sábado, 11 de maio de 2013

Sábado da 6ª Semana da Páscoa



Como você tem rezado?

João 16,23b-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:23b Em verdade, em verdade vos digo:
se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará.
24 Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis;
para que a vossa alegria seja completa.
25 Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa.
Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras,
mas claramente vos falarei do Pai.
26 Naquele dia pedireis em meu nome, 
e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós,27 pois o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes
e acreditastes que eu vim da parte de Deus.
28 Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai.


Reflexão:

João 16,23b: Os discípulos tem pleno acesso ao Pai. É a certeza que Jesus dirige aos seus discípulos: pode se dirigir à paternidade de Deus em união com Ele. A mediação de Jesus leva os discípulos até o Pai. É vidente que o papel de Jesus não é o de se substituir aos «seus»: não os assume mediante uma atitude de intercessão, mas os une a si, e com comunhão com Ele, eles apresentam suas necessidades e seus problemas.

Os discípulos tem a certeza que Jesus tem toda a riqueza do Pai: «Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai em meu nome, ela vo-lo dará» (v.23). Assim, em unhão com Ele, o pedido torna-se eficaz. O objetivo de qualquer pedido ao Pai deve estar sempre relacionado com Jesus, quer dizer, com seu amor e com seu compromisso de dar a vida pelo homem (Jo 10,10). A oração dirigida ao Pai em nome de Jesus, em união com Ele (Jo 14,13; 16,23), é aceita.

Até agora os discípulos não pediram nada em nome de Jesus, mas o poderão fazer depois da glorificação (Jo 14,13s) quando receberem o Espírito que os iluminará plenamente sobre a identidade do próprio Jesus (Jo 4,22ss) e criará a união com Ele. Os seus poderão pedir e receber em plenitude a alegria quando passarem da visão sensível dEle à da fé.

João 16,24-25: Os crentes são assumidos na relação entre o Filho e o Pai. Em 16,26 Jesus volta a falar da lição criada pelo Espírito que permitirá aos seus de apresentar todo pedido ao Pai em união com ele. Isto acontecerá «naquele dia». O quer dizer «naquele dia pedirdes?». É o dia em que virá até os seus e lhes comunicará o Espírito (Es 20,19.22). Será então que os discípulos conhecerão a relação entre Jesus e o Pai e serão ouvidos e e aceitos. Não será necessário que Jesus se insira entre o Pai e os discípulos para interceder em favor deles, não porque acabou sua mediação, mas porque eles acreditaram na encarnação do Verbo, e, sendo estritamente unidos a Cristo, serão amados pelo Pai como ele ama o Filho (Jo 17, 23.26). Em Jesus, os discípulos experimentarão o contato direto com o Pai.

João 16,26-28: A oração ao Pai. Rezar consiste, então, em ir ao Pai através de Jesus; dirigir-se ao Pai em nome de Jesus. Uma atenção particular merece a expressão de Jesus nos v.26-27: «e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama». O amor do Pai pelos discípulos se fundamenta na adesão pelos «seus» a Jesus na fé em sua proveniência, quer dizer, o reconhecimento de Jesus como dom do Pai.

Após ter assimilado a si os discípulos, Jesus parece se afastar de sua condição de mediador, mas na realidade permite que só o Pai nos pegue e nos agarre: «Pedi e recebereis para que vossa alegria seja completa» (v.24). Inseridos na relação com o Pai através da união com Ele, a nossa alegria é completa e a oração perfeita. Deus oferece sempre seu amor ao mundo todo, mas esse amor adquire o sentido de reciprocidade só se a pessoa responde. O amor é incompleto se não for recíproco: até que a pessoa não o aceita fica pela metade. No entanto os discípulos o aceitam quando começa, a amar Jesus e assim tornam operacional o amor do Pai. A oração é esta relação de amor. Afinal, a história de cada um de nós se identifica com a história de sua oração, também naqueles momentos que não parecem ser: a ansiedade já é oração e também a busca, a angústia.

Para uma avaliação pessoa
1) Minha oração pessoal e comunitária acontece num momento de traquilidade, de paz e de grande calma?
2) Que esforço faço em crescer na amizade com Jesus? Estás convencido para chegar a uma real identidade através da comunhão com Ele e no amor ao próximo?


O que é rezar?

Segundo o que aprendemos e acreditamos, rezar é dizer em voz baixa ou apenas em pensamento uma oração, uma súplica ou um pedido a Deus.
 
Jesus nos ensina a oração do Pai-Nosso e coloca-nos na condição de filhos de Deus, quando diz: Pai ‘nosso’. Ele não nos ensina a rezar chamando a Deus de ‘Pai de Jesus’ mas, nosso também, e é aí que nós recebemos o Pai celeste, do Filho Encarnado, e passamos a ser também chamados ‘filhos de Deus’.
 
Pedir a Deus o que quero ou preciso, em nome de Jesus, é colocar-me na condição de filho amado que sou, assim como Jesus é amado pelo Pai. Por exemplo: ‘Senhor eu te peço, em nome de Teu Filho Jesus, que cuide da saúde da minha mãe.’ Assim, estou pedindo como se o próprio Jesus pedisse ao Pai, porque peço em nome de Jesus. E assim, o Pai que atende o Filho, também me atenderá, se assim for vontade d’Ele.
 
É preciso ter fé para que nossas palavras verbalizem a confiança que temos em Deus e a nossa entrega seja perfeita, assim como Jesus se entregou e confiou-se ao plano divino do Pai. É preciso deixar Jesus rezar dentro do nosso coração para que nossa alegria seja completa!

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