sábado, 17 de dezembro de 2011

Comentario do Evangelho

Descendência davídica

A narrativa bíblica, no Primeiro Testamento, é pontuada com personagens que são elos para as cadeias de genealogias. As genealogias foram instrumento de afirmação da pureza racial no judaísmo que surgiu após o exílio. Serviam também para reivindicar estirpes sacerdotais e identificar vocações messiânicas. Elas foram elaboradas em uma seqüência ordenada em blocos de sucessão. Neste sentido, Mateus apresenta uma genealogia em três blocos: de Abraão a Davi, de Davi ao Exílio, do Exílio a José. Nelas destacam-se dois personagens maiores: Abraão e Davi.
Enquanto que em Mateus a genealogia descendente vai de Abraão a José, em Lucas a genealogia ascendente vai de José a Adão. No período entre Davi e o Exílio Mateus coloca a sucessão da realeza davídica, enquanto que Lucas segue outra ordem arbitrária. Lucas tem uma visão universalista da encarnação, menos atrelada à ideologia nacionalista davídica do judaísmo. Mateus inicia seu evangelho com esta genealogia no sentido de vincular Jesus à descendência davídica a partir da paternidade de José.


José Raimundo Oliva

Oração
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.

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