo rezando em silêncio.
A seguir o sacerdote mostra aos fieis o pão eucarístico que será recebido na comunhão e convida-os a ceia de Cristo, e, unindo-se aos fieis o sacerdote faz um ato de humildade usando as palavras do Evangelho.
Procissão para a Comunhão: Os que se encontram preparados, deverão ir devagar e em oração. Ao chegar perto do ministro, façam um ato de reverência antes de receber o Santíssimo Sacramento, no local e de modo adaptado, contando que não se perturbe o ritmo no suceder-se dos fieis.
Comunhão: Deverá o fiel estar em pelo menos 1 hora em Jejum e poderá ser recebida de dois modos (cf orientação da Igreja local):
Na Mão: Deverá estar a mão esquerda aberta sobre a mão direita, com a palma virada para cima, na frente do corpo, à altura do peito onde é colocada Hóstia. Com a mão direita deve-se levar a Hóstia até a boca. Deverá ser consumida na frente do Celebrante ou do Ministro. Depois, em atitude de recolhimento, volta-se para o lugar, ficando sentados ou ajoelhados. Não se deve comungar andando, mas quem recebeu a partícula sagrada, afaste-se para o lado (afim de deixar a pessoa seguinte aproximar-se) e, parado, comungue.
Em 05/03/1975 a Santa Sé concedeu aos Bispos do Brasil a faculdade de permitirem a Comunhão na mão em suas respectivas dioceses, desde que sejam observadas as seguintes norma: (seguem algumas delas)
- A hóstia deverá ser colocada sobre a palma da mão do fiel, que levará à boca antes de se movimentar para voltar ao lugar. Ou então, embora por varias razões isto nos pareça menos aconselhável, o fiel apanhará a hóstia na patena ou no cibório, que lhe é apresentado pelo ministro que distribui a comunhão, e que assinala seu mistério dizendo a cada um a formula: “O Corpo de Cristo”.
- É, pois, reprovado, o costume de deixar a patena ou o cibório sobre o altar, para que os fieis retirem do mesmo a hóstia, sem a apresentação por parte do ministro.
- É necessário tomar cuidado com os fragmentos, para que não se percam, e instruir o povo a seu respeito, e também recomendar que os fieis tenham as mãos limpas.
- Nunca é permitido colocar a mão do fiel a hóstia já molhada no cálice.
Estas normas se encontram na carta, datada de 25/03/1975, pela qual a Presidência da conferência Nacional dos Bispos do Brasil transmitia a cada Bispo as instruções da Santa Sé.
Na Boca: Fieis se aproximam do celebrante ou Ministro e recebem a comunhão sobre a língua. Depois, em atitude de recolhimento, voltam para o lugar, ficando sentados ou ajoelhados.
     Enquanto o sacerdote e os fieis recebem o Sacramento entoa-se o canto da Comunhão, que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão dos que vão receber o Corpo de Cristo.
O Canto começa quando o sacerdote comunga, prolongando-se oportunamente, enquanto os fieis recebem o Corpo de Cristo.
     Após o sacerdote ter feitos as purificações, ele volta à cadeira. Se for oportuno pode-se guardar durante algum tempo um sagrado silêncio. Embora não previsto, pode-se entoar um salmo, hino, ou outro canto de louvor.
Oração depois da Comunhão: Toda a assembléia de pé. O sacerdote de pé diz: Oremos. Nesta oração o sacerdote implora os frutos do mistério celebrado e o povo, pela aclamação Amem, faz a sua oração.

Avisos: Toda a assembléia sentada. Deverão ser dados da na mesa do comentarista. É o momento mais adequado para breves homenagens, que as comunidades gostam de prestar em dias especiais ou algum comunicado da comunidade. É útil uma mensagem final, na qual se exorte a comunidade a testemunhar pela vida a realidade celebrada.
Benção: Toda a assembléia de pé. Parte própria do celebrante. Aqui se faz uma leve inclinação para receber a benção.
Despedida: Toda a assembléia de pé. Parte própria do diácono ou do celebrante, para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus. Um canto final, se oportuno, embora não previsto, pode ser entoado e encontrará maior receptividade neste momento, do que mais tarde. Só se deixa o lugar após o celebrante ter se retirado do altar.

“Na celebração da Missa os fiéis constituem o povo santo, o povo adquirido e o sacerdócio régio, para dar graças a Deus e oferecer o sacrifício perfeito, não apenas pela mão do sacerdote, mas também juntamente com ele. Por isso devem ser evitados qualquer tipo de individualismo ou divisão, a fim de formem um único corpo. Tal unidade se manifesta muito bem quando todos os fieis realizam em comum os mesmos gestos e assumem as mesmas atitudes externas”.



Trabalho realizado por Marco Carvalho


Fontes:
IGMR - Introdução Geral ao Missal Romano (Ed. Paulus)
RS - Instrução Redemptionis Sacramentum – Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Ed. Paulinas)
Animação da vida liturgica no Brasil – CNBB (doc. 43)
Celebrar a Vida Cristã – Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
A Liturgia da Missa - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Novas Mudanças na Missa - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Cantar a Liturgia - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Liturgia da Missa Explicada – Pe.Gilson Cezar de Camargo (Ed. Vozes)

Fonte: https://sites.google.com/site/sagradaliturgia/santa-missa---passo-a-passo