terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal


Enquanto o silêncio envolvia a terra e a noite seguia seu percurso, tu desceste, ó Verbo de Deus...

É Natal! Tempo de esperança, de alegria, de ternura, de paz. Tempo de realização da grande promessa de Deus: Eis, vem o Emanuel, o Senhor, Deus conosco. Exulta de alegria, renova o teu amor, alegra-te, como nos dias de festa. O povo que caminhava na escuridão viu uma grande luz. Desataram-se as correntes dos prisioneiros; os coxos puseram-se a correr, os doentes recuperaram a saúde, e aqueles que se encontravam longe de casa puderam abraçar os seus entes queridos. Todos viram a salvação de nosso Deus. E, finalmente, nosso coração encontrou a serenidade, porque as promessas de Deus se realizaram.

Caminhamos na esperança do "já e do ainda não". A noite prossegue. Ainda há escuridão sobre a Terra. Em cada canto dos continentes os ventos de guerra continuam a soprar, a violência espalha, por toda parte, nuvens de medo e faz vítimas fatais, a fome e a pobreza se alastram, ceifando novas vítimas. Também a Igreja sente forte o peso da provação e do mistério da iniqüidade. No coração das pessoas de boa vontade nasce a dúvida: Será que o Deus, justo e misericordioso, cansou-se de nós? Teria o Deus do amor e da ternura abandonado seu povo?

Todavia, do íntimo do coração dos que crêem renasce a esperança: O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa, resplandeceu uma luz... pois, um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado. Sobre seus ombros está o sinal da soberania e é chamado: Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai para sempre, Príncipe da paz. Grande será seu domínio e a paz não terá fim.

Este menino é Jesus, o Filho de Maria, o Deus conosco. Na pobreza da manjedoura, na escuridão do mundo, no silêncio de nosso coração, na alegria de estarmos juntos, no encontro com o povo, saboreamos em Jesus o amor e a alegria da salvação. Confirmamos a certeza de que todas as promessas de Deus tornaram-se "sim" em Jesus Cristo que se fez um de nós, nosso companheiro de caminhada, amigo sempre fiel, único Salvador.

Depois de ter percorrido no silêncio, na oração, na serena fraternidade o caminho do Advento, detenhamo-nos agora diante do presépio. Em Jesus menino contemplemos o amor do Pai que nos convida a sermos suas filhas, seus filhos, irmãs e irmãos entre nós, comunicadores da boa notícia, anunciadores de esperança, testemunhas do Verbo feito carne que vive no meio de nós. Então, será verdadeiro Natal para cada um, para os povos, para as nações. E poderemos, de coração livre e alegre, dizer a todos e a cada um: BOM NATAL!


Maria Antonieta Bruscato

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